Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Cori

Therese era sem graça, nem uma de suas cidades tomada por traidores a deixou interessante. Magnólia tinha muitos recursos debaixo da manga, Cori via os soldados dela andando pelas ruas com os uniformes cinzas. Todos armados, são os seguidores da família Zander, uma boa parte deles.

Todas as Três Famílias têm seguidores que são como sua corte particular, isso mudou um pouco durante a Guerra do Alvorecer, já que a maioria prefere seguir a Imperatriz que expandiu o domínio dos escarianos, mas ainda existiam os seguidores leais apenas à uma família.

Os que se juntaram à "causa da família Zander" seguiam o pai de Cori e seguiam sua avó antes, mas parece que eles preferem a Magnólia. Todos traidores que deveriam pagar por isso, Cori desejava internamente que eles fizessem alguma besteira para sua avó mandar um dos filhos para puni-los. Até ela aceitaria fazer isso de boa vontade.

Por mais inacreditável que fosse, Cori ficou no quarto que sempre ficava quando visitava aquela parte da cidade. Ela ficava exatamente assim, observando o pôr do sol de Therese enquanto Éden tentava organizar suas malas no quarto ao lado. Eles tinham uma sala compartilhada, Cori, Éden e seus pais.

Os apartamentos tinham o piso de mármore e lustres que brilhavam como estrelas, aquele quarto não mudou nada desde que Cori deixou a corte. Ainda tinha as barras de treino e até algumas roupas de balé que ela usava, mas algumas ficaram muito pequenas.
Éden sempre corria para o quarto para ligar seu vídeo game e conferir seu "estoque secreto" de doces, a mãe deles sempre dava uma olhada nas flores que ficavam em cima da mesa antes de ir para alguma reunião importante e o pai deles demorava para ir ao quarto, mas quando chegava, abria as janelas da sala e ia jogar com o filho.

Cori geralmente ia para as reuniões com o pai, conhecendo todos os membros da corte e até conversando com a Imperatriz Miriam e o príncipe Vitor. Agora, a única coisa parecida com antes é o quarto da família. Magnólia tinha chegado feliz no quarto dizendo que o pai de Cori fugiu de Gedeon e já estava em Denver para buscar Sophie.

Não tinha sol naquela cidade, apenas um temporal horrível. Chuva intensa que não permitia que Cori visse um palmo além de seu rosto.

Saber da fuga do pai pelo menos serviu para aliviar um pouco o coração dela e o do Éden também, ele começou a jogar as coisas no chão pensando que a Imperatriz mataria o pai deles sem nem ouvir o que ele teria a dizer. Mas, ele fugiu e estava voltando para eles em breve.

Embora ela reconhecesse que parecia uma criança pensando assim, Cori não conseguia evitar, não havia lugar mais seguro que ao lado de seu pai. Mesmo na situação em que eles estão agora, ele ainda os protegia, Cori percebeu isso quando ele foi preso.

Os trovões ecoam cada vez mais fortes e os relâmpagos brilham ao ponto de cegar, Éden sai correndo de seu quarto para ver a janela ao lado da irmã. Em meio a neblina, os relâmpagos eram os únicos que podiam ser vistos.

- Acha que o p-p-p-papai e a So-Sophie vão ficar bem?- Éden pergunta.

- Sim.- Cori diz com convicção.

- Mentira.- Seu irmão diz com a voz rude.

- Eu não sei.- Ela admite.

Cori estava com medo, nada estava fazendo sentido. Não é possível que Magnólia tenha tantos aliados, que alguém tenha conseguido fugir da Imperatriz Miriam e que Sophie ainda esteja viva. Tudo estava muito fácil para a Magnólia, Cori não sabia muito sobre como a situação estava do outro lado, mas pelo lado em que estava não dava para pensar que os Zander não estavam ganhando.

A não ser que algum milagre aconteça, Magnólia vai conseguir o que quer e a família Minori vai ser extinta em menos de sete anos. Porque a avó de Cori disse que pretende conseguir tomar o continente para ela em sete anos porque foi o mesmo tempo em que a Imperatriz Miriam conseguiu.
Claro que a situação foi diferente, mas Magnólia não dá a mínima.

- Pelo menos, não é Denver.- Éden tenta consolar.- N-n-n-não é um país inteiro com potencial em magia p-p-para aquela velha usar.

- Em breve, será.- Ela sussurra, já perdendo as esperanças.- É questão de tempo.

Seu irmão a abraça e deita a cabeça em seu ombro.

- O p-p-papai pode voltar a qualquer momento com a Sophs.- Ele murmura.- T-t-talvez, com o papai aqui, possamos achar a mamãe.

Cori sabia que isso era puro egoísmo, mas evitava pensar em sua mãe. Ela não a via há anos, só sabe que está viva. Magnólia assegurava isso ao pai de Cori toda vez que mandava ele fazer alguma coisa, no caso do risco de perder os irmãos não ser o bastante. Mas Cori sabia que a esperança do Éden pode ter um fundamento, mamãe é a única que está completamente indefesa contra Magnólia e é o único motivo do pai deles não tentar fazer nada para evitar as loucuras daquela velha.

- Temos que encontrá-la antes dele chegar.- Cori acaba falando.- Não podemos arriscar com o papai aqui, ele não vai mover um dedo se isso arriscar um fio de cabelo da mamãe.

Éden levanta a cabeça para olhar o rosto da irmã e sorri, um sorriso puro que ela não via há muito tempo.

- Por isso você é a minha irmã favorita.- Ele diz.

Cori revira os olhos, mas também sorri.

...

Todos os visitantes da corte tinham uma sala para jantar privada, não eram obrigados a sempre jantarem juntos. A família Minori também tinha, mas hoje os Zander que vão comer na mesa deles. Cori percebia como o cômodo da Imperatriz e o do príncipe eram maiores, com vista para o mar, a mesa maior e o estandarte de Escarion na parede. Esse último foi arrancado porque Magnólia vai mandar fazer outro.

- Quando Tyr voltar - Ela começa antes de tomar um gole de vinho.- Você e ele vão fazer uma coisa para mim, Oni.

- E a Sophie?- A tia Lídia perguntou, provavelmente para Magnólia não perceber que o tio Onúris não falou nada.

- Ela merece um descanso.- Magnólia da de ombros.- Aquele maldito do Jaime nos fez de tolos, ainda teve a ideia imbecil de matar o General Supremo. Idiota.

- É isso que você quer que o Tyr e o Oni façam?- Tia Héstia pergunta depois de tomar um gole da própria bebida.- Matem esse tal de Jaime?

- Sim.- Magnólia diz cortando um pedaço de carne.- Ou, talvez, eu mande a Sophie para ela não se sentir desperdiçada.

- Você quer que a Sophie mate alguém?- Lídia desdenha.

- Ela tem que aprender que algumas pessoas não podem continuar vivendo.- Magnólia diz, ela olha de soslaio para a porta, estava parecendo impaciente desde que sentou na cadeira. - Não vou deixar ela acabar que nem aquela aberração que a Miriam criou, ele não tinha coragem nem para matar uma mosca.

Cori não disse nada mesmo sabendo que aquilo não era verdade, Vitor nunca precisou matar ninguém, mas foi treinado para fazer se necessário. Assim como todos os jovens da corte que são candidatos para um cargo importante no império.

- Não.- Magnólia continua.- Minha neta será impiedosa assim como as minhas filhas, frias quando devem ser.

As tias de Cori se olham de soslaio, pensando alguma coisa e trocando expressões. Comunicação não verbal de irmãs. Cori e Éden tiveram isso na infância, mas com o tempo o irmão dela perdeu a capacidade de entender qualquer mulher.

Alguém entra na sala de jantar sem bater, Magnólia solta os talheres suspirando de alívio.
Um homem franzino aparece, era escariano, usava um uniforme preto sem símbolo. Ele estava encharcado pela chuva, espalhando água pelo piso. Magnólia não se aborrece com isso.

- Me deem um minuto.- Ela diz arrastando a cadeira para trás e saindo depressa com o homem que apareceu.

- A velha parecia nervosa.- Imene comentou estendendo a mão, fazendo o suporte onde a garrafa de vinho da avó estava levitar em sua direção. Ela coloca um pouco na própria taça, leva a garrafa para a tia Héstia, que pediu um pouco, e seu pai simplesmente pega a garrafa e bebe o vinho direto dela. - O que será que houve?

- Eu não me importo, contanto que não ferre com a gente.- Héstia diz tomando um gole do vinho e contorcendo o nariz.- Por que ela toma essa droga? - Pergunta colocando a taça de volta na mesa.

- Tudo o que aquela velha faz, uma hora ou outra, ferra com todos nós.- Tio Onúris diz colocando a garrafa exatamente onde estava. - A pergunta é quanto tempo vai levar para isso acontecer.

- Eu dou um dia.- Héstia comenta sentindo o cheiro do vinho, ela não gostou do que sentiu.

- Titi, não subestime a nossa mãe maluca.- Oni repreende.- É até ela voltar da conversa, seja lá qual for o assunto.

- Se vocês não gostam dela, por que ainda estão aqui?- Imene faz parecer um resmungo, mas claro que ela quis que ouvissem.- Por que não vão embora?

Cori sabia o motivo, eles poderiam ser degolados ou ver um deles morrer sem poder fazer nada. O metal deslizando na pele dos tios de Cori era apenas uma das coisas que os obrigavam a ficar. Tia Héstia começa a gargalhar bem alto, sem se preocupar de Magnólia ouvir.

- Porque todo mundo quer poder e luxo, Menezinha. - Ela responde, usando uma voz de bebê para o apelido.- Por que nós seríamos diferentes?

Eles não podem falar a verdade, da morte os ameaçando de qualquer jeito, o medo de perderem alguém. Cori queria fazer eles dizerem algo, qualquer coisa, dessem um sinal, mas eles têm mais a perder do que aparentam e não podem mostrar.

- Lídia!- Magnólia chama abrindo a porta.- Venha cá.

Tia Lídia levanta sem expressão e sai. Cori lembra de seu pai contando sobre ela, dizia que Lídia era uma garota alegre e que todos gostavam dela, extremamente popular e querida pelos alunos e professores. Não restou muito daquela garota agora.

A tempestade aumenta cada vez mais lá fora. Cada vez mais trovões soltam sons estrondosos no céu, a chuva fica mais barulhenta e assustadora. Alguma janela lá de fora se abre sozinha e fica batendo com a força do vento. A energia cai, um relâmpago clareia a sala e Imene solta um gritinho.

- Héstia e Onúris, venham aqui.- Magnólia diz abrindo a porta, Cori vê a luz de uma lanterna atrás dela. Os dois filhos saem.- Vocês três, sigam esse homem.- Ela continua para os netos apontando para o homem encharcado que apareceu no início.

Imene pega a garrafa de vinho, Éden levanta desconfiado e Cori os segue. As luzes de emergência estão acesas, mas não mostram muita coisa. Passos ecoam por todos os andares, as escadas de concreto tem degraus largos que não têm risco de fazer alguém tropeçar. O coração de Cori acelera e ela começa a ficar com medo, ainda conseguiam ouvir os trovões e o som do vento lá fora.

- O que está acontecendo?- Ela pergunta para o homem na frente dela.

- Furacões, senhorita.- Ele responde com a voz trêmula pelo frio.- Vindo direto para cá.

- Furacões nesse continente?- Imene pergunta.- Acontece?

Imene cresceu no Império da Senhora do Leste, nunca veio para cá antes. É normal que ela não saiba como o clima pode funcionar no Império Íris.

- Pela ordem da natureza, não.- Cori responde logo antes de abrirem a saída de emergência e um vendaval quase derrubá-los, a Zander podia ouvir alguns gritos de pânico em meio a tempestade.- Mas pelo comando do General Urano, sim.

Postes começam a cair por causa do vento e as ruas começam a ficar inundadas por causa da chuva. Cori fica ensopada em segundos, ela não consegue soltar a mão de Éden e Imene está na frente, segurando Cori pelo cotovelo.

Eles mal conseguiam ver o que tinha a frente deles, o vento ameaçava levá-los para longe e Cori ouvia gritos constantes de pessoas que passavam além dos trovões incessantes.
O Império Íris estava retomando a cidade.

- Eles não disseram que tinham reféns?- Imene pergunta, por causa da tempestade, tem que gritar. - Por que estão nos atacando se sabem que a Magnólia tem reféns?

- Eu não sei.- Cori responde enquanto a prima a puxa para outro prédio que ficava do outro lado da rua, aquele deve ter algum tipo de abrigo. Oeste não tem furacões, nenhum lugar no continente foi construído com o pensamento da possibilidade de um furacão acontecer. Nenhum arquiteto esperava que Urano Febe usasse seu poder contra o próprio povo.- Devem ter decidido que não se importam ou tiraram daqui sem ninguém perceber.

- Foi a segunda opção, senhorita.- O soldado responde assim que eles conseguem entrar no prédio, a decoração não era como a de onde eles estavam, era o tribunal de justiça da cidade. Com um balcão circular no centro da recepção, uma escada que vai para a esquerda e direita com o símbolo de uma balança vermelha na parede.- O General começou por uma operação mais discreta para tirar os reféns dos prédios onde foram presos e depois, veio isso. - Ele aponta para o lado de fora, onde a força do vento aumenta e o nível da água nas estradas também.

- Ele v-v-vai jogar os furacões aqui.- Éden diz, seus cachos foram completamente encharcados e ele tremia pelo frio.- O que vocês vão fazer?- Ele pergunta com mais calma.

- As tropas estão com dificuldade de se reunir, senhor.- O soldado responde, as luzes acima deles piscam.- A tempestade está atrapalhando todo mundo, mas vamos tirar vocês daqui enquanto a Imperatriz Magnólia lidera o contra ataque.

"Imperatriz Magnólia." Cori pensou nessas palavras. "Sequer consegue manter uma cidade no seu comando e já se diz uma governante."

- Por onde vocês vão nos tirar daqui?- Imene pergunta enrolando o cabelo e o deixando por cima do ombro.- Tem como?

- Os trens.- O soldado explica.- Vamos levar vocês até uma estação que não está impedida pela tempestade, levaremos vocês até outra cidade que tomamos e os pais de vocês os encontrarão lá.

Cori poderia protestar, mas o som da tempestade aumentando cada vez mais e os trovões rugindo acima dela e um som estrondoso não tão longe deles a fez aceitar a alternativa de sua avó.

...

Era uma estação elevada e não era um trem, era um metrô. Passava por uma ponte entre os prédios, a ponte era bem sustentada e as colunas eram fortes e resistentes, a tempestade era concentrada nos pontos onde os soldados estavam. A plataforma ficava afastada de uma parte considerável do caos que acontecia ali.
As portas se abrem e Cori entra em um salto ao ouvir mais um trovão e outro estrondo do furacão distante que já saiu do mar e estava varrendo a cidade.

Imene se joga no primeiro banco e recupera o fôlego, todos eles estão encharcados. Éden ainda está paralisado, olhando para o lugar que eles deixaram. Um furacão pareceu estar vindo naquela direção, mas ele vira para a direita, no prédio onde Cori e sua família estava. Isso tudo se passava a alguns quilômetros deles, era como assistir um filme onde o vilão é a natureza.

O irmão de Cori entra quando um soldado toca seu braço, ele treme de frio assim como todos ali. Imene se senta de maneira mais apropriada no banco e olha em volta. Era o metrô público que os civis usam para se locomover dentro da cidade, mas não para sair. Cori sabia que tinha uma ferrovia que os levava pelo caminho que eles iriam seguir, pelo menos estavam longe da tempestade.

- Po-po-podiamos ter fugido.- Imene diz com o queixo tremendo. - Ninguém nos impediria.

- E para onde iríamos?- Cori pergunta, frustrada consigo mesma por não ter visto nenhuma oportunidade de fazer isso.- Para o olho da tempestade? Poderíamos ter ido embora, mas não teríamos para onde ir.

Magnólia considerou que os netos tentariam fugir de algum jeito, pelo menos Cori ou Éden, por isso garantiu que eles fossem escoltados para uma fuga segura.

- Será q-q-que os nossos tios vão ficar bem?- Éden pergunta, ele se sentou e se encolheu para tentar se aquecer.

Éden, