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twenty four. rescuing


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Escuridão. Um extenso campo negro se entendia muito além do horizonte, ventos dominados pela frieza atingiam sua pele alva com tanta força que poderia jurar que eles poderiam muito bem ser comparados a socos e pontapés atingindo seu corpo sem haver nenhum intervalo entre os golpes.

Demetria urrou de dor após mais uma ventania atingir seu corpo com força, dando inúmeros passos para trás até se desequilibrar e ceder no chão obscuro. Ali, sentada em meio a escuridão e vento, ela pode ouvir aquela voz masculina suave que costumava lhe acalmar em seus piores pesadelos.

Lionel. Aquele nome ecoou nos pensamentos da fêmea, dando forças para que ela pudesse se erguer contra aquele vento violento. Ela deu passos cegos, deixando com que aquela voz lhe guiasse em meio a escuridão. Mais uma ventania atingiu o pequeno corpo e em vez de cair para trás, Demetria apenas tombou para o lado, chocando-se contra uma parede feita de pedregulho.

Piscando os olhos esverdeados por um momento e franzindo o cenho em confusão, a Dama dos Pesadelos observou seu redor. Dando-se conta que a escuridão infinita havia desaparecido e em seu lugar, paredes feitas de pedregulho formando um longo corredor tão afundado em escuridão que nem os candelabros conseguiam iluminar ele por inteiro. Movimentado-se em passos cuidadosos e preparados para correr de qualquer perigo que aparecesse em sua frente, Demetria não deixou de notar nas grades postas em frente dos enormes buracos escavados naquele conjunto de pedras.

Um calabouço. Pensou rapidamente, cessando seus passos quando um calafrio atravessou seu corpo ao escutar um gemido repleto de dor chegar em seus ouvidos. Sem pensar muito, Demetria temendo o pior, reinicou seus passos para adentrar ainda mais no calabouço escuro.

Mais um gemido em meio às trevas, ainda mais próximo do que outro, sendo seguida por suplicar de uma voz que ela conhecia muito bem. Pondo-se a correr, Demetria rapidamente chegou a cela que gerava aquele som aterrorizante. Um soluço escapou dela quando se deparou com aquela cena que sempre estaria em seus pesadelos dali em diante.

Suspensos por correntes que circulavam seus pulsos, cortes dos mais inúmeros tamanhos e hematomas manchando sua pele, sangue pingando no chão imundo criando uma poça abaixo dos seus pés. Ali, estava Lionel, afundando em sua própria dor enquanto seus olhos castanhos se mantinham fechados, parecendo concentrado em ignorar aquela dor quase que insuportável.

─ Lionel.─ A fêmea murmurou, tentando controlar as lágrimas que insistiam em cair, molhando suas bochechas e o tecido branco de sua camisola. Espirais cobriram seu pescoço quando ela circulou as barras das grades com suas mãos, pronta para abrir um caminho até o ex-espião. Pronta para salvar sua única família naquele maldito mundo.

Porém algo a impediu, e foi o próprio Lionel que abriu os olhos castanhos em um ato repentino, arregalando-os levemente quando  a viu ali. Com os curtos cabelos castanhos bagunçados, olhos verde-prata brilhando em lágrimas. Prestes a abrir sua boca para manda-la sair dali ou expulsa-la de sua mente, uma risada de corvo soou pelos corredores escuros daquele calabouço.

Demetria virou sua cabeça, os olhos verde-prata se esforçando para enxergar a presença oculta nas sombras que logo se revelou em cabelos vermelhos torcidos em uma trança e adornados em fios de ouro, o corpo feminino coberto por um tecido vermelho-sangue, assim como seus cabelos.

Amarantha estava ali, caminhando na direção de Demetria mesmo que não a enxergasse em sua frente com as bochechas molhadas por suas lágrimas. A general dedilhou as barras das grades, tão próxima da Dama dos Pesadelos que sua respiração fez com que fios castanhos da fêmea se movimentassem.

─ Olá, Lionel, gostou das boas-vindas?─ Disse Amarantha, com um sorriso predatório nos lábios pintados de um vermelho cruel.

Os olhos amarelos cruéis de Jolly analisaram o rosto da fêmea, passeando pelos círculos roxeados em torno dos belos olhos esmeraldinas até chegar nos dedos tambolizando na madeira da mesa que já havia pertencido a Keir. Ele conseguia sentir o cheiro da raiva e frustação vindo da fêmea. O macho lançou um olhar para seu parceiro que se mantinha seu olhar cinzentos fixos em um ponto atrás da Dama dos Pesadelos, esticando uma de suas mãos até seus dedos tocarem no braço de Kirk que mirou seu olhar nele, mesmo que não propriamente o enxergasse.

─ Você nos chamou até aqui para falarmos com todos os nossos espiões por causa de um sonho?─ Perguntou o homem cego. Demetria bufou de forma irritadiça, levantando-se da poltrona e começando a se movimentar pelo cômodo, o tecido azul-celeste do seu vestido flutuando conforme se movia.

─ Pela milésima vez, não.─ Demetria esfregou suas mãos no rosto já pálido com força o suficiente para deixar suas bochechas vermelhas.─ Não foi um maldito sonho, não sei como mas durante o meu sono, entrei na mente de Lionel.─ Ela se virou para o casal de homens, os olhos verde-prata brilhando. Lágrimas, rapidamente notou Jolly.─ E por mais improvável que seja, Lionel caiu nas garras daquela vadia odiosa.

Kirk respirou fundo, encostando-se no estofado da sua cadeira e fechando os olhos de forma pensativa.

─ Pelo que me lembro bem, no início da noite, uma dos precursores me avisou que Lionel havia deixado a cidade sob a desculpa que iria visitar familiares na Diurna.─ Ele abriu um olho enevoado e balançou a cabeça com fios dourados.─ Poderia me confirmar esses fatos, minha Senhora?

Demetria empertigou-se, aproximando-se do homem cego e se ajoelhando ao seus pés, tocando os joelhos cobertos pela armadura dos precursores com o dedo e atraindo aqueles olhos cinzentos para si. Ela fitou Kirk, com nada além de um sentimento bem claro naquelas orbes verde-prata, como se estivessem espalhado pó prateado nos campos mais verdes de Prythian.

─ Sim, eu posso, Kirk. Mas, não posso lhe dar a certeza que Lionel foi pego antes ou depois de colocar os pés na Diurna.─ Ela se ergueu de forma brusca, se pondo a movimentar-se pelo cômodo.─ É isso que eu quero saber. Preciso saber se Lionel foi pego em uma emboscada, quero saber se houve alguma traição. Quero saber onde diabos está o meu maldito irmão, ─ Ela cessou seus passos, virando-se na direção deles. Os olhos flamejando. Jolly abriu um sorriso. Oh, sim, ele preferia mil vezes aquele fogo cruel que queimava naqueles olhos, naquela alma. Achava que a crueldade vestia bem sua Dama muito melhor que o desespero e impotência.─ Eu quero saber tudo para acabar com aquela vadia por ter sequer ousado tocar em quem amo

Kirk levantou-se com ajuda de Jolly que segurou firmemente os braços de seu amado para que ele não tropeçasse em nada. Se inclinando suavemente para frente, assim como o homem robusto ao seu lado. O macho cego disse à ela:

─ Não se preocupe, minha Senhora.─ Ele ergueu o olhar cinzento na direção dela com um sorriso suave nos lábios rachados.─ Irei realizar todos os seus desejos, apenas aguarde e esteja pronta quando a hora chegar.

Com isso, ambos partiram deixando Demetria naquela sala vazia, seu coração carregado de raiva, desespero e medo.

O sol já havia se escondido no horizonte quando a Dama dos Pesadelos finalmente recebeu informações necessárias para ir em busca de Lionel. E com muito esforço, ela impediu que seu poder mergulhasse a Corte dos Pesadelos em sombras e névoa após ouvir Kirk explicar com uma calmaria beirando o irritante que seus espiões espalhados por todas as sete corte lhe disseram que Lionel jamais colocou os pés na Corte Diurna, mas, esteve na Estival nas proximidades da mansão oferecida a Amarantha pelo próprio Nostrus, e foi na corte do verão que ele desapareceu.

Estava claro que Lionel decidiu enfrentar Amarantha, completamente sozinho e sem nenhum motivo para fazê-lo. E isso enfureceu Demetria, espirais negros cobria boa parte de sua pele oculta pela armadura illyriana que vestia com a decisão de enfrentar qualquer coisa que estivesse sua frente para resgatar seu amigo das garras daquela general odiosa.

Ela estava prestes a desaparecer na escuridão quando, sentiu aquela presença e cheiro tão característico. Demetria virou para trás, encontrando somente sombras nos corredores do palácio. Um sorriso surgiu em seus lábios rosados.

─ Devo perguntar o que está fazendo em minha corte, Encantador das sombras?─ Sua pergunta ecoou, e após um minuto de um silêncio que parecia ser infinito, ele surgiu. Uma armadura igual a de Demetria cobria seu corpo, com claro, algumas diferenças e uma delas delas era os sifões que brilhavam fortemente em partes específicas da armadura illyriana, banhando o corredor com uma luz azul fluorescente. Azriel fixou seus olhos avelãs na Dama dos Pesadelos que inclinou sua cabeça para o lado, repetindo sua pergunta de forma silenciosa.

Ele se encolheu diante dos olhos verde-prata, parecido bastante com uma criança que foi pega fazendo algo de errado.

─ Ouvi sobre Lionel.─ Falou ele em um tom baixo, quase que impossível de se ouvir. Demetria piscou, confusa.

─ Você ouviu? Ou foi as sombras que lhe contaram?─ Questionou ela, inclinando o queixo e apontando para as silhuetas escuras em torno do bastardo illyriano. Franzindo o cenho, Azriel perguntou:

─ Tem alguma diferença?

Ela soprou uma risada de sinos, balançando a cabeça.

─ Não, não tem.─ Espreitou os olhos em busca de alguma resposta invisível naquele belo rosto.─ Mas então, o que faz aqui, encantador de sombras?

Azriel deu um passo para trás, quase que se fundindo novamente nas sombras.

─ Eu quero ajudar. Está indo buscá-lo, não está?─ Questionou com um fiapo de voz. Demetria não o respondeu, apenas continuou encarando-o.

─ Está aqui a mando do seu Grão-senhor.─ Questionou ela, recuando um passo, uma de suas mãos já estava dominada pelos espirais negros e Azriel notou aquilo, pois seus olhos avelãs ganharam um brilho analisador.

─ Não. Rhys não tem a mínima ideia que estou aqui.─ Murmurou ele.

─ Então, devo acreditar que veio aqui para me ajudar sem nenhum motivo aparente.─ Demetria colocou as mãos em sua cintura e piscou os olhos, as orbes verde-prata ganhando um brilho perigoso.─ Principalmente depois de ter tentado proteger Mor de mim?

O illyriano soltou um suspiro, passando uma de suas mãos  por seus cabelos, o sifão azul cintilando fortemente.

─ Sinto muito por aquilo, eu só ─ Ele engoliu as palavras que estava prestes a cuspir na direção da Dama dos Pesadelos.─ Acredito que Lionel significa para você, o mesmo que Cassian e Rhysand significa para mim. E se um deles estivesse em perigo, eu iria desejar ter ajuda para salvá-los.

Demetria franziu o cenho por um momento, sopeando as palavras ditas pelo Mestre-espião da Corte Noturna. Tomando uma decisão por fim, ela respirou fundo e disse:

─ Se algo der errado, quero que vá embora sem olhar para trás.─ Azriel balançou a cabeça, concordando com suas palavras, mesmo tendo consciência que jamais deixaria Demetria, a parceira de seu irmão, para trás. E após unir suas palmas, eles foram dominados pela escuridão e quando saíram dela, já estavam em uma imensidão brancos com as botas afundados na neve e os corpos sendo atingidos por ventos congelados enquanto observavam uma das estradas abertas até uma das montanhas sagradas na Corte Invernal.


Demetria entrelaçou sua mão na palma cheia de cicatrizes do encantador das sombras ao adentraram na escuridão gelada da caverna, enquanto andavam no escuro iluminado pela luz dos sifões do illyriano em direção a uma pequena fissura na rocha. Não precisou muito para que Azriel os atravessasse novamente para algum ponto dentro do Palácio que se erguia debaixo da montanha.

Corredores iluminados por luzes das velas presas em candelabros receberam Azriel e Demetria, ambos trocaram olhares, transmitindo mensagens silenciosas. Desfazendo o entrelaçar de seus dedos, a Dama dos Pesadelos se pôs a dar passos nas pedras lisas que compunham aquele piso, enquanto o Mestre-espião seguia ela, as sombras consumindo boa parte de seu corpo e o tornando praticamente invisível.

Ambos estavam cegos naquele ambiente, pois mesmo que Azriel já tivesse colocado os pés naquele palácio escondido naquela montanha sagrada, aquele lugar havia sido completamente tomado por Amarantha, uma general conhecida por sua sagacidade em todos os reinos feéricos, então, de forma alguma, ele deveria se descuidar ou deixar -se levar por seus instintos.

Os olhos avelãs foram postos em Demetria que deslocava no escuro com passos firmes, apesar de silenciosos. Ele notou que, apesar de estar utilizando uma armadura illyriana, não havia armas presas no tecido de couro. E com um piscar desacreditado, o bastardo se deu conta que ela havia ido em busca de Lionel sem nenhuma arma para proteção.

De repente, Demetria cessou seus passos, virando-se para Azriel com o cenho franzido. Ela parecia prestes a abrir sua boca rosada quando um repleto de dor e um forte cheiro de sangue atingiu violentamente o olfato e audição da grão-feérica e do illyriano.

Não foi necessário muito, para que a ambos começassem a se deslocar pelos corredores em busca de quem estava gerando aquele som tão horrível. Prestes a colocar um pé a frente, Demetria é bruscamente puxada pela cintura por Azriel que rapidamente tampou a boca rosada da fêmea e utilizou as sombras para que ficassem ocultos a olho nu.

Os olhos verde-prata se arregalaram minimamente quando o viram. Cabelos longos carmesim estavam espalhados pelo chão, o rosto estava banhado em seu próprio sangue que vazava por um enorme arranhão causado pelas unhas afiada da grã-feérica que se aproximava do macho outonal caído em seu piso.

─ Como ouse vir até mim para me ofender?─ Rosnou ela, os olhos ébano possuídos pela fúria e dedos sujos com o sangue do emissário primaveril caído.─ Por acaso, esqueceu-se de quem eu sou? Esqueceu do que posso ser capaz de fazer, seu maldito bastardo nojento!

Os gritos de raiva daquela mulher arrepiou todos os pelos existentes no corpo de Demetria quando seus pensamentos vagaram até Lionel em algum lugar daquele palácio maldito, tentando sobreviver aos cortes causados por aquela fúria flamejante de Amarantha. Azriel puxou ela para mais perto, tirando completamente Demetria do campo de visão da general.

Lucien agonizou, uma de suas mãos tentou cobrir a ferida aberta em seu rosto mas assim que um de seus dedos tocaram o local ensanguentado, mais um grito repleto de dor rasgou sua garganta e ecoou por todos os cantos. Demetria fechou os olhos, tentando escapar daquela cena horrível que se desenvolvia em sua frente, deixando com que sua mente vagasse. Caminhasse para qualquer lugar que não fosse ali, naquele momento.

Amarantha riu, deliciando com o sofrimento do macho. Ela chutou um dos pés de Lucien que apenas soltou outro grito repleto de dor, soluçando no chão.

─ Attor!─ Gritou ela, mas recebeu o silêncio como resposta e um sorriso complentativo se abriu naquele rosto pálido.─ Leve-o até os braços de Tamlin, mostre a eles o que acontece com quem ousar me desafiar.

A general deixou com que seus olhos ébano vagassem ao redor do  cômodo em que estava e atravessou o corpo de Lucien com passos firmes, não se importando em desviar dos membros do macho outonal, pisoteando ele e gerando ainda mais gritos de dor vindo do macho. Demetria e Azriel observou Amarantha sumir no escuro.

Em um rápido movimento, realizado após ter certeza que a mulher já estava longe o suficiente, a Dama dos Pesadelos se distanciou do Mestre-espião e se lançou na direção de Lucien, caindo de joelhos ao lado do macho que estava tão concentrado em sua própria dor que nem notou ela ali ao seu lado.

─ Demetria.─ O Mestre-espião sussurrou o nome da Dama dos Pesadelos em um tom de aviso, lançando olhares para o corredor que Amaramtha desaparecera. A pequena fêmea ignorou o chamado, e se concentrou em fazer com que Lucien escapasse daquele poço profundo de dor.

Espirais negros cobriam a mão de Demetria e ela colocou-a no rosto do macho caído, não se importando com o sangue que sujava sua armadura e palma. O macho outonal soltou mais um grito fazendo com que a Dama dos Pesadelos fechasse os olhos com força por um momento. Ela se inclinou sobre o corpo do emissário da primavera, abaixando sua cabeça o suficiente para que seus lábios ficassem próximos ao ouvido do grão-feérico.

─ Lucien, me escute.─ Disse ela, a voz suavemente firme. Azriel franziu o cenho ao ver que Demetria acariciava o rosto ensanguentado do macho com a cabeça afundada em uma poça de seu próprio poço. Estranhamente, Lucien gemeu longamente, parecendo incapaz de falar mas indicando que estava escutando Demetria.─ Irei tirá-lo daqui, mas preciso que você segure toda a dor, apenas tempo suficiente para que Azriel tire você daqui e o leve para a Primaveril.

O emissário virou o rosto para a Dama dos Pesadelos e o Mestre-espião engoliu sua vontade de expelir toda refeição que ingeriu durante o dia ao enxergar aquela face ferida. Um arranhão profundo se iniciava em sua testa e deslizava de forma grotesca até seu maxilar, sangue vazava em montes e banhava o rosto do macho, inundando ele com o seu próprio sangue. Azriel não consegue entender como Demetria não havia vomitado encima de Lucien estando tão próxima à aquela cena de horror.

─ Azriel.─ Ela o chamou, tirando sua atenção daquele rosto desconfigurado.─ Leve-o até a Corte Primaveril.

Balançando a cabeça, negativamente. Ele abriu a boca e disse:

─ Não vou deixá-la aqui.─ Rosnou baixo, ignorando os gemidos agonizantes.─ Se vamos tirá-lo daqui então é melhor que façamos juntos.

─ Atravessará mais rápido sozinho e não irei sair daqui, desse maldito lugar. Não sou estúpida Azriel, sei o que acontecerá se eu for descoberta.─ Demetria rosnou em resposta.

─ Eu só irei com você.─ Repetiu ele entredentes.

─ Estamos estendendo isso demais.─ Ela olhou ao redor.─ Ela chamou o Attor, ele pode chegar a qualquer momento então, leve ele para a maldita Corte Primaveril e vá rápido.

Não havia muitas escolhas. Se continuassem ali, presos naquela discussão em algum momento, Attor poderia aparecer e denuncia-los para Amarantha. Se ele conseguisse levar Demetria e Lucien para a Corte Primaveril, iria demorar muito e por mais que não se importasse, a Dama dos Pesadelos parecia bem próxima a socar seu rosto caso sugerisse deixá-lo ali, agonizando, e fossem em busca de Lionel.

Respirando fundo, ele encarou aqueles olhos verde-prata e rosnou.

─ Vá se esconder e só saia quando eu voltar.─ Falou, se aproximando do macho e da fêmea que se levantou rapidamente, dando espaço para que Azriel erguesse Lucien e circulasse a cintura do macho outonal com um braço. Lançando um último olhar para Demetria, ele disse:

─ Você não está sozinha. Apenas lembre disso.─ Com isso, ele atravessou para as terras primaveris deixando a Dama dos Pesadelos ali, sozinha na toca da loba.

Demetria não cumpriu o que Azriel havia dito. Na verdade, sim, ela realmente se escondeu nas sombras, caminhando pelos corredores com passos leves e calculados na procura dos calabouços, onde poderia salvar seu irmão e talvez gritar um pouco com ele por aquela estupidez sem tamanho. Espirais negros dominavam os seus dedos, prontos para atacar quem se colocar no caminho da Dama dos Pesadelos.

Quando finalmente despertou de seus pensamentos, ela estava naqueles corredores escuros compostos por pedregulhos incapaz de serem iluminados pela luz das velas transformando o ambiente ainda mais sombrio. Demetria caminhou, observando as grades das celas até que enfim, achou.

Lionel parecia com um aspecto pior do que na mente que invadiu na noite que se passou. Ainda mais pálido do que estava naquela visão, ainda com mais cortes e seu rosto estava contorcido em uma careta de dor, mesmo que estivesse aparentemente desmaiado, talvez tivesse sido tão afundado em dor que acabou desmaiando. A Dama dos Pesadelos quase chorou ao ouvir as batidas do coração feérico do macho.

Demetria rapidamente fechou suas mãos em torno das barras e os olhos verde-prata analisaram a grade com rapidez, procurando algum cadeado que poderia facilmente se quebrado e como não conseguiu encontrar nada, ela deixou com que seu poder entrasse em contato com as barras feitas de ferro e contorcesse elas o suficiente para que Demetria pudesse ultrapassar elas sem qualquer dificuldade.

Pisando cuidadosamente na poça de sangue do macho, ela tocou o rosto de Lionel com a leveza de uma pluma. Os dedos vagando pelos hematomas arroxeados espalhados pela pele do mesmo.

Ela trincou os dentes e silenciosamente, prometeu a si mesma que destruiria Amarantha por ter encostado um dedo nele. Os olhos verde-prata fixaram nas correntes que suspendiam o corpo do macho, e logo, o poder obscuro da fêmea fez seu trabalho ao destruir elas completamente.

O corpo de Lionel cedeu, os joelhos apenas só não se chocaram fortemente contra o chão, pois Demetria estava lá, segurando o corpo dele com toda sua força e preparada para atravessar quando um metal frio foi colocado em sua garganta, seguido por uma voz fria e maliciosa.

─ Eu aconselho que o deixe, Demetria.

E aquela foi a última coisa que a Dama dos Pesadelos escutou, antes de ser fortemente puxada para trás fazendo com que se desequilibrasse e Lionel desacordado caísse por cima dela, impedindo a fêmea de escapar da general que lhe observava com um brilho perigoso surgindo nas orbes negras.

─ Olá, Demetria.─ Pronunciou seu nome como se fosse algum tipo de xingamento enquanto se ajoelhava aos pés da fêmea caída, erguendo sua mão com uma espécie de pó púrpura descansando na palma e encarando os olhos verde-prata que brilhavam em pura fúria, Amarantha soprou o pó no rosto de Demetria.

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