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forty four. be part of my court

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Secretamente, Jolly admirou a cena que se desenvolvia em sua frente, curvando os lábios para a fêmea de cabelos curtos confortavelmente sentada na poltrona de seu escritório com uma criança que possuía pequenas asas membranosas farfalhando de forma leve enquanto seus olhos infantis e orelhas prestavam atenção nas palavras que a Dama dos Pesadelos dizia com um suave sorriso moldando seus lábios.

─ Essa peça aqui é Rainha.─ Ela disse, capturando uma peça, feita de mármore depositada cuidadosamente no tabuleiro, com os dedos.─ É a peça mais importante do tabuleiro.

June piscou os olhos, guiando um dedo até a palma aberta da Dama, cutucando a peça que estava ali, um gesto que causou mais um sorriso nos lábios do guerreiro de olhos cruéis que continuava silencioso, apenas analisando a cena com ternura.

─ Mais importante que o Rei?─ Perguntou, curioso. Demetria deu de ombros, abrindo um pequeno sorriso para o pequeno.

─ O Rei é lento, anda apenas uma casa por vez enquanto a Rainha pode se movimentar por todo o tabuleiro da maneira que quiser, rápida ou lenta, o que ela desejar.─ June replicou o sorriso da fêmea.

─ É igual a você.

─ Como?─ Questionou ela em um piscar de olhos, o cintilar de seus olhos deixou claro que ela apenas fingia o desentendimento diante das palavras infantis. O pequeno illyriano riu, as asas farfalharam quando ele o fez.

─ A Rainha é igual a você, Demi.

Demetria liberou sua costumeira risada de sinos balançando-se suavemente em uma brisa do verão. Ela tocou o nariz do menino com a ponta do dedo.

─ Que garotinho esperto você é.─ A fêmea estalou a língua, erguendo o queixo levemente.─ Talvez, no futuro, seja um rei.

Uma risada estrondosa escapou dos lábios de Jolly atraiu a atenção da criança e de Demetria. O guerreiro de olhos cruéis levou as mãos até os quadris.

─ Não o faça pensar grande demais, Demetria.─ Ele encarou o filho nos braços da de cabelos curtos.─ Lembre-se disso, June, manter os pés no chão é coisa mais importante para um guerreiro, o mantém focado nos seus objetivos.

─ Mas, eu posso ser um Rei e um guerreiro, ─ Falou o garoto, se virando para a Dama, piscando os olhos com a naturalidade de um mero questionamento causado pela inocência do pequeno.─ não é?

A fêmea de olhos cintilantes depositou a peça de mármore no tabuleiro e cutucou as pernas do garoto fazendo-o soltar uma risada, as asas se agitando em suas costas enquanto o som de seu riso soava pelo escritório.

─ Você pode ser o que quiser, June. Só basta sonhar.─ Ela murmurou, se inclinando e depositando um beijo nas bochechas do illyriano. Um sorriso adornou sua boca rosada no instante que um fino grunhido animalesco atraiu sua atenção para o piso amadeirado, onde uma serpente de três cabeças rastejava com suas patas cobertas por lâminas afiadas de tão finas iguais as suas escamas que cobriam todo seu corpo ainda frágil pelo seu tempo de nascimento. 

June soltou um arfado encantado, liberando mais uma risada conforme se inclinava no colo da fêmea, buscando acariciar os nomeados Guardiões da Corte Noturna mas foi impedido por Demetria que segurou a pequena mão com cuidado, piscando seus olhos diante do olhar questionador da criança. Jolly sorriu, assobiando baixo, chamando a atenção da besta aos pés da Dama dos Pesadelos e observando a forma que as cabeças pareceram se encarar antes de alegremente se dirigir na direção do guerreiro, as asas frágeis se balançando nas suas costas, quase como se estivessem prontos para levantar voo. 

─ Uma fêmea que fez os continentes se curvarem ao lado de uma besta exatamente igual a esta.─ Demetria sussurrou, quase como um segredo, acendendo aquele brilho curioso nas orbes avelãs do menino em seus braços. Uma de suas mãos tocaram a borda da mesa, a ponta dos dedos roçando na madeira, deslizando em torno de uma figura bestial, a mesma estampada nos portões da Cidade Escavada. June acompanhou todos seus movimentos, as sobrancelhas franzidas e pequenos olhos atentos.─ Isso soa familiar, não é?

Ao mesmo tempo, Jolly e Demetria ergueram suas cabeças, sorrisos enfeitando suas feições e malícia despontando de seus olhares. O guerreiro liberou uma risada que mais se pareceu com um bufo divertido, os olhos cruéis analisando a criatura se movia por cima de sua armadura, as escamas perigosas rasgando no metal e gerando um estalar constante enquanto suas cabeças se concentravam em morder um dos dedos da mão coberta por cicatrizes do guerreiro.



Demetria havia franzido o cenho quando seus passos cessaram. Parada na entrada que se abria, revelando um jardim que despontava verde para todos os lados, assim como canteiros de rosas e vasos mostrando belíssimas flores cujas pétalas viajavam entre as cores mais encantadores, a Dama dos Pesadelos depositou suas orbes verde-prata nas cinco figuras sentadas em cadeiras de ferros, suas atenções fixas no macho sentado na beira de uma fonte, cuja água era iluminada pela luz solar. Um suspiro escapou de sua boca, entendimento estava claro em seus olhos quando se aproximou, cabeças não se viraram na sua direção no momento que passou, o vestido de tecido preto oscilando ao redor de suas pernas e uma mão tocando suavemente o ombro coberto pela armadura escamosa de Cassian antes que se encontra-se na frente de Rhysand.

─ Me diga o preço.─ Disse ela, firme e inabalável. Feyre pressionou um lábio contra o outro, notando que Demetria possuía a mesma postura que a Rainha Dourada, mas, em vez de um leão em pele humana, a Dama não passava de uma serpente em pele feérica deixando-a ainda mais perigosa.

Rhysand ergueu a cabeça, os olhos violetas fitaram o belo rosto da pequena fêmea, não havia humor, completamente frios. 

─ As humanas querem provas de nossas boas intenções. De que podem confiar em nós.

Amren virou-se para Feyre.

─ Feyre não bastou?

─ Ela mais que basta.─ Rhys assegurou com uma calma mortal.─ São tolas. Pior... tolas com medo.─ E, então, retornou a fitar o chão de musgo e pedra. Demetria estalou a língua, não demorando muito a sentar-se ao seu lado.

─ Poderíamos... derrubá-las. Colocar rainhas mais novas, mais inteligentes em seus tronos. Que estejam dispostas a negociar.─ Disse Cassian.

─ Demoraria demais.─ Proferiu Demetria.─ E apenas mulheres assumem, como poderíamos saber se há realmente uma herdeira pronta para o trono, e, bom, nem mesmo Azriel consegue penetrar nas cortes, como chegaríamos nelas?

O manear de cabeça que o Mestre-Espião enviou a Cassian, deixara claro o quanto concordava com as palavras da Dama dos Pesadelos.

─  Estamos empacados com elas.─ Inspirou Rhys, entre dentes.

─ Poderíamos tentar de novo.─ Diz Mor, os cabelos loiros escorregou por seus ombros quando se inclinou minimamente.─ Deixe que eu fale com elas, que vá ao palácio...

O cenho de Demetria se curvou, os lábios se separando para respondê-la, porém quem falou foi Azriel:

─ Não.

Mor ergueu as sobrancelhas. Rubor espalhou pelas bochechas, mesmo que sua expressão continuasse determinada.

─ Não vai colocar os pés naquele reino humano.

─ Eu lutei na guerra se não se lembra...

─ Será morta antes mesmo que sua magia os atinja.─ Sibilou Demetria. Azriel e Mor a encararam. O illyriano assentiu, as asas agitadas roçaram no encosto da cadeira.

─ Aquele lugar é uma armadilha mortal para nossa espécie. Construído por mãos feéricas para proteger os humanos de nós. Se colocar os pés lá dentro, Mor, não sairá de novo. Por que acha que estamos com tantos problemas para infiltrar alguém?

─ Se entrar no território deles não é opção ─ Começou Feyre.─, e enganar ou fazer manipulação mental podem levar a magia a destruir o Livro... Que prova pode ser oferecida? 

 ─ Oferecer o lar de Myriam e Drakon não me parece uma escolha sábia.─ Demetria piscou os olhos, entrelaçando suas mãos em sua saia. Rhys concordou.

─ Seu único desejo era permanecer escondidos, viver em paz com os respectivos povos. Lutaram e sangraram e sofreram muito por isso. Não vou arrastá-los para este conflito.─ Falou o Grão-Senhor da Corte Noturna.

─ O exército aéreo de Drakon era tão bom quanto o nosso. Talvez precisaremos chamá-lo no fim.─ Ponderou Cassian, porém Rhysand apenas sacudiu a cabeça.

─ Então, o que oferecemos em troca?─ Perguntou Feyre.─ O que mostramos a elas?

Rhys parecia arrasado quando disse:

─ Mostraremos Velaris a elas.

Demetria piscou, virando-se para o parceiro, uma centelha de confusão momentânea brotou em seus olhos quando o fez.

─ O quê?─ Disparou Mor, sendo silenciada por uma Amren terrivelmente séria.

─ Não é sério que quer trazê-las até aqui.─ Protestou Feyre.

─ É claro que não. Os riscos são grandes demais, recebê-las por sequer uma noite provavelmente resultaria em um derramamento de sangue.─ Rhys respirou.─ Então, planejo apenas mostrar a elas.

─ Elas vão ignorar, como um truque mental.─ Azriel disse.

