Capítulo XII
-Poderia por obsequio permitir que eu a beije? –Sua voz soa irritantemente hipnótica.
Um verdadeiro encantador de cobras metido a besta.
-Poderei te dizer sim, quando for do meu agrado. -Conforme falo sua expressão muda.
-E quando será de vosso agrado? –Mesmo com minha recusa ele parece não ter se abalado.
E isso é frustrante.
-Quando eu alegrar-me com tal beijo e que pela vontade de Deus e por ventura, tal dia não eis hoje.
-Saberei esperar pacientemente por ti, mesmo que anos de celibato me aguardem.
Devo admitir que tais palavras me trouxeram algo quase semelhante a conforto, ao menos ele ainda tinha um pouco de juízo.
-Estais certo de tal afirmação?
-Admira-me que ainda não acredite em minha palavra, como teu noivo devia ter confiança em mim.
-Homens, não são tão confiáveis em tais questões.
E então ele rir, o maldito riso que me contenho em lhe tapar a boca.
-Confia em mim e caso traia tua confiança amaldiçoa-me.
Talvez eu já o amaldiçoe sem ao menos confiar em ti.
Apenas aceno positivamente com a cabeça.
-Para que dia marcou o casamento?
-Amanhã pens-
-Mas tão cedo? –Digo aflita.
-Para mim o tempo tente a andar de muletas enquanto não estamos juntos, apesar de alegrar-me em ser teu noivo sonho todas as noites em ser teu marido.
Nem ao menos havia notado sua aproximação lenta e presunçosa, só o percebi quando tarde demais.
-Ele calou a ti com um beijo? Conte-me como foi!
Deus há de ter tirado todo o juízo de minha prima e o colocado em abundancia em mim.
-Alegro-me em lhe contar que nada disto aconteceu.
-Desperdiça as chances que a vida lhe dá, que eu em teu lugar não deixaria tal oportunidade passar.
-Gabriela, tu mal sabes do que fala.
-Que tramoia mais bem feita seria se tu se apaixonasses por ele, poderia escrever uma bela historia.
-Rogue tal praga a alguma outra que não seja eu, alguma digna de tal penitencia.
-Logo pela manhã será teu casamento, o próprio papa irá abençoar tua união o que vais fazer? –Finalmente ela demostrou algo próximo à desconfiança.
-Irei aceitar meu destino, seja ele qual for.
-Teis mais guardas a vigiando do que antes, não ira conseguir fugir.
-Não pretendo fazer tal coisa, torno a repetir: irei aceitar meu destino.
-Que assim seja.
E então ela se calou olhando o vestido disposto com cuidado e trabalhado com tanto apreço.
-O que achas? –Giro o anel em meu dedo por habito.
-Nunca vi algo tão lindo, quando me casar mandarei fazer um semelhante.
-Pode usa-lo se desejar...
-Caso estivéssemos a sós eu mesma a beijaria!
Guardas nunca haviam-me sido tão uteis.
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