Capítulo - III
-Nesta noite acalento meus desejos apenas com o prazer do gentil toque de sua pele. -Ryan diz beijando demoradamente minha mão descoberta.
Poderia eu ter lembrado de pôr uma luva, e assim encobrir o calor de seus lábios.
-Não esquecerei essa noite. -Forço um sorriso e ele me responde com um múltiplo do meu.
Como esqueceria o dia que um Ganzarolli pisou em solo Bongiovannie sem derramar uma gota de sangue?
-Eu vi seu sorriso! -Gabriela quase pula ao me acusar.
-Um momento minimamente feliz, afinal agora estou distante de um bastardo.
-Bastardo esse que carrega uma coroa sobre a cabeça.
-Apenas um objeto sem valor se quem o carrega não é digno do mesmo.
-Esqueça as desavenças Jasmine.
-E ser motivo de desonra para meus antepassados? Nunca.
-Vovó uma vez me disse para não usar essa palavra, nunca, ela sempre se faz contraria em nossa família.
-Não diga aquilo que não sabe.
-E o que eu não sei cara prima?
-Não sabe que isso não é apenas uma rixa que pode ser esquecida com alianças em frente a um Frade.
-E qual seria a proporção?
-Algo que faz a morte de Júlio César, apunhalado por senadores romanos e morrendo de maneira derrotada, parecer teatro mal ensaiado dos bobos da corte.
Esperei uma expressão nervosa no mínimo de sua parte, mas ela mostrou apenas um sorriso, pequeno mais ainda sim um sorriso.
-Esqueça a morte de Júlio César, o príncipe já está encantado por você.
Quando sigo seu olhar o vejo, flutuando em meio a conversa entre homens, claramente os ignorando e deixando sua atenção pairar sobre mim.
Galliard! -Grita alguém anunciando a próxima dança.
-Princesa Jasmine.
-Prince Peter. -O olho surpresa.
-Me permite o prazer dessa contra-dança?
-Há, sim.
Não demora muito e nos juntamos aos demais casais.
-Apesar de tosco gostaria de lhe desejar meus parabéns.
É só então pude me lembrar, hoje é meu aniversário e Peter é a primeira pessoa que parece não ter se esquecido disso.
-Sua memória supera a dos demais corpos que transitam neste salão. -Sorrio com seus votos.
-Malditos são todos por esquecerem de tal coisa. -Diz divertido.
-Um aniversário? -Rio de suas palavras.
-Seu aniversário.
Quando nos afastamos para um simples giro controverso meu olhar recai sobre o olhar do inimigo e ele se coloca no lugar de Peter.
-Senhor eu protesto. -Diz Peter.
-Desculpe-me, mas tenho uma questão anterior com a dama.
Ele acaba por nos deixar.
Maldito mil vezes é esse Ganzarolli! Não poderia ao menos me deixar ser parabenizada?
-Não me lembro de questão alguma Príncipe Ryan.
Esqueço de minha promessa a Emma e deixo todas as farpas saírem.
-Se por mentir irei pagar com seu desprezo deixe-me ao menos comtemplar sua face.
Mesmo a dança não permitindo o tocar das mãos ele vez por outra une a sua a minha.
-Não se contenta com minha mão?
O que ele quer além de meu sangue afinal. Enforcar-me com o ar que me rodeia não é o suficiente?
-Não se engane, contento-me até mesmo em olha-la, mas traiçoeiros são os meus lábios por quererem grudar nos seus.
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