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eight. sisters archeron

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Feyre estava inquieta. Pelas palavras de Demetria, Nestha e Elain não se trancaram em seus respectivos quartos. Fora apenas uma manhã, porém, ambas encontravam-se com Cassian todo início de manhã para se exercitarem e treinarem com o objetivo de se defender.
Elas estavam bem, a espiã sabia disso, porém precisava confirmar com os próprios olhos. Então, encontrava-se em frente à biblioteca, pronta para encontrá-las que agora também se tornaram grã-feéricas.

Sem realmente tocar nas maçanetas, as portas se abriram, dando-lhe a visão de suas irmãs mais velhas. Elain observa as longas prateleiras das estantes, suas mãos torcendo o tecido de sua saia, o corpo pequeno exalava ansiedade enquanto Nestha deslizava os dedos pela página de um livro, devorando as palavras lentamente. Quando ouviram o arrastar de suas sandálias, ambas a olharam e levantaram-se. Enquanto Elain esticava os lábios em um sorriso, Nestha enrijecendo as costas. Sequer expressaram surpresa ao vê-la.

Elain trajava um vestido cor rosa-claro, ressaltando suas bochechas coradas e seus fios castanhos encontravam-se livres, caindo por seus ombros em ondas suaves. Nestha vestia um tecido vinho profundo, os cabelos trançados como uma coroa. A única coisa que não participava das memórias que possuía das irmãs eram as orelhas arqueadas e os semblantes etéreos, a beleza intensificada.

─ Você voltou.─ Enuncia Elain, dando um passo a frente. Ela segurou as mãos de Feyre, encarando-a com aqueles adoráveis olhos de corça.─ Você está bem.

─ É, estou.─ Ela sorriu, esticando uma mão para tocar nas bochechas da mais velha.─ E vocês? Vocês estão bem?

Nestha deu de ombros, sentando-se novamente na poltrona em que estava, reabrindo o livro, porém sem olhá-lo.

─ Poderei ser jovem e linda para sempre, e nunca mais preciso voltar para aqueles tolos bajuladores do outro lado da muralha. Posso fazer o que quiser, pois aparentamente ninguém aqui tem qualquer apreço por regras ou modos ou nossas tradições. Talvez eu devesse lhe agradecer por ter me arrastado para isto.

Feyre piscou. As palavras atingindo o alvo. Ela afastou as mãos de Elain.

─ O que disse?─ Questiona.─ Ter arrastado você para isto? Você pensa que é minha culpa que viraram feéricas, é isso?

Nestha não lhe disse nada, apenas moveu os ombros. Elain se encolheu como se a interação entre a irmã mais nova e a irmã mais velha tivesse pesado em seus ombros. Feyre observou as duas, liberando uma risada incrédula.

─ Por que está aqui?─ Perguntou Nestha, novamente folheando seu livro.

─ Queria vê-las, ver como estavam.

─ Ver se aceitamos e fiquei grata por ter me tornado um deles?

Feyre fechou os olhos com força, contendo a revolta que se acendia como fogo na palha.

─ Eu tinha quatorze ─ Diz, abrindo os olhos, lenta.─ quando comecei a caçar para nenhuma de vocês morressem de fome e eu continuei caçando, pondo carne na mesa, vendendo o couro para sustentar os luxos de vocês.

─ Feyre, você não...─ Começa Elain. Porém Nestha lhe interrompe, os olhos frios na figura da mais nova entre elas.

─ Não pedi para que você fosse caçar, que fosse pôr carne na mesa ou sustentar nossos luxos.─ Expressa, levantando-se a cada vírgula.─ Você foi por contra própria, Feyre. Não me envolva no que você fez porquê quis.

─ Mesmo tendo feito de tudo para manter você salva e alimentada?─ Gritou, em resposta.─ Você não me impediu, Nestha! Nem você, Elain! Eu tinha quatorze. Você tinha dezessete e Elain, dezesseis! Vocês são minhas irmãs mais velhas, vocês deveriam que me proteger!─ Ela respirou fundo, negando-se a desabar em frente de suas irmãs.─ Mas a única coisa que você, Nestha, conseguia fazer era me chamar de besta semiselvagem e Elain só via tudo, calada. Você não pode me culpar por mais uma vez tentar protegê-las. Dizer que estou feliz por vocês estarem como eu.─ Feyre recuou um passo, abaixando o olhar.─ Eu não queria que isso acontecesse comigo e não tive escolha também, mas, não é como se isso importasse, não é?

