Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 3


Ele ainda estava a tremer de adrenalina. Era óbvio: não estava ali por escolha e só tinha vindo a bem por medo das consequências.

Esperou no locar combinado, na parte de trás de um bar que estava fechado àquela hora da madrugada, na parte da cidade que ele evitava frequentar quando não estava em trabalho; era uma área coberta de gangues e de violência, e os artigos que tinha publicado nestes últimos tempos não lhe tinham ali feito amigos. A carrinha todo-o-terreno de vidros fumados chegou exatamente na hora marcada e, na total ausência de testemunhas, Marcos viu-se agarrado e arrastado para a parte de trás to transporte que arrancou logo de seguida. Não resistiu enquanto um homem forte o algemou e lhe tapou os olhos, tornando tudo ainda mais escuro do que era antes.

Era uma oportunidade imperdível. Não sabia se o seu editor acreditaria nele, muito menos com a obrigatória falta de fontes, de fotografias ou de gravações; mas mesmo assim aquilo era uma história imperdível. Seria o único reporter ali.

E dizer que não nunca tinha sido opção.

As regras eram simples. Nada de câmeras nem gravadores, e muito menos telemóveis. Foi por isso que, depois do rapto inicial, foi levado para um edifício velho e silencioso e forçado a despir tudo o que tinha. Deram-lhe um fato que lhe assentava demasiado bem para ser coincidência e, depois do que devia ter sido menos de uma hora, trazido de volta para a carrinha. Desta vez não estava sozinho. Vendado e algemado novamente, estava rodeado de conversas nas mais distintas línguas, poucas das quais conhecia e ainda menos falava.

Não podia revelar as identidades de ninguém envolvido.. Mesmo que quisesse, aquela gente raramente usava nomes, preferindo alcunhas e códigos que ele não compreendia das raras vezes em que falavam português ou inglês.

Era óbvio que não podia ir às autoridades. Essa era a regra mais importante de todas, e aquela que Marcos estava mais inclinado a cumprir. Desde o primeiro contacto - um envelope escrito a tinta dourada e lacrado a vermelho que lhe apareceu na caixa de correio - que as consequências de sequer o tentar lhe foram enfatizadas. Ele e a mulher morreriam, eventualmente, depois de uma tortura longa, e as duas filhas, a mais velha com dez e a mais nova com cinco anos, seriam levadas para algum país distante e forçadas a se prostituir. Ele não podia correr esse risco.

O seu artigo seria lido e relido, e ele não se poderia opor às alterações "sugeridas" por quem o convidou. Era um pequeno preço a pagar.

Não fazia ideia de quanto tempo tinha passado dentro daquela carrinha. Quando finalmente saiu estava cheio de sede e de fome e, quando lhe soltaram as algemas e ele pôde finamente tirar a venda e ver o sol, reparou que já era de tarde.

O palácio merecia cada letra desse título. "Mansão" nem começava a cobrir a beleza e tamanho do edifício de mármore branco. O primeiro andar tinha uma arcada a rodeá-lo, com as colunas decorativas a segurar os quartos do segundo e terceiro andares, que se esticavam mais para a frente com as suas inúmeras janelas a apanhar a luz do sol. Na única que tinha os estores abertos, via-se barras decorativas, curvas e recurvas como nas varandas europeias ou em estilo de arte noveau, pintadas de um dourado leve que não destoava com o branco do resto da fachada. No topo do terraço havia um jardim, coberto de árvores e de arbustos e de plantas trepadeiras que transbordavam a sua verdura para a fachada, cortadas todas à mesma altura. A toda a volta, o verde húmido e brilhante da selva formava muralhas que rivalavam a altura do palácio.

Quando voltou a sentir as pernas, avançou atrás do grupo para as grandes portas. Pareciam os portões de um castelo do que a entrada para uma habitação de luxo, grandes o suficiente para que a confusão de gente se escoasse lá para dentro. Sob os seus pés, a calçada de pedra calcária estava imaculada, brilhante e escorregadia. Os paralelepípedos encaixavam-se na perfeição e, ou por falta de uso ou por manuntenção constante, não havia um único indício de verdura entre eles.

E agora aqui estava ele, a comer canapés com um copo de vinho na mão para talvez lhe acalmar os nervos.

Quando lhe disseram que estava a ser convidado para uma das festas mais secretas do mundo, acreditou. Depois das ameaças, quando lhe disseram que se veria rodeado dos piores criminosos, dos mais influentes, de gente tão horrível que até a pior escumalha à face da terra os temia, acreditou. Mas estaria a mentir se dissesse que era aquilo era o que tinha imaginado.

A multidão conversava e dançava no centro da sala bem iluminada. Gente de todas as etnias e aparências, quase todos vestidos de gala e decorados com jóias que valiam, individualmente, mais que a vida de Marcos. Pareciam gente normal, uma versão talvez mais diversa das festas de Hollywood ou de Washington DC, bebendo e comendo o que os empregados em bandejas equilibradas com destreza. Mas ele ouvia as conversas, e era inegável que quem o convidou tinha dito a verdade.

No grupo à sua direita, uma mulher franzina de pele escura gabava-se do lucro que fez com o tráfico de órgãos humanos. À sua frente, um par de homens dançava junto, conversando sobre se escravos africanos ou asiáticos eram melhores. Um pouco atrás, um rapaz talvez menor de idade tentava arranjar investimento para o seu negócio de Red Rooms, incitado pelo grupo diverso que ouvia atentamente a sua explicação de como as novas tecnologias facilitavam a expansão e protegiam as identidades dos clientes.

Marcos pensou em intervir. A imagem de Âmbar, a sua filha mais velha, a ser torturada ao vivo em frente de milhares de expectadores online fê-lo tremer. Para sua segurança e para acalmar a sua ira, dirigiu-se até ao pequeno bar para se poder sentar.

_ O que acha da festa, senhor Vilanova? _ perguntou a anfitriã, encostando-se ao banco à sua esquerda. Estava virada de costas para o balcão, despreocupada e relaxada.

Ele deu um grande gole, nem sentindo o sabor do vinho caro. _ Estou a adorar, Majestade. A escolha de comida e bebida é excepcional.

Ela riu-se. Soava quase como cristal, como o som límpido e angelical que se fazia ao correr um dedo húmido pela borda de um copo. _ Claro que sim! Eu não tenho nada senão bom gosto. Mas diga-me, _ continuou, agora soando mais como mel quente ou como veneno doce _ o que está a achar da companhia?

Ele tremeu de medo. Era um jornalista, não um agente secreto; era incapaz de esconder o terror que lhe corria nas veias e lhe queimava os pulmões frios. A Rainha riu, voltando a soar como luz refractida.

_ Devo dizer que não era isto que esperava, _ respondeu ele, a medo. _ É verdade o que dizem?

_ Claro! _ sorriu ela. _ Não há oportunidade melhor que o Leilão para fazer negócio. Seja qual for o produto ou o serviço.

_ Como um Rembrant original ou o filho de um rei? _ perguntou antes de pensar.

Para seu alívio, a mulher riu-se, achando humor na transgressão de Marco. _ Nem fazes ideia, Vilanova. O Leilão nem sequer começou! Daqui a nada vais ver como é que eu paguei por um palácio destes.

Ele chamou o bartender. Desta vez não se importou com vinho, pedindo algo mais forte na espectativa de se conseguir acalmar. Os olhos enrugados da rainha brilhavam com humor.

_ Tens de te decidir. Estás aqui para fazer um trabalho, e sabes bem as regras, _ continuou ela, mais baixo para não ser ouvida.

Marcos acenou lentamente com a cabeça. Já tinha ideias do que escrever, depois daquele pequeno encontro.

_ Sabes o que usava o nome de Falcão Negro, aquele contrabandeador brasileiro sobre o qual escreveste há cinco meses?

Ele ergueu os olhos para ela, que não lhe retribuiu o olhar, ainda focada em alguém da multidão. Agora parecia calma, conversacional, sem nenhum do brilho cristalino que dantes a parecia rodear. A postura ainda era perfeita, juntamente com o seu sorriso, mas a sua voz tinha relaxado. Quase que soava como uma pessoa normal.

Marcos acenou com a cabeça.

_ Ele esteve aqui, o ano passado. Fez parte da equipa de transporte. _ Ela deixou o silêncio perdurar no ar, dando-lhe tempo de pensar sobre se aquele seu rapto era um qualquer ato de vingança. O tal Falcão tinha desde então desaparecido da face da terra, antes de poder ser preso pelas autoridades com a ajuda que Marcos lhes deu. _ Vi o que és capaz de fazer. Digo até que fiquei impresionada! _ o humor voltou-lhe à voz. _ Se não tivesses um nome tão público e uma família, diria que tens as capacidades para destronar a Aranha da sua posição de espia-mestre. Ou que as poderias vir a ter, pelo menos. _ Ela sorriu, ainda não lhe dirigindo o olhar ao se levantar e ajustar o vestido. _ Mas tens uma família e por isso recomendo que te afastes deste mundo assim que tiveres hipótese.

Ele virou-se para lhe seguir o olhar. Esbugalhou os olhos de surpresa.

_ Aquele é Leonard Allen, o barão das farmacêuticas americanas? _ exclamou.

Ela riu-se, achando humor na sua falta de conhecimento.

_ Sabes as regras, disse ela.

E, sem mais nada, avançou leve pela sala para ir cumprimentar o recém-chegado. À sua volta, as conversas transformavam-se em burburinho sobre a chegada do que chamavam de Titereiro ou Puppeteer. Aquela figura tão pública e tão internacionalmente respeitada era aparentemente importante o suficiente no submundo criminoso para ter o seu próprio título e aliciar tal resposta da multidão.

Ele acabou de beber o que tinha no copo e pediu mais uma dose ao bartender. Iria precisar de coragem e, visto que não tinha nenhuma, a versão líquida tinha de lhe chegar.

.....

Oi gente!

Eu vou ser honesta: há duas semanas que não escrevo ficção. Segunda feira é feriado aqui, mas óbvio que não para mim que tenho de entregar os trabalhos da universidade que, eu sendo eu, ainda não tenho prontos... Por isso me tenho desaparecido tanto! A única coisa que estou a escrever neste momento são trabalhos académicos, e, ler, só mesmo coisas que o Google Scholar me arranja.

Mas se acham que isso me vai impedir de postar estão errados! Ainda tenho, entre este livro e o Mortos na Escola, praí mais cinco semanas de conteúdo. À partida, para a semana já volto a estar mais por cá, a responder comentários, ler livros vossos e, claro, a escrever!

Seria muito mais fácil para mim fazer isso se me dessem assim, sei lá, sugestões ou teorias de como esta história vai continuar? Como sabem, isto é mais uma experiência que um livro em condições, e eu não tenho lá grande plot preparado, o que vos dá toda a capacidade de influenciar o que acontece a seguir. Há algum personagem do qual queiram conhecer mais, ou ver o mundo pelo seu POV? Querem saber mais sobre as relações entre eles, sobre o seu passado, sobre as razões que os trazem ao Leilão? Atirem ideias, atirem o barro à parede e vejam se cola.

Sei que nem toda a gente tem a coragem para comentar, mas deixem aí pelo menos a estrelinha, tá? Depois do stress das avaliações, vou precisar de toda a dopamina que conseguir, e assim já ajudam um bocado.

Beijos e até à próxima se não for antes!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro