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Os dois irmãos

27

 O som ecoava facilmente pelo silêncio, e em pouco tempo alcançamos os responsáveis por aquela balbúrdia.

—Não vou!

—Vai sim!

—Não foi eu que quebrei!

—Foi sim! Então trate de arrumar!

Duas pessoas discutiam em frente a uma espécie de carroça, ambos estavam vestidos com roupas leves e finas em um sutil tom azul, branco e verde, mas o que não passou despercebido eram as máscaras imitando escamas e guelras.

—Vamos! Pense logo em alguma coisa para arrumar sua bagunça!

O primeiro a nos avistar foi o que estava encostado na carroça.

—Ei! Viajantes! Talvez eles possam nos ajudar!

—Não banque o preguiçoso! Você faz a bagunça e quer que outro limpe?

O homem que estava de costas se virou fazendo uma breve reverência.

—Peço desculpas pelos modos do meu irmão mais novo, ele ainda é um jovem inconsequente que não sabe lidar com os próprios erros, aliás, me chamo Gart, e vocês, quem são?

A raposa demorou para responder e antes que o clima ficasse tenso dei um passo adiante.

—Me chamo Sophie, e esses são Eylef e Cobalto.

O cachorro azul se colocou ao meu lado balançando a cauda felpuda.

—É um prazer conhecê-la, senhorita! — o irmão mais novo se aproximou — Está indo para o baile de verão?!

Baile?

—Onde estão seus modos Guilbert, se apresente!

—Tem razão, me perdoe...

O irmão mais novo fez uma reverência exagerada.

—Guilbert a seu dispor bela donzela.

Vi quando ele estendeu a mão para mim, mas antes que me tocasse alguém me puxou para trás.

—Estamos a caminho da cidade imperial — Eylef foi breve.

—Isso é ótimo! Podemos ir juntos se nos ajudarem a consertar a carroça!

—Já falei para você arrumar seus erros sozinho! Que disparate pedir ajuda de nobres para arrumar sua bagunça!

Gart deu as costas para o irmão se voltando para Eylef.

—Pelo visto vocês vieram de Autumnus.

—É sempre um prazer ter visitantes de tão longe em nossas terras!

—Suas terras? — a pergunta escapou da minha boca antes que eu me desse conta.

—Meu irmão quis dizer as terras dos homens peixe, ou melhor, feéricos do mar...

Gart se colocou na frente do irmão, parecia querer tomar as rédeas da conversa.

—De qualquer forma, nos desculpe pela inconveniência.

—Bom, talvez a gente possa ajudar...

Senti os olhos da raposa sobre mim, quase como uma censura, porém, antes que ele pudesse dizer alguma coisa, Guilbert foi mais rápido.

—Mesmo?!Que maravilha! A roda da carruagem se desprendeu e não conseguimos colocar de volta.

—Porque um certo alguém não soube guiar direito.

—Se não estivesse com a cara enfiada em um pergaminho talvez teria visto a pedra e me alertado.

—Você deveria prestar mais atenção na estrada!

—Digo o mesmo!

—Se acalmem rapazes — levantei as duas mãos na esperança de apaziguar os ânimos — O mais importante não é discutir de quem foi o erro e sim arrumar a carroça, certo?

Os dois ficaram em silêncio.

—Tem razão Sophie, poderiam nos ajudar com isso?

—Por favor, precisamos levar essas mercadorias até a cidade.

—E podemos dar uma carona também.

Olhei para a raposa que respirou fundo.

—Tudo bem...

Vi a animação por de trás das máscaras de peixe.

—Conseguem nos ajudar a erguer a roda?!

—Ou um pouco da carroça.

—Para encaixar de volta, como as peças de um quebra-cabeça!

—O problema é que são bem pesadas e só nós dois não damos conta.

Eylef suspirou.

—É claro...

—Ótimo! Vocês podem erguer um pouco a carroça, já que a roda é bem mais pesada e...

Sem esperar, Eylef foi em direção a roda.

—Ei!Cuidado! Você pode acabar se...

Com uma facilidade espantosa a raposa ergueu o enorme objeto do chão como se fosse a coisa mais leve do mundo.

—Machucando...

—Nossa...

Enquanto os irmãos admiravam Eylef carregar a roda, observei os olhos prateados me observarem de um jeito estranho, por sorte, não demorou muito para eu perceber o que era.

—Vamos rapazes! — puxei os dois irmãos — Vamos logo erguer a carroça!

Com um pouco de esforço ajudei os rapazes a suspender o pedaço da madeira onde a roda foi encaixada.

—Isso!

—Muito obrigado!

—Cara você é bem forte! Por acaso faz parte de algum exército?

Senti uma tensão estranha vinda de Eylef.

—Vocês disseram que nos ajudariam a chegar na cidade.

—Tem razão, e vamos cumprir com nossa palavra, por favor subam.

—Mas...

Olhei para a carroça.

—Onde estão os cavalos?

Os irmãos riram.

—Eles estão aqui.

—Não é um tipo de montaria comum em outros reinos.

—Mas confie na gente!

Gart foi o primeiro a subir, logo em seguida Guilbert que acabou me oferecendo a mão, depois Eylef e por fim Cobalto. Os dois irmãos assumiram a frente e, dessa vez, Gart era quem segurava as rédeas. Curiosa, olhei para o objeto que parecia fino demais para segurar um cavalo, porém, havia algo estranho emanando delas.

—Vamos lá!

Em um movimento rápido, Gart balançou as rédeas pouco antes da carroça se mover e uma brisa refrescante tocar meu rosto. Parecia que estávamos sendo puxados pelo vento.

—Viu só Sophie?! — Guilbert se virou para mim — Eu disse para confiar na gente!

Sorri.

—Tem razão! Isso é incrível!

Seus olhos ficaram sobre mim por alguns segundos antes que alguém me puxasse para trás.

—Eylef?

—Sente direito ou vai acabar caindo.

—Não é para tanto...

Os olhos prateados me encararam.

—Ok...

Seguindo seu conselho me acomodei entre as trouxas e baús que estavam na parte de trás, fiquei curiosa pensando que tipo de coisas teriam ali dentro, mas reprimi a vontade de iniciar outra conversa com os irmãos me focando no homem à minha frente.

—Você está bem?

Vi a surpresa no seu olhar.

—Por que está perguntando isso?

—Porque você levantou uma roda muito pesada sozinho — encarei as costas dos irmãos antes de falar um pouco mais baixo — E eu vi que você não ia aguentar por muito tempo.

Sem que eu esperasse Eylef virou o rosto em direção a paisagem azul.

—Você não precisa fazer tudo sozinho, sabia? Não há problema algum em pedir ajuda — sorri — Mas pelo menos agora eu tenho certeza que seus braços finos são bem mais fortes do que parecem!

Eylef suspirou e, por algum motivo, fiquei contente em imaginar um sorriso por detrás daquela máscara.


Quanto mais o tempo passava mais alto o sol ficava no céu, se não fosse pelo vento gelado que tocava meu rosto eu teria derretido ali mesmo com o calor. Por sorte, não demorou muito para que torres brilhantes começassem a surgir na paisagem.

—O que é aquilo?

Mesmo estando longe eu já conseguia ver algumas flâmulas azuis sacudindo no topo dos telhados côncavos de um castelo branco. Conforme chegamos mais perto percebi inúmeras plantas tingindo de verde aquela construção, além de fontes de água que caíam das rochas como cascatas.

—Uau!

Guilbert me encarou.

—É lindo não é?!

—Muito!

—Bem vindos à Oceanyla! O segundo reino mais belo de Ywura!

Me apoiei nas barras de madeira para observar as incontáveis tendas que preenchiam as ruas, o cheiro e as cores traziam vida ao lugar junto das várias pessoas trajadas em roupas leves e com enfeites de conchas e pérolas no cabelo.

—Veja Eylef! — apontei para uma espécie de enguia que flutuava pela multidão, seu corpo comprido dava voltas no ar fazendo com que as escamas mudassem de cor conforme refletia a luz do sol.

—Deve ser um mascote.

—São Scorts — a voz de Gart chegou até nós — Ou peixes do ar caso acharem a pronúncia mais fácil, são bem comuns entre as famílias nobres.

Continuei observando os arredores com fascínio, por fim, depois de cruzarmos as ruas do comércio a carroça finalmente parou em frente a um galpão. Em cima das portas observei uma placa de madeira com o desenho de um tridente e duas carpas. A imagem também não passou despercebida aos olhos da raposa que inclinou o rosto em direção ao objeto.

—Chegamos ao nosso destino!

Guilbert foi o primeiro a saltar da carroça estendo a mão para mim que aceitei a ajuda para descer.

—Gostaria de alguém para guiá-la pela cidade Sophie?

—Agradecemos a oferta, mas não.

Eylef foi mais rápido colocando-se entre o jovem feérico e eu.

—O convite foi para a bela dama.

—Tenha modos irmão, não vê que a moça já tem companhia?

—Um homem precisa tentar...de qualquer forma, fiquem com isso.

Ele estendeu dois cartões feitos com um papel dourado, neles estavam o mesmo símbolo da placa de madeira.

—O que é isso?

—Convites para o baile! Um agradecimento pela ajuda com a carroça!

—Não precisa, vocês já nos deram a carona.

Tentei recusar mas o irmão mais novo insistiu.

—Uma carona não é o suficiente! A mercadoria é muito importante e graças a vocês conseguimos chegar sem atrasos — o vi se aproximar de mim e segurar minha mão —E eu também gostaria de vê-la mais uma vez senhorita.

Senti minhas bochechas corarem quando ele ergueu a máscara, o suficiente para mostrar os lábios e depositar um beijo no dorso da minha mão.

—Já te disseram o quanto é bonita?

Como da outra vez senti alguém me puxar para trás pouco antes de Eylef se colocasse entre nós.

—Novamente peço desculpas pelo meu irmão, esse pirralho nunca vai tomar jeito na vida...

Gart saltou da carroça ficando de frente conosco.

—Mas concordo com ele em relação ao convite, é uma forma de agradecimento então por favor aceitem, a festa será hoje a noite e é uma ótima oportunidade de conhecer mais sobre Oceanyla.

A contra gosto vi quando a raposa pegou os convites.

—Obrigado.

—Nós é que agradecemos, mas agora temos que ir e imagino que vocês também — Gart estendeu a mão em um cumprimento — Foi um prazer conhecê-los.

—O prazer foi nosso! — retribui o gesto com o mesmo.

—Espero te ver no baile Sophie!

Dei um sorriso torto ao Guilbert quando percebi os olhos prateados sobre mim.

—É claro que você também Eylef!

A raposa não disse nada, apenas ficou parado observando os dois irmãos guiarem a carroça até a lateral do galpão, quando eles sumiram de vista Eylef se voltou para mim com os braços cruzados.

"Já te disseram o quanto é bonita?", francamente, vamos logo.

Sem dizer mais nada o vi dar as costas e seguir reto pela rua.

O que deu nele?

Olhei para o cachorro azul que também parecia confuso.

E depois a complicada sou eu...

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