Capítulo 23
Enya abraçou seus joelhos conforme Cassian alisava suavemente suas costas, o cheiro do sabonete estava impregnado em suas narinas, doce, suave e floral. O general beijou seu ombro nú e exposto, tocando seu queixo delicado fazendo com que ela deitasse a cabeça para trás, delicadamente ele retirou as mechas molhadas que se grudavam a pele perfeita de Enya, as trazendo para os ombros.
Ele formou uma concha em suas mãos, percebendo a temperatura mudar assim que entrou em contato com os cabelos de Enya, escorrendo da raiz para as pontas. Ele sorriu enquanto pegava o frasco de um de seus produtos higiênicos, derramando o creme capilar em suas mãos, massageando o o topo da cabeça da assassina.
Ela gostava das carícias simples, de como o toque carinhoso a trazia tranquilidade, o suspiro de seus lábios foi inesperado. Era como um calmante em meio a uma péssima tempestade, a assassina pensou naquele instante, que se o mundo estivesse ruindo aos seus pés, se Cassian estivesse ao seu lado. A destruição não seria um incômodo.
A espuma escorreu de seus cabelos assim que foram enxaguados, caindo para água em um amontoado de espuma suave, Cassian pegou um de seus outros produtos que tanto usa em seus cabelos, adicionando o creme branco nas pontas dos fios e massageando.
Após saber que o guerreiro já tinha terminado, devagar para a água não transbordar, ela se virou e ficou sentada em cima das coxas grossas de Cassian, sorrindo para ele.
— Acho que agora é sua vez. — Ela disse.
Cassian assentiu, deixando seus braços cairem e se apoiar sobre as bordas, a olhando com um sorriso fácil esperando ansiosamente para que ela começasse. Enya sorriu suavemente, esfregando o sabonete no pedaço de pano molhado, logo deslizando a peça húmida na pele do illiryano.
Seus olhos vermelhos e curiosos, observavam todas as feições do guerreiro, estudando as reações que se espalhavam por todo o corpo. Logo subindo para as asas que se acomodavam livremente.
— Nunca toquei em asas antes. — Ela sussurrou. — Sem que que fosse para arranca-las ou destrui-las.
— Eu confio em você. — Ele murmurou, mesmo depois do que a ouviu dizer. — Confio que não vai me machucar.
A assassina assentiu, um pouco trêmula quando começou. Logo ela observou Cassian a afastar com um aperto suave na cintura, virando-se de de costas para apoiar-se na banheira e abrir suas asas em frente ao rosto dela. Ela acompanhou o desenho da asa e as cicatrizes que marcavam a membrana forte, brutais e valentes que o circulavam.
Suas mãos torceram o tecido molhado, logo passeando de maneira lenta e demorada por toda a pele sensível. Assim que seus dedos deslizaram por mais de 5 segundos inteiros, ela viu Cassian estremecer.
— Desculpe. — Ela pediu de imediato. — Não queria machucar... Eu só, não sei lidar com a sensibilidade delas.
— Não está me machucando Enya. — Ele sorriu zombeteiro. — A maneira com que você toca, precisão, carinho e cuidado... Só me faz sentir cada vez melhor. Continue, por favor.
Com um suspiro e mãos exitantes, ela continuou, aprendendo a reconhecer que os suspiros e expressões faciais que Cassian faziam, não era de dor, eram tudo de prazer e satisfação. Apenas isso. No final de tudo, a bochecha de Cassian estava pressionada contra a borda da banheira, o rosto estava vermelho, olhos fechados e um sorriso no rosto.
— Ainda tenho que lavar seus cabelos. — Enya sorriu. — Venha, deixe-me terminar para podermos sair dessa banheira logo.
Cassian rapidamente obedeceu as ordens dadas a ele, ansiando por mais daquele cuidado que não se lembrava da última vez que teve. Formando uma concha com suas mãos ela molhou totalmente os cabelos de Cassian, passando um dos muitos frascos do armário ao lado.
Só sentir a carícia em seu couro cabeludo, ele jogou a cabeça e o corpo para trás, até que estivesse aconchegado entre os seios de Enya.
— Eu nunca vi um general tão manhoso quanto você. — Brincou ela.
— Sou diferenciado. — Cassian riu.
Retirou toda a espuma dos cabelos escuros e puxou una toalha para pressionar nos fios molhados.
— Vamos, estou morrendo de fome. — Ela se levantou e puxou una grande toalha para seu corpo.
Frustado, ele arrecatou as ordens e saiu da água, se secando e enrolando a toalha em seus quadris, não achando necessário o uso de roupas, já que nem mesmo Enya pretendia os usar. Ele pegou a cesta que Elain tinha o dado e puxou Enya para a pequena cozinha que possuia, pela bancada ser alta demais, ele a ajudou a subir no banco alto e depois se sentou sem dificuldades.
— Quem cozinhou isso? — Ela perguntou olhando para o bolo que a mesma retirou da cesta. — Você?
— Eu até sei cozinhar. — Ele respondeu. —Mas igual a Elain? Jamais. Aquela menina possui mãos de fada.
— Gostaria de a agradecer em algum momento. — Enya sorriu. — Talvez, eu de a ela alguma rosa que eu mesma plantarei.
— Rosas? — Cassian perguntou enchendo um copo com suco.
— Eu ficaria feliz de ser presenteada com rosas. — Ela murmurou tirando um enorme pedaço de cada coisa que ali tinha. — São lindas e belas, acho que Elain iria gostar.
— Ela iria gostar de qualquer coisa. — Cassian riu. — Se pegar uma pedra e a dar, ela irá adorar, Elain não se parece alguém que gosta de coisas caras ou sofisticadas, se a dar algo com verdadeira vontade e carinho. Será o suficiente.
Enya deu de ombros e mordeu um enorme pedaço do bolo, a cobertura doce escapou pelo canto dos lábios e com seu próprio dedo ela limpou, colocando em sua boca de novo. Cassian a olhou com a sobrancelha levantada, o mesmo também tinha cobertura caindo pelo canto dos lábios.
— O que foi? — A assassina perguntou.
— Estava enganado ao pensar que você seria daquelas que adoram classe e etiqueta a mesa. — Murmurou ele. — Conheço alguém que ficaria simplesmente louca e histérica só com o tamanho do seu pedaço de bolo.
Enya rolou os olhos com uma careta, enfiando um biscoito em sua boca, durante todo o tempo que mastigou, ainda tinha a carranca no rosto.
— Sou uma assassina. — Disse ela, após engolir. — Acha que tenho tempo para modos ou frescuras a mesa?
Cassian riu, e soube que estava totalmente entregue.
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