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15

Naquela manhã chuvosa, estavam quase todos dentro de casa, exceto que, na varanda, estava Louis deitado em uma rede de pano com Elis em seu colo e na outra rede paralela estava Harry cochilando.

Louis impulsionava o corpo levemente porque sua filha gosta da sensação de balanço. Ele tecla no celular respondendo algumas mensagens, eventualmente deslizando pelo Instagram e Twitter, mas tomando cuidado para não derrubar o aparelho na cabeça de Elis.

Zayn estava dormindo no quarto e Roselin sabe se lá Deus onde, porque agora ela vive grudada nos primos e em René, nunca tendo tempo para o pai. Louis admite a si mesmo ser um pouco de ciúme e implicância, mas não pega no pé dela porque estão ali de férias, ela estava com saudades da fazenda e tinha o direito de aproveitar.

- Você terminou de olhar toda aquela papelada? - perguntou Harry, com a voz rouca de sono, se espreguiçando e coçando os olhos.

- Não tudo, mas preciso te mostrar umas coisas a respeito das notas fiscais.

- Vou pegar duas capas de chuva para nós dois.

- Por quê?

- Vamos ao escritório e lá você me explica melhor.

- Ok - Louis levantou com Elis no colo - depois você brinca na rede, meu amor, o vento piorou e começou a trazer chuva para a varanda - ela reclama porque não quer sair da rede, ele sobe as escadas em direção ao quarto - você me disse na semana passada que estava com saudades do tio Zayn, não foi? Agora aproveite que ele está conosco e se divirtam.

Acordado pela porta sendo aberta, Zayn abriu os olhos e sorriu para a afilhada, esticando os braços para recebê-la.

- Vamos terminar de assistir a terceira temporada de Miraculous, o que acha, niña? - Elis amou a ideia, pulando sobre o padrinho e dando beijinhos na bochecha dele - E você, Louis, onde vai?

- Vou trabalhar um pouco. Tenho que mostrar umas coisas ao Harry.

- Mostrar umas coisas - Zayn sorriu insinuativo - imagino que tenha muito a ser mostrado mesmo.

- Você não é assim, mas é só se juntar com Phoebe que já começa com essa bobeira.

- Até parece que você acha bobeira mesmo - Zayn riu e Elis estava ocupada demais procurando Miraculous no notebook de Rose - não perde uma oportunidade de ficar sozinho com o chefe... mostrar coisas pra ele?

- Eu só não vou te xingar porque tem criança aqui - Elis olhou para o pai e tapou os ouvidos para lhe dar permissão - vai se foder seu cabeça de pica malicioso.

- Muito maduro.

Elis percebeu que já tinha acabado e se destampou.

- Obrigado, princesa, foi muito gentil da sua parte.

- Quando eu vou poder falar palavrão também, papai?

- Nunca.

- Mas Roselin sempre fala.

- Ela fala?

- Ela disse que a Maya Bishop de Station 19 é uma vadia opotunista - Louis arregalou os olhos pela revelação e conteve a vontade de rir daquilo - O que é opotunista, tio Zayn?

- É oportunista, que se aproveita de oportunidades e eu terei uma conversa bem séria com sua irmã sobre palavrões, maus exemplos e deixar você assistir programas inapropriados para a sua idade - Zayn respondeu sério - vai logo, Louis, antes que a chuva piore e vocês não consigam sair pra mostrar coisas.

Louis esperou Elis desviar o olhar para a tela do notebook antes de erguer o dedo do meio para o compadre e sair do quarto.

Ele encontra Harry na varanda vestindo uma bota. Louis pega a capa de chuva que o outro trouxe para si. Eles correm para a caminhonete e dirigem os quatrocentos metros até o escritório ainda dentro dos limites da fazenda.

- Frio - Louis reclamou esfregando as mãos e Harry jogou a chave do carro na mesa - eu deixei os documentos no fichário da gaveta.

Harry sentou em sua própria cadeira e Louis ficou ao seu lado, mas em pé. Pegou os papéis e apontou alguns dos erros, explicando como algumas das notas tinham passado batido e os valores dos produtos que não fechavam com o que estava registrado no caixa. Harry ouvia atento, puxando os lábios com a ponta dos dedos e batendo os anéis da outra mão na mesa. Ele respirou fundo quando Louis terminou de explicar e ficou concentrado, tentando entender onde errou e como corrigir. Essa parte burocrática, a administrativa, sempre o deixava estressado e todo confuso. Harry sabe que tem boas idéias, é um bom líder e chefe, é muito atento com a produção, com seus funcionários e estuda tudo o que pode para melhorar a fazenda, mas ele também admite que é péssimo com a parte das finanças e toda essa papelada estúpida.

Agora, se sente estressado. Mandíbula e ombros rígidos, cenho franzido com raiva da bagunça que fez e os pés batucando contra o chão num tique nervoso.

Louis não está mais olhando os papéis, está olhando para Harry. Olhando para o seu pescoço, as veias evidentes mesmo sobre a pele bronzeada. Dá água na boca.

Sentindo o cheiro gostoso dele, um cheiro masculino, amadeirado, mas misturado com folhas de laranjeira porque ele vive se metendo no meio do pomar.

Louis se inclina pouco a pouco quase sem perceber. Quando ele apoia os braços nos ombros do outro não é nenhuma surpresa. Era natural que, quando transamos regularmente com uma pessoa, o corpo dos dois parceiros cria essa forte conexão. Parecem naturalmente atraídos um ao outro e embora atualmente os dois só tenham transado duas vezes em menos de dois dias, os efeitos surtidos já estavam bem ali, quando Louis o toca e Harry não recua, ao contrário disso, até deita a cabeça para trás até tocar a barriga de Louis e fecha os olhos, sentindo a ponta do nariz dele descer da tempora ao queixo.

- Nós viemos aqui para trabalhar, Tomlinson - sussurrou Harry, quase rendido.

- Esse será o intervalo do nosso trabalho.

- Não faz nem dez minutos - Harry riu, erguendo uma mão para trás, para tocar o cabelo cheio de Louis, que beijava o seu pescoço como tanto desejou - eu tô falando sério, não seja chato - Louis quase perdeu o ar com o velho apelido surgindo dali, enquanto Harry ainda fingia protestar: - você não pode me distrair, tenho que resolver essa bagunça.

Ele não parecia realmente querer parar. Estava amolecendo o corpo, dando espaço para Louis percorrer os lábios sobre sua pele, descendo do queixo, mandíbula, pescoço e peito. Louis ia parar se ele quisesse, ele até se afastou, mas Harry o puxou sutilmente de volta.

- Hum, não quero ser rude, desculpa.

- Você não está sendo rude, bebê - tentou testar o apelido antigo e não parecia soar tão diferente, era o mesmo carinho direcionado a mesma pessoa - se não quer, eu respeito, nós voltamos ao trabalho sem pressão.

Mas Harry beijou o pulso de Louis, raspando a barba pelo antebraço que circundava seus ombros por trás. Louis beijou sua têmpora e Harry suspirou.

- Se lembra como eu ficava quando estava estressado?

- Perigoso - respondeu brincando - Então quer dizer que nisso você não mudou? - Louis arqueou uma sobrancelha, afastando o cabelo do rosto - Você continua sendo cruel, ainda fica terrível de mau humor?

- Acho que sim, mas não é para tanto.

- Hum - Louis sorriu e levou a mão aos botões da calça de Harry, mas não desfez os botões - eu tenho uma ideia do que fazer pra tirar esse seu estresse da próxima vez.

- É mesmo? - flertou de volta - E por que não agora?

- Não foi o senhor que disse que tínhamos que trabalhar, chefe? - Louis virou o rosto para olhar em seus olhos, bem próximo, com os narizes tocando. Harry tentou fazer cara de bravo, franzindo o cenho para fingir estresse, enquanto sustentavam o olhar numa guerra silenciosa, um embate de verde, azul e desejo. Esse jeito mandão dele deixa Louis maluco, mas quem cede primeiro é Harry, não resistindo às gracinhas do primo mais velho e finalmente sorrindo - Outro momento porque agora nós teremos uma pausa fora.

Agora sim Harry ficou bravo. Louis pegou a chave da caminhonete na mesa, dando a entender querer sair dali, e se afastou.

- O que?

- Sair.

- Mas tá chovendo.

- Do carro para o bar não vamos nos molhar.

Não tão relutante, Harry se levantou da cadeira e o seguiu.

🌾🚜

Não é surpresa para Harry, mas para Louis sim, que o Celeiro Ritz estivesse cheio. Em um dia de chuva, aquele sendo o único bar local e também o único lugar coberto para uma diversão em final de semana, era comum ter tanta gente ali para o karaokê, para usar as mesas de sinuca, e ocupar todas as mesas, servidas de chopp e porções com comidas típicas da região interiorana.

No momento em que passaram pela porta do Celeiro Ritz, Louis reparou no quanto Harry era conhecido por ali. Foram cumprimentados umas dez vezes enquanto atravessavam o bar até as mesas de sinuca.

Eles compraram fichas e cervejas. Harry ajeitou as bolas nas mesas e Louis avisou ser muito bom no jogo, prometendo derrotar o outro com folga.
Eles jogam quatro partidas entre conversas, cervejas, risadas e provocações saudáveis. Harry venceu três vezes, e apesar de ser bem competitivo, Louis não se importou porque estava sendo divertido se distrair com conversa boa e um tempo de qualidade.

- Se eu te perguntar uma coisa, promete não levar a mal? - Louis disse quando já estavam em uma mesa, aguardando os petiscos que pediram para dividir.

- Vou tentar, mas não vou prometer porque não sei o teor disso.

- Justo.

- E então?

- Qual a sua história com Ritz?

- O lugar?

- Você sabe do que estou falando.

Por segundos, Harry deu batidinhas na mesa com a tampinha da long neck. Formou um bico nos lábios pensando no que dizer, mas também não se sentia desconfortável em falar sobre aquilo com Louis, afinal de contas, esse era Louis: a pessoa com quem mais sentiu apoio e segurança de se abrir em toda a sua vida.

- Não tem uma história. Usar a palavra história para o Xander é muito forte.

- Foi tão ruim assim?

- Não sempre, no começo eu me apaixonei, mas ele não. Você sabe, eu não fico por ficar, sou de me envolver, e acabei levando a sério rápido demais, não o culpo nesse sentido.

- Eu sei. Por baixo dessa braveza toda e essa pose de chefe durão, tem um romântico bem intenso - e pele no pescoço de Harry avermelha em timidez e ele tenta disfarçar fazendo cara de sério - mas também sei que quando te machucam, você não dá mais corda.

- Talvez eu acabe dando, se não, não estaríamos aqui - apesar do fundo de verdade, o tom de brincadeira faz os dois rirem.

- Ouch, você me pegou!

- Desculpa - Harry pediu, antes de beber da cerveja de Louis porque a dele já havia acabado - longe de comparar.

- Tudo bem, eu entendi, são casos diferentes.

- Pois é - o petisco foi servido e eles esperaram com os palitos em silêncio até Louis voltar ao assunto porque estava curioso e até então não era um tópico sensível para Harry, pelo menos não mais.

- Mas e aí, ele foi muito idiota com você?

- Muito é pouco. Ele queria chamar minha atenção. Fazia graça com mulheres na minha frente pra tentar me fazer ciúme, mas eu só estava pegando raiva dele, um tipo de... - Louis prestava atenção enquanto comia e Harry fez careta tentando encontrar a palavra certa - uma sensação ruim, eu já não tinha mais paixão, só escárnio.

- Nojo?

- Termo pesado demais, mas infelizmente sim - Harry apontou o dedo como se para afirmar a questão e o sotaque interiorao se acentuou ainda mais, talvez por estar falando mais rápido do que o de costume - Mas apesar de ter doído não ser correspondido naquele momento, eu só segui a minha vida, tenho minhas prioridades, daí quando comecei a deixar pra lá pra cuidar das minhas coisas, ele resolveu correr atrás de mim e não foi legal.

- Vocês não chegaram a ter, de fato, uma relação?

- Eu não sei se posso chamar de relação. Nós até chegamos a ter algo por um tempo, coisa esporádica, e foi bom, mas depois que eu entendi que o Xander só precisava de alguém pra ser escape do que ele reprime, acabou tão rápido quanto começou. Eu só era o frango feio no meio das galinhas dele.

- Como assim?

- Xander é o bissexual mais homofóbico que existe.

- Mentira? - Louis arregalou os olhos e abriu a boca, desacreditado, mas Harry anuiu prensando os lábios - Argh, que nojo!

- Eu era um tipo de fuga, mas não num bom sentido. Nunca pedi ou quis me assumir porque entendo o que é ser reprimido e também tenho minhas próprias questões, sempre fui medroso sobre ser honesto com quem sou, mas também nunca usei as pessoas enquanto espalhava por aí porcarias homofóbicas - ele apertou a tampinha da garrafa com as mãos até ter ela torcida na palma - Eu não podia continuar com alguém que tem nojo do que sou e do que ele mesmo é.

Se eles ainda estivessem naquela fase de mágoa, Louis teria dito para Harry analisar agora o paralelo entre Xander e Franklin. Se Harry olhasse para o seu lado, veria que Louis também não poderia ficar perto do avô que tem nojo do que eles são. Harry não enxergava Franklin assim porque nunca se assumiu e para Franklin, Harry era o neto hétero de ouro, o segundo mais velho, mas que "pelo menos é homem de verdade".

Ao invés disso, de entrar em discussões que não levariam a nada porque não importa mais, Louis estava mais preocupado em dar carinho e agradecer por ter tido sua curiosidade sanada. Esticou a mão discretamente e tocou o braço de Harry, subindo e descendo em um movimento suave. Ele parou para pensar em tudo o que ouviu daquela história. Harry merecia um amor mais gentil e que o valorizasse. Louis lembra de que, apesar de no final ter sido difícil tomarem decisões opostas, pelo menos todo o tempo que ficaram juntos foi bonito, foi gentil, foi verdadeiro e intenso. Louis fez melhor, Harry foi melhor. Pensou também em como sempre abriram o coração um para o outro, sempre, sobre qualquer coisa, mesmo que fosse difícil ou que levasse tempo. De repente riu curto da constatação.

- O que foi? - Perguntou Harry, de sobrancelhas arqueadas.

- Estava pensando aqui que você disse que tem medo de ser honesto, mas sempre é corajoso para ser honesto comigo.

Harry sorriu, honestamente.

🌾🚜

Há uns duzentos metros da porteira, na beira da estrada de terra que liga o vilarejo rural à fazenda dos Tomlinson, a caminhonete estava estacionada debaixo das árvores, no escuro da noite, havia pelo menos quarenta minutos.

Os lábios de Harry estavam dormentes de tanto serem mordiscados e chupados durante o beijo incessante. Ele adora essa sensação, tanto quanto adora passar as mãos por baixo da camisa no abdômen de Louis e sentir os pêlos na ponta dos dedos. Ele adora afundar as unhas e arranhar a pele dele, só para ouvi-lo gemer baixinho. Adora o aperto de seus braços envolvendo o seu corpo tão forte e seguro.

Pensando novamente nisso, de que é impossível não comparar o passado com o presente, Harry pensa no quanto Louis envelheceu mais gostoso, mais atraente, mais charmoso, mais quente. Não que não fosse quando jovem, ele era, e era demais! Mas agora tem algo nele que faz ser impossível não desejar tocar a todo instante. É uma pena que Harry precise interromper porque já estava tarde e Louis tinha que tomar conta das filhas.

- Fiquei sabendo que teria quermesse amanhã, verdade?

- Seria hoje, mas por causa da chuva remarcaram. Você quer ir?

- Quero levar Elis. Já sei que Rose vai com os primos e o namorado dela.

- Namorado, então - Harry sorriu girando a chave na ignição. Louis rapidamente levou a mão até ela e desligou o carro. Harry segurou o riso porque sabia que o outro estava tentando prolongar a bolha deles - Você, pai ciumento, está admitindo que Roselin namora?

- Eu tenho que começar a aceitar por mais que me doa muito.

- Nada daquelas ameaças sobre espingarda aguardando na parede da sala? - Harry brincou - Ele não vai pedir a sua benção pra cortejar?

- Isso seria patriarcal demais até para você, chefe.

- Muito bem, você está sendo legal, um velho moderno - Harry tentou ligar o carro de novo, mas Louis desligou de novo - Pare de ser chato - empurrou o outro de leve, rindo, mas recebeu uma mordida no ombro - Saí, chato! - Eles entraram nessa brincadeira boba, gargalhando, até Louis ter que apelar para o colo, jogando o corpo sobre o de Harry - Hum, o que é isso?

- Só mais cinco minutinhos.

- Passamos o dia todo fora, Louis.

- Eu sei, mas... - tombou a cabeça em seu peito e apertou ele num abraço confortável - eu queria mais - "mais, é?" - muito mais.

Harry aceitou o abraço. Fez carinho nos fios curtos de cabelo próximo a nuca. A chuva já havia cessado, o céu até estava se abrindo, mas a brisa gelada do pós chuva que entrava pela fresta do vidro, arrepiava os dois mesmo que os corpos estivessem quentes e grudados um ao outro. Não incomodava tanto quanto os mosquitos entrando pela mesma fresta e picando qualquer pedaço de carne à vista.

- O que você acha de ir pro casarão ver como Elis está e antes de dormir nos encontramos de novo?

- Você tem um plano.

- Falando assim, parece que estou aprontando.

- Você está - ergueu a cabeça e sorriu sendo correspondido - o que pretende?

- Surpresa. Demore o que precisar com Elis, mas quando estiver pronto me encontre de pijamas perto do galinheiro. Agora me deixe dirigir de volta, chato.

- Harry? - Louis riu.

- Shiu - deu um selinho antes de afastar ele para o outro banco e finalmente ligar o carro - pare de me olhar assim, eu já disse, é surpresa.

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