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12

Ser adulto não é precisamente ser maduro. Às vezes a idade avança e arrasta consigo o comportamento pueril, independente de qualquer vivência que venha a passar ao longo do tempo. Mas também, nem sempre ser imaturo tardiamente é coisa ruim.

A imaturidade de sua mãe, por exemplo, Louis acha péssima. Ela é birrenta, impulsiva, tóxica e mimada, com a mania de tentar fazer tudo ser oito ou oitenta e do jeito dela.

Mas a imaturidade de Phoebe, por outro lado, é inofensiva. Ela até o faz rir na maioria das vezes. É de uma leveza a maneira como Phoebe trata qualquer assunto na brincadeira, mesmo que no julgamento comum, aos olhos patriarcal, seja estranho demais para uma mulher de trinta e dois anos.

Nesse momento, no entanto, ela o irrita.

Não gravemente como sua mãe fez quando veio dar sermão mais cedo com aquela dependência na própria mania de ser a única certa e dona da razão.

Agora, Phoebe estava apenas sendo imatura de uma maneira irritante que às vezes só ela sabe ser. Tem momentos para rir e fazer piada das situações e aquele não era o momento. Estressado e dolorido, Louis não quer brincar com essa situação, ainda mais depois de ouvir tanta merda da própria mãe sobre o quanto ele foi irresponsável ao montar um cavalo durante a noite e sem prática e blá blá blá.

Mas era óbvio que Phoebe não saberia a hora de parar e ela decidiu que perturbar a paz dele o dia inteiro nos últimos dias poderia ser mais interessante do que cuidar dos preparativos da própria festa de casamento.

Louis estaria bem, ele poderia muito bem enfaixar o tornozelo e sair por aí pulando no outro pé que ficou intacto, se sua prima não estivesse determinada a usar o diploma de enfermeiro que o noivo dela nem usa mais para fazê-lo "recomendar" (leia-se: obrigar) Louis a ficar na cama com o pé sobre um amontoado de travesseiros por três dias. Uma grande merda do caralho, se lhe permitissem opinar.

Mas não, não lhe permitiram sequer contestar as próprias limitações.

Johanna veio ao quarto gritar com ele quando Louis tentou levantar e fez um inferno por metro quadrado alegando que o homem seria irresponsável e teimoso demais se tentasse sair da cama. Elis chorou quando soube que o pai dela tinha se ferido. Ao escutar acidentalmente o discurso exagerado da avó, chorou mais ainda quando Louis foi tentar levantar sozinho sem Johanna ver. E se tem uma coisa que deixa Louis puto da cara é fazer suas filhas se assustarem à toa.

A partir de tudo isso, os três dias serviram mais para deixá-lo puto da cara do que propriamente descansado. Ele nem sente tanta dor no pé, só sente vontade de mandar todo mundo sair de perto porque estava o irritando.

Mas nem todo mundo lhe irritava.

Sobretudo, havia a presença mais que bem vinda do chefe.

Harry continua sendo adoravelmente preocupado, concordando com todas as recomendações do noivo de Phoebe, dizendo para ele ter paciência porque não era nada demais. Dizia Harry que Louis deveria apenas descansar porque queriam o padrinho com o pé muito bom para subir a colina durante a cerimônia.

E era por isso que Phoebe o irritava, porque Louis sabe que esse show todo que ela estava armando era só para fazer Harry sentir compadecimento e ficar próximo. Foi fácil armar esse palco todo. Harry é do tipo de pessoa que encontra um passarinho ferido e faz o possível para salvá-lo. Louis é o passarinho da vez.

E Phoebe, desde quando eles eram mais novos, têm essa brincadeira boba de bancar a cupido. Ser a apoiadora número um do romance secreto deles. Não mudou. Louis não era mais tonto, muito menos Harry, então eles sabiam das intenções dela.

Há alguns dias atrás, na noite da festa no celeiro, Harry deu um fora em Louis e agora estava lhe trazendo comida na cama, afofando seu travesseiro, ajudando ele a chegar ao banheiro, passando um tempo no quarto para fazer comentários bobos que fazem Louis rir e perguntando se precisava de massagem no tornozelo, mas cecete, isso poderia não ser nada demais, certo? Poderia ser só o peso na consciência por insistir e desafiar um passeio a cavalo. Poderia até justificar ser o primo mais zeloso desde sempre como Harry é e essa coisa toda sobre Louis ser o passarinho da vez, mas sinceramente, todo mundo entende quando se entra numa dessas situações de interesse e com certeza (se Louis não estiver ficando maluco ou batido a cabeça muito forte na queda) este é um caso. Além disso, ele ainda se lembra do clima entre eles na pausa do passeio a cavalo, do interesse explícito sobre Louis que Harry demonstrou.

Então, basicamente, o que ele fez naqueles últimos três dias na cama, foi trabalhar na papelada da fazenda que Harry trouxe do escritório, pensar sobre Harry estar bem ali presente e agradecê-lo o tempo todo por cuidar dele e ficar de olho em suas filhas enquanto Louis não podia andar atrás delas. Todo mundo da família Tomlinson dava uma passadinha no quarto para bater um papo, ver como ele estava, mas ninguém ficava tanto tempo quanto Harry, nem mesmo sua filha Rose.

Ele até prefere assim, sinceramente. Ele ainda está irritado com essa bobagem de repouso, das brigas com sua mãe e por Phoebe ficar pentelhando. A única companhia que estava sendo agradável era Harry, então tudo bem ele estar ali o dia inteiro mesmo que na metade do tempo fique lhe encarando de um jeito esquisito.

- Por favor, pare de me olhar assim.

- O quê? - Harry perguntou, saindo de seu transe.

Louis deu uma risadinha. O jeito como Harry fica quando é pego no flagra era cômico. Ambos acham muito bom que estejam se dando bem melhor do que esperavam dada as circunstâncias, a ponto de até rirem juntos de coisas bobas.

No dia anterior quando quatro dos primos apareceram para tomar café da tarde no quarto com ele, Phoebe ficou tentando fazer piada de tudo e Louis não ria porque estava no ápice do seu mal humor, mas foi só Harry fazer um comentário curto e sem nexo entre as conversas que Louis gargalhou alto pela primeira vez desde o acidente e ninguém no quarto entendeu a graça naquilo, mas os dois sim, então riram juntos e exagerados sem se importar de serem observados. Eles têm o mesmo senso de humor ridículo. Sempre tiveram e os outros familiares sabem disso. Não tem como explicar como os dois sempre foram compatíveis um com o outro até mesmo nisso.

- Assim como?

- Como se eu fosse quebrar em pedacinhos se você não ficar aqui pra me vigiar.

- Eu não tô.

- Já disse que a culpa não foi sua, chefe, vá cuidar da sua fazenda. Amanhã eu já posso sair dessa cama.

- Tá tudo bem, eu quero ficar aqui e Liam tá cuidando do que é necessário com Richard, não preciso me preocupar com a fazenda hoje.

- Ok, mas se for só pra não me deixar solitário não precisa ficar aqui agoniado.

- Eu não tô agoniado. Só quero ter certeza que você não vai teimar e levantar daí.

- Eu não vou. Graças a você eu não vou sair dessa cama até acabar esse prazo idiota de setenta e duas horas, então não precisa ficar parado aí à toa.

- Tá vendo - Harry apontou ligeiro e Louis revirou os olhos - você disse "graças a você" então admite que a culpa é minha!

- Não, eu me refiro a essa besteira de me obrigar a ficar nessa cama nos últimos dias. Eu sei que sou plenamente capaz de caminhar, mas você concorda com esse exagero de que devo repousar.

- Foi Tom que me disse que você só precisava repousar e ele é enfermeiro.

- Ele é dramático e exagerado, todos vocês são, isso sim.

- Olha quem fala - Harry cruzou os braços e encostou o ombro no batente da porta. O sorriso dos dois não se desmanchou, um reparava o outro - você chorou no chão quando caiu dizendo que ia morrer.

- Vai se foder - Louis brincou mostrando o dedo do meio, fazendo Harry rir junto com ele - você quase chorou de medo naquela hora, admita!

- Eu não choro.

É verdade, Harry não chora, nunca.

- Mas tava pedindo socorro pra Deus.

Louis estava brincando, Harry até tentou se defender dizendo que isso não era verdade, mas Elis apareceu no quarto toda suada, com um sorriso enorme e correndo. Ela se escondeu atrás da porta rapidamente e ignorou os adultos. Louis esticou a cabeça para entender o que estava acontecendo, mas Harry foi mais rápido para perceber. Ele segurou o riso e fingiu que não viu nada quando o outro primo deles de segundo grau e sete anos de idade, que procurava Elis no pique-esconde, apareceu no corredor.

- Tio Harry, o senhor viu Elizabeth passar por aqui?

- Não vi - Harry e Louis tentaram o melhor deles para não denunciar e ajudar a menina na brincadeira: - já viu no depósito da cozinha?

- Vou encontrar ela lá! - o menino correu escada abaixo.

- Ufa! - Elis saiu de trás da porta suspirando e tirando o cabelo dos olhos. Harry esticou o punho e ela tocou com o dela num cumprimento cúmplice - Obrigada, tio Harry.

- Que bela dupla - disse Louis, encantado com os dois.

- Tchau papai, vou correr pra bater no pique antes que esse perdedor me encontre - ela disparou para fora e Louis gritou um "não corra na escada, ninã!" sempre atento com a agitação de sua pequena, mesmo enfiado nessa cama idiota.

Harry atravessou o quarto devagar, pensativo, e Louis voltou sua atenção para a papelada em seu colo. Em três dias entediado ali, ele conseguiu organizar muita coisa da fazenda, mas não era o bastante. Estava tudo uma bagunça, ele até temia dar más notícias sobre imposto atrasado, notas fiscais não registradas nos gráficos da fazenda que geraria problemas nas contas finais e contratos vencidos de distribuidoras que poderiam deixar de aparecer para o transporte de mercadoria a qualquer momento. Harry abriu um pouco mais a cortina e sentou na janela já aberta para observar as crianças brincando lá fora e a vista toda da plantação de algodão.

- Você acha que agora ela está pronta para vir aos verões com Rose?

Louis ergueu a cabeça e deslizou os óculos de grau, empurrando a franja para cima. Franziu o cenho tão levemente que nem mesmo ele percebeu, mas Harry sim. Ele só estava pensando ser difícil deixar mais um de seus bebês longe por tanto tempo. Harry, por outro lado, não entendia a reação do primo.

- Três meses por ano é muito tempo - Louis explicou quando reparou a confusão do outro - se ela quiser vir eu não vou impedir, obviamente, mas três meses é muito tempo, ela é nova demais e muito apegada a mim pra ficar tanto tempo distante.

- Ela é muito apegada a você, ou é você que não vai aguentar ficar tanto tempo longe das suas duas meninas ao mesmo tempo?

Louis riu de novo, dessa vez mais como um espirro e Harry contraiu o nariz, sorrindo, sabendo que estava certo.

- É um pouco dos dois - admitiu.

Ele voltou a trabalhar depois de dizer a Harry que não se incomodava do primo acender um cigarro enquanto estivesse sentado na janela, se era isso o que ele queria. Harry não acendeu, mas bolou o palheiro em silêncio e calmamente para fumar mais tarde.

Ainda sobre maturidade, para contrastar com suas duas referências de imaturidade na fase adulta, Louis tem alguém na vida que costuma ser ferrenho na maioria das vezes, mas que o faz bem porque está sempre disposto a ouvir e dar os melhores conselhos que ele precisa ouvir.

Inclusive, Zayn é um administrador muito melhor que Louis, na sua opinião. Se ele visse esses papéis resolveria tudo em questão de um dia em horário comercial, não levaria semanas como Louis parece estar fazendo.

Harry demorou menos que Louis para reparar ele em sua porta, com as mãos no bolso da calça jeans clara e um sorriso charmoso. Ele usa um desses óculos caros que as pessoas da cidade gostam de exibir (Arnette) e um perfume suave, do tipo que você sabe que provavelmente é importado e muito caro. A camisa cinza de botões semi aberta com estampa de grafites com certeza foi feita artesanalmente, mas é uma arte bem legal. O cara estranho nem reparou em Harry sentado na janela, o observando ali por tanto tempo, mas também não se moveu por um minuto inteiro, encarando Louis focado demais no trabalho para perceber a visita.

- Eu não acredito que você conseguiu foder um pé só pra ter desculpa para trabalhar o dia inteiro nas férias, Tomlinson - o estranho disse sorrindo, depois de ter ficado aquele minuto inteiro parado, esperando ser notado.

Louis ergueu a cabeça rapidamente em sua direção, com um sorriso enorme no rosto, quase como se sentisse alívio por vê-lo, com o mau humor se dissipando de vez.

Harry arqueou a sobrancelha, porque, aquilo tudo era o quê? Tão fácil assim e ele já estava com o humor recuperado?

- Cara, você só pode ser minha alma gêmea ou alguma merda telepática porque eu tava pensando nessa sua mente brilhante agora mesmo - disse rindo enquanto o estranho se aproximava e sem mais cerimônias abraçou Louis fortemente..

- Eu não lembro de passar tanto tempo longe de você, e só se passaram duas semanas.

- E quando você passou um mês em Ibiza nas suas férias?

- É isso que eu estou dizendo, eu tava bêbado demais por um mês para me lembrar de vocês - os dois riram e se afastaram - Phoebe e Roselin me ligaram dizendo que você tinha se acidentado e eu corri para cá.

- Não precisava vir uma semana adiantado só por causa dessa bobagem - Louis recolheu os papéis e Zayn comprimiu os lábios, não concordando. - vocês todos estão exagerando.

- É você que está sendo dramático ao invés de respeitar uma recomendação simples - Zayn diz acariciando, quase como uma massagem, a perna onde está o pé machucado de Louis. Harry decidiu acender o cigarro - e não se ache tanto, eu vim também porque queria aproveitar o famoso verão na fazenda, Phoebe não parava de falar disso. E as minhas duas crianças precisam do dindo de olho nelas já que o pai está todo quebrado, não é?

A fumaça do palheiro não chegou a se tornar um incômodo porque o vento soprava para a lateral ao lado de fora da casa, mas o som áspero do palito de fósforo arrastando pela caixinha de madeira, chamou a atenção dos dois. Louis lembrou que na verdade Harry não conhecia Zayn ainda e provavelmente era por isso o silêncio dele.

- Phoebe já apresentou vocês? - seu melhor amigo negou e Harry não respondeu.

Zayn levantou calmo e estendeu a mão para Harry que retribuiu.

- Zayn Malik, sou compadre e o juízo de Louis, e você?

- Harry Styles - ele solta a mão e traga, antes de responder ao mesmo estilo - o chefe dessa fazenda.

Zayn escondeu a surpresa como o adulto sensato que ele sabe ser, mas quando se virou para Louis, ainda mantendo a postura, ele demonstrou no olhar, sutilmente, o que estava pensando a respeito. Zayn sabe de tudo o que aconteceu no seu passado, assim como Laura também sabia, não é segredo entre eles o que Harry significava em sua vida.

Mais tarde, quando o chefe disse que estava saindo pra ver como estavam as coisas com seus funcionários já que agora Louis tinha companhia, Zayn sentou ao seu lado na cama e eles conversaram sobre a bagunça na administração da fazenda e Zayn também se dispôs a fazer o possível para ajudar. Eles conversam sobre a possibilidade de Elis vir com Rose no próximo verão porque Louis acha justo a opinião de Zayn ser válida sobre qualquer decisão a respeito delas. Eles também gastaram bastante tempo falando sobre um cara que Zayn teve um encontro fracassado no último final de semana.

- E aí? - perguntou sem precisar dizer o que era porque os dois tem isso de sempre se entender sem precisar dizer muito.

- Foi mais fácil do que eu pensava - respondeu Louis - Se Laura estivesse aqui, poderia se gabar sobre estar certa o tempo todo de que enfrentar o passado não era um bicho de sete cabeças.

- Laura sempre teve razão, não é mesmo?

Louis anuiu sorrindo com carinho e Zayn também, mas de olhos fechados. Os dois tinham saudades dela. No começo doía muito, talvez nunca pare de doer, mas pelo menos agora a dor diminuiu e deu espaço para um carinho saudoso.

Os dois cochilaram lado a lado. Zayn estava cansado da viagem e Louis estava sonolento pelos remédios para dor e entediado. Quando acordaram, já havia anoitecido. Phoebe apareceu os convocando para uma festa na fogueira próxima ao lado, agora que Louis já estava liberado para se levantar. Eles se alimentaram, Louis colocou Elis para dormir, convidou a filha mais velha para ir com eles (ela iria com os primos mais tarde, combinaram de se encontrar lá depois) e foi caminhando com a ajuda de Zayn. Ele ainda estava mancando e usando uma muleta, mas não era para tanto, se sentia bem e mais disposto para uma boa noite do que nunca. Precisava daquilo depois de três dias sentindo tédio e irritação.

Quando chegaram na beira do lago os primos já estavam todos lá, e quase todos os adolescentes que eram filhos dos primos também, mas em seu próprio grupinho mais separados dos adultos.

A música alta saía do conjunto de som na caminhonete de Franklin que Harry estacionou de ré próximo a fogueira e envolta dela havia as cadeiras de pesca, tocos de madeira e cangas que a tia Jeane trouxe para sentar mais à vontade no chão.

Todos bebiam o que queriam, conversavam alto, riam e aproveitavam a noite. Havia até alguns amigos da vizinhança, além dos amigos de Tom que vieram da cidade e Louis deu graças a Deus por Johanna recusar o convite por preferir tomar conta das crianças com outros dos tios mais caseiros e tranquilos no casarão. Ele não quer lidar com ela numa noite de diversão.

Zayn ajuda Louis a descer a inclinação do solo para se aproximar do grupo. Eles riem quando Zayn brinca sobre pegá-lo no colo e quando Louis ergueu a cabeça, eventualmente, encontrou o peso de um olhar significativo sobre si. Fazia tempo que não sentia essa queimação na boca do estômago e o calor subindo o pescoço a ponto de causar vermelhidão.

Ele atribuiria o calor ao fogo aceso no chão, mas conhece muito bem a origem para ignorar ou fingir que não sabe que a combustão verde era a origem do seu incêndio particular.

Harry continua o seguindo com os olhos, do outro lado da fogueira, mesmo quando Louis escolhe sentar ao lado de Liam para apresentar Zayn ao novo amigo e entrarem numa conversa sobre os últimos dias. Os três interagem fácil e quase uma hora depois já estão bebendo o segundo copo de vodka com energético, acompanhados de Jacob e Dayse.

Harry ainda estava com Phoebe e Tom do outro lado. A fogueira era alta e a labareda dançante dava um efeito brilhante nele que Louis não conseguia deixar de reparar o quão bonito estava. Ele encarou de volta e a partir do momento em que seus olhos se esbarram, eles nem sequer tentam disfarçar o que estavam fazendo. Não tem sorrisos ou uma conversa muda, na verdade era só um pouco de intensidade, a bebida no sangue e o calor do fogo entre eles como uma placa luminosa de interesse.

A atenção de Louis foi roubada quando o som de uma risada alta ecoa pelo lago e Harry riu junto. Era um homem de cabelo castanho chegando de mãos dadas com uma mulher simpática e muito bonita. O homem usava roupas de fazendeiro, mas parecia mais elegante. Os dois se abraçam em cumprimento e conversam animado. O homem falava alto, mas tem muita gente falando ao mesmo tempo em todas as partes daquela festa, por isso Louis não entendia exatamente as palavras usadas pelo recém chegado, mas sabia que estava procurando por alguém entre as pessoas. Quando finalmente se virou e encontrou o olhar de Louis, ele também sorriu. Com certeza aquele rosto era muito familiar. Louis se levantou animado, quase esqueceu o pé machucado, mas quando a dor apontou e Harry disse algo de onde estava, ele apenas esperou até o cara se aproximar por conta própria até Louis ter certeza de que aquele era mesmo Niall Horan.

Os três se aproximam do grupo com Louis. Eles se cumprimentam muito animados. Louis não consegue conter a alegria de rever um velho amigo. Os dois até se falaram pelo Facebook algumas vezes ao longo dos anos, não foi um contato totalmente perdido, mas é muito melhor rever pessoalmente depois de tantos anos. Ele apresentou Zayn como seu melhor amigo e compadre e Niall apresentou Amélia como sua esposa. Quando Niall decidiu se juntar a eles na roda, Harry também escolheu ficar. Se serviu de Whisky oferecido por Phill e sentou na cadeira de pesca que sobrou, ao lado de Jacob. Relaxados, eles entram em vários assuntos, dividem a bebida, fazem piada, contam velhas histórias e não se importam com a hora. Louis também não se preocupa muito com Zayn porque ele engatou numa conversa paralela com Liam e eles estão todos confortáveis se divertindo.

Por volta da meia noite, um dos tios desligou o som da caminhonete para poupar a bateria do carro a pedido de Harry, e trouxe duas violas. Ele deu uma viola para a prima Lana e ficou com a outra para si. Eles tocaram e cantaram juntos com todos entrando no embalo, mas agora mais calmos.

Louis esperou pelo momento em que Harry iria pegar a viola para tocar e cantar também. A coisa da qual ele mais sentia falta era ouvir ele cantar e tocar porque fazia aquilo maravilhosamente bem. Uma das pessoas mais talentosas que já teve o prazer de ouvir. Chegava a ser majestoso.

A voz de Harry, o talento dele com o violão, era muito lindo.

Não aconteceu, no entanto.

Harry não esboçou nenhum interesse mesmo depois de começar a ficar enjoativo o tio Paul repetir os mesmos acordes para todas as músicas que Lana escolhia. Ao invés de mostrar o que sabia fazer de melhor, Harry apenas se levantou discretamente e foi para o carro. Ele não estava indo embora, só sentou no banco de motorista como se precisasse de um momento para conferir o telefone sozinho. Estavam todos se divertindo e bêbados demais para reparar, mas obviamente, Louis reparou na retirada desde que Harry se levantou levando o copo cheio de Whisky.

- Ei, eu já volto, vai ficar bem aqui? - perguntou para Zayn, que interrompeu suas risadas com Liam para concordar e verificar o que Louis pretendia fazer se estava caminhando de muletas - Eu vou com Harry, fica tranquilo - garantiu antes de se levantar e seguir com facilidade até a caminhonete.

Harry nem ficou surpreso. Ao invés de questionar, só abriu a porta do passageiro para Louis entrar e continuou digitando ágil a mensagem no celular. Ele bloqueou a tela depois que Louis já estava sentado e com as portas fechadas.

- Tudo bem?

- Eu só estava conferindo se Franklin está bem - respondeu Harry, de semblante sério, mas lento pelo pouco de bebida que ingeriu - ele acordou hoje.

- Eu não sabia.

Louis se deu conta de que agora não tinha mais como fugir da realidade. Ele vai ter que enfrentar a situação, se Franklin está acordado. Harry parece ter entendido isso também, porque perguntou:

- Vai falar com ele amanhã?

- É inevitável.

Harry não respondeu. Eles não precisam discutir sobre isso de novo. Louis e Franklin não se dão bem desde que ele assumiu sua bissexualidade aos treze anos e Harry sabe disso hoje em dia, mas não acha que seja motivo para, na beira da morte do avô deles, Louis ser tão frio e rancoroso. Obviamente, Louis acha que Harry não entende o que é se sentir assim porque nunca nem teve coragem de se assumir para o avô e passar pelas mesmas merdas homofóbicas e absurdas que passou. Eles não vão mais falar sobre isso, no entanto, porque sabem que foi um dos principais tópicos que destruiu a relação deles anos atrás.

- Quero fumar, você se incomoda?

- Vá em frente - Louis gesticulou com a mão e abriu seu lado do vidro quando Harry também o fez. Eles escutam a festa de onde estavam, dividindo de novo um copo de whisky - por que você não toca mais?

Harry tragou o palheiro e colocou a cabeça para fora da janela, para a fumaça não ser tão agressiva, mas também para não olhar Louis nos olhos.

- Quando você foi embora, eu parei.

- Por que?

- Assunto pesado.

- Eu quero saber, se você quiser me falar.

- Tudo bem - Harry tragou de novo e fechou os olhos - eu sabia que nunca poderia ir embora como todos foram e que não adiantava alimentar sonhos idiotas. Eu estava só encarando minha realidade. Eu parei de tocar.

Ele terminou de fumar o cigarro em silêncio e Louis ficou encarando a fogueira e a festa através do retrovisor da caminhonete.

- Não consigo imaginar você sem música.

- E eu não conseguia me imaginar sem você, mas aconteceu - Harry disse baixinho, se deixando levar pelo momento.

Um nó apertou firme no estômago de Louis. Ele fecha os olhos e vira o rosto para a direção oposta a do outro, tomando um tempo para absorver o que escutou.

- Me desculpa - Harry pediu - eu quebrei a viola que você me deu de presente quando éramos crianças. Eu só estava com raiva.

Louis suspirou triste, esticou a mão pedindo pelo Whisky sem dizer e demorou a responder:

- Tudo bem, eu entendo - tomou coragem para encará-lo. Harry mordiscava o anelar com o cotovelo apoiado na janela - a raiva passou?

- Passou, agora passou de vez.

- Tem certeza?

- Sim.

- Ainda bem - Louis sussurrou - porque eu nunca quis te machucar de verdade.

- Eu sei - Harry falou baixinho também - agora eu sei.

- Lembra que eu disse que queria ser honesto com você? - Harry anuiu e Louis passou a bebida para ele antes de dizer: - Você é um novo homem, tinha razão sobre isso, mas eu também estou interessado em conhecer o novo homem que se tornou.

- Não acha complicado demais?

- Talvez, mas o meu novo eu sabe lidar com isso, e o seu? - Harry deu de ombros e Louis sorriu - Muita coisa mudou, já repetimos dezenas de vezes. Acho que uma das diferenças agora é que temos maturidade o suficiente para nos conhecer de forma discreta.

- Nos conhecer - Harry riu - você fala como se tudo realmente tivesse mudado.

- Você é quem gosta de ficar repetindo sobre mudanças desde que cheguei.

- Porque muita coisa mudou, mas não tudo.

- Não tudo? - Louis dobrou a perna que não estava ferida sobre o banco e virou o corpo para ficar de frente para ele. Encostou a cabeça no banco e trocaram aquele olhar intenso e vibrante - Não tudo, tipo o quê?

- Você continua sendo manhoso - Harry pontuou falando baixinho, a voz rouca deixando Louis completamente absorto - pra quê todo aquele drama durante o repouso do pé?

- Porque não tinha necessidade.

- E continua teimoso também.

- Você também não mudou em alguns aspectos, continua sendo protetor.

- Você acha?

- Cuidadoso demais.

- Isso não é bom?

- Depende de onde for usar esse cuidado - Louis fala lento, brincando com as palavras, Harry riu curto e balançou a cabeça, desacreditado do rumo dessa conversa - você sabe que eu sou manhoso, mas não para tudo.

- Eu me lembro bem - Harry lambeu os lábios e Louis o acompanhou - o que mais você acha que não mudou?

A expectativa brilhou em seus olhos e Louis levou os dedos até os botões da camisa de Harry, para fingir brincar com eles casualmente, muito interessado. Mas foda-se se eles estavam agindo tão descaradamente, porque se Harry disse que não queria joguinhos, então ele iria direto ao ponto:

- A vontade de te experimentar - Louis disse firme, e Harry levou a mão até a dele, suavemente, brincando com os dedos em seus botões, num abre e fecha cheio de expectativas. - Essa necessidade que eu tenho de te tocar sempre que estamos próximos.

Eles estavam mais próximos, muito mais perto, e se a caminhonete estivesse numa posição contrária todos na festa poderiam ver de longe o que faziam.

O chefe deixou o corpo pender para frente lhe dando acesso.

- Sempre foi difícil me conter - Louis continuou a dizer sussurrando, com os lábios tocando o lóbulo de seu primo - Essa é outra coisa que não muda - a barba raspou em seu pescoço - É difícil me conter e você não ajuda muito sendo lindo demais.

- Então não se contenha - Harry respondeu no mesmo tom. Ele aperta com força o bíceps de Louis para mantê-lo perto, e afasta apenas o suficiente do rosto para encarar seus olhos - minha nova versão tem curiosidade sobre a sua.

Louis prendeu a respiração e Harry arqueou as sobrancelhas. Eles se afastaram de vez, mas a tensão era a mesma e o tom de voz carregado de desejo.

- Você vai dirigir para longe daqui e eu vou enviar uma mensagem para Zayn nos dar cobertura.

Harry só esticou a mão, virou a chave, ligou o carro e saiu. Louis digitava habilmente no celular, mas estava nervoso. Isso é ridículo, ele não era mais um adolescente, agora é um homem muito bem resolvido. Ele sabe o que quer, Harry também não parece ter dúvidas, mas os dois tremiam de nervoso, com um frio absurdo na barriga.

O que vem a seguir seria resultado do inevitável ou uma impulsividade?

Harry tenta não pensar muito a respeito enquanto dirige porque ele sabe sim o que quer e não vai se deixar levar pela ansiedade. Louis se distraiu respondendo Zayn, que pediu para ele aproveitar, mas ter juízo, e mandou um emoji de coração gigante porque o amigo prometeu se prontificar a dar toda a cobertura possível caso houvesse questionamentos sobre o paradeiro dos dois.

Tinha uma mensagem insinuativa de Phoebe sobre ele ter sumido da fogueira ao mesmo tempo que Harry, mas ao invés de contar para ela o que estava acontecendo, respondeu com uma figurinha ofensiva e mandou ela desencanar.

Harry estava dirigindo muito rápido, quando Louis não tinha mais o que digitar. Estacionaram a velha caminhonete na outra extremidade da beira do lago, em um lugar muito isolado, mas perto da fazenda vizinha. Ali não havia outra iluminação a não ser do próprio carro, da cortina de estrelas e da lua em seu quarto minguante.

Antes que Harry proteste pelo pé machucado de Louis, ele passa para o banco traseiro para terem mais espaço. Fez um movimento tão rápido que nem teve tempo de sentir dor. Riu de si mesmo por pensar que o tesão virou anestésico.

Harry ria também, mas era de ansiedade e nervosismo. Ele nem pensou direito porque a partir dali eles não queriam pensar em mais nada e deixar o desejo e a curiosidade guiar seus corpos pela noite.

Harry foi um pouco mais desengonçado, por ser maior e desastrado, para passar para trás. Sem cerimônia, sentou de frente e no colo de Louis, apertando firme os bíceps dele, sem cuidado nenhum. Exatamente como Louis havia dito, porque ele tinha razão, isso não mudou. Os dois ainda agiam como dois animais na cama - ou no banco de trás da velha companheira deles.

E aí, com o coração quase rasgando o peito e o peso da tensão embalando os dois como se estivessem no carro a vácuo, Harry puxou Louis pela nuca e o beijou.

Firme, com toda a sua vontade, sabor de whisky e... saudade.

Seu novo eu, o novo homem que ele dizia ser, também sentia saudade do seu velho amor.

Mas Louis, talvez, tenha contado uma mentirinha. Porque ele não era um novo homem como jurava ser. Ele se sentia o mesmo Louis, esse era o seu velho eu, só que agora maduro o suficiente para segurar Harry em seus braços e saber o que fazer sem medo, sem mágoas e sem dramas.

Harry puxou o cabelo de Louis para inclinar sua cabeça para trás e o beijou com força. O som estalado o excita ainda mais. Eles se afundam um no outro com mãos firmes, lábios molhados e pausas curtas para respirar.

Eles poderiam tentar agir como duas novas pessoas, mas era inevitável fazer comparações com o passado, inevitável reparar nas mudanças ou semelhanças de quando namoravam. Agora, por exemplo, Louis estava ofegante no beijo, com calor, vibrando de desejo, enlouquecendo, mas ele pensava no quanto Harry melhorou no quesito pegada. Ele já era bom quando era mais novo, mas agora, era gostoso de um jeito que Louis nunca havia provado.

Louis apertou firmemente a cintura dele e o empurrou para baixo em seu colo. Harry gemeu rouco, um som profundo, de olhos fechados e inclinando o rosto para seus lábios cheios deslizarem pelo pescoço cheiroso. O nariz passeia pela pele bronzeada de Louis, ele aspira, sente o toque firme dos dedos dele adentrando a camisa e tocando sua cintura, deslizando para o cós da calça, tudo tão desesperador e necessitado que ele diria "como se esperassem anos para ter esse momento de volta" porque era a mais pura verdade.

Neste momento, dentro dessa caminhonete, os medos, as complicações, as mágoas e o passado não importam mais.

Harry ergueu o quadril para desafivelar o cinto da calça que usa e Louis tirou a camisa deles depois de abaixar as calças apenas o suficiente para Harry se sentar de volta. Eles estão afoitos, sem falar demais, só seguindo o ritmo um do outro.

Continuam se beijando por um tempo até Louis não aguentar mais e mudar de posição. Ele vira Harry de costas, apoiando o cotovelo no encosto do banco. Deu risada quando mexeu na carteira de Harry e encontrou camisinha. Harry pareceu irritado ou impaciente com a enrolação, porque jogou o quadril para trás, sem cuidado algum, e avisou:

- Se você não me foder logo eu vou fazer por nós dois - a voz grossa e rouca, ordenando firme como o chefe que ele é, faz Louis gemer, e tocar o próprio pau, buscando alívio. Ele se inclina e beija as costas de Harry, depois desce, aperta as coxas dele para afastar e ter acesso.

Louis estava salivando, mas sabendo que Harry estava impaciente, pressionou dois dedos úmidos, afundando aos poucos com a sua ajuda. Harry empurrava para trás gemendo entredentes. Ele murmurou algum palavrão, mas Louis fez questão de xingar alto. Movimentou os dedos, primeiro devagar, depois mais rápido até criar ritmo. Ele continuava salivando, quase morrendo de tanta vontade de chupar Harry. Deu um tapa forte, estalou a palma em sua bunda e Harry choramingou sem deixar de rebolar. Louis não aguenta mais passar vontade e, novamente, troca a posição. Harry reclama do frio e da falta de seus dedos, apesar disso, não se opôs em esperar Louis deitar. Ele ia sentar em seu pau, mas foi impedido.

- Em cima - instruiu, mas não foi compreendido - eu quero você sentando na minha cara.

Harry não perguntou mais. Rapidamente se posicionou e deu certo. O melhor de transar naquela caminhonete eram os bancos largos e a cabine espaçosa. Flexionou uma perna no banco e a outra apoiou no chão. Louis apertou as coxas fartas sobre sua cabeça com força e Harry sentou em sua boca. Precisou apoiar as mãos no vidro para conseguir rebolar na língua quente e rígida, chicoteando seus nervos, fazendo ele tremer e gemer mais alto e ofegante.

Louis não conseguia parar, puxando a bunda contra o seu rosto, desviando os lábios um pouco para o lado apenas para morder com vontade a pele fina e deixar seu dedo úmido acariciar a abertura cada vez mais larga para receber seu pau muito em breve. Louis voltava os lábios ansioso com a língua, tentando foder Harry com ela, mas era difícil quando o chefe não sabia ficar quieto, se movendo desesperado pelo contato úmido.

Estava ali, outra coisa que não havia mudado: Styles era completamente escandaloso e Louis amava aquilo.

O novo de Harry agora era ser um puto mandão.

Impaciente e ansioso para ser fodido pelo pau de Louis, ele desce e se ajeita por conta própria, puxando Louis até que ele se sente próximo à janela. Ele veste a camisinha em Louis tão rápido que parece até que os dois não deram uma pausa de dezessete anos naquilo. Perfeitamente encaixados, Louis separa e aperta sua bunda farta enquanto ele senta.

O cabelo de Harry está uma bagunça, ele todo está uma bagunça, com o cabelo grudado em sua testa, lábios entreabertos e cabeça inclinada para trás.

Ele apoia uma mão no banco e outra contra a janela embaçada pelo calor das respirações e dos corpos quentes dentro do carro. Ele joga o corpo para cima e senta de volta com força, tocando tão fundo que chega a soluçar. Louis xinga um "porra, Harry, caralho" e ganha uma mordida no ombro que o excita ainda mais.

Harry rebola, geme, treme em seu colo. Louis não consegue parar de beijar e tocar o seu corpo. Ele sobe o quadril e desce outra vez com a mesma precisão e força. As pernas tremem e Louis segura suas coxas para estabilizar e dar segurança. Ele repete uma, duas, três vezes antes de começar a cavalgar rápido e habilidoso, realmente incrível no que faz.

Louis estava delirando de tesão, ele tem certeza de ter escutado algo como "meu amor" mas deve ser só o momento. Ele não consegue ligar para aquilo por muito tempo porque está encantado demais com a visão do fazendeiro cavalgando em seu pau, com a pele quente e molhada de suor sobre a sua, fazendo seu trabalho extraordinário de sentar e rebolar. Louis deu outro tapa em sua bunda e Harry gemeu arrastado, com a voz rouca lhe chamando de gostoso, e Louis mordeu seus lábios.

Ele não toma muito cuidado quando vira o corpo de Harry contra o encosto do banco. Quase dá errado, é uma bagunça, mas logo está fodendo a bunda empinada com força. Harry deitou a cabeça no encosto do banco e segurou firme porque seu corpo balançava, a caminhonete toda chacoalhava. Ele se sentiu incrível quando Louis acertou o ponto certo dentro de si. Ordenou que ele continue onde estava, pediu mais, jogou o quadril para trás e quando o administrador tocou seus mamilos, Harry sentia quase como se sua alma estivesse se deslocando do corpo, enquanto o orgasmo era prolongado por Louis socando contra sua próstata, beliscando seus mamilos e esfregando a glande sensível e melada.

O gemido rouco vai se tornando mudo, a boca permanece aberta enquanto ele treme e Louis continua fodendo, agora num ritmo mais lento. Harry se inclinou para trás, sendo abraçado. Virou o rosto para beijá-lo e rebolou devagar, pedindo para Louis gozar. Sua ordem foi acatada, com o primo vindo em espasmos relaxados, mas mantendo a mesma força nos braços para segurar e apertar seu corpo firme enquanto o beijava até estar fora.

Eles deslizam no banco até estarem deitados. Louis descansa sobre o corpo de Harry, com a cabeça deitada na barriga subindo e descendo pela respiração ofegante. Ele estava pensando no quanto foi bom pra caralho. Desde que ficou viúvo só havia transado com duas pessoas, mas nenhum era homem, então ele não sabia que poderia se sair tão bem sem nenhum desastre vergonhoso. Foi um pouco desajeitado por ser no carro, foi afobado, mas foi bom demais. Ele sentia os dedos de Harry deslizarem para o seu cabelo com carinho e ganhou segurança para acariciar a pele sensível no interior das coxas dele. Eles só precisavam de um tempo assim, descansando, mas logo o celular de Louis tocou pela segunda vez e ele não podia ser irresponsável para ignorar porque tinha duas filhas.

Harry alcançou o aparelho no banco do passageiro para ele e o movimento faz com que eles tenham que sair da posição e se ajeitar de verdade. É o nome de Zayn no identificador. Harry finge que não vê enquanto veste suas roupas e Louis tira a camisinha.

- Diz que eu já estou indo para casa e ela deveria ir também - Louis respondeu a pergunta que Zayn fez do outro lado da linha - e você quase deu permissão? Você é muito mole com Rose - respirou fundo ouvindo o que o outro disse - não, eu nem vou discutir com você, não tô tirando seu direito de permissão nem desconfiando, só estou dizendo que tudo tem limite e o limite dela já foi até extrapolado.

- Erga o seu quadril - Harry cochichou e Louis obedeceu sem tirar o celular do ouvido. Ele teve a calça sendo vestida pelo outro. Harry sendo Harry, aparentemente esse novo homem também é protetor mesmo após um sexo nada cuidadoso, como o seu velho Harry.

- Não é você que sempre fica me regrando? - Louis reclamou e escutou Zayn responder - Então faça o mesmo com ela, oras. Diga que estou indo para o casarão e quando eu chegar quero ela em casa também. Não caia no papo de Rose porque ela vai tentar argumentar, Zy, você a conhece muito bem - suspirou - Tudo bem, obrigado, também te amo, até depois.

Harry ergueu os olhos em sua direção antes de dar a partida no carro. Louis desligou o celular e vestiu a camisa sozinho, já no banco passageiro.

- Eu estou sóbrio - disse o fazendeiro enquanto dirigia - o sexo fez o álcool evaporar do meu corpo.

Louis riu, mas sentia-se estranhamente tímido. Ele não costuma ser assim por sexo, não precisava dessa bobagem de se sentir encabulado, mas aí estava ele escondendo as bochechas quentes e um sorriso prensado.

- Rose está te dando trabalho hoje?

- Só para Zayn, porque ele cai no papo dela muito fácil. Tudo o que Rose pede ele dá porque é um tio babão, por isso minhas filhas estão ficando mimadas e difíceis de lidar.

- Eu não caio, lido com adolescentes todo o verão, inclusive ela.

- Eu vejo, você é bom com eles, sabe impor respeito e ainda assim é o preferido das crianças.

Agora é Harry que parece tímido. O verde de seus olhos cintilantes sorriem mais que os lábios inchados e avermelhados. Ele fica tão brilhante no pós sexo, tão lindo que faz Louis sorrir encantado também.

Louis ficou encarando o primo por um tempo, mas depois de duas curvas na estrada, não resistiu. Harry reparou a aproximação repentina e encostou o carro no caminho da fazenda. Eles se beijam por um tempo, só ouvindo o som de seus lábios e o coaxar dos girinos na noite escura lá fora. Harry segurou seu rosto para beijá-lo, enquanto Louis tinha uma mão em seu quadril e outra na coxa, inclinando o corpo e quase subindo nele. Os dois se afastam dando selinhos, e sorrindo. Eles ajudam um ao outro a ajeitar o cabelo e a roupa para parecer normal antes de Harry voltar a dirigir para o casarão, escondendo outro segredo deles apenas para a velha e companheira caminhonete.

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