─ Não.─ Rhysand se levantou e se moveu, ficando em frente a Dama dos Pesadelos.─ Quero mostrar a elas, de acordo com as regras delas mesmas.

Amren tamborilou as unhas umas contra as outras. Demetria estalou a língua, seu olhar se distanciando do macho parado em sua frente, como se ele nem ao menos estivesse ali. Rhys abriu um sorriso com o ato da mulher.

─ Acha que consegue encontrá-lo?─ Havia desafio em sua voz, uma isca para atrair a atenção da fêmea que prontamente o encarou, suas orbes esverdeadas cintilando.

─ E há algo neste mundo que eu não consiga fazer, Grão-Senhor?

Ele riu, um som rouco e provocante.

─ Tenho certeza que não, Dama dos Pesadelos.






Feyre se lembra claramente de Ludovik. De como as sombras pareciam se agarrar ao seu corpo, denunciando o que lhe fazia diferente dos demais, um encantador das sombras igual a Azriel. De como os fios dourados de seus cabelos se ondulavam levemente e, enfim, caíam por sua tez, conseguindo destacar as orbes cinzentas de alguma maneira que não compreendia. O Mestre-Espião da Corte dos Pesadelos era esse título que secretamente guardava entre suas feições feéricas. O macho havia oferecido um sorriso fraco e cheio de ternura para Demetria no momento que adentrou no escritório da fêmea de olhos esverdeados com manchas pratas, não hesitando em depositar uma esfera de prata na superfície de madeira da mesa.

─ Exatamente no mesmo lugar que disse que estaria, minha Senhora.─ Ele disse, curvando-se levemente e, por um mero instante, Feyre flagrou aqueles olhos cinzas em si, curiosos. Demetria sorriu e a ex-humana notou que não havia uma malícia por trás quando a mesma o fez.

─ Não se curve, Ludovik.─ Disse, estendendo a mão por cima da mesa e capturando a esfera prateada entre os dedos.

O macho loiro assentiu em confirmação, no entanto, Feyre desconfiava que ele não iria seguir as palavras ditas pela Dama dos Pesadelos. Distanciando seu olhar dali, a recém-feérica depositou uma mão nas saias de seu vestido, uma peça fúcsia feita de seda que Demetria lhe emprestou quando lhe disse que iria até a Cidade Escavada ao seu lado. Com sua audição feérica, pode notar quando Ludovik recuou um passo, a sola de suas botas illyrianas raspando na madeira do piso na hora em que o fez. Feyre piscou os olhos, após de se tornar ciente que as orbes da Dama dos Pesadelos se encontravam fixas em si.   

─ Presumo que saiba que faz parte da Corte Noturna desde que colocou os pés nesse território.─ Ditou Demetria. A ex-humana balançou a cabeça de forma hesitante, tentando descobrir a razão pela qual Ludovik parecia tão atento aos seus movimentos.─ Ótimo, isso irá tornar tudo mais fácil.─ A Dama dos Pesadelos estalou os dedos e, de repente, se fez presente um pergaminho nas mãos de Feyre.

─ O que é isso?─ Perguntou a ex-humana. 

─ Uma oportunidade.─ Respondeu, os olhos cintilando quando inclinou-se, um dedo apontando para o papel amarelado entre os dedos daquela que já foi a noiva de Grão-Senhor.─ Há muito tempo atrás, antes mesmo de Amarantha, eu disse a alguém que estava formando minha própria corte dos sonhos.─ Aquela revelação surpreendeu Feyre. Como...─ E eu a fiz. Olhe para Ludovik.─ E ela olhou, ainda confusa com as declarações da Dama e incerta do rumo daquela conversa.─ Um órfão, abandonado nas ruas por anos, se alimentando de lixo e tendo um dom que nem ao menos sabia utilizar corretamente, exatamente igual a mim. ─ Uma pausa, suas feições deixaram claro que algo doeu em seu peito com as futuras palavras.─ Lionel o treinou para que fosse um espião, para que um destino florescesse e que tivesse um propósito. E, agora, é o meu Mestre-Espião.─ Demetria inclinou a cabeça para o lado, suas orbes faiscaram mais uma vez, conforme um sorriso cheio de segredos nascia.─ Você pode ser igual a ele.

Os pensamentos de Feyre simplesmente sumiram quando ela respirou, tensão lentamente espalhando-se por seu corpo, assim que curvou-se levemente para frente, os olhos azul-cinzentos perplexos quando seus lábios proferiram:

─ Quer que tome o lugar de Azriel?

Demetria riu. O som de sinos tilintando flutuou pelo cômodo.

─ De fato, isso seria interessante.─ Admitiu, ainda risonha.─ Mas, não.─ Alívio se espalhou pelo corpo da recém-feérica.─ Eu quero que faça parte da minha corte, Feyre. Quero que seja treinada por Ludovik e se torne uma das minhas espiãs.

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