Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

eleven. returning home


╔══════════════╗

╚══════════════╝


Demetria se encolheu dentro da água, seus braços abraçando suas pernas com força e seu queixo sendo apoiado nos joelhos. Ela não havia falado nada, desde que Rhysand havia lhe levado até ali, rasgando suas roupas para que pudesse adentrar na banheira e tirar todo sangue em sua pele. Se manteve calada enquanto o macho esfregava suas costas. Banhando Demetria da mesma forma que ela havia feito durante cinquenta anos, com delicadeza e carinho em cada ato realizado.

─ Estamos livres.─ Murmurou ela em meio ao silêncio, se encolhendo ainda mais. Os olhos se encheram de lágrimas que ousou derramar diante de Rhys que esboçou um sorriso leve, seus dedos tocando o queixo ela e virando seu rosto para que ele pudesse limpar suas lágrimas.

─ Sim, estamos. E por sua causa.─ Disse, pressionando um beijo em seus fios molhados. Demetria balançou a cabeça, negando. Seus dedos agarraram a mão que segurava seu queixo e depositou um beijo nela.

─ Não, por nossa causa.─ Ela sorriu, leve.─ Apenas consegui tudo que fiz hoje porque eu tinha você ao meu lado.

Rhysand pressionou sua testa na dela. Afundando seus olhar naquelas orbes esverdeadas com um leve sorriso em seus lábios.

E estou vivo até agora, pois você estava ao meu lado.─ Demetria retribuiu seu sorriso. Rhysand se levantou, esticando uma mão na direção da feéricas. ─ Agora, vamos, você precisa de uma boa roupa para voltarmos para casa.

A Grã-Feérica piscou os olhos, parecendo se dar conta do que se seguiria nos próximos dias. Lágrimas encheram seus olhos novamente e ela ergueu o rosto para evitar que caíssem, um sorriso surgiu em seu rosto.

─ Estamos indo para casa, Rhys.─ Falou, sua cabeça se abaixando e seus olhos se encontrando com as orbes púrpuras de Rhysand, sua mão deslizou na palma aberta do feérico que sorriu, balançando a cabeça suavemente.

─ Sim, estamos indo para casa, querida.─ Demetria riu, a primeira risada genuína que deu em cinquenta anos e o macho acompanhou ela por bons minutos.

Felicidade corria por suas veias. Finalmente, eles estavam indo para casa, após cinquenta anos presos debaixo daquela montanha, Rhys e Demi iriam para casa. Retornariam para suas respectivas cortes. Eles estavam indo para casa.

─ Nunca perguntei, mas,─ Demetria piscou os olhos para O Grão-Senhor ajoelhado em sua frente, as mãos deslizando a bota em seu pé e amarrando os cadarços com agilidade.─ por qual motivo você sempre parece ter uma vestimenta para mim?

Ela gesticulou para o vestido de tecido escuro adornado com prata que cabia perfeitamente em seu corpo magro. Rhysand ergueu a cabeça, as estrelas de seus olhos cintilaram por um momento.

─ Talvez um dia, você saiba o porquê.─ Demetria revirou os olhos, seu pé se colocou atrás de um dos ombros do macho e o puxou para mais perto. Seus dedos seguraram o queixo de Rhys e o fixou com seriedade, mesmo que um sorriso convencido brincassem nos lábios sensuais do Grão-Senhor.

─ Estou falando sério. Exigi um vestido daquele vez, mas não precisava continuar me vestindo. Por que ainda continua o fazendo?─ Seus olhos verde-prata se espreitaram por um momento.─ Por eu ser sua parceira?

─ Sabe, querida, não precisava arranjar desculpas se só queria ficar mais próxima de mim. Era só pedir, você sabe que, para mim, é sempre uma honra realizar seus desejos.─ Rhysand só precisou virar um pouco sua cabeça, para poder depositar um beijo nas coxas da fêmea. Seus olhos ainda fixos nas orbes esverdeadas da feérica, e novamente, eles estavam presos naquela bolha em que o desejo que sentiam pelo outro apenas se tornava cada vez mais forte, conseguindo roubar o ar que havia em seus pulmões. Porém, claro que havia algo de diferente ali, afinal cinquenta anos haviam se passado. Cinquenta anos em que laço que havia entre eles foi o que os impediu de quebrar, saber que tinha um ao outro foi o que os salvou. Naqueles anos que se passaram, inevitavelmente ou não, Demetria e Rhysand haviam se tornado parceiros, mesmo que a fêmea não tivesse aceitado aquela parceira. Mesmo que...

─ Irá mudar?─ Perguntou ele. Demetria franziu o cenho em confusão.─ Nós iremos mudar quando retornamos para casa?

A feérica soltou um suspiro, movimentando a coxa depositada em cima do ombro do Grão-Senhor para que conseguisse tomar o rosto do macho com as mãos.

─ Sim, iremos.─ Sussurou, o polegar acariciando as bochechas do macho.─ Temos um povo inteiro para guiar depois de tempos tão sombrios. Por eles, iremos mudar, mas, o que passamos aqui jamais será esquecido, Rhysand.─ Demetria depositou um beijo na testa de Rhys enquanto o mesmo abraçava seus quadris e a trazia para perto.

"Apenas não me diga adeus" Sussurou ele em sua mente. Demetria sorriu, colando sua testa na dele.

"Jamais irei dizer adeus a você."

Sim, definitivamente, eles eram parceiros, independente do laço que os ligava.

Uma voz melódica foi o que havia despertado Feyre. Ela deixou Tamlin dormindo na cama, o corpo pesado de exaustão. Em algumas horas, deixariam Sob a Montanha e retornariam para casa. A Corte Primaveril. Feyre rezou para algum dia conseguir dormir com aquela tranquilidade de novo.

Ela sabia quem estava lhe chamando antes de abrir a porta para o corredor e caminhar por ele, tropeçando e cambaleando de vez em quando, conforme me ajustava ao novo corpo, ao novo equilíbrio e aos ritmos. Devagar, ela pegou um lance estreito de escada, subindo e subindo, até, para sua surpresa, um raio de luz do sol se propagar pelas escadas e ela se viu em uma pequena varanda que se projetava para fora, na lateral da montanha. Feyre sibilou contra a claridade, protegendo os olhos. Ela havia perdido completamente a noção do tempo naquela escuridão da montanha.

Rhysand deu um risinho de onde ela mal conseguia distingui-lo, parado e sozinho, no parapeito de pedra.

─ Esqueci que faz um tempo para você.

Um campo de montanhas violeta, com picos nevados, a rocha da montanha marrom e estéril. Nem ao menos uma faixa de grama ou cristal de gelo reluziam nela. Feyre olhou para Rhysand, por fim. Suas asas membranosas estavam à mostra, uma esticada ao redor do corpo pequeno de Demetria que sorriu em sua direção.

─ Está indo embora.─ Ela disse, as palavras sendo direcionadas para a feérica que afastou seus fios castanhos dos ombros.

─ Não sem antes dizer adeus.─ Demetria esticou uma de suas mãos, dando um passo para frente. Um convite que Feyre não hesitou em aceitar, não quando se lembrou a maneira que a feérica havia se colocado na frente de Amarantha, de como lutou por todos ali. A Dama dos Pesadelos puxou o corpo recém-feérico para próximo e então, depositou suas mãos nos ombros da ex-humana.

─ Não para sempre.─ Disse Feyre, agitando os dedos tatuados para que Rhys os visse.─ Não tem uma semana todo mês?─ Aquelas palavras saíram gélidas.

Rhysand abriu um leve sorriso, as asas farfalhando e se acalmando com um olhar da Dama dos Pesadelos.

─ Como pude esquecer?

─ Esqueça ele.─ A de olhos verdes balançou uma de suas mãos.─ Eu lhe chamei para agradecer e pedir perdão.

Feyre franziu o cenho, confusa.

─ Perdão? Por que?

─ Agradecer por ter confiado no seu amor em Tamlin e em mim quando o momento certo chegou, e sinto muito por eu não ter conseguido impedir que ela...─ A ex-humana entendeu o que ela queria dizer. Demetria estava pedindo perdão por não ter conseguido impedido que ela fosse morta e transformada em feérica, recebendo uma nova chance de vida sem nem ao menos poder demonstrar alguma opinião sobre o assunto. Ela piscou seus olhos azul-cinzento.

─ Eu que deveria lhe agradecer. Você...─ Seu olhar foi até Rhysand atrás de Demetria.─ Vocês... me mantiveram viva. Se eu pude quebrar a maldição de Tamlin, foi por causa de vocês dois. E sobre isso, ─ Ela gesticulou para suas orelhas arqueadas.─ muitos ficaram felizes em receber uma nova chance de vida.

─ Sim, ─ Concordou Demetria.─ mas porquê foram perguntados sobre isso.

E, ela tinha razão... Feyre respirou fundo, suas mãos agarrando os cotovelos da feérica.

─ Como é ser Grão-Feérico?─ Perguntou ele, uma pergunta baixa e curiosa saiu dos lábios de Rhysand atraindo a atenção das duas.

Feyre olhou para as montanhas de novo, pensativa. Talvez fosse porque não havia mais ninguém para ouvir, talvez porque as sombras nos olhos deles também estariam para sempre nos seus, e respondeu:

─ Sou imortal... que foi mortal. Este corpo... ─ Ela abaixou o rosto para sua mão, tão limpa e brilhante, parecendo debochar do que fizera.─ Este corpo é diferente, mas isto ─ Levou uma mão para o peito, ao seu coração. Demetria deu um passo para trás, se afastando.─, isto ainda é humano. Talvez sempre seja. Mas teria sido mais fácil viver com ele...─ Sua garganta se apertou.─ Mais fácil viver com o que fiz se meu coração também tivesse mudado. Talvez eu não me importasse tanto, talvez pudesse me convencer de que as mortes deles não haviam sido em vão. Talvez a imortalidade leve isso embora. Não sei se quero que isso aconteça.

Rhysand encarou Feyre por um bom tempo até seu olhar se encontrar com os olhos verde-prata de Demetria que já se aproximava dele.

