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forty eight. child of death

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─ Há algo de errado? ─ Sua voz soou em meio a noite naquele mesmo dia que retornaram para a Corte Noturna com o outro pedaço do Livro nas mãos. Eles haviam entregado um importante segredo que muitos morreram para manter, porém receberam a parte daquele objeto mágico. Um sacrifício foi necessário, mas Rhysand já cuidou de dispensar soldados ao redor das fronteiras e ao longo do litoral, caso as Rainhas fossem incapazes de manter em segredo aquela grandiosa cidade que amavam com seus corações de forma completa.

Rhys não disse nada. Seus dedos continuaram a realizar carícias pela pele da fêmea, fazendo e refazendo desenhos invisíveis que conseguiam relaxar os músculos do corpo pequeno tão firmemente agarrado ao seu corpo. Demetria fechou os olhos, aproveitando o carinho que recebia e se aproximando ainda mais seu corpo do dele até que não houvesse um pedaço de sua pele que não encontrasse a dele. Era uma noite calma, onde se podia ouvir o som baixo e hipnotizante da música que flutuava pelas ruas, além das estrelas estarem brilhando no manto escuro do céu com tanta suavidade que se tornou impossível não repará-las, e talvez esse fosse o exato motivo pelo qual as janelas do quarto estavam todas abertas, permitindo que visualizassem as estrelas quando quisessem.

─ Você estava perfeita na primeira vez que a vi, sabia disso?─ De repente, falou. Demetria riu, a risada de sinos ecoou pelo cômodo vazio.─ Não ria.─ Ele disse, um sorriso iluminava suas feições quando uma de suas mãos seguraram o queixo da Dama, fazendo-a encarar seus olhos púrpuras. Seus olhos novamente mergulharam naquela imensidão esverdeada e Rhys perdeu-se lá por tempo suficiente para entender que faria de tudo e mais um pouco por ela.

Ela não mentiu para as Rainhas quando falou sobre seu amor por uma fêmea de olhos inteligentes e cheia de uma audácia quase que perigosa. Ele não mentiu quando implorou para que lhe dessem uma chance para dar o futuro que ela tanto merecem depois daqueles cinquenta anos. E não estava mentindo agora quando disse a si mesmo que não se arrependia de cada decisão que tomou e jamais o faria, não quando todo aquele caminho lhe levou até Demetria.

─ Demetria, Demetria...─ Ele murmurou, como se aquele pequeno nome fosse uma oração, algo a qual poderia se agarrar nos seus piores momentos.─ Meu doce demônio, nada me fará parar de amá-la, nada me impedirá de voltar sempre para você.

A fêmea piscou os olhos, esticando uma mão e tocando o rosto do meio-illyriano, deslizando a ponta dos dedos por sua pele bronzeada cuidadosamente, traçando um caminho até encostar nos seus lábios sedutores. Ela fechou os olhos mais uma vez, pressionando o rosto contra a pele quente do macho.

─ Sempre vou estar aqui para recebê-lo de braços abertos, ─ Sussurrou em resposta.─ mesmo que eu precise destruir o mundo para fazê-lo.

Rhys sorriu, sabendo que certamente é algo que Demetria faria sem nem precisar pensar duas vezes. Com orgulho, assistiria o mundo se tornar nada além de pó e cinzas caso fosse o preço para ter Rhysand ao seu lado, pois é isso que ela fazia por quem amava e sempre fará, mesmo que se tornassem nada além de uma memória esquecida naquele mundo.

Levando os olhos para uma das janelas que se encontravam abertas, o feérico analisou as estrelas que brilhavam nos céus e sorriu, fazendo a silenciosa promessa que protegeria o futuro de Demetria e de toda sua família, independentemente do preço, nem que seja a morte.

─ Está sentindo isso?─ Franzindo o cenho, a Dama dos Pesadelos apenas ergueu a cabeça, as mãos continuando a segurar os papéis que anteriormente analisava e os olhos fixos no macho que fitava uma das janelas do escritório.

Dois dias se passaram. Amren não havia decifrado o Livro, Cassian recebera relatórios das legiões illyrianas que estavam nas montanhas, esperando a ordem de voar para onde a primeira batalha aconteceria e Demetria está na Cidade Escavada, próxima o suficiente para que Jolly não se preocupasse em enviar inúmeras cartas visando avisá-la sobre a posição atual das tropas que constantemente se alterava conforme o macho pensava cada vez mais na provável guerra que poderia estar próxima.

─ Kirk, do que está falando?─ Perguntou a Dama dos Pesadelos, abandonando os papéis na superfície da mesa de madeira e dando passos na direção do macho que continuava mantendo seus olhos cegos nas ruas, sem poder enxergá-las.

Ela não obteve sua resposta. E foi necessário que caminhasse em sua direção, ouvindo as garras afiadas do Cpretus rasparem no assoalho conforme se movimentava, acompanhando a Dama dos Pesadelos e liberando um grunhido, se agarrando nas saias da fêmea que levou uma de suas mãos até as de Kirk, segurando-as.

─ Kirk, o que está vendo?─ Soltou, a voz tomada pela preocupação. O macho cego lentamente virou-se para encará-la e seus olhos vidrados arrepiaram o corpo da fêmea com a sensação arrasadora que eles transmitiam naquele exato momento.

Foi como um tremor, ou próximo disso, menos forte mas igualmente intenso. O bastante para que Demetria não hesitasse ao dar as costas para Kirk, sendo seguida por Cpretus quando correu pelos corredores e tropeçou nos próprios pés ao descer os degraus rapidamente para enfim lançar-se nas ruas. A inquietação de todos os habitantes da Corte dos Pesadelos, os murmúrios indicavam que eles haviam sentido aquele mesmo tremor e aquela sensação de que aquilo era apenas um prelúdio se intensificou no momento que mais um tremor ocorreu. E o céu ensolarado da Corte estremeceu, tremeluziu como uma ilusão, logo aos poucos, começou a cair. Pedaço por pedaço, como se estivesse descascando.

Hipnotizados, não havia um olhar que não estivesse focado em fitar aquela beleza aterrorizante, aos poucos o terror começando a correr por suas veias conforme a realidade se revelava cada vez mais.

Quando o primeiro mísero pedaço daquele céu encostou no telhado de uma casa longe de mais para que os olhos de Demetria visualizasse, as vidraças daquela mesma morada explodiram com tanta força que o som ecoou por toda a cidade, despertando-os daquele encanto momentâneo. E o mesmo efeito se repetiu, sendo acompanhada por gritos assustados. Uma a uma, cobrindo não só as ruas de resquícios de vidros mas também todos os feéricos e Grão-Feéricos que se encontravam caminhando pela cidade naquele momento.

Demetria não se moveu, sua respiração parecia presa em seus pulmões enquanto os olhos continuavam a fitar o céu que se desfazia completamente, encarando com terror as figuras aladas que se revelavam atrás daquela ilusão, os sorrisos maliciosos e cruéis em cada rosto encouraçado capaz de ser visualizado por conta do enorme buraco que havia em suas costas, fazendo com que a luz chegasse na Corte dos Pesadelos. Os tremores...

Cpretus liberou um grunhido, parecendo pressentir o que aconteceria a seguir e a Dama dos Pesadelos sentiu um puxão, um chamado que implorava para que respondesse.

Demetria recuou um passo, espirais negros surgindo em sua pele e os olhos esverdeados tomando uma coloração mais pálida quando houve um instante de silêncio. Um mero segundo em que todos se deram conta das figuras acima deles. Um mero segundo antes que os gritos retornassem ainda mais fortes e Demetria esticasse as mãos, escuridão sólida cobriu a cidade como escudo quando a legião daqueles seres terríveis mergulhou, pronta para devastar por completo aquela corte.

O desespero dos gritos não cessaram, porém todos pareciam saber exatamente o que fazer ao correrem na direção em que os illyrianos se instalavam, protegidos pelo poder de sua Dama. Demetria aguentou, deixou com que sua magia fluísse e lhe dominasse, mordeu os lábios para impedir que um grito lhe escapasse ao sentir cada vez mais o peso de cada uma das criaturas ser depositado contra o escudo criado. Era como se eles estivessem empilhando pedras nos seus ombros, espalhando uma fina dor por seu corpo a cada respiração que realizava. No entanto, ela não cedeu.

Se recusou a fazê-lo. Ela sangrou por aquele povo, mas nunca o deixaria sangrar por si ou por conta da crueldade de mais algum macho que possuí poder o suficiente em suas mãos mas não sabe como usá-lo. Ela não permitiria que seu povo sofresse, não mais uma vez. Não deixaria com que nada perturbasse ou destruísse aquela paz que surgiu ali, não deixaria com que transformassem aquela terra em um pesadelo sangrento. Ela...

Algo escorreu de seu nariz, o odor de sangue nunca pareceu tão forte e o peso em seus ombros tornou-se ainda mais insuportável. Ela não pararia. Seus dedos se curvaram levemente e gritos guturais ecoaram, nenhum deles sendo do povo da Cidade Escavada.

Um esmagar de botas atrás de Demetria quando Jolly atravessou, os olhos cruéis fixos na Dama dos Pesadelos e no filete de sangue que escorria para fora de seu nariz.

─ Demetria, pare!─ Gritou ele, as mãos segurando as lâminas de suas espadas e o corpo revestido por tecido illyriano. A Dama dos Pesadelos o ignorou, suas palmas se fechando lentamente e os gritos das criaturas aumentaram, era possível ouvir o som dos ossos sendo destroçados.

─ Demetria!─ Gritou mais uma vez.─ Demetria, pare com isso! Pare agora!

Mas não o fez. Não quando um sorriso se ergueu com cada carne e osso tornando-se em nada, não quando se divertia em matar cada um daqueles que ousaram ameaçar seu povo, pelo manos não até que o peso em seus ombros se aliviasse. Em um único gesto, o escudo desapareceu e sangue junto de ossos e pedaços de carnes caíram por toda cidade como um manto sangrento, uma lembrança sobre aquela fêmea que os governava.

Entretanto, o exército Hybernianos não acabava ali. A legião illyriana lançou-se nos céus no mesmo momento que mais uma onda de seres iguais ao Attor surgiu, o estampido de flechas romperam junto do farfalhar de asas, gritos cheios de raiva agora preenchia os ouvidos aguçados de todos.

Demetria apenas moveu-se para recolher Cpretus em seus braços, sem importasse que as escamas da besta estivesse arranhando sua pele, criando pequenas feridas. Um olhar na direção de Jolly bastou para que o mesmo caminhasse e segurasse seu rosto, limpando o sangue abaixo de suas narinas com a ponta do dedo.

─ Você já fez o suficiente, entre em casa e se proteja.─ Foi o que falou, se afastando e empurrando-a levemente na direção da casa. Demetria negou com a cabeça.

─ Onde estão Ludo e Zion?─ Questionou, lançando um olhar para os céus, onde os illyrianos habilmente destruía todos em seu caminho com a força bruta de seus poderes e o aço de suas espadas.

─ Lutando como os guerreiros que sempre foram.─ Respondeu, frio.

─ E June?─ Jolly apenas olhou para a porta da mansão, onde uma criança illyriana se encontrava, as asas encolhidas e olhar temeroso no rosto conforme observava Kirk dar passos para fora da mansão na direção deles.

─ Eu irei com você.─ Falou o macho cego. O de olhos cruéis respirou, sem nem ao menos parecer pronto para tentar impedir seu amado de ir para uma batalha iminente ao seu lado. Kirk juntou sua mão na de Jolly.

Jolly a encarou e Demetria fez o mesmo. Ela sorriu para ele, mesmo que seus olhos queimassem com lágrimas que deveria derramar mas não o faria, pois isso lhe pareceria uma despedida e não iria aguentar dar adeus para mais uma pessoa que amava, embora seja momentâneo.

─ Continue segura, filha. E cuide do seu irmão.

E, com isso, os machos atravessaram, provavelmente indo para seu posto em frente ao exército, se preparando para quando a fúria dos soldados Hybernianos terrestres fossem liberadas.

Demetria fechou os olhos, forçando sua audição, tentando captar algum som de sofrimento de seu povo. Alívio instalou-se no seu peito quando notou que não, provavelmente todos se encontravam nos calabouços, escondidos da crueldade daquele povo estrangeiro.

─ Demi?─ Chamou June, parecendo assustado. A Dama dos Pesadelos sorriu em sua direção, tentando passar a imagem segura que o pequeno tanto precisava naquele momento. Ela liberou Cpretus do aperto de seus braços e observou a criatura planar com suas asas membranosas até alcançar o chão, onde liberou um bufo de fogo.

Demetria não esperou mais para praticamente correr pra dentro da mansão, acolhendo June nos braços ao fechar a porta, utilizando dos seus poderes para realizar feitiços que manteriam o perigo longe o suficiente dali.

O som da batalha não cessava. Enfim, o exército Hyberniano foi liberado, agora se encontravam nas ruas, destruindo todas as residências que se erguiam em suas frentes e se divertindo com os gritos de desespero dos feéricos que escondiam-se pelas as ruas. Demetria encolheu os ombros, continuando a abraçar June, pressionando as palmas contra as orelhas redondas da criança, tentando mantê-la longe daqueles sons horríveis. Ambos se encontravam em um espaço que há abaixo da escadas, nas sombras na companhia de Cpretus que mantinha as asas abertas e às vezes, liberava um grunhido.

Demetria estava atenta, pronta para transformar qualquer ameaça em pó com estalar de dedos. O cheiro de sangue parecia estar em todos os lugares e isso estava fazendo-a fechar os olhos com força, desejar não estar ali naquele momento. Novamente, sentiu aquele mesmo chamado mas o ignorou, sentindo o coração doer por sua ação.

Cpretus rosnou e atraiu sua atenção, fazendo-a fitar a criatura que bufou fogo, se movendo pelo piso de madeira com suas garras afiadas. Havia alguém ali. Demetria se esforçou e pode ouvir, eram passos, tão lentos que mal poderiam ser ouvidos caso não prestasse tanta atenção. Ela se distanciou de June e espirais negros surgiram em sua pele. O som de passos cessou quase que no mesmo instante.

─ Criança da morte.─ Uma voz sombria arrepiou o corpo de Demetria, ela jamais tinha o visto em toda sua vida mas reconhecera sua voz, ela sabia exatamente quem ele era e que deveria temê-lo.─ Nada é capaz de quebrar quem nasceu de onde todos temem, não é?

Jurian.

Demetria esticou um braço para o lado e tocando no braço de June, erguendo uma dedo em frente aos lábios em um claro sinal para que a criança continuasse em silêncio. O menino assentiu em confirmação, as pequenas asas farfalhando.

─ Vamos, Demetria.─ Ele falou, era possível sentir o sorriso em sua voz.─ Deixe-me vê-la, quero ver a Dama dos Pesadelos, aquela que matou Amarantha e libertou seu povo.

Ela respirou, antes de sair de seu esconderijo. Seus olhos cintilavam perigosamente quando Jurian surgiu em sua visão, uma besta sendo segurada pelo humano que ostentava um sorriso malicioso.

─ Olá, Dama dos Pesadelos.

Demetria nem ao menos moveu os lábios, prestes a mover as mãos e dar um fim no guerreiro no instante que algo que atingiu, afundando em sua pele, cortando sua carne. Ela urrou de dor, os olhos se arregalando conforme caía de joelhos, as mãos trêmulas ondulando ao redor da ponta daquela flecha que atravessou seu peito pelas costas.

June arregalou os olhos e sua boca se abriu, ele estava preparado para gritar quando Demetria virou o rosto, fitando-o com uma mensagem clara nas feições. Mordendo os lábios com força, o pequeno pressionou as mãos contra a boca para impedi-lo de realizar qualquer movimento que denunciasse que estava ali. Cpretus rugiu, um bufo de fogo surgiu quando a fera lançou um olhar aterrorizante para o humano que riu, fazendo pouco caso da ferocidade do ainda filhote.

─ Está surpresa?─ Jurian piscou os olhos, inclinando a cabeça para o lado. A Dama dos Pesadelos abriu a boca, mas acabara por cuspir sangue, sentindo sua magia desaparecer conforme o veneno Hyberniano espalhava-se por seu corpo.─ Realmente pensou que eu a enfrentaria sem contar com alguns truques? Eu pareço tão patético assim?

Na verdade, Demetria que sentiu-se patética ao notar que Jurian era quem havia organizado aquele ataque. Aquele exército que havia destroçado com o uso de seus poderes visando dar uma chance de sobrevivência para que se escondessem era especialmente para que ela esgotasse seu corpo e poderes, incapaz de notar as coisas que normalmente faria. Estúpida, era isso que foi. Havia se desesperado e só notou quando era tarde demais.

Ela não teve forças para respondê-lo, sua visão aos poucos se tornava turva mas ainda conseguiu ouvir as botas batendo contra o assoalho quando um soldado claramente feérico se posicionou ao lado de Jurian, sorrindo.

─ O rei irá adorar tê-la em mãos, criança da morte.

Demetria, então, retornou para onde se originou.

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