Capítulo - II
-Ele é muito bonito, escolheu bem com quem se casar, Jasmine. –Gabriela disse contente.
-Não pude nem ao menos opinar.
-Há, mais não a de que se queixar, é um belo partido.
-É um Ganzarolli, um indigno, um ladrão que não merece pisar em minha casa. –Digo ríspida.
Ela não percebe o absurdo que diz? Elogiar alguém como ele deveria ser um crime!
-Ele está vindo. –Ela me alerta.
-Que o tormento faça morada em mim, se é isso que meus pais desejam. –Sussurro.
-Alteza. –Emma surge em minha frente.
E antes de qualquer ação de minha parte me puxa para o vão de uma estátua.
-O que houve?
-Por obsequio ao menos tente, ou mantenha sua língua presa e de uma chance ao jovem. –Suplica.
-Prometo medir minhas palavras, se isso a conforta. –Digo e lhe lanço um pequeno sorriso.
-Isso já me basta.
Ao passar por ela toco levemente seu ombro, para lhe dá certeza de minhas palavras. O príncipe sumiu em meio as pessoas agora, e tudo que vejo é Gabriela rodopiando pelo salão com um garoto.
-Seria sonhar demais dançar com vossa alteza?
Só quando viro meu rosto percebo que é ele. Maldito Ganzarolli.
-Se é um sonho tens total controle sobre o mesmo. –As minhas palavras são sinceras.
Mas enquanto ele estiver sonhando eu estarei em um pesadelo.
Ainda com receio entrego minha mão a dele. Que parece se perder em meio a sua.
E ele me conduz para perto dos casais que já dançam animadamente. Quisera eu desfrutar de tal alegria.
-Sabes quem eu sou?
-Não seria o senhor um Ganzarolli? –Engulo os espinhos de minhas palavras fazendo elas parecerem vagas.
-Apenas Ryan. Seu, a partir do momento em que a vi.
Seria muita audácia de minha parte cravar-lhe no peito a lamina que se prende em sua cintura?
-Está renegando sua família? –O questiono.
-Renegaria até mesmo minha coroa, que não é nada comparada a sua companhia.
-Trairia teu povo? –Que péssimo rei ele será.
-Não, trairia a mim mesmo. –Ele afirma.
-Então ofende a si mesmo, não precisará deixa a coroa para ter minha companhia, o acordo já me deixa ao teu lado.
-Do que me basta um punhado de papel se eu anseio por suas palavras?
-Palavras podem ser blefadas.
-Tem razão, minha ganância pede mais que isso ela pede teu coração.
-Um órgão pode ser facilmente arrancado.
Que inferno Jasmine! Pare de o responder.
-Diga isso a um homem com medo de perder o único motivo que o faz caminhar sobre a terra.
-Compreendo Príncipe Ryan. -Não compreendo nada.
O alivio vem logo em seguida, quando a melodia cessar dando assim fim a nossa dança. E eu me permiti olhar em seus olhos, mais por odiosos que fossem. Um mero ato de formalidade já que estamos nos despedindo.
A traição foi feita não por ele, mas por eu mesma que pensei por mero e odioso segundo em acreditar em suas palavras, somente por olhar em seus olhos.
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