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1. Como Qualquer Outra Noite De Novembro

Todos os dias são como ontem, a não ser quando o amanhã não chega.

Como qualquer outra noite de novembro, a Sra. Moon preparou um chá de camomila levemente adoçado com mel e fechou as janelas da cozinha assim que as primeiras gotas de chuva caíram do céu.

Como qualquer outra noite de novembro, o Sr. Moon a esperava com um sorriso cansado no rosto, deitado no sofá com as luzes apagadas após um longo dia de trabalho enquanto assistia ao seriado favorito dos dois. A Sra. Moon lhe roubou um beijo e um sorriso ao ocupar o assento ao lado do marido.

Como qualquer outra noite de novembro, Caubi, o filho dos Moon, deixou a água quente do chuveiro o lavar, procurando tirar todo o estresse do trabalho de cima de si.

Como qualquer outra noite de novembro, Nádja, a filha dos Moon, deitou-se em sua cama sentindo a brisa da chuva que entrava pelas frestas da janela a convidar para um sono tranquilo. Não lembrou-se de dar boa noite aos pais, como em qualquer outra noite de novembro, gesto do qual ela se arrepende diariamente quando se recorda da noite que, por infelicidade do destino, veio a não ser como qualquer noite de novembro.

Nádja sonhava pesado naquela madrugada. Os ruídos fortes da chuva do lado de fora de sua janela não a perturbavam mais. Por outro lado, sentiu os sonhos tranquilos gradativamente tornarem-se pesadelos agitados sem pé nem cabeça.

A garota acordou agitada com uma mão apertando seu tornozelo.

Nádja sentou-se na cama, abafando um grito ao ver o pai parado ao lado dela. O quarto estava escuro, mas ela conseguira decifrar o sentimento em seus olhos - puro desespero. Ela abriu a boca para perguntar do que se tratava tudo aquilo, mas parou ao ver a arma na mão do pai.

Nádja arregalou os olhos, voltando aos poucos para a realidade. O barulho da chuva gradativamente revelou o som que fortemente tentava cobrir - gritos.

- Pai...? - A garota sussurrou, já sentindo os olhos marejarem.

- Shiu! - O pai a puxou pelo braço e a colocou de pé em movimentos bruscos, mas protetores. Em seguida, correu para a janela e fechou as persianas, abrindo apenas uma pequena fresta para espiar o caos do lado de fora.

- Pai? - A menina insistiu. Fez menção de sair do quarto, mas a figura paterna a impediu.

- Não! Fique no quarto até eu mandar que saia. - Sua voz era estranhamente controlada, mas Nádja já o conhecia bem o suficiente para saber o que aquele controle escondia. - Caubi!

O filho mais velho apareceu à porta ao ouvir seu nome, sentindo o estômago dar voltas. Seu olhar estava ligeiro, como se já estivesse acordado há horas.

Nádja tinha seus quinze anos, já uma idade em que sentia-se forte e madura. O irmão tinha dezoito, recém formado no ensino médio e trabalhador. Mesmo assim, ambos sentiram o corpo tremer.

- Pelo amor de Deus, o que está acontecendo?! Onde está a mamãe? - O garoto soltou.

Do lado de fora, um som familiar apenas por filmes de ação os fizeram soltar um grito abafado. O som dos tiros estavam muito próximos.

Nádja chorou, o desespero escorrendo por seus olhos.

O pai, deixando de lado o sentimentalismo, puxou os filhos pelos cotovelos quarto afora.

A sonoplastia era um misto de trovões, granizos batendo no telhado, gritos, tiros e os passos apressados de pai e filhos no piso de taco escada abaixo.

- O que está acontecendo?! - Nádja gritou, em meio aos prantos.

- Eu não sei! - O pai finalmente se voltou para ela. - Eu não sei, Nádja, mas você vai sair daqui sem questionar e eu vou logo atrás de vocês assim que sua mãe voltar.

Ela procurou as palavras por um segundo.

- Voltar? Voltar de onde? - Ela olhou no relógio da sala, tendo noção do horário pela primeira vez na noite. 5h32. Sua mãe saía para o trabalho todos os dias às 5h.

- Pai, - A voz de Caubi tentava alcançar o lado racional do pai. - vamos pra um lugar seguro e entramos em contato com a mãe, ok?

Nádja sentiu o aperto da mão do pai vacilar sobre seu cotovelo. Ele parecia desolado.

Por um segundo que se pareceu uma eternidade, os três se entreolharam. Não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo do lado de fora de sua casa, mas tanto Nádja quanto Caubi sabiam que deveriam se manter juntos.

Seu pai, no entanto, não.

Ele travou a arma e entregou tremulamente nas mãos de Caubi.

- Se lembra como usa, filho? - Olhou dentro dos olhos do primogênito ao perguntar.

- Pai, não vamos...

- Se lembra? - Ele o interrompeu, mais incisivamente.

Caubi concordou com a cabeça.

- Então tire sua irmã daqui.

- Não! - A garota protestou, mas os olhares de pai e filho mantiveram-se conectados.

- Encontre Lúcio, vá pelas sombras e só dispare se for pra se defender ou defender sua irmã, tudo bem?

Caubi segurou as lágrimas. Ainda tinha em mente a ideia de que um homem forte não chora.

- E você? - O garoto perguntou.

- Vou esperar sua mãe.

- Pai, e se ela...

- Eu vou esperá-la, Caubi.

Nádja sempre soube o quão decidido seu pai era e que nenhuma conversa de cinco minutos o faria mudar de ideia. Ela o abraçou e viu a primeira lágrima do homem escorrer. Caubi foi puxado para o abraço.

- Mire na cabeça. - Foi a última sentença que sussurrou para o filho. - Agora vão!


Caubi retomou o lugar do pai ao segurar Nádja pelo braço, sentindo uma responsabilidade que quase o impedia de mexer as pernas.

Ele atravessou a porta dos fundos da cozinha de cabeça erguida em direção ao jardim, banhando-se da chuva gelada e, diferente da irmã, não olhou para trás. Nádja teve uma última visão dolorosa - aos pés da escada, ainda com os pés descalços e pijama largo, o pai chorava sentado no último degrau e abraçado à foto da esposa. Em seu âmago, sentia que a amada não voltaria. Mesmo assim, esperaria. Voltou para a cama como se tudo aquilo não tivesse passado de um pesadelo e esperou que a vida decidisse seu destino.

Os irmãos Moon não souberam de onde tiraram forças naquela noite para seguir em frente.

A mão de Caubi tremia com o peso da arma. A chuva gelada quase penetrava a pele de ambos, que cobriam os rostos com as costas das mãos.

Caubi tomou a dianteira, correndo o mais rápido que suas pernas permitiam, ganhando certa distância da irmã mais nova, na direção contrária aos disparos. Ele parou na cerca dos fundos e esperou Nádja, ajudando-a a pular para o outro lado. Com certo esforço, juntou-se a ela.

O córrego que corria atrás da casa dos Moon agora estava prestes a transbordar, com um fluxo de água intenso. A vegetação alta os cobria o suficiente quando abaixados. Estariam mais seguros ali, escondidos do que quer que atentasse contra eles, do que correndo em direção à casa de Lúcio, e ambos sabiam.

- Fique aqui, - Caubi falou, alto o suficiente apenas para que a irmã o escutasse. - vou encontrar Lúcio e Luana.

- É claro que não, imbecil! - Nádja esbravejou. - Vou com você.

- Nádja...

- Não, Caubi, eu não vou ficar sozinha! Eu... eu não vou te deixar sozinho, tá? Eu não sei o que tá acontecendo, por favor, não me deixa aqui. - As palavras escorregaram de sua boca rápido demais, impensadas.

Caubi a olhou no fundo dos olhos. Viu a súplica transbordando dos olhos da irmã. Talvez ela realmente estivesse mais segura ao seu lado.

O som do caos aproximava-se deles.

Caubi concordou com a cabeça.

- Ok, mas se eu mandar correr, você corre, entendeu?

Nádja apenas concordou com um rápido aceno de cabeça.

Caubi tomou frente no caminho novamente, contornando o córrego até uma pequena ponte de madeira desgastada que os permitia atravessá-lo e assim o fez, acompanhado de Nádja, ambos rumando para a casa de Lúcio Valmir.

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