Capítulo XI
-Seria menos humilhante ser pendurada na porta de um bordel com apenas minhas roupas debaixo. –Resmungo de muito pouca vontade.
Ao passo de que a comida é servida e todos a mesa atuam com maestria a peça em que desfrutamos da companhia uns dos outro.
Nunca se viu tamanha mentira em um único lugar.
-Não tem medo de que os céus castiguem tua rebeldia? –Gabriela diz ao pé de meu ouvido.
-Toda a graça da escapatória dada a mim é uma dadiva vinda dos céus, sem isto pobre de mim.
O burburinho já esperando e devo ressaltar talvez ensaiado percorre o ambiente quando o tal homem chama atenção para si. E de forma pretenciosa me olha, agora sem disfarces já que desde que entrei pude o sentir me perseguindo, como um rato preso em uma armadilha e que ainda assim sonha em provar o queijo fora de seu alcance.
-Hoje devo informa-los e compartilhar com todos minhas intensões e o motivo no qual nós reunimos está noite. Há muitos anos venho crendo que não fui banhado em bênçãos como todos são no batismo, mas agora acredito que todas as bênçãos de uma vida estão por vir ao poder dizer algo que mesmo em meus sonhos parecia ser impossível. –E então o inimigo aproxima-se de mim.
O rato não desiste do queijo.
De algum modo nada condizente de minha parte fico de pé, e ele se põe de joelhos, de uma forma distinta, como um pecador que ao entrar na igreja se ajoelha com calma sabendo que nem mesmo dias ali com os joelhos fincados no chão apagariam seus pecados.
-Atrevo-me a jurar que não é hipocrisia de minha parte os votos que brotam do fundo de meu coração quando peço, não, quando rogo a ti que case-se comigo.
Um verdadeiro encantador de cobras metido a besta.
-Se é uma prese devo então atender ao teu pedido. –E então eu assumo o papel de protagonista da peça.
A real noiva do inimigo.
Nem ao menos havia notado o anel brilhante que ele coloca em meu dedo, mas o calor suave e a macieis dos lábios dele em minha mão me fez perceber tal brilho.
Atrevo-me a pensar que nem mesmo o vinhedo havia de valer tanto quanto aquela pedra que se acomodou com tanta facilidade a minha mão.
E mesmo assim seu peso não marcou tanto minha pele como os lábios dele. É como se o metal quente estivesse me marcado ao passo que a frieza da água trouxesse frescor a minha pele.
-Viste o teu noivo Jasmine? –Por Deus, Gabriela ira me atormentar até o fim de meus dias com isso.
-Olhei para ele, mas não o vi.
-Depois de tudo ainda não o acha encantador?
-Ele não é do tipo que me agrada.
-Só podes está caçoando de minha cara, diga-me com sinceridade o que achas dele?
-Que relevância meus pensamentos teriam? Já sou noiva dele isso não deve importar mais que um grão de areia em meio ao deserto.
-De fato não podes fazer mais nada quanto a isto, eu em teu lugar ficaria feliz, vai casar-se com um belo e jovem rapaz e devo ressaltar está apaixonado por ti.
-Quanto a isso só Deus há de saber.
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