─ Agradeça por seu coração humano, Feyre. Tenha piedade daqueles que não sentem nada.─ Foi o que falou. Um braço circulando a cintura da feérica de cabelos castanhos que apenas abriu um sorriso suave direcionado a Feyre.

─ Uma cura lenta e dolorosa ainda será uma cura, lembre-se disso, Feyre.─ Sussurou para a ex-humana, antes de trocar olhares com o macho ao seu lado.

─ Bem, adeus por enquanto.─ Disse Rhysand. As asas sumiram completamente quando fez uma reverência para a recém-feérica, metade de seu corpo inclinado. E quando os braços dos feéricos pertencentes a Corte Noturna se entrelaçaram, Demetria acenou em sua direção enquanto se dissipavam para dentro das sombras, os dois desapareceram, sem deixar uma sombra à vista no ar gelado.


Primeiro, eles aterrisaram em frente daqueles portões imensos entalhados na própria rocha. Não havia nenhuma nenhum sinal de vida ali, mas ainda assim, os joelhos de Demetria fraquejaram ao ponto que só não foi de encontro com o chão coberto de neve por causa de Rhysand que lhe segurou firme. Os sentinelas aos portões de pedra ofegaram por um momento, avançando na direção deles.

─ Senhora...─ Um deles murmurou, parecendo desacreditado. Demetria balançou sua cabeça, lançando a Rhys um olhar perdido.

"Uma palavra e eu a levarei comigo até Velaris. Apenas uma palavra, Demetria" A voz do macho soou em sua mente. Por um momento, Demetria se viu tentada a acertar aquela oferta. Não estava preparada para aquilo, não estava preparada para encarar aquele povo que jurou proteger, mas assim, eles foram massacrados. Massacrados, pois os Grão-Senhores esconderam uma cidade de luz em meio às montanhas com magia poderosa. Massacrados, pois eram a única que todos viam. A Corte dos Pesadelos era a Corte Noturna, uma mentira orquestrada pelos ancestrais daquele que se revelou como seu parceiro. E aquele povo, seu povo, pagaram por aquilo.

Ela se afastou do macho, dando passos levemente vacilantes na direção dos sentinelas que de forma hesitante haviam se curvado diante de Demetria.

"Devo lidar com isso, não tem como adiar" Sua voz soou pela ponte que havia entre os dois. Ela se ajoelhou em frente dos sentinelas e tocaram nas suas mãos, Rhys pode encontrar seu olhar quando Demetria olhou por cima de seu ombro. "Até mais, Rhysand"

"Voltarei para vê-la" Disparou ele e então, sumiu das sombras mas não sem lançar um último olhar para a Dama dos Pesadelos.

Um suspiro escapou por seus lábios quando retornou seu olhar para os sentinelas em sua frente.

─ Não há necessidade para reverências, nunca exigi isso de todos vocês antes e não será agora que irei.─ Eles ergueram suas cabeças e assentiram.─ Me levem para dentro, para nossa casa.

Eles o fizeram, os portões se abriram e então, sendo guiada por uma passagem que lhe levava até uma avenida. Os olhos de Demetria se encheram de lágrimas quando deu um passo para frente, luz ainda dominava todo aquele lugar. As poucas crianças ainda riam, feéricos e grão-feéricos transitavam pelas ruas enquanto illyrianos se mantinham atentos a qualquer movimento potencialmente perigoso na multidão. Tudo estava exatamente da mesma forma que havia deixado cinquenta anos atrás e ao mesmo tempo, não
estava.

Demetria!─ Ela se virou e como um raio, Jolly lhe apertou em seus braços. Um abraço que foi fortemente correspondido, um beijo foi depositado em seus fios e o macho lhe abraçou ainda mais.

─ Você voltou, garota.─ Ele murmurou, sua voz preenchida pela saudade, apertando Demetria ainda mais em seus braços.─ Você voltou.

Ela balançou a cabeça. O macho se afastou, as mãos segurando as laterais da cabeça da feérica. Os olhos dourados se afundando nos olhos esmeraldinos.

─ Eu voltei, Jolrien.─ Chorou ela.─ Voltei para casa.

─ Sim, você voltou, garota.─ Ele afundou o rosto dela em seu peito e a abraçou com força, antes de se afastar, um sorriso gigantesco em seus lábios.

─ A nossa senhora retornou para casa!─ Gritou e sua voz ecoou por toda a cidade, feéricos próximos direcionaram seus olhares para Demetria e sem nem ao menos hesitar, todos se ajoelharam diante dela. Da Dama dos Pesadelos.

O olhar de Demetria passeou por todos seus súditos, aqueles que se ajoelharam diante dela mesmo sabendo que havia fracassado em protegê-los. Ela limpou suas lágrimas com força, as bochechas se tornando vermelhas, mas ainda assim, ergueu seu queixo. Deixando com que seus olhos cintilassem, mostrando o poder que habitava dentro de si, o poder que utilizaria para restaurar tudo que havia sido perdido naquela corte. E, tudo começaria em breve...


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro