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thirty. the pain never goes away

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Sua vida havia sido bruscamente mudada, não... Sua vida havia sido forçadamente mudada por machos cheios de ganância e extremamente cruéis, sua vida foi destruída por um reino tomado por sombras nascidas da injustiça que ronda o mundo. Tudo que amava foi arrancado de seus braços com tanta força que seu peito ainda se encontrava sangrando. Não conseguia dormir, pois dormir significava relembrar. E o que menos desejava era lembrar.

Ela não queria lembrar dos olhos gentis de sua irmã, tão iguais aos seus mas ainda assim tão diferentes. Não queria lembrar do amor que ela transmitiu em cada mísero segundo que lhe restava. Não queria lembrar de como foi assistir aquela que mais amou no mundo ser assassinada de forma sádica, não queria lembrar de como o sangue vermelho sujou suas vestes e mãos. Não queria lembrar de como o macho hediondo tomou-lhe em seus braços, de como havia beijado sua pele traçando um caminho que só a fez querer vomitar no chão e morrer bem ao lado de sua irmã, de como ele havia...

Lágrimas já escorriam por suas bochechas sardentas, seus braços abraçavam os joelhos com força enquanto se encolhia cada vez mais na cama forrada por um lençol suave que acariciava sua pele e a fazia relembrar de um tempo que jamais retornaria. Jamais retornaria, pois Gwyn não era mais tão pura quanto havia sido algum dia, na verdade ela era suja. Mais suja que aquele homem que havia tirado tudo de si. Ainda mais indigna que ele. E incapaz.

A feérica sacerdotisa fungou, tão inundada em sua dor que nem ao menos se deu conta do som criado a partir do colidir de soltos com o piso de pedra vermelha escavada. Ela sequer conseguiu sentir o cheiro de jasmim que começava a tomar conta dos corredores da biblioteca subterrânea, ou, dar atenção em como seu corpo se arrepiou ao sentir as míseras fagulhas de poder negro como a morte que habitava no interior da fêmea sombria que possuía uma corte inteira em suas mãos espertas.

Clotho se manteve silenciosa ao lado daquela que se tornou a Senhora não só dos Pesadelos mas de toda a Corte Noturna. Os olhos se moveram e encararam o rosto mortalmente belo, não havia nada nas feições encantadoras que já conquistou inúmeros machos e também já destruiu milhares machos ao longo dos anos que a feérica esteve vagando no escuro.

─ Obrigado por me trazer até aqui, Clotho.─ Sussurou ela, o tom baixo e incrivelmente delicado. A sacerdotisa lhe respondeu com um balançar de cabeça que a dizia que levá-la até ali não havia sido um incômodo. A fêmea de cabelos longos castanhos sorriu, os olhos verde-prata cintilaram sob as luzes feéricas mas Clotho não sentiu medo, não se entregou aos instintos que a diziam que se deparou com uma ameaça, pois sabia e entendia as finas cicatrizes espalhadas pelas mãos da Dama dos Pesadelos.

Com um manear de cabeça, a sacerdotisa se despediu da fêmea nascida no berço dos pesadelos e iniciou seu caminho pelos corredores, em busca de retornar a sua tarefa de encontrar os livros sobre o Caldeirão espalhados pela biblioteca.

Demetria suspirou, as mãos tocaram o tecido azul-celeste de seu vestido, sentindo o bordado dourado das estrelas. Se fosse sincera consigo mesma, nem ela própria entendia o motivo pelo qual pediu para que Mor e Amren a levasse até a biblioteca das sacerdotisas, assim encontrando Clotho e a questionando sobre a jovem sacerdotisa que resgatou com o auxílio de Azriel.

Ela não se surpreendeu quando a fêmea revelou que Gwyn sequer moveu-se para fora do quarto que designaram a ela. Não comia e às vezes parecia sequer respirar.
Também não se surpreendeu ao perceber que entendia o motivo pelo qual aquela jovem de cabelo cobreado se encontrava agindo daquela maneira.

Ela não se surpreendeu ao perceber que entendia o vazio que agora engolia Gwyn por completo. Por isso que sua mão se fechava e se chocava suavemente contra a madeira da porta. Não demorou muito para que passos arrastados fossem ouvidos acompanhos pelo amargo odor das lágrimas, logo a porta se abriu e olhos sem quaisquer resquícios de vida encarou Demetria.

Os grandes olhos azuis esverdeados claros e profundos se encontravam cobertos por uma sombra, a pele pálida de um jeito doentio conseguiam dar um fim ao doce charme das sardas sobre seu nariz e bochechas e aos fios acobreados que perderam o brilho imortal. A jovem feérica em sua frente já havia respirado vida e sua alegria já tinha iluminado dias de outros feéricos, essa era a certeza que infiltrou no coração da Dama dos Pesadelos quando ela piscou, ainda analisando a sacerdotisa.

─ Sinto muito, mas, está a procura de algo?─ Sua voz feminina era leve, agradável e melodiosa de se escutar. Demetria não lhe respondeu a princípio.

─ Oh, sim.─ Ela balançou a cabeça de jeito suave e gentil, um sorriso formou-se nos lábios rosados.─ Vim em busca de uma conversa.

Gwyn franziu o cenho, confusa com as palavras proferidas pela fêmea em sua frente.

─ Uma conversa?─ Perguntou ela.

─ Sim, ─ Os olhos esverdeados respingados de prata cintilaram, ela inclinou a cabeça na direção do interior do quarto.─ eu posso?

Ainda atordoada, Gwyn abriu a porta o suficiente para permitir a passagem da Dama dos Pesadelos que sorriu em sua direção conforme adentrava no cômodo. A fêmea de cabelos castanhos não esperou por uma resposta para sentar-se na poltrona encostada em um dos cantos do quarto, o tecido ondulante do vestido da dama mexeu-se quando a mesma cruzou suas pernas.

Hesitante, a feérica mais nova sentou-se em sua cama e tentou não se encolher diante do olhar cintilante e preenchido por restos da mais pura morte. Demetria piscou, tombando a cabeça para o lado por um momento, os lábios rosados se separaram e sua voz começou a soar.

─ Perder alguém que ama jamais será fácil, afinal somos imortais, somos eternizados com ouro e diamantes.─ Inevitável foi a ação de encolher-se ao sentir as palavras lhe atingirem com força.─ Eu já estive em seu lugar, Gwyneth Berdara. E acredito que talvez eu devesse confortá-la e dizer belas palavras mas a verdade é que a dor nunca irá embora, talvez um dia você aprenda a conviver com ela mas a falta e o sentimento de que poderia ter feito mais não desaparecerá.

Silêncio estendeu suas raízes e fixou-se no cômodo. Gwyn piscava os olhos, ainda processando as palavras ditas pela Dama dos Pesadelos que sorriu calma em sua direção antes de erguer-se, caminhando até a porta novamente.

─ Você ─ Demetria franziu o cenho e ainda de costas para a feérica, ela se manteve com a mão na maçaneta. Gwyn engoliu seco.─, como aprendeu? Você me disse que a dor nunca irá embora mas eu teria que aprender a conviver com ela, como você fez isso?

Demetria suspirou e olhou para os grandes olhos da cobreada, com um sorriso mínimo nos lábios.

─ Eu não fiz.─ E foi a única coisa que murmurou antes de partir deixando Gwyn sozinha em sua dor com a mente enchendo-se de pensamentos.

Feyre se encontrava furiosa. Há dias, Rhysand lhe enchia com a estúpida ideia de fazê-la aprender a ler, as provocações cheias de malocia vinda do Grão-Senhor apenas serviam para alimentar a raiva que sentia pelo homem. Isso se fosse ignorar os treinos para manter os escudos mentais em pé e impedindo que algum daemati alcançasse sua mente, tornando Feyre e tudo que ela era em pó. Estar presa ali, próxima a ele, estava começando a lhe afundar em um poço de ódio escaldante.

Mas, em frente daquela mesa circular de pedra negra, com os olhos azul-cinzentos fitando o mapa de Prythian. Com cada corte destacada, caminhos feitos de bandeiras e alfinetes. Cada corte havia sido marcada ali, cada corte menos a Corte Noturna. Isso a fez estranhar, talvez fizesse parte de algum plano ou estratégia que não compreendia.

Porém, a primeira surpresa veio com a revelação de que a guerra se aproximava. Claro que não hesitou em implorar para que ele não encostasse um dedos nos humanos que viviam suas simples vidas na pobreza absoluta no outro lado da Muralha. E a segunda surpresa veio com Rhysand contando-lhe que Hybern estava vindo, planejando invadir e tomar as terras de Pryhtian da mesma forma que tomaria as terras humanas além da Muralha.

E agora, ela teria que enfrentar aquela questão que às vezes sentia transformar seu sangue em um rio flamejante e que precisava negar a todo custo.

─ Não tenho poderes.─ Retrucou de forma rápida, soando como nada além de negação. Rhys cruzou as pernas na cadeira em que estava sentado ao lado de Feyre.

─ Não tem? A força, a velocidade... Se não soubesse, diria que você e Tamlin estão fazendo um trabalho muito bom ao fingir que você é normal. Que os poderes que está exibindo não são normalmente a primeira indicação entre nosso povo de que o filho de um Grão-Senhor se tornará seu herdeiro.

─ Não sou um Grão-Senhor.

─ Não, mas recebeu vida de todos nós sete. Sua mera essência está ligada a nós, nasceu de nós. E se demos mais que esperávamos? E se você pudesse nos enfrentar... ter a própria força, ser uma Grã-Senhora.─ Os olhos estrelados recairam sobre Feyre que se esforçou para não rosnar para o macho.

Não há Grã-Senhoras.

As sobrancelhas do macho se franziram por um momento antes do mesmo sacudir a cabeça e exibir um sorriso dominado pela malícia.

─ Conversaremos sobre isso mais tarde também. Mas sim, Feyre, pode haver Grã-Senhoras. E talvez você não seja uma delas, mas... e se fosse algo semelhante? E sepudesse empunhar o poder de sete Grão-Senhores de uma vez? E se pudesse se dissiparna escuridão, mudar de forma ou congelar uma sala inteira, um exército inteiro? Entende o que isso pode significar em uma guerra iminente? Entende o quanto isso pode destruí-la se não aprender a controlá-lo?

─ Um, pare de fazer tantas perguntas retóricas. Dois, não sabemos se eu tenho esses poderes...

─ Você tem. Mas precisa começar a dominá-los. A descobrir o que herdou de nós.─ Insistiu, sem cerimônias.

─ E imagino que seja você quem vai me ensinar também? Ler e erguer um escudo não bastam?─ Questionou ela, já conseguindo sentir o sangue ferver.

─ Enquanto caça comigo o que preciso, sim.

─ Tamlin não vai permitir.

─ Tamlin não é seu dono, e você sabe disso.

─ Sou súdita dele, e ele é meu Grão-Senhor...─ Feyre falou.

Você não é súdita de ninguém.

Imóvel, Feyre ficou quando ele exibiu os dentes, as asas como fumaça que se abriram.

─ Vou dizer isso uma vez, e apenas uma vez ─ Ronronou Rhysand, caminhando até o mapa na parede. ─ Pode ser um peão, ser a recompensa de alguém e passar o restoda vida imortal se curvando e buscando aprovação e fingindo ser menos que ele, queIanthe, que qualquer um de nós. Se quiser escolher esse caminho, então, tudo bem. É uma pena, mas a escolha é sua.─ A sombra de asas ondulou de novo. ─ Mas conheço você, mais do que você percebe, acho, e não acredito por um minuto que esteja remotamente satisfeita em ser um troféu bonitinho para alguém que ficou sentado durante quase cinquenta anos, e então ficou sentado enquanto você era despedaçada...

─ Pare...

─ Ou ─ Insistiu Rhysand ─ tem outra escolha. Pode dominar quaisquer que sejam os poderes que lhe demos e fazê-los valer a pena. Pode ter um papel nessa guerra. Porque a guerra está chegando, de uma forma ou de outra, e não tente se iludir achandoque qualquer dos feéricos dará a mínima para sua família do outro lado da muralha quando nosso território inteiro estiver na iminência de se tornar um ossuário.

Os olhos azul-cinzentos fitaram o mapa, encarando Prythian, e aquele fiapo de terra na base sul, onde sua família se encontrava.

─ Quer salvar o reino mortal? ─  Lerguntou Rhysand. ─ Então, torne-se alguém em quem Prythian presta atenção. Alguém vital. Torne-se uma arma. Porque pode vir um dia, Feyre, em que apenas você estará entre o rei de Hybern e sua família humana. E você não quer estar despreparada.

Dolorida, sem fôlego, ela o encarou.

Como se Rhysand não tivesse acabado de puxar o mundo de baixo dos pés da ex-humana, ele acrescentou:— Pense bem. Tome a semana para isso. Pergunte a Tamlin, se isso a ajudar adormir. Veja o que a encantadora Ianthe diz a respeito. Mas a escolha é sua, de mais ninguém.


─ Você me parece irritado, algo aconteceu hoje com Feyre?─ Perguntou sua amada em suas costas, as pequenas mãos cobertas por cicatrizes acariciava sua pele na altura dos ombros, dando leves apertos com carinho e suavidade.

Os cabelos castanhos se encontravam livres, as mechas escorregavam pelos ombros de Demetria e roçavam na pele do macho que mantinha os olhos fechados, aproveitando.

─ Se está se referindo ao humor ácido e ao fato dela sempre me parecer pronta para fincar as garras em meu pescoço, digamos que ela está perfeitamente bem.─ Resmungou ele. Demetria liberou sua risada de sinos, os braços envolvendo o pescoço do mesmo em um abraço.

─ Mas, ainda assim, tem algo que o incomoda, não é?─ Ela sussurrou em um de seus ouvidos. Rhysand abriu os olhos e os lábios sensuais se ergueram em um sorriso sensual quando em um movimento rápido, ele virou-se, pressionando a fêmea contra o colchão.

Demetria piscou os olhos esverdeados e sorriu, um erguer de lábios que sempre brotava na boca rosada quando estava prestes a realizar um ato que o faria se arrepender. Ela havia sorriso daquela forma em inúmeras situações. Principalmente no momento que quando quase o matou afogado na neve.

E exatamente por isso que Rhys soltou a Dama dos Pesadelos, sentando-se no colchão e bagunçando os cabelos.

─ Me irrita ver o controle que Tamlin exerce sobre Feyre. Ela jamais parece dar um passo sem pensar em Tamlin e na reação que vai ter, isso é irritante.─ Rhys revirou os olhos, os dedos beliscaram sua bochecha por um um momento.

─ Eu sei, e é por isso que está cobrando o acordo agora.─ Demetria tocou a pele bronzeada com a ponta dos dedos e depositou um beijo lá.─ Feyre não é estúpida, em algum momento irá notar que as atitudes de Tamlin não são nem um pouco saudáveis para ela e para todos ao redor dele.

Rhysand virou a cabeça, apenas o suficiente para encarar o rosto da fêmea e então, sorriu.

─ Creio que você já tenha planejado isso, pela forma que está falando.

Demetria riu, se afastando por um momento para colocar uma de suas pernas por cima das de Rhys e tomando impulso para sentar no colo do Grão-Senhor, encarando os olhos que refletiam as estrelas que brilhavam no céu da Corte Noturna.

─ Digamos que há alguém fazendo o possível para que Feyre fique ao nosso lado.─ Ela murmurou de forma vaga, malícia causando o cintilar de seus olhos. Rhys riu, abraçando a cintura da Dama.

─ Acredito que seja bom saber que meu adorável demônio tem tudo planejado em sua bela cabecinha.─ Os dedos do meio-illyriano se enroscaram nos fios castanhos da fêmea que apenas riu novamente, o som de sinos ecoando pelo quarto.

─ Mudando de assunto.─ Ela piscou e ergueu o olhar, encarando o teto acima dos dois.─ Amanhã, irei retornar a Corte dos Pesadelos. Kirk e Jolly estão precisando de minha presença lá, mas antes de retornar, eu queria levá-lo para um lugar.

Rhysand franziu o cenho por um momento.

─ E esse lugar seria?─ Questionou em um tom sugestivo. Demetria balançou a cabeça e abaixou o olhar, uma mão se erguendo e então, os dedos aplicando um peteleco na testa do macho.

─ Apenas espere para ver.

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