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honestamente, eu tô insegura com
esse capítulo do início ao fim,
por isso a demora kkkk

já peço desculpas pelo tamanho
enorme dele, mas foi necessário pra
trazer informações

espero que gostem, boa leitura!

beijinhos de @_shakesqueer


🌾🚜

[Passado]

Foi no final do ano de 1999, quando Harry tinha quinze anos, que Anne deu a notícia de que iriam embora de Olivia 's Farm.

Essa decisão veio porque sua mãe e Robert discutiam constantemente sobre ela não querer viver na fazenda, mas o marido insistia em ficar. Anne não tinha nada a ver com aquela vida no campo, o negócio dela era outro. Anne veio da Inglaterra para os Estados Unidos no início dos anos oitenta para ser sócia proprietária de uma pequena produtora musical em Nova Iorque que cresceu com muito esforço e trabalho duro. Anos depois, quando Anne se casou com Robert Tomlinson, achou que estaria tudo bem aceitar o convite dele para viver na fazenda dos sogros no interior de Louisiana, onde ele trabalha.

Anne pensou que poderia deixar os comandos de sua produtora musical na mão da gerência e de seus funcionários, pensou que poderia verificar o andamento das coisas constantemente mesmo a distância, mas os rendimentos caíram e ela não queria perder o que havia construído com muito esforço. Foi assim que, quase sete anos depois de ter se mudado e com muitas discussões até um comum acordo com o marido, eles decidiram voltar para Nova Iorque.

Como se Anne pudesse simplesmente arrancar Harry dos lugares quando lhe fosse conveniente. Quer dizer, dessa vez ele tentava ser menos mesquinho e entender o lado dela, mas não deixava de doer porque a fazenda se tornou seu lar e ele não queria ir embora de casa para viver em um apartamento cinza numa cidade cinza.

A notícia de que Harry, Anne e Robert iriam embora no final do ano, veio em outubro, após o fim do verão, quando todos os visitantes tinham voltado para casa. Louis só voltaria em novembro com os pais por causa do dia de ações de graça - ou talvez nem viesse, nem todos os anos eles vinham para esse feriado, tinha vezes que poderiam até vir no natal, mas a certeza da reunião em família era só nas férias de verão - por isso, Harry estava preocupado, porque não queria se mudar para tão longe antes de vê-lo.

Com a família de Louis morando na capital Nova Orleans e se Harry tivesse que viver em Nova Iorque, em outro estado, os dois provavelmente se veriam menos do que um verão inteiro. Assim, ele teria o problema de não querer ir embora porque ama muito a fazenda e também porque não queria ficar mais distante ainda do seu namorado.

Sim, namorado. O primeiro beijo deles ocorreu no início do verão e no final Louis o pediu em namoro na caminhonete do vovô enquanto estavam no quinto encontro secreto. Harry o levou na caminhonete para assistirem um filme no cine drive-in como se já não tivessem ido lá dezenas de vezes. A diferença daquela vez, eram as sensações mais claras, eram os dois irem juntos como um casal num encontro. Harry o beijou discretamente durante mais da metade do filme e quando os carros já tinham ido embora e estavam os dois a sós naquele campo, com a luz da lua e os estalos de lábios chocando um contra o outro em beijos molhados, Louis disse que queria ser seu namorado e Harry aceitou, dizendo que queria ser o namorado dele também.

Eles prometeram mandar cartas um ao outro, também discretas, para os pais e avós não perceberem, e que por enquanto seria um segredo só deles porque tinham medo da reação da família, não apenas por serem dois garotos em um tempo e sociedade preconceituosa, como também por serem primos.

Agora, dois dias antes do dia de ações de graças, Harry estava ansioso de pé na varanda, olhando para a estrada.

A qualquer momento Louis chegaria para ficar quatro dias na fazenda com a família, graças ao feriado e Harry mal pode esperar para vê-lo de novo. É saudade que não cabe nele.

- Querido, o Louis vai chegar só durante a tarde, ainda nem é meio dia - sua avó, Olívia, tentou acalmar ele enquanto tricota e bebe chá de laranja ao lado de Franklin nas cadeiras de balanço da varanda - você pode ir brincar, dar uma volta, quando ele chegar a vovó te avisa.

- Obrigado, mas eu não brinco mais - ele sorriu agradecido pela preocupação dela - já tenho quinze anos.

- Mas pode fazer uma coisa mais divertida do que ficar aí parado.

- Ou você pode parar de frescura e ir me ajudar na limpeza da garagem - Franklin reclamou e suavizou o tom de voz em seguida, com o olhar de advertência vindo de Olívia: - a sua avó vai te avisar quando o seu primo chegar, não adianta ficar parado aí feito um dois de paus.

Não é surpresa para ninguém essa ansiedade dele. Os dois sempre foram grudados e ficavam animados para esses momentos dos feriados e férias quando finalmente se encontravam. A família vê como coisa de primos unidos que se gostam muito e se dão bem, coisa de criança mesmo eles já tendo quinze e dezesseis, mas hoje em dia Harry entende melhor que, na verdade, o motivo é estar perdidamente apaixonado.

Ele foi para dentro de casa por dez minutos antes de ficar ansioso de novo e retornar para a varanda, encontrando dessa vez somente a sua avó, ainda tricotando e aproveitando que aquele era um dia em que a funcionária da casa trabalhava por ela. Harry trouxe consigo um agasalho e a viola que Louis lhe deu de presente. Dedilhava uma melodia suave composta por si mesmo e olhava na direção da estrada.

- Sua mãe foi à cidade fazer compras para o dia de ações de graça - o sotaque interiorano da avó era muito mais intenso do que qualquer outro na fazenda e sempre carregado de afeto - Por que você não foi junto, querido?

- Minha mãe só volta a noite e o Louis vai chegar daqui a pouco.

- Vocês estão ficando crescidos e nem assim se desgrudam - ela comentou, rindo, suavemente.

- O vovô fica implicando com isso.

Ela comprime os lábios e deixa o tricô de lado, parecendo chateada.

- O que ele diz?

- Ele diz que eu tenho que parar de ficar abraçando o Louis do jeito que fazemos porque é feio.

E também diz que Harry precisa fazer outros amigos homens para falar coisas de homens ao invés de Daisy e Phoebe porque elas são meninas e só falam coisas de meninas, mas essa parte causa um incômodo tão grande em Harry pelas palavras usadas e as insinuações feitas, que ele não consegue nem reproduzir em voz alta.

- Não é feio abraçar, vocês são primos, é normal.

Namorados, Harry pensa, ficando em silêncio e desviando o olhar.

Coincidindo com o horário do café da tarde, Louis chegou de carro com os pais. Quando viu a poeira na estrada subindo e o som de pneus sobre o solo seco, Harry correu da varanda para a entrada do casarão e abriu as porteiras, se pendurando no cercado e acenando animadamente para os visitantes.

Franklin estava no quintal lavando as mãos para a refeição, a vovó Olívia esperava na janela. Os pais de Louis cumprimentaram os residentes da casa, mas antes de sequer dar assunto, os dois adolescentes correram escada acima. Louis carregava uma mochila e uma sacola e Harry a outra bolsa extra do seu namorado.

São nove quartos, tendo dois divididos para os primos meninos (Louis, Harry, Phil, Sam, Josh, Jacob, Calvin e Adrian, nessa ordem do mais velho para o mais novo) e outro quarto para as meninas (Grace, Daisy, Phoebe e Lana) e o restante para os avós e os tios, também separados por casais em quartos privados e irmãos solteiros dividindo o que sobra.

Sabendo disso, Louis e Harry literalmente correm para o quarto que costumam dividir. Vovó Olívia pede para eles tomarem cuidado para não caírem e não correrem. Franklin resmunga que os dois juntos sempre são os mais bagunceiros da casa.

Chegando no quarto, Harry fecha a porta com um sorriso gigante e genuíno. Louis solta a mochila no chão, ele o imita com a bolsa sendo largada em qualquer canto e avança sobre seus braços e lábios. Louis o beija por toda a falta que sentiu, com paixão, mas também com muito, muito alívio em tê-lo de volta.

Às vezes é assustador, Harry pensa, sentir tanta coisa assim por uma pessoa só. Um sentimento tão grande, maior do que a extensão de plantação dos avós deles, que parece não ter fim. Um sentimento que não cabe mais em si mesmo, daí ele divide com Louis para eles carregarem toda essa carga gostosa juntos.

Os dois vão parar deitados na cama de baixo em um dos beliches com Louis tirando os sapatos sem deixar os lábios de Harry durante o feito. Eles estão rindo entre lábios deslizantes e mordidas no canto da boca um do outro. Rindo de felicidade por se verem e estarem juntos de novo. Quando se afastam, os dois estão ofegantes, sorrindo.

Louis quase caiu da cama pequena quando se esticou para pegar a bolsa no chão. Harry tentou segurar ele, mas riu bobo, completamente anestesiado pela sensação suave na boca do estômago por culpa da risada linda de Louis e de tudo o que faz ser incrivelmente perfeito. Harry tem o coração de um garoto tão bonito e carinhoso e mesmo que entre eles seja tudo escondido, a sensação é indescritível, acima de maravilhoso.

De dentro da bolsa, seu namorado tirou um objeto retangular embalado em um embrulho de papel vermelho coberto com corações.

- Feliz três meses de namoro - anunciou, esticando o presente.

Era tão brega, mas tão fofo que fez Harry sorrir ainda mais.

Ele abre o presente, é um caderno personalizado. Tem desenhos em relevos de flores, do jeito que gosta, flores de algodão, flores de laranjeira, entrelaçadas na capa dura e nas folhas foscas. Até os detalhes nas margens são delicados, de traço fino, mas em contraste.

- Eu amei, chato - abraçou o caderno contra o peito, sentindo o cheiro de folhas novas, um cheiro bom - é tão bonito.

- É pra você escrever suas músicas nela, baby, quando estiver compondo...

Louis sabe que Harry quer ser músico e ter discos lançados na gravadora da mãe, talvez só cantar em lugares pequenos e menos intimistas, mas viver trabalhando em fazer a música que gosta seria bom demais. Ele é tão jovem e cheio de sonhos, Louis adora isso em Harry.

- Mas eu não comprei nada pra você - resmungou enquanto ganhava também um selinho - não é justo.

- Você não tem que me dar nada, mas se te faz se sentir bem, me dê um encontro essa noite e será o meu maior presente, o que acha?

- Você quer ir num encontro comigo?

- Quero! Sinto falta disso, sinto falta de você.

Harry sentia como se estivesse derretendo de paixão. Ele ainda não disse para Louis essa palavra forte e nem as outras três mais assustadoras, mas às vezes pensa estar sendo bem óbvio toda vez que fica bobo assim perto dele. Harry acha que Louis também sente, porque não é possível ter tanto sentimento transbordando desse jeito entre eles, quase palpável, e não ser confesso como amor.

- Você acha que nossos avós vão nos deixar sair com esse frio lá fora?

- Podemos dizer que vamos sair pra caçar vagalumes - sorriu travesso - vovô adora nos fazer agir como ele, mesmo numa menor escala.

- É uma ótima ideia! - Harry sorriu também.

Louis se levanta depois para escolher uma roupa e ir tomar banho, antes dos outros primos chegarem e a casa se tornar um campo de guerra.

A vovó Olívia chamou eles para tomar café quando Louis já estava de banho tomado e penteando o cabelo molhado. Segundos antes dela aparecer na porta, Harry tinha roubado um selinho e o chamado de "lindo, chato" então no momento em que ela apareceu e ele já estava afastado, os dois se assustaram, com o coração disparado, olhos arregalados e tremendo pelo quase flagra.

Apesar disso, de tudo ser escondido e beirando o medo das consequências, a sensação dos beijos e carinhos sussurrados era boa demais para não arriscar tê-los pelos cantos da fazenda, de forma inconsequente, desafiando o proibido.

Juntaram-se aos outros na mesa do café da tarde que ainda não era ocupada por toda a família porque a maioria estava para chegar para o feriado no dia seguinte. Eles entrelaçaram as mãos, escondidos, debaixo da mesa e trocaram sorrisos bobos enquanto conversavam baixinho entre si. Louis contava sobre estar estudando na mesma escola que as primas deles, na capital, e Harry falava sobre música, depois sobre a reforma na escola rural onde estuda, que fez com que os alunos tivessem aulas improvisadas num galpão da prefeitura.

Quando terminaram a refeição, Franklin chamou atenção de Harry que não terminou a tarefa de varrer a garagem de maquinários como havia pedido. Louis não gosta de como o avô submete seu namorado a tarefas o tempo todo, por isso fica emburrado enquanto escuta a bronca.

Louis pensa que, se já conseguiu bater de frente com Franklin sobre o velho ser tão duro e não entender as diferenças de seus netos, Harry também deveria ter coragem de confrontar e não deixar ser consumido pelas ordens do avô.

Às vezes, a impressão que dá é de que Harry tem medo da rejeição se disser um "não" a cada comando e palpite rude vindo de Franklin.

Se for como Louis vem refletindo e tentando entender os motivos de Harry para ser tão submisso a essa situação, considerando esse suposto medo de rejeição, ele diria ser a possibilidade de um trauma surgido do pai biológico.

Quando Des e Anne se separaram, o pai prometeu ver o filho constantemente, como deveria ser, mas ele não o fez. Tocou a própria vida e ignorou a existência de Harry mesmo quando ainda viviam em Nova Iorque. Vez ou outra, Desmond enviava cartas, dinheiro ou ligava por cordialidade, para saber como Harry estava e lembrar que estava vivo. Eles nunca falavam sobre isso, só falaram uma vez quando Harry tinha doze anos, mas Louis sabe ser algo que marca profundamente o seu namorado.

Marca tanto que talvez acabe projetando suas atitudes de forma inconsciente.

- Ah, vô, eu queria sair com o Louis. Posso limpar amanhã bem cedinho?

O pedido veio de Harry, mas o olhar duro de Franklin voou para Louis, que reforçou o pedido tentando contornar para algo mais inocente aquela acusação silenciosa:

- Vamos caçar vagalumes.

O avô sabe que Louis é bissexual. Eles já tiveram essa discussão horrível há três anos atrás. Agora todo garoto que fica sozinho perto de Louis, Franklin tenta insinuar algo, como se estivesse o acusando, como se Louis fosse atacar qualquer pessoa do mesmo sexo.

Apesar de que, dessa vez, com Harry, não é totalmente mentira. A intenção é atacar (com consentimento) seus lábios a noite toda. Mas foda-se Franklin e a ignorância dele. Louis iria afrontar em voz alta se a atitude não fosse prejudicar Harry diretamente.

Apesar da desconfiança, o avô respondeu:

- Tá, mas cuidado com os mosquitos.

- Vamos usar manga longa.

- E não saiam dos limites da fazenda!

- Sim, senhor - Louis e Harry responderam em uníssono, e novamente, saíram apressados da mesa.

Louis vestiu um casaco do namorado em si mesmo e colocou uma touca sua nele, tomando cuidado para não amassar os cachos. Os dois se olhando o tempo todo com sorrisos leves e olhos brilhantes. Eles pegaram lanternas, a viola, um recipiente com doce de leite caseiro, biscoitos feitos pela vovó e saíram. Subiram pelas terras da fazenda, lado a lado, praticamente abraçados. Se forem vistos assim, podem justificar a aproximação excessiva pelo fator do frio de novembro. Louis segura a lanterna e a mão livre está no bolso da calça de Harry que caminha devagar com o braço em torno de seus ombros.

Eles sentam próximo ao pomar de laranjeiras, na colina. Apesar do vento soprar mais forte ali, o lugar era lindo demais, e tinha um pouco de romance em se estar onde é tradição na família se casar. Nas paredes do casarão tem fotos de família, dos bisavós que são os pais de Olívia, tem também fotos dela e de Franklin, de Anne e Robert, Jô e Mark e de todos os tios que se casaram naquela Colina. É onde Harry também quer se casar um dia.

A armação de pedras formando arcos e um altar de concreto com vista para o lago é onde todas as cerimônias ocorrem, cercado pelo pomar de laranjeiras. Harry tira uma flor delicada de lá e coloca atrás da orelha de Louis, recebendo um beijo na bochecha em troca, que faz as borboletas darem cambalhotas em seu estômago.

Eles até brincaram de tentar pegar os vagalumes, mas acabou se tornando um pega-pega entre os dois, com Harry tropeçando o tempo inteiro e Louis correndo ligeiro para pegá-lo e fazer cócegas. Quando cansaram, o casal deitou no altar a céu aberto, olhando as estrelas, conversando baixinho sobre amenidades, dividindo o doce de leite, e rindo alto ao som da viola que Harry tocava levemente, ainda deitado, com ela no peito.

Quando voltaram para casa e trocaram as roupas por pijamas, descobriram que os primos ainda não tinham chegado. Harry ficou chateado porque ansiava ver todos, mas secretamente, Louis gostou de saber que nessa noite os dois poderiam dividir uma cama de solteiro para dormir abraçados, sem precisar inventar desculpas para despistar a família.

Louis estava encolhido contra o peito de Harry, braços apertando a cintura e pernas entrelaçadas. Por um tempo, eles não conseguiam parar de falar um com o outro, a saudade sendo aliviada em estender o quanto podia todos os tipos de assuntos, dos mais bobos aos mais sérios. É por isso que Harry preferiu deixar para lá e não contar sobre a mudança que faria para Nova Iorque. A vovó Olívia prometeu que daria um jeito de convencer sua mãe a deixá-lo ficar. Harry não precisava preocupar Louis com isso. Era melhor aproveitar essa sensação boa de estar com ele falando de coisas legais do que jogar um balde de água fria, falando de problemas no pouco tempo que haviam juntos.

Quando estavam prestes a dormir, para um boa noite, os dois se envolveram em um beijo intenso e molhado, sussurrando no ouvido um do outro 'bons sonhos', 'durma bem', 'sonhe comigo', que não tinha fim. De uma despedida noturna, se transformou em desejo desmedido.

No breu só podia se ver as silhuetas graças a luz da lua atravessando as persianas e se ouvir os estalos altos dos lábios e a respiração descompassada. As mãos de Harry deslizaram por baixo da camisa de Louis, os dedos puxando a pele quente e macia, indo de suas costas para a cintura, arranhando e apertando com carinho, fazendo ele suspirar em deleite e enlaçar as coxas em seus quadris para se aproximarem. O movimento faz com que a maior parte de seu corpo fique sobre o de Harry. Um cotovelo apoiado no colchão e a mão puxando seus cachos com força, mas era tão, tão bom, tão gostoso que Harry gemeu baixinho.

- Tá quente - sussurrou contra a sua boca.

Louis concordou rindo, voltando a beijar com mais avidez, mas sem tirar o edredom para refrescar porque eles estavam muito bem assim, estava gostoso demais mesmo com o forte calor.

Calor esse que eles sabem vir de seus próprios corpos. Harry estava uma bagunça. O estômago estava vibrando por culpa das borboletas. Suas pernas tremendo mesmo deitado e o desejo com ansiedade em antecipação pulsando em suas entranhas. Louis não estava diferente dele, embora sua atenção fosse direcionada para a ereção de Harry roçando em seu corpo. O pau dele mesmo já estava tão duro que era impossível o namorado não perceber.

- Me deixe fazer algo por nós dois, baby - sussurrou chiado entre dentes e Harry gemeu com os lábios colados em sua bochecha.

Concordou, acenando. Estava tão eufórico e envolvido pela sensação, pelo momento, que nem perguntou para onde aquilo os levaria.

Confiava em Louis o suficiente para saber que não estavam falando sobre sexo de verdade, não o sexo com penetração, pelo menos, porque era cedo demais para darem esse passo. Seu namorado oferecia alívio e era o que os dois mais queriam e precisavam no momento.

Harry ergueu o quadril, sedento por contato, enquanto era beijado dos lábios ao lóbulo da orelha, onde Louis puxou com os dentes e pediu:

- Posso tirar o seu pijama?

- Por favor, tira - ele mesmo levou os dedos de Louis ao elástico da calça - o seu também.

Apesar do proposto, eles tiram apenas o suficiente para terem acesso ao toque de pele. Louis se encaixa entre as pernas dele e se apoia pelo cotovelo enquanto o beija, esfregam os quadris nus. Eles estão melando um ao outro, pressionando os corpos em busca de alívio.

Bagunçado de tesão, Louis move o corpo para trás e para frente, simulando penetração. Harry abre as pernas mais ainda, parando de beijar apenas para espremer os olhos e gemer alto. Louis parou, suspirou e beijou sua bochecha, mas riu, apesar de Harry continuar jogando o quadril para cima, rebolando, sem perder o contato molhado.

- Baby, shiu - Louis cochichou contra sua boca - nossos avós vão nos ouvir aqui, fica quietinho, por favor amor.

- Hum? - Harry estava perdido, rebolando mais forte, esfregando seu pau contra o dele.

É a primeira vez que o seu corpo tem contato com outro de forma sexual, ele não vai durar muito. Eles não vão durar muito, no plural, porque Louis já está encolhendo os dedos com força, arrepiado. Harry apertou sua bunda para aproximar ainda mais como se fosse possível.

Louis gemeu baixo com o movimento, mas mordeu os lábios do outro, gozando em suas coxas. Ele afasta o abdômen minimamente, mas o suficiente para segurar Harry em sua mão e masturbar num ritmo rápido, de maneira que outro se contorce de prazer até se desmanchar com o líquido morno escorrendo nos dedos.

Eles passam um tempo tentando respirar e recuperar a estabilidade das pernas. Um tempo em silêncio também tentando processar o que aconteceu.

Se Harry não fosse tímido ele teria confessado já ter se masturbado muito antes deles namorarem pensando em Louis e com certeza o outro lhe diria o mesmo, mas essa foi a primeira vez que eles se tocam tão intimamente como casal.

Não fizeram amor de verdade ainda, não como Louis quer tanto dar a ele, como Harry merece, mas foi algo especial também. Vão considerar como um divisor de águas para a intimidade deles que agora atinge outro patamar. Apesar disso, eles são garotos muito jovens, são adolescentes, têm os hormônios e o tesão acumulados, então não era tão surpreendente terem aproveitado a primeira oportunidade para se tocarem. A diferença ali era estarem tão apaixonados que todo ato em conjunto parecia um grande evento no namoro.

- Você acha que alguém ouviu? - Louis perguntou depois de se limparem, quando já estavam encolhidos de volta na cama, debaixo das cobertas.

- O quarto do vovô e da vovó fica lá em cima no terceiro piso, do outro lado da casa. Além disso, eles dormem igual uma pedra.

- Ainda bem - Louis riu e fez carinho por baixo da camisa de Harry na pele macia e quente dele - porque somos barulhentos.

- Ai, chato, cala a boca - Harry riu tímido escondendo o rosto em seu pescoço.

- Se foi bom assim agora, imagina quando...

- Muda de assunto que eu tô com vergonha.

Louis riu e eles se abraçaram mais forte.

- Tá bom, então... tenho uma coisa pra te contar.

- O quê? - Harry ergueu a cabeça.

- Não fique bravo comigo, promete?

- Depende - estreitou os olhos e segurou o queixo de Louis entre os dedos para dizer, brincando: - você não tá gostando de outra pessoa na cidade né?

- Impossível, eu tenho um namorado fazendeiro que é melhor do que qualq- eles se interromperam e Harry se afastou quando ouviram um barulho vindo de fora.

Se afastaram, mas não trocaram de cama. Permaneceram em silêncio, se olhando assustados, com medo de um flagrante.

É um inferno, Louis pensa, enquanto espera ter certeza da segurança para voltarem a pelo menos se abraçar.

É um inferno viver amando desse jeito escondido, porque mesmo se Harry não fosse o seu primo, teria o fato de ser um garoto.

Louis não liga para isso, ele já se assumiu para o avô e aos pais que eram as três pessoas mais prováveis de julgar e se meterem na vida dele. O resultado foi o avô fingindo que não sabia, mas julgando de forma indireta (a única coisa que ele disse em sua cara no momento em que contou, no escritório da fazenda, era que a administração não seria herdada por uma bichinha e depois disso, mais nada, nem ódio, nem amor, só indiferença) e sua mãe era uma babaca homofóbica que ficava atirando todo tipo de merda sobre ele sempre que tinha a oportunidade, principalmente jogando na cara dele o quanto de desgosto havia dado a Franklin.

Já o seu pai, pelo incrível que parecia, vinha sendo quem lhe dava mais forças e não deixou de amá-lo nem um pouco menos.

Harry ainda não sabe que Louis já era assumido para os pais e avô. Ele tem medo de como Harry vai enfrentar isso quando for a vez dele assumir. Ele não quer que o namorado se machuque e se decepcione pelo encanto que tem por Franklin, mas será inevitável acontecer.

Uma hora ou outra todos saberiam porque, independente de qualquer coisa, eles eram uma família.

Quando o barulho suspeito não se repetiu depois de esperarem bastante tempo, sentiram a segurança de voltar para os braços um do outro.

- O que ia me dizer, chato?

- Hum - Louis se lembrou: - contei para Phoebe sobre nós dois.

- O quê? - o cochicho exasperado foi praticamente um grito - Você fez o quê?

- Eu não aguentei guardar pra mim, me desculpa, eu precisava falar pra alguém, precisava desabafar sobre o quanto estou gostando de você, baby.

- Ai - Harry se irritou, mas tudo bem, não era pra tanto. Pelo menos era Phoebe e não um dos garotos - tá bom, ela vai guardar segredo?

- Prometeu não dizer pra ninguém.

- Se ela contar pra alguém nós estamos ferrados.

- Eu sei, mas vamos confiar nela, ok? Você também pode desabafar com ela ou com Daisy se quiser, as duas são de confiança e não precisamos sufocar o que sentimos para as pessoas que amamos, você não acha?

Louis queria pescar alguma reação, uma dica de que Harry pretendia contar para as pessoas um dia.

- Ok - concordou, apesar de um pouco inseguro, mas mudou de assunto por se lembrar de algo: - você vai fazer dezessete no mês que vem!

- E você dezesseis daqui a pouco mais de dois meses.

- Vai vir para o meu aniversário?

- Você quer que eu venha?

- Sim, quer dizer, se você puder, eu sei que temos aula - o sotaque tão acentuado, fica lindo nele, Louis aprecia a voz de Harry, sorrindo, encantado - e o meu aniversário cai num dia de semana, mas talvez, hum, você quer?

- Tudo bem, baby - riu afetuoso - é claro que eu quero.

- Yeah, só precisa convencer sua mãe.

- Será na semana de aniversário de casamento também. Meus pais vão viajar, provavelmente vão deixar eu vir pra não ficar sozinho na cidade.

- Quantos anos de casados?

- Vinte.

- Uau - Harry se impressionou e Louis o olhou nos olhos - vinte anos é bastante tempo de vida, não acha?

- Pois é, bastante, eu não consigo nem imaginar onde estarei em vinte anos.

Eles estavam quase caindo no sono, o ritmo das vozes desacelerado e os olhos fechados.

Harry recebeu um beijo na pálpebra, antes de cochichar, sorrindo, bem baixinho e tímido a resposta atrasada:

- Espero que seja no altar da colina comigo.

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