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21. Perto Demais

Carla gritou quando viu seu bebê ser puxado para longe dela. Ela sentiu o nó na garganta a embargando ao ouvi-lo responder.

- Mãe!

- Beto!

Beto fora puxado para o outro lado por Mori, que não perdera tempo em afastá-lo das criaturas que se aproximavam sem hesitação alguma. Uma após a outra, o número cresceu, até que estivessem na mais transparente desvantagem.

Mário puxou a esposa para longe, tentando manter a cabeça no lugar. Ele trocou olhares com o filho uma última vez e rezou para que aqueles adolescentes cuidassem de seu bem mais precioso.

Pitt disparou. Uma, duas, três vezes enquanto cambaleava para trás como uma criança que recém aprendera a andar. Ele trombou com as mãos frias de alguém que segurou em seu braço. Deparou-se com a pequena Nádja, com olhos tão arregalados e a respiração tão ofegante que achou que ela cairia dura ali mesmo. Para sua surpresa, Nádja o puxou com toda a sua força, fazendo com que Pitt desligasse sua atenção das criaturas e corresse atrás da garota por um dos becos daquele bairro engolido pelo tempo. Pitt desenvolvera forte afeição pela menina e surpreendeu-se com o próprio pensamento - não a deixaria sozinha.

Nádja não poupou o som de sua respiração pesada.

Ela correu o quanto suas pernas permitiram, sentindo o vento e o desespero arrancarem seu elástico de cabelo e fazerem seus fios castanhos atrapalharem sua visão.

A garota só olhou para trás mais uma vez, para ver com angústia que aquelas coisas os seguiam com passos mais velozes que os dela. Logo a alcançariam.

Atrás de Pitt, Caubi os seguiu, com Thiago no encalço.

Nádja sentiu-se um peso morto.

Pitt, com suas passadas mais compridas que a própria garota, alcançou-a assim que chegaram ao fim daquele beco. Ele segurou firmemente no braço de Nádja e a puxou noventa graus para sua direita, adentrando às cegas uma porta semi-aberta de uma fábrica abandonada. Os outros não demoraram a acompanhá-los.

Mori odiou ter assumido tal responsabilidade. Ele puxava Beto tão depressa que temeu que o garoto pudesse cair. Ele ouviu os disparos. Noa e Sabrina davam-lhes cobertura para que Mendes pudesse chegar o mais longe possível daqueles animais na velocidade que seus ferimentos permitiam.

Lodi o apoiava, mesmo que o garoto corresse com suas duas pernas, deixando a adrenalina encobrir a dor abismal que ainda sentia. Ela viu quando Pitt puxou Nádja para a fábrica abandonada no quarteirão seguinte. Fez menção de guiar-se para lá quando os viu.

- Abaixa! - Ela gritou para trás, lançando-se ao chão com Mendes antes de os soldados dispararem contra eles.

Mori travou o passo com Beto, vendo que Nina vinha logo atrás.

A ruiva tentou pensar rápido, abaixada no lugar. De um lado, os soldados atirariam em suas cabeças. Do outro, aquelas coisas comeriam suas jugulares. Ela só viu uma opção - para cima.


Assim que Noa viu que a visão de Nina direcionava-se para cima, teve a mesma ideia que a garota.

- Anda! - Ele abaixou-se para apoiá-la, jogando Nina para cima, para a janela aos frangalhos do edifício de tijolos ao lado deles. A garota escalou sem questionar.

Sabrina veio logo atrás com os olhos cheios de lágrimas de desespero, correndo o máximo que seu corpo cansado permitia. Ela olhou nos olhos de Noa.

- Precisamos dar cobertura! - Sabrina gritou por meio do som do caos ao redor deles.

Ouviram os disparos próximos. Mori atirava contra os soldados, protegido por uma caçamba de lixo convenientemente esquecida naquela esquina. Beto voltou correndo para o lado deles, abraçando-se à Sabrina.

- Eu e Mori damos cobertura. - Noa respondeu enquanto Mendes puxava-se para cima do parapeito da janela, apoiado por Lodi embaixo e Nina do andar de cima.

- Eu ajudo vocês! - A morena respondeu.

- Sabrina, sobe. - A voz de Noa era tão rígida e controlada que Sabrina não quis discutir.

Ela viu quando Nina jogou algo para fora da janela. Algo grande e sólido que caiu com o som inconfundível de metal no chão.

Lodi foi a primeira a correr até ele, vendo que tratava-se de uma escada.

Noa olhou para Sabrina mais uma vez, como se dissesse "Vá!". Ele correu para a retaguarda deles, para o lado oposto de Mori, protegendo-os das criaturas enquanto Lodi e Sabrina montavam a escada, colocando Beto para correr pelos degraus de metal enferrujados até o pequeno alcançar as mãos de Nina e Mendes na janela.


Sabrina teve a ideia como se uma lâmpada magicamente se acendesse sobre sua cabeça.

A janela por onde entravam era acessível, mas se fechassem o acesso após passarem, seus perseguidores não teriam como entrar, ou pelo menos os sobreviventes ganhariam tempo para continuar sobrevivendo.

Lodi mergulhou pela janela e Sabrina a seguiu logo depois. Sabrina viu o tamanho da encruzilhada em que Noa e Mendes se encontravam ao olhá-los de cima - seus inimigos se aproximavam dos dois lados.

Ela tremeu.

Voltou para frente por um segundo exasperado.

- Achem alguma coisa pesada pra fechar a janela!

Ela viu que até mesmo Beto se prontificou a ajudar antes mesmo que ela acabasse a frase.

- Andem! - Sabrina gritou janela afora. - Agora!

Noa foi o primeiro a largar seu posto, seguido um milésimo de segundo depois por Mori.

Os dois subiram a escada como velocistas, atropelando os degraus de metal que ameaçavam ceder.

Os dois grupos de inimigos se encontraram naquela encruzilhada - as criaturas focaram nos soldados assim que viram que estes estavam mais acessíveis e os fardados se defenderam.

Mori chutou a escada logo depois de passar, fazendo-a cair. O garoto puxou-se para dentro, achando ter encontrado a distração perfeita para sair dali, mas ouvira quando o tiro fora disparado. Em meio a tantos outros, ele soube que aquele não mirava nas criaturas - mirava nele. Mori sentiu o impacto da bala em sua costela antes de cair janela adentro.

- Pare, Mário! O meu bebê ficou pra trás! - Carla tentava encontrar forças para gritar enquanto debatia-se nas mãos do marido, que a puxava com toda a sua frieza.

Por fim, Mário se cansou. Virou-se para a esposa e segurou-a pelos ombros.

- Ele vai ficar bem, Carla! - Seus olhos marejados queriam acreditar nas próprias palavras. - Ele é um garoto inteligente e não está sozinho... Vamos salvar nossas próprias peles pra poder vê-lo logo, está bem?

Carla segurava os soluços com todo o seu fervor. Seus olhos vermelhos arregalados focavam nos do marido. Ela nunca havia o visto chorar em toda a vida que dividiram lado a lado.

O choro desesperador de Luana cortou o coração de ambos.

Lúcio seguiu-lhes logo atrás com a arma em mãos, disparando contra as criaturas como nunca fizera antes, nem mesmo vinte anos atrás. Ter Luana nos braços, seu bem mais precioso, o tornou mais sensato, mais preciso, com uma mira impecável e uma determinação que nunca tivera.

Ele alcançou os Hernandez, interrompendo o momento de terror dos dois.

Contrariando a si mesmo e à pequena, Lúcio colocou Luana nos braços de Carla.

- Tire minha filha daqui! - Ele pediu.

- Onde você vai? - Carla perguntou, envolvendo a inocente e desesperada criança em seus braços.

- Mantê-los seguros. - As palavras de Lúcio prometeram verdade. - Agora vão!

Mário tomou Luana nos braços e se pôs a correr como em sua juventude, acompanhado logo ao seu lado por Carla.

Não fora assim que esperava reconectar-se com a esposa.

Mori gritou, mesmo sem conseguir ouvir a própria voz em meio ao caos.

Sua visão embaçou, mas ele sentiu quando mãos fortes o puxaram para longe da janela. Viu Lodi e Noa empurrarem um armário pesado que tapou perfeitamente a janela, levantando a poeira acumulada por todos aqueles anos.

Ele viu que suas mãos instintivamente cobriam o ferimento na costela e as olhou. Estavam trêmulas e encharcadas de sangue. Seu sangue.

Mori permitiu-se chorar. Não pela dor, anestesiada pela adrenalina e o corpo quente, mas porque sentiu medo de morrer como nunca sentira antes.

Os quatro se perderam assim que entraram no labirinto que chamaram de fábrica.

Nádja quis gritar pelo irmão quando se viu sozinha no escuro do recinto, mas apenas continuou correndo sem rumo.

Ela sacou a arma e engatilhou. Não queria usar, mas usaria o quanto fosse preciso.

Está perto demais, ela pensou. Perto demais de Cravo. Do fim disso tudo. Não daria nenhum passo para trás agora.

A garota avistou uma escada a sua frente, iluminada pela fraca luz que entrava pelas frestas das janelas daquele lugar úmido cujas flora já havia invadido por completo o primeiro andar.

Ela se encontrou em um dilema - subir as escadas ou procurar seus amigos e família. Não queria ficar sozinha.

O som do grito gutural da criatura aproximando-se dela tornou a decisão fácil. Ela subiu as escadas rezando para um Deus com quem nunca tinha conversa antes.


O mais leve que pôde, Nádja subiu os andar daquela fábrica labiríntica, apavorando-se todas as vezes em que se encontrou no completo breu.

Ela ouviu as vozes, mas não soube identificar a origem. Ela ouviu Caubi gritando seu nome.

Tudo o que queria era gritar de volta, mas não podia. Estava sendo seguida.

Ela ouviu os ruídos da criatura no andar de baixo, ouviu os passos subindo as escadas.

Nádja segurou seu soluço de pavor e adentrou a primeira sala que encontrou, abraçando o cheiro de mofo e pó somados ao tenebroso breu que prometiam salvar-lhe a vida.

- Merda! - Nina levou as mãos à cabeça ao ver Mori ali, caído no chão, sangrando e gritando pela própria vida. - Mas que merda!

Noa tomou as rédeas da situação.

Antes apoiando o tronco de Mori, cedeu seu lugar para Sabrina, que colocou-o apoiado em sua perna e pressionou o ferimento. Beto ajoelhou-se ao lado deles, procurando como ser útil. O garoto tirou o casaco e entregou à Sabrina, que usou-o para estancar o sangue. 

- O que vamos fazer? - Lodi perguntou, com o rosto tão pálido quanto o cabelo de Mendes.

- Vou descobrir como dar o fora daqui. Nina, vêm comigo! Vocês fiquem de olho nas portas e janelas, eles vão entrar logo. Peguem o Mori, vamos cuidar dele assim que acharmos um lugar seguro. 

Noa sentiu-se estranho ao mencionar cada uma das palavras, como se não fosse digno de dar as ordens ali. Entretanto, ninguém questionou. Nina o seguiu, adentrando aquele prédio mal terminado e deixou os outros ali. Lodi engatilhou a arma, pronta para proteger os outros, mas Mendes fora mais rápido, pondo-se de pé e apontando para a janela assim que algo do lado de fora começou a empurrar o armário de volta.

No escuro, Nádja tapou a boca com a mão livre - a que não segurava o peso da arma - esperando que assim pudesse reter sua respiração afobada e pesada para si.

Seu gesto não ajudou, fazendo-a ter ainda mais falta de ar.

A garota sentiu vontade de gritar, mas contentou-se em sentar no chão, esperando o ar voltar e o medo passar.

Ela torceu para que a criatura passasse direto. Rezou para que o escuro a protegesse, mas sentiu seu coração saltar pela boca quando ouviu.

Nádja ouviu o ruído inconfundível da criatura. Ela não estava do lado de fora, estava do lado de dentro, ali, com ela. Ela sentiu o cheiro da morte a rondando, esperando por qualquer deslize seu.

A garota quis vomitar, mas guardou o pavor em seu âmago um pouco mais.

Tentou se levantar, tentou apontar a arma para qualquer direção no escuro, mas sua afobação apenas denunciou seu lugar.

O grito que escapou de sua garganta fora baixo e não pôde ser reprimido. Ela ouviu o som pavoroso da criatura, que correu em direção à ela com veracidade inigualável.

A garota disparou a arma, mas era tarde demais. Quase desmaiou de dor ao sentir os dentes daquele ser cravarem-se em seu punho.

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