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Capítulo - V

-Estou livre! -Grito irrompendo as portas de meu quarto.

Emma que carregava uma muda de roupas acaba deixando elas se espatifarem no chão pelo susto com o meu alarde.

-Do que está falando menina? Quer me matar!

Ela se abaixa recolhendo os tecidos e eu vou ajuda-lá.

-Papai vai matar o Príncipe Ryan, isso se já não o tiver feito. -Digo risonha.

O olhar de Emma fica sombrio com minhas palavras no mesmo instante.

-Se ele o matar, aqui em solo Bongiovannie teremos uma guerra Jasmine.

-Então que eles preparem suas espadas, que tragam canhões e atirem flechas. Estaremos preparados.

Que eu gostaria muito de ver o circo pegar fogo e cair sobre o palhaço não é nem um segredo.

-Mas eles agora não possuem o apoio da Eslovênia?

-Oh não. -Digo em um sussurro deixando o sorriso sumir.

-Eu achei que a Eslovênia fosse seu aliado já que Murilo é-

-Não pode haver guerra! -A interrompi. -Emma, meu pai não pode mata-lo. -Digo temendo o pior.

-Então vá menina! Antes que a lâmina tire a vida do rapaz. -Ela toma o tecido de minha mão e me direciona para as portas.


Assim que as portas do sexto salão são abertas o pesado alarde se joga sobre mim. A grande mesa estava tombada para o lado, papéis que antes estavam sobre ela se espalhavam pelo piso.

Minha mãe era detida por um guarda enquanto meu pai avançava em direção a Ryan, que fora um corte fino em seu braço não parecia ter nem uma lesão.

-Pai! -Grito e ainda ofegante corro até ele.

-Veio assistir a morte dele minha filha? -Ele diz avançando fazendo Ryan bater com as costas na parede.

Com esforço me coloco entre Ryan e a espada.

-Deixe ele meu pai.

-O que há com você? -Ele enruga sua testa e abaixa um pouco a espada.

Quisera eu saber o que há comigo, afinal a que ponto miserável cheguei para evitar a morte de um Ganzarolli. Ainda por cima desafiar a vontade de meu pai junto com a minha de o ver morto.

-Tenho motivos para querer evitar seus atos. -O olho firmemente.

-Saiba que prezo por sua honra minha filha, mais do que minha própria vida. -Ele diz colocando a espada de volta na bainha.

-Agradeço por sua proteção, e por me ouvir. -Digo envolvendo meus braços ao redor de seus ombros.

A tanto tempo não abraço alguém que por um momento o gesto me pareceu estranho. Outrora foi o certo a se fazer, em pouco tempo a rigidez de meu pai se vai e ele afaga meus cabelos.

-Solte minha mãe. -Ordeno ao guarda que ainda a mantinha longe.

Então ela se aproxima e eu me desvencilho do abraço.

-Tire ele daqui. -Digo a ela e logo ela some com meu pai.

Irei mesmo me torna uma santa, afinal só uma para salvar o pescoço do próprio inimigo.

-Qual é a causa da inimizade? -Ryan pergunta saído de trás de mim e se colocando a minha frente.

-Papai soube de suas intenções sobre ontem à noite.

-E que intenções seriam essas?

-Deixe-me recordar suas palavras. 'Traiçoeiros são os meus lábios por quererem grudar nos seus' 'Não só a beijaria com a teria para mim'.

Ele ruboriza e mostra um singelo sorriso.

-Creio que o vinho tenha roubado minhas palavras, misturado as letras e jogado elas sobre a senhorita, peso perdão se a ofendi e agradeço por ter vindo em meu socorro.

-Passar bem. -Resmungo.

Antes de me afastar ele se pronuncia novamente;

-Ainda não me disse o porquê da inimizade, e eu me refiro a de nossas famílias.

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