Há um silêncio, há trocas de olhares. Nenhuma delas disseram nada, apenas continuaram em silêncio, pois nunca souberam confessar sentimentos que não fossem raiva e desprezo uma à outra. Elas eram irmãs mas nunca se trataram como irmãs deveriam e talvez nunca soubessem como, afinal não era as diferenças de idade que estabelecia uma distância entre elas, era muito mais, eram os dias compondo os anos em que a única coisa desejada por Feyre era o acolhimento e apoio de suas irmãs muito tempo antes de serem pobres. Ela nunca conseguira. Era a mais nova enquanto Elain e Nestha possuíam idades tão aproximadas que tornaram-se confidentes uma da outra.

Feyre nunca teve espaço entre suas irmãs. A verdade doí e corrói, mas continuará sendo uma verdade. E pensando nisso, ela deu às costas para suas irmãs, desaparecendo atrás das portas.

Observada por Azriel que mantinha as asas abertas, protegendo-a dos ventos gélidos das montanhas conforme as botas da Grã-Senhora afundam na neve, ambos caminhando de forma calma pela terra estéril, apenas parando no momento em que uma muralha se ergue, nada há além das encostas gramadas atrás até fluíam para o mar. Demetria esticou a mão, os dedos roçando nas pedra nuas. Seus olhos cintilaram diante da imagem que se abriu, apenas uma pequena brecha para que eles passassem pelos portões pálidos e tão altos que o topo desaparecia entre a névoa, se afundando na caverna obscura.

Em meio a escuridão, Azriel notou que os olhos de Demetria pareciam acesos, analisando as paredes cavernosas como uma predadora em busca de sua presa. Ele a acompanhou, atento e os dedos cobertos de cicatriz próximos da lâmina presa na coxa do feérico. Novamente, os dedos da fêmea roçaram nas pedras, revelando uma porta construída por ossos, semelhante aos portões daquela prisão. O illyriano avançou um passo, mantendo-se em frente à Demetria, atravessando o portal que possuía desenhos entalhados, sem obter a permissão do prisioneiro ali. Ele deu um passo para o lado, deixando com que a fêmea ficasse em frente a criatura milenar.

Na visão do Encantador das Sombras, o Antigo Deus se revelou como uma fêmea de feições delicadas, os cabelos possuíam uma coloração azulada que beirava o ébano e os olhos vibrantes, vermelhos como rubis. Belíssima, no entanto, havia uma frieza intocável rondando cada mísero detalhe em seu rosto. Enquanto, uma criança encarou Demetria com as íris verde-prata, os cabelos castanhos em um tom levemente mais escuro.

A Grã-Senhora ergueu o queixo, as mãos entrelaçadas em frente a saia do seu vestido e olhos encarando a criança que o Entalhador assumiu a forma.

─ Olá, Demetria.─ Diz a entidade, suave. Os dedos levemente rechonchudos tocando no osso que mantinha aninhado em seu peito.─ Ofereço meus parabéns à união.─ Ele direcionou um olhar para Azriel.─ Vejo que trouxe companhia dessa vez, devo acreditar que trouxe um presente para mim?

─ Suas esperanças são tolas.─ Um sorriso ergue os lábios rosados.─ Eu disse que nunca traria um presente para você, e costumo cumprir minhas promessas.

O Entalhador sorriu, uma terrível imagem. E Azriel tocou na mão de Demetria quando a figura deixou o osso que segurava cair de seu colo, juntando-se aos inúmeros restos feéricos da cela.

─ Se eu lhe contar um segredo, minha nova Grã-Senhora, o que me dará?─ Aqueles olhos esverdeados cintilaram. O Encantador apertou os dedos em torno dos de Demetria, transmitindo um aviso silencioso.─ E se lhe contar o que a rocha, a escuridão e o mar além sussurraram para mim? Como a terra daquela ilha daquela ilha do outro lado do mar estremeceu? Como se sentiu tentada a se afundar na escuridão eterna? Como tremeram quando ela emergiu? Ela levou algo... Algo precioso. Arrancou com os dentes.

A pele dourada de Azriel empalideceu, as asas fechando-se com força. Demetria engoliu seco. O Entalhador vagou aqueles olhos esverdeados, o vazio por trás dele destacando-se ainda mais.

─ O que você despertou naquele dia em Hybern, Criança da Morte?─ A criança moveu a cabeça, observando os desenhos que fizera nos ossos.─ O que saiu não foi o que entrou.─ Ele riu.─ Como é linda, nova como uma corça, mas antiga como o mar. Como ela o atrai. Uma rainha, como minha irmã um dia foi. Terrível e orgulhosa. Linda como um alvorecer de inverno.

Demetria e Azriel sabiam. Naquela prisão, onde seres que possuíam quase a mesma idade de Prythian, que correram por aquelas terras, assumindo a posição de deuses, muito antes do Caldeirão e a Mãe dividir os poderes entre os Grão-Feéricos e feéricos menores. Eles possuíam uma capacidade inimaginável de mentir, manipular e vender para obter novamente suas liberdades. Eram almas antigas com poderes brutais, com a capacidade de ouvir e decifrar os ventos, os mares.

─ O que ela fez enquanto se afogava na escuridão eterna? O que ela tomou?

─ Cale a boca.─ Sussurra Demetria, Azriel lhe segurou com mais força. O olhar do Entalhador se incendiou ao ser posto na figura da Grã-Senhora.

─ Por qual motivo ela é tão similar à você, Criança da Morte?─ Questiona.

─ Eu disse, cale a boca.─ Interrompe novamente. A criatura se silenciou, espreitando os olhos brilhantes em sua direção quando inclinou-se, as mãos capturando um osso. A imagem de uma fêmea caída aos pés do que considerou ser um illyriano revirou seu estômago, a mensagem não-dita.

─ É tão raro eu ter companhia. Perdoa-me por querer jogar conversa fora.─ Ele sorriu, cruzando os tornozelos.─ E por que buscaram meus serviços?

Demetria acenou com a cabeça, desfazendo-se do aperto da mão de Azriel, dando um passo à frente.

─ O Livro dos Sopros.─ A criança continuou encará-la, uma centelha de interesse surgindo em seus olhos.─ Ele possuí feitiços, capazes do impossível. Alguém pode mandar outros como ela para casa com esses feitiços.

Entalhador de Ossos espreitou os olhos, um sorriso refletindo a natureza cruel escondida.

─ Estou ouvindo.

Azriel lançou um olhar para Demetria, porém a Grã-Senhora não retribuiu. Ela manteve as orbes cintilantes na figura da menina.

─ Me responda, ─ Declara a fêmea, ajustando sua postura.─ o que chegaria perto de anular a magia feita para proteger as Rainhas Humanas?

O apartamento de Amren parecia-se com um sótão revertido, cujo piso mal podia-se ser observado por conta dos livros abertos que estavam espalhados em pontos aleatórios, próximos demais da pequena mesa de centro, onde a feérica de olhos enevoados sentou-se, uma taça preenchida até a borda por um líquido carmesim. Lucien encontrava-se encolhido no canto de uma parede, os olhos vagando pelo cômodo sem saber realmente o motivo pelo qual estava ali.

Feyre apenas descera as escadas da Casa do Vento com os olhos tempestuosos prestes a derramar lágrimas, abalada de uma forma que jamais ficara em sua frente. Como Demetria havia retirado-se ao lado do Encantador de Sombras, após beijá-lo nas bochechas em um gesto carinhoso que deixava claro o quão preocupada esteve durante sua estadia na Corte Primaveril, a única pessoa que possuía alguma confiança era naquela ex-humana petulante que a Mãe destinou a ser sua parceira. Logo, ele obedeceu quando Feyre lhe levou até a suíte que ficaria, deixando claro o quanto precisava de um banho e que Mor e Cassian seria responsável por levá-los até o apartamento de Amren.

Então, antes mesmo que pudesse compreender as situações passadas, Lucien estava no canto daquela parede, consciente que era observado pelo illyriano ocupando o cargo de general e da deslumbrante fêmea loira que rira ao lado de Feyre sobre algum comentário feito por Cassian. Rhys ainda não chegara, assim como Demetria e o Mestre-Espião. E a tensão dominando o corpo de Lucien aumentava cada vez com a frustação óbvia da fêmea de cabelos pretos que agora esticava uma mão, folheando um livro aberto próximo.

─ Você deveria matar Beron e os filhos, e colocar o bonitão como Grão-Senhor da Outonal, com ou sem esse exílio autoimposto. Facilitaria a vida.─ É as primeiras palavras que recebem Rhysand quando pousa na varanda. As sobrancelhas perfeitamente feitas se franzem e, atrás de si, Demetria parece sair de uma sombra na companhia de Azriel.

Por um momento, os Grão-Senhores trocam um olhar longínquo, é quase impossível não notar que ambos estavam se comunicando pelo laço compartilhado.

─ Desculpa estragar toda essa conversa interessante, ─ Cassian anuncia.─ mas, não conseguimos escutar o que vocês conversam pelo laço ou o quer que seja isso.

Demetria pisca os olhos, espreitando-os, silenciosamente parecendo estar repreendendo-o. Rhys libera uma risada baixa, uma mão localizava na cintura da fêmea.

─ Vou considerar, Amren.─ Diz, os olhos estrelados focando-se em Cassian.─ Satisfeito?

─ Muito.─ Ele responde, sorrindo.

Azriel adentra no apartamento, sentando-se ao lado de Mor naquele divã em frangalhos. Os olhos verde-prata fitam Lucien quando acompanha o Mestre-Espião, um convite nada silencioso para que abandonasse o canto de parede, algo que ele fez com rapidez.

─ Nada?─ Perguntou Rhysand à Amren.

─ Não sei por que mandou esses dois paspalhos ─ Lançara um olhar semicerrado para Mor e Cassian.─ para me monitorar.

─ Não estamos a monitorando.─ Disse Mor, o pé batendo no tapete.─ Estamos monitorando o Livro.

Feyre guiou uma mão para seus cabelos recém-lavados, silenciosamente se confortando naquele cheiro de pêra e lilás, ignorando os murmuros do Livro dos Sopros, a maneira que resistia ao estremecimento prestes a dominá-la. Mor notou, havia sido por quase um milésimo de segundo mas capturou o momento que Lucien fitou Feyre, o olho castanho-avermelhado iluminando-se, as feições lentamente relaxando-se. Ela parecia prestes a murmurar um aviso quando notara os olhos avelãs de Azriel, severos da mesma forma que ficava quando discutiam sobre a insistência de Cassian em continuar visitando Nestha Archeron, apesar de suas palavras cruéis e olhos insensíveis.

─ A informação que obtiveram de Tamlin confirma o que já sabíamos.─ Demetria enuncia, sentando-se na poltrona vazia, cruzando as pernas conforme Rhys sentava-se em um dos braços do assento e Lucien permanecia de pé, próximo aos Grão-Senhores.

─ Principalmente sobre os potenciais aliados de Hybern em outros territórios, no continente.─ Continua Rhys, oferecendo um sorriso para Feyre e um mais contido para Lucien.─ Ter os movimentos de Hybern confirmados era o que precisávamos.

─ Por quê?

─ Mal temos chance de sobreviver aos exércitos de Hybern sozinhos.─ Cassian cruza os braços.─ Se os exércitos de Vallahan, Montesere e Rask se aliarem a eles...─ Ele gesticulou, o dedo traçando uma linha por seu pescoço.

─ Eles são tão poderosos?─ Pergunta Lucien ao notar a dúvida clara nos olhos claros de Feyre. Demetria afirma com um manear de cabeça.

─ Valhallan tem números, Montesere tem dinheiro e Rask... é grande o bastante para ter ambos.─ Revela.─ E não há aliados que tenha coragem o suficiente para navegar até aqui e nos ajudar. Podemos apenas contar com os outros Grão-Senhores.

Feyre engole seco, lançando um olhar hesitante para Lucien, antes de murmurar:

─ E quanto a Miryam e Drakon?─ Rhys se recusou considerar uma vez mas...─ Lutou por Miryam e Drakon há séculos. Talvez esteja na hora de cobrar essa dívida.

O Grão-Senhor balançou a cabeça.

─ Tentamos. Azriel foi até Cretea.

─ Esteva abandonada. Em ruínas.─ Disse Azriel.─ Sem qualquer sinal do que aconteceu ou de para onde foram.

─ Acha que Hybern...

─ Não havia sinal de Hybern, de qualquer mal.─ Interrompeu, tensão fortemente agarrada a seus ombros.

─ Tem possibilidade de terem fugido de Jurian, no entanto, não há como confirmar de maneira alguma.─ Demetria diz. Mor concordando.

─ Essa é a vantagem que o rei de Hybern tem sobre Jurian. Por isso Jurian trabalha para ele.

─ O rei de Hybern deve ter prometido a Jurian usar o Caldeirão para rastrear o objeto que tornou Miryam mortal. Até onde Miryam e Drakon agora vivem. Talvez eles tenham chegado a essa conclusão e fugiram o mais rápido possível.─ Disse Amren.

─ Não é hora para nos preocuparmos com Miryam e Drakon.─ Demetria ergue uma mão que rapidamente fora segurada por Rhys.─ As rainhas é uma preocupação adicional, afinal, não deram sinal desde aquela noite. As barreiras estão fechadas e precisamos avisá-las o preço que iremos cobrar, caso interfiram na guerra.

Amren libera um riso, malicioso e frio. Em seus olhos, estava claro que já decifrara o sorriso apresentado pela Grã-Senhora da Corte Noturna e o brilho especialmente cruel daqueles olhos esverdeados-prateado.

─ Imagino que já possua um plano para isso.─ A fêmea de cabelos pretos e olhos enevoados fala. Demetria aumenta o sorriso. E Feyre reconhece que aquele calafrio abraçando-a não passava de apenas uma amostra daquilo que seria nada além do que aquelas rainhas humanas mereciam, um alívio por saber que elas pagariam pelo que fizeram em relação à suas irmãs.

─ Não se preocupe, besta. Quem será responsável para mantê-las quietas dentro de seus castelos é nossa adorável Nestha Archeron.─ Rhysand encara sua parceira. Azul-estrelado e verde-preateado envolvidos um no outro por tempo suficiente para que ambos sorrissem, uma imagem espelhada um do outro.─ E garanto que elas jamais serão capazes de sequer pensar em colocar os dedos nisso.






Demetria não dormia, mas se mantinha envolvida nos lençóis, confortavelmente encolhida na poltrona que arrastara até a sacada, observando as ruas alegres, vez ou outra acenando para os feéricos que passavam por ali. Cansaço poderia ser enxergado em suas feições, pelo que parecia suas energias haviam sido tomadas após sua visita à Prisão, mas ainda assim, recusava-se a adormecer quando as estrelas alcançaram o lugar mais alto nos céus na companhia da lua.

Aproximando-se em passos lentos, Rhysand escondia uma das mãos atrás de suas costas no momento que se inclinou, beijando os fios castanhos da fêmea. E sem dizer nada, ele deposita uma pequena caixinha em cima das pernas de Demetria que franziu o cenho por um instante, liberando um sorriso, lançando um único olhar para ele.

Ele sorriu, gesticulando, incentivando-a desfazer o delicado laço em torno da caixinha, o que ela fez com rapidez. A fêmea franze o cenho, levemente confusa ao segurar a chave prateada entre os dedos. Rhys já encontrava-se lhe respondendo antes mesmo que pudesse fitá-lo.

─ Quando essa guerra acabar, ─ Ele tocou em sua pele, acariciando-a com um sorriso intocável.─ vou mostrá-la qual porta essa chave abre.

Sem saber o que dizer, Demetria acena, concordando com a promessa. Jamais diria em voz alta, mas estava agradecida pela implicação de um futuro que se apresentaria para eles quando o guerra chegasse ao fim e ambos estiverem seguros nos braços um do outro, confiantes de uma paz que não deixaria seus corações e que segurariam aquela criança que tiveram apenas um mero vislumbre.

Eles conquistariam aquele futuro tão brilhante em seus sonhos. Queimariam quem quer que fosse para tal, pois, Demetria e Rhysand não estavam dispostos a abrir mão daqueles sonhos, daquela criança de olhos belíssimos e de sorriso alegre.

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