14/20
Miguel andava pelo quarto girando, seu lobo estava inquieto e o incomodava.
- Por favor, vamos deixá-lo sozinho- Miguel pede já tonto de tanto andar
- Deixá-lo sozinho? Ele tem a nossa marca, portanto nos pertence- Exclama seu lobo irritado com seu pedido
- Você sabe que a qualquer momento outro Alfa pode marcá-lo e ele se libertaria de nós?- Comenta, um grunhido foi a única coisa que se ouviu
- Eu os mato, bem, não o Robby, mas o outro sim- Rosna de novo ainda mais irritado- Temos que fazer algo para conquistá-lo
- Não tenho idéias- Responde deitado na cama, irritado
Ele nem gosta do menino, mas também não gostou de machucá-lo.
- O que você tem para machucá-lo?- Pergunta em um sussurro para seu lobo
- O deixar desesperado, ele ter medo de mim- Miguel apenas bufou irritado
- Você é estúpido, se o tratarmos mal obviamente ele vai ficar com medo de nós- Era até lógico que seu lobo pensasse assim
- Não viu a cara dele quando lhe demos uma bofetada? Eu fiquei com raiva porque ele saiu correndo- Miguel tinha mesmo um lobo muito idiota
- Bem, não podemos forçá-lo a nada. Apenas esqueça ele, há muitos Ômegas mais interessantes que Robby, não quero problemas com o sensei, ele praticamente me aconselhou
- Não quero! Ele é meu ômega, tem minha marca, e garanto que não existe Ômega mais interessante que ele, eu o quero e ele será meu, fim de discussão- E essa foi a última palavra dele, Miguel apenas rolou seu olhos mais irritados, a cabeça estava começando a doer então ele saiu para tomar um paracetamol
Ele observa Robby pela janela do apartamento tirando o lixo do apartamento de seu pai ainda usando aquele colar, seu lobo rosnou e ele apenas revirou os olhos em aborrecimento.
Bater nele era errado, muito errado se fosse sincero, mas já o havia machucado e não sabia como remediar sem falhar na tentativa.
Miguel pega um dinheiro que ele tinha, fala pra mãe dele que ele ia sair, primeiro espera Robby entrar no apartamento dele pra ele sair.
Foi a floricultura mais perto e comprou um par de rosas, pediu que colocassem uma mensagem num cartão e foi para casa onde colocou as flores no chão e bateu na porta, foi para casa e ficou observando pela janela.
Robby saiu pouco depois, agachando-se confuso, esboçando um pequeno sorriso ao ver as flores, acariciou delicadamente uma pétala e sutilmente cheirou o aroma que exalavam até perceber a nota.
"A Fera que eu fui não merece ter uma rosa como você"
Ass: Miguel Diaz.
Aquele sorriso suave se transformou em uma expressão fria, ele não percebeu mas Robby tremia de coragem, pegou o bilhete na mão e fez um punho amassando o papel.
A passos largos viu como o homem de cabelos castanhos se aproximava de sua porta e batia com insistência, agradeceu que sua avó não estivesse ali e nem sua mãe, pois haviam saído, Miguel abriu a porta, sendo saudado pelo impacto da rosa buquê no rosto.
- Você acha que umas flores resolvem tudo?!- Foi a primeira coisa que Robby disse furiosamente
Ele permaneceu em silêncio, um pouco surpreso com a reação do outro.
- Não achei mesmo que ia funcionar, mas Robby...- Ele começou a falar apenas para ser interrompido
- Afaste-se de mim Diaz, não quero nada de você!- Robby se virou para voltar para casa, seu próximo movimento foi um erro ao agarrar o braço do Omega, ele reagiu violentamente tentando fugir
- Pelo menos deixe-me tentar!- O olhar de ódio de Robby o fazia se sentir mal, até seu lobo estava atento a cada pequena característica do menino
- Tentar o que Diaz?! Tornar minha vida menos miserável? Tentar consertar seus erros?!
- Sim! Me dê uma chance de te provar que não sou uma fera!
- Você não é?- Robby Ria desdenhosamente enquanto com a outra mão conseguia tirar o seu colar de proteção, mostrando-lhe a marca renovada e roxa nas bordas devido à violência exercida- Então o que é isso?
- Foi um erro...
- Claro que foi um erro, um erro que me obriga a ficar com você, e nem você nem eu queremos isso. Eu te odeio Miguel, e se você pensa que eu vou te perdoar, você está muito enganado- Ao soltar as palavras, parecia que elas surtiam efeito sobre ele já que ele soltou o homem de cabelos castanhos, deixando-o ir.
- Como você deixa ele falar assim com a gente?!- Miguel não ia ter discussões estúpidas com seu lobo, então ele o ignorou
Ele pegou as rosas do chão e as colocou em um vaso com água antes de se trancar em seu quarto.
Robby foi rápido para casa pegar sua mochila e seu skate, ele estava indo para a floresta para relaxar sua mente.
Quando ele chegou, deitou-se nas folhas olhando para as árvores, a brisa do ar o fez respirar com facilidade e uma lágrima saiu de seus olhos.
Ele queria que aquilo tudo fosse apenas um pesadelo, mas não era.
Ele não era o cara mau por não querer perdoar o Diaz, ele arruinou sua vida, amarrou-o a ele para sempre e ele não poderia mudar.
"A fera que eu fui não merece ter uma rosa como você", O quantos de suas palavras foram sinceras? Robby não queria descobrir.
Ele se lembrou da cara furiosa de Sam quando viu a marca em seu pescoço, ele não queria isso. Por que ele tinha que passar por isso?
As gotas continuaram fluindo e sua visão embaçou, ele fechou os olhos e tentou pensar em algo legal, mas não vinha nada.
- Ele não é ruim, dê uma chance a ele- Sua vozinha de lobo foi ouvida e ele ficou em silêncio
- Não é? E por que ele me bateu?- Ele fez a pergunta no ar apenas para receber silêncio
Mesmo que o mundo desabasse, ele não perdoaria Miguel.
☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro