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Cori

Ela tentou ir atrás dele, com Éden a seguindo, soldados do lado de dentro batiam continência para o pai de Cori em respeito, mas ele ignorava. Diferente dos outros esconderijos, aquela era uma base subterrânea, com corredores de concreto pintados em branco e cinza com tubulações passando pelo teto sem nada para escondê -los.

Depois que Sophie foi presa, Magnólia e tia Lídia ficaram discutindo sobre o que devia ser feito, tio Onúris, tia Héstia e Imene sumiram. Cori não se importava onde eles estavam, tinha que contar ao pai o que descobriu, uma chance deles se verem livres de Magnólia, ou tentar enfrentá-la.

- O que houve, Cori?- Seu pai pergunta descendo as escadas, mas sem se virar para a filha.

Seu tom de voz era calmo, lembrando Cori de como o pai a recebia quando ela batia na porta do escritório dele.

- Pai, a mamãe está aqui.- Ela diz de uma vez.

- Eu sei.- Ele diz entrando no segundo andar abaixo do solo.- Sua tia me contou.

- Ela ainda está nessa base, mas não sabemos onde.- Cori diz, esperando que seu pai tome alguma atitude agora.- Se encontrarmos ela, podemos tirá -la daqui.

- Está no mesmo lugar que colocaram sua prima.- Ele diz seguindo pelo corredor.

Éden passa por Cori e se aproxima mais do pai antes dele chegar a uma porta.

- O que você v-v-v-v...- Ele começa e o pai deles se vira para ele.

- Lembre-se, Edie: respire fundo, pense na frase e diga sem pressa.- O pai deles relembra as instruções que Éden seguia quando criança.

- O que você vai fazer agora, pai?- Éden pergunta, Cori também espera a resposta.

Ele olha para os dois com um olhar inexpressivo, abre a porta ao seu lado.

- Foi bem exaustivo encontrar sua prima e trazê-la aqui, eu vou descansar um pouco agora.- Ele respondeu pegando algo no bolso e colocando na mão de Éden e fechando-a.- Depois vou resolver outras coisas com a avó de vocês, tudo bem?

Cori não consegue conter a raiva, ela puxa Éden pelo ombro para que saia da frente dela. Seu pai não mudou de expressão, o que agora deixava Cori ainda mais furiosa.

- Qual é o problema?- Ela pergunta furiosa. - Já sabemos onde a mamãe está, nós claramente não temos muito tempo para nada aqui, e você simplesmente vai... descansar?

O pai de Cori não muda de expressão, mas fica em silêncio olhando para a filha. Sem mostrar se está irritado ou sentindo qualquer outra coisa.

- Éden, vá guardar o que eu lhe dei e não mexa nele.- O pai dos dois diz para o filho mais novo, que olha para o punho fechado e sai pelo corredor. Depois que Éden some, Cori ouve o tom severo de seu pai.

- Corinne.- Ele chama Cori pelo nome completo, o que a faz franzir o nariz involuntariamente. Seu pai sabia que ela não gostava quando a chamavam assim.- Eu sei onde você quer chegar e entendo perfeitamente, mas eu quero que pense com mais calma agora.

Cori é só alguns centímetros menor do que seu pai, e suas botas de saltinho grosso a mantêm no mesmo tamanho que ele sem que ela precise erguer o olhar.

- Pense comigo.- Seu pai diz.- Libertamos a sua mãe, ela vai embora e nós ficamos.- Ele aponta para a coleira que começa a deslizar de volta para o seu pescoço.- Supondo que ela consiga chegar em segurança até Gedeon e encontre pessoas de confiança que irão protegê-la dos aliados da sua avó que estão escondidos na capital, o que acontece com seus tios?

Ele olha no fundo dos olhos dela, esperando uma resposta. Cori desvia o olhar.

- O que acontece com as suas primas? O que acontece com seu irmão? O que acontece com você?- Seu pai pergunta em tom duro.- Acha que a sua avó vai ficar tranquila se souber que sua mãe não está mais aqui? Acha que ela não vai punir quem ela achar que foi responsável por isso?

Cori engole em seco e cruza os braços, decidiu seguir a tendência de sua avó e usar unhas de metal prateadas com rosas desenhadas em grafite. Fez isso em sua armadura, sua placa de peito e braceletes possuem rosas contornando cada placa de metal. Foi em homenagem a sua mãe, Cori só se arrependeu de usar as unhas.

- Sua mãe não é a única prisioneira aqui, filha.- Seu pai diz em um tom mais suave, mas ainda frio. - Você sabe que ninguém está aqui por livre e espontânea vontade.

- Então, o que vamos fazer?- Ela pergunta tentando engolir algo preso em sua garganta.- Vamos ficar aqui e deixar ela arruinar nossas vidas? É isso que você quer dizer?

- Não, Cori.- Seu pai respondeu, seu olhar é duro e focado.- Estou dizendo que não podemos tirar apenas a sua mãe daqui, temos que tirar todos de uma vez.

Cori parece engasgar com algo invisível, como se tivesse tomado um cappuccino rápido demais e sua garganta doesse. É uma dor imaginária, mas a do seu peito com certeza é real. Ela pressiona os lábios para não deixar as lágrimas saírem por completo e passa a dobra do dedo indicador para secar algumas gotas teimosas com rapidez.

- Pai, isso tudo está piorando cada vez mais. - Ela confessa, tentando impedir a tristeza de escapar pela sua voz. - Eu estou com medo de que um de nós morra. Isso quase aconteceu, lembra? O General Urano poderia ter matado você naquele dia.- Cori olha para o lado e coloca um cacho atrás da orelha. - A mamãe poderia ter morrido quando estávamos naquela cidade de Therese, eu fiquei com medo pelos que eu já conhecia. Desculpa se eu fui egoísta.

- Não, filha.- Seu pai diz com um tipo de urgência.- Não estou dizendo que você é egoísta, estou dizendo que não está vendo com clareza. Apenas se acalme. Prometo que isso vai acabar mais cedo do que pensa.- Ele diz.

- O que quer dizer?- Ela pergunta, olhando nos olhos de seu pai. Eles não mostram nada, estão neutros.

- Apenas fique com seu irmão esta noite, Cori.- Ele diz e em seguida, seus olhos finalmente mostram uma emoção.- Não saia de perto dele.

Antes dela dizer mais alguma coisa, Magnólia aparece atrás dela e pede para conversar com o pai de Cori a sós. Ela sai, não sem antes olhar para seu pai, que consegue se manter calmo com o que quer que esteja ouvindo, quando fecha a porta.

...

Cori obrigou Éden a ir para o quarto dela e levar o que o pai deles lhe deu, um relógio pequeno com uma telinha preta com o botão pequeno que precisa apertar para conferir as horas, são mais adequados para exercícios do que para qualquer outra coisa. Seu pai não usa relógio, nunca usou.

Éden disse que não era para mexer nele e o deixou na mesinha de cabeceira ao lado de sua cama, Cori tinha ciúmes disso, mesmo sendo ela que acompanhava o pai nas reuniões políticas do Império, quem trabalhava com ele no escritório, Éden parecia ter mais da confiança dele.

Cori dormiu na cama do irmão quando ouviu um som agudo, o alarme do relógio no móvel não parava de apitar e ficava cada vez mais alto. Cori ouviu a prima do outro lado da parede.

- QUE ALARME É ESSE?- Imene berrou.

O alarme continuou apitando por mais alguns segundos e não era o único, era possível ouvir outros disparando simultaneamente, Éden finalmente desliga o de seu quarto e se levanta. Cori leva algum tempo para perceber que ele está vestindo uma armadura de tungstênio, não era tão pesada, eram placas de metal finas que protegiam seus pontos vitais e usava luvas de metal com os punhos quadrados e grossos para quebrar os ossos de qualquer um que ele socar.

Cori tinha tirado a sua armadura e estava com uma camisola preta com flores amarelas, ela pensou se iria precisar de uma armadura agora. Éden vai até a porta e sai, ele volta a colocar a cabeça dentro do cômodo.

- Você vem?- Ele pergunta inocentemente.

A jovem Zander se levanta e põe seu robe e suas pantufas antes de sair do quarto, Éden segue para o quarto de Imene, a prima deles abre a porta bruscamente. Seu cabelo estava para o alto, ela usava uma camisa de algum time de esporte e um short curto. Ela segurava um relógio igual ao de Éden na mão.

- Quem colocou isso aqui?- Imene pergunta furiosamente apertando a pulseira de borracha do relógio com o punho.

- Foi o meu pai.- Éden respondeu, parecia apressado. - Vista uma armadura ou qualquer outra coisa, Mene. Temos uma coisa importante a fazer.

- O que seu pai tem na cabeça, garoto?- Tio Onúris aparece vindo do final do corredor com um relógio idêntico na mão também, mas o dele continuava apitando. Ele vestia uma camisa de botão de seda preto com linhas brancas e uma calça que era conjunto. - Colocar essa porra nos quartos de todo mundo? O que deu nele?- Pergunta antes de bocejar.

Tia Héstia também aparece logo atrás do irmão, usando uma camisa regata preta e uma calça preta estampada com nuvens brancas com relâmpagos amarelos.

- E não para de apitar.- Ela diz com a voz sonolenta e os olhos lutando para ficarem abertos.

Depois, tia Lídia também aparece com um robe cinza mais leve que cobria um pijama branco, ela estava com os pés descalços. Seus olhos estavam fechados.

- Que merda vocês estão fazendo? Será que eu não posso mais dormir?- Ela pergunta com os dentes à mostra.

Os relógios dos três não param de apitar, Lídia apertou o botão freneticamente assim como o resto dos irmãos Zander. O alarme só ficou mais alto, eles só param quando suas coleiras caem em estilhaços no chão.

- Mas o que...?- A tia Héstia olha para a peça quebrada que a prendeu por quase quatro anos.

Cori também fica sem entender até que seu pai aparece no fim do corredor, a pessoa ao seu lado a faz querer chorar.

Sua mãe não tinha nenhum arranhão, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e ela usava roupas brancas leves e limpas, as botas militares eram maiores que seus pés. Ela está ao lado do pai de Cori, segurando sua mão, olhando para trás constantemente. Sophie está atrás deles, como guarda. Antes que eles possam dizer qualquer coisa, o alarme da base dispara, cobrindo todos com uma luz vermelha.

- O que está acontecendo?- Imene pergunta olhando para o teto, ainda sem entender.

- Mãe!- Éden ignora tudo e corre para abraçar a mãe deles. Ela retribui com um abraço apertado e beijando o topo da cabeça do filho mais novo.

Cori não aguenta e corre para o abraço também, Danielle para um momento e segura o rosto da filha.

- Meus bebês... - Ela diz olhando o rosto dos dois.

- A gente tem que ir logo.- Sophie diz sem tirar os olhos do lugar de onde veio. Ela ainda usava aquele moletom horroroso e suas calças que estavam com os joelhos ralados.

O pai de Cori já estava falando com o irmão alguma coisa que ela não conseguia ouvir, tio Oni está olhando para ele com atenção e arregalando os olhos.

- O que está acontecendo? Que alarme é esse?- Tia Héstia fala mais alto que o som do alarme.

- Já viram que a Dani fugiu!- Tia Lídia responde saindo do quarto, gesticulando para Sophie se aproximar, mas a prima de Cori não está olhando para ela.

- Não, viram que estão sendo atacados.- O pai de Cori corrige.

Éden segura o braço da mãe, a mantendo perto, enquanto Cori vai até o pai que está assustadoramente calmo.

- Vamos sair daqui.- Ele diz antes dela conseguir perguntar alguma coisa.

Cori não entendia, ela não conseguia deixar de olhar para seus pais. Sua família começa a seguir pelo corredor logo atrás de seu pai, ela sente metal se aproximando pelo poder de outro parente. São placas de metal, indo em direção ao seu tio. Elas começam a circular em volta dele formando proteção para seus ombros, antebraços, canelas e tórax. Cori percebe suas tias fazerem a mesma coisa. Eles estão se preparando para a batalha.

Eles viram a direita em um dos corredores, seguindo até as escadas, e um batalhão de soldados apareceu. Com um gesto, o pai de Cori dispara flechas contra o coração de todos eles, todos caem com um pouco de sangue saindo pela boca.

A porta de metal é aberta, eles chegam até as escadas. Mas, ao invés de subir os degraus, tio Onúris usa o metal do corpo para levitar até os andares de cima, depois a tia Héstia faz o mesmo. Imene passa por Cori e usa o corrimão da escada para fazer um disco de metal que a leva andar a cima.

- Cori, minha princesa.- Sua mãe diz colocando a mão em seu ombro, seu olhar estava preocupado. - Está tudo bem?

Ela olha para os pais, os dois estavam olhando para ela esperando uma resposta antes de ouvirem os disparos no andar de cima e alguns gritos agonizantes.

- O que está acontecendo? O que vamos fazer agora? Por que o tio Onúris e a tia Héstia subiram e deixaram a gente aqui? Vamos ter que lutar? Eu não sei fazer isso. Eu nunca lutei de verdade na vida.

- Cori, olhe para mim.- Seu pai diz segurando seus ombros com força, sem gentileza, ele quer que a filha se recomponha. - Nós vamos embora daqui agora, seus tios foram na frente para garantir uma passagem segura para vocês, mesmo assim, vocês terão que se defender por si mesmos em alguns momentos. Você sabe lutar. Treinou desde sempre, sabe se defender.- Ele diz as últimas palavras em incentivo.- Eu sei que você consegue, mas tem que se concentrar.

Cori apenas assente, não sabe o que pensar, só esperava que conseguisse sair dali viva. Seu pai a solta e vai até o centro do piso e sua mãe o acompanha, ele coloca o braço em volta de sua cintura e ela coloca os braços em volta de seu pescoço. Os dois sobem e Éden está estendendo o braço à irmã para os dois fazerem o mesmo.

Ela abraça o irmão e os dois sobem sendo seguidos por tia Lídia e Sophie, eles chegam até o andar que leva à saída da base. A mãe de Cori e Imene estão esperando por eles, mas o tio Oni, tia Héstia e o pai de Cori sumiram. Alguns gritos no corredor respondem a dúvida sobre onde eles estão.

- Eles estão abrindo passagem para nós.- Imene explica quando todos se reúnem.- Eu nunca vi meu pai matar pessoas... de verdade. - Diz em voz baixa.

Cori também nunca chegou a ver seu pai matando alguém, claro que ela sabia que ele fez isso durante a Guerra do Alvorecer junto com o tio Onúris e a tia Héstia, mas nunca pensou que ele faria isso de novo e, com os gritos que ouviu, de uma maneira tão dolorosa.

- A Imperatriz e o General estão atacando por fora e nós vamos atacar por dentro.- Sophie diz enquanto vai espiar o corredor, mas é impedida pelo tio Onúris que está intacto. O cabelo bagunçado é apenas por seu sono interrompido.

- É melhor não ver esse cenário ainda, Sophs, o Tyr deixou a raiva extravasar um pouco.- Ele explica. - E a Héstia queria vingar os namorados dela que a Magnólia mandou para o hospital e... talvez eu tenha aproveitado a situação para descontar a raiva em algumas coisas... algumas pessoas.

Um silêncio desconfortável é inevitável nessa situação, Imene olha para o pai um pouco aterrorizada e a mãe de Cori tenta olhar para o corredor provavelmente para encontrar o marido.

- Enfim, apenas teremos que seguir em linha reta e chegamos na saída, vamos derrubar o portão para facilitar a entrada do exército da imperatriz.- Tio Onúris explica com uma calma surpreendente. - Vocês, mais novos e menos preparados, vão na frente para fugir daqui. - Ele olha para Cori, seu irmão, a mãe deles e suas primas.- Nós cobrimos vocês. Sophie, tenta não olhar muito para o chão, ok?

- Ok...- Sophie diz claramente nervosa.

O cenário quase fez Cori querer vomitar, homens caídos no chão com agulhas de ferro cravadas em seus corações, alguns foram atingidos bem no meio da testa, todos corpos imóveis.

Eles estavam amontoados nas paredes e contornados por sangue. Sophie solta um grunhido e quase empurra Cori tentando passar por esse cenário o mais rápido possível, Éden conduz a mãe mais rápido e quase tropeça em um... braço decepado.

Cori estremece apenas de olhar, todos aqueles corpos, aqueles homens que com certeza treinaram duro para estar sob o comando de Magnólia, perderam a vida tão rápido, o pensamento de que a vida pode ser tão frágil causa arrepios.

Ela não vê mais seu pai nem sua tia Héstia, mas alguns gritos e sons de disparos nos andares de cima mostram que eles estão perto. A porta levadiça da saída abre lentamente, Sophie, Éden e sua mãe são os primeiros a correr, Imene para ao lado do pai e segura seu braço.

- Onde você vai?- Ela pergunta depois de perceber que ele estava voltando para o som dos disparos que começaram logo acima da cabeça deles.

- Sua avó já deve ter acordado a essa hora.- Tio Onúris explica em tom burocrático.- Seu tio e sua tia Héstia já devem estar tentando segurar ela até o reforço chegar e eu vou ajudar. Sua tia Lídia dá cobertura para vocês.- Ele gesticula para a irmã.

Imene não se convence e aperta o braço do pai com força, é a primeira vez que Cori vê a prima chorar.

- Pai... me perdoa... por favor, me perdoa. - Ela soluça segurando o antebraço de seu pai com as duas mãos.- Me desculpa...

Antes que Imene revele algo mais, tio Onúris segura o rosto dela, a faz olhar para ele e mostra um sorriso tranquilizador parecido com o do pai de Cori.

- Mene, você é o prêmio mais valioso que a vida me deu. Não tem que se desculpar por nada.- Diz antes de beijar sua testa.- Nos vemos lá fora, minha estrelinha, eu prometo.

Ela funga, mas assente. Algo explode lá fora, tio Onúris dá um abraço apertado, mas breve em sua filha antes de seguir o caminho que seus irmãos seguiram. Soldados e tanques se juntam para tentar proteger a entrada. Parece que a fuga dos Zander não foi notada por ninguém. Nos portões, há duas torres de vigilância, ambas começam a sacudir e as vigas saem e as derrubam.

Tia Lídia está com os braços erguidos, alguns soldados olham para ela sem entender, outros tentam atirar nela, mas Sophie protege a mãe e ergue dois tanques e os joga no alto dos muros para abater os soldados que atiravam por cima. Éden puxa algo imaginário com as duas mãos e as portas de metal começam a se curvar lentamente como papel enrolando. Os soldados agora percebem a traição, eles começam a atirar nos Zander que estavam presentes, mas os soldados escarianos começaram a entrar, os homens de Magnólia são cercados pelos dois lados.

Cori não consegue entender a si mesma, não se move, não se defende, não luta nem protege sua família. Seu corpo está congelado diante daquele cenário, as balas se acumulando ao redor dela, mas sem nem chegar perto de sua pele, alguém grita seu nome, mas ela não tem certeza disso.

O som de uma janela se estilhaçando a assusta, seu tio Onúris pula pela janela e aterrissa no chão, ele destrói os tanques que Sophie deixou intactos e pega a munição que eles já dispararam e os vira contra outras torres ao redor da base. Imene pega as balas que estava contendo e as joga contra todos que estavam vestindo preto.

Magnólia aparece de repente, aterrissando atrás de Onúris, ela está com o cabelo preso em um coque perfeito, mas apenas com um delineado nos olhos, seu olhar está furioso. Antes que consiga fazer qualquer coisa, o pai de Cori também aparece, levitando graças a sua armadura e usa o metal dos tanques destruídos para prendê-la ao chão, Magnólia Zander fica de joelhos com os pulsos puxados para o chão. O esconderijo começa a desabar atrás dele e tia Héstia também aparece.

- Saiam daqui!- Ele grita, ainda concentrado em imobilizar a mãe enquanto se deixa aterrissar no chão.

- Não sem você!- A mãe de Cori grita para o marido.

- Você tem que ir!- Ele diz bruscamente, usando a armadura de Magnólia contra ela, a fazendo abaixar a cabeça. Os soldados que a serviam estão começando a se render, outros a fugir sem ter para onde ir. Os soldados da imperatriz Miriam começam a lotar o lugar e a se agrupar ao redor da avó de Cori.

Isso a mente da jovem absorve facilmente.

Magnólia Zander perdeu.

Éden puxa o braço de Cori e ela corre com ele e a mãe a acompanhando, suas primas estão logo atrás. Tia Lídia fica, provavelmente para ajudar os irmãos a conter a mãe. Mesmo correndo, Cori ouviu sua avó berrar desesperadamente.

- Você tinha tudo para ser perfeito, Tyr!- A avó de Cori grita, sua voz era assustadora.- Vocês poderiam ter o mundo aos seus pés!- Ela grita, Cori não tem coragem de olhar, queria sair dali desesperadamente, voltar para casa e tornar isso em apenas mais uma lembrança desagradável. - Vocês são meus filhos! Eu criei cada um de vocês para serem grandiosos, podem conquistar o mundo! Por que não entendem isso? Pelo quê estão trocando isso?

Um segundo de total silêncio antes do terror.

Uma agulha gigante passa por Cori e Imene, tão rápido e tão bem controlada que elas não conseguiram impedi-la de passar pela barriga da mãe de Cori, que estava logo a frente. Cori apenas tem tempo de ver a mãe caindo de bruços no chão, ela olha desesperadamente para o pai em busca de socorro, mas o que vê faz sua mente ficar lenta de novo. Seu pai também estava caído no chão, uma poça de sangue também se formava sob ele, cobrindo as pedras de cascalho de vermelho, seu pescoço tinha uma linha reta vermelha que deixava mais sangue sair.

Cori quase não consegue ver direito, ela vê Éden se ajoelhar desesperadamente ao lado da mãe e virando seu corpo para cima, seus olhos já estavam fechados. Tio Onúris, do outro lado, coloca as mãos sobre os ombros do irmão, berrando algo que Cori não conseguia ouvir. A tia Lídia se ajoelha ao lado do pai de Cori para tentar salvá-lo.

O sangue deixava os corpos de seus pais, formando poças vermelhas sob os dois, Éden chorava segurando o rosto da mãe de um lado, tia Héstia tentava afastar um irmão do outro. A mente de Cori queria deixar seu corpo, ela queria fechar seus olhos e abrir em sua casa, com seus pais. A visão dela vira um borrão e seu rosto já está molhado.

Cori não consegue parar de tremer.

Seus pais estão mortos.

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