Capítulo - IX
- O dia que foi tão doce quanto mel se tornou o mais amargo fel.
- Vamos esperar o retorno de Josh, ele há de nos dizer a razão de tal matrimonio. –Dissera Gregório que há algum tempo repuxava seus cabelos.
-Jasmine teu pobre irmão mal teve tempo de pisar em nossas terras e você já o despacha para fazer suas vontades. –Reclama Gabriela.
Limito-me a fazer um leve gesto com a mão, afinal suas palavras só estão a servir para me importunar.
A marca da angustia e aflição me segue não importa o quão rápido eu ande de um lado para outro. Há um rosário entre meus dedos e preses sendo feita pelos meus lábios. Josh há de conseguir acabar com tudo isto.
Os céus sabem que já não me restam opções.
E com o semblante de um soldado voltando da linha de frente ele pairou na entrada do quarto, belo, e com a servil marca da derrota no olhar.
-Pro diabo se ele pensa que iriei me casar! –Com o amargo do desespero em minha boca jogo o rosário longe dando fim a oração.
-Pensávamos que era um copo com água, mas é todo um oceano minha irmã.
-O que quer dizer? –Gregório já estava ao meu lado e avançando ainda mais a frente.
-Há agitações em nossa fronteira, não temos homens tão ávidos como os deles, precisamos da aliança.
As últimas palavras de meu irmão tornam minha visão turva e meu corpo tão frágil quanto o mais escuro breu da noite.
A claridade foi sucumbida pela escuridão.
O puro fogo me ameaça quente e devastador sem nem um pouco de pudor. Então o fogo dançante e intimidante tornou-se Gabriela.
-Precisamos mata-lo estripar aquele mostro Ganzarolli e enforca-lo com suas próprias tripas jogando seus restos podres para...
Gabriela me deteve.
-É este tipo de coisa que tu dizes ao acordar depois de um desmaio? –Ela mais me repreende do que diz algo útil ou reconfortante a mim.
-São palavras sinceras, e o meu desejo mais ardente.
-Mórbido demais para uma moça, não pode o matar.
- Por isso anseio sua morte, a virgem Maria há de me compreender e rogar por mim.
-Você jogou o rosário tão longe quanto se era possível quando soube que seu compromisso não pode ser desfeito.
Como pode uma parente tão próxima, sangue do meu sangue ter tão pouca virtude?
-Tolice, a virgem sabe de minha frágil saúde quanto aos abalos que tal noticia me trouxe.
-Sendo assim devo alerta-la a permanecer deitada.
-Caso tenhas noticias ruins peço que transmita a mim apenas em outro dia, não é certo que eu esteja bem neste momento.
-Perdoe-me prima, mas não posso tardar isto, terá de me ouvir.
-Se é para me abater que faça isto de uma vez. –Acabo por resmungar.
-Teu noivado é amanhã.
-Noivado? –A palavra não tinha profundidade, era rasa e sem vida.
-Sim Jasmine. –Desta vez ela não está a me repreender, parece até se sentir solidaria.
-Para casar? –A questiono pouco crente em suas palavras.
-Sim, não há outro tipo de noivado se não para casar.
E então a escuridão me abraçou novamente, repleta de vazio tal qual ela já havia feito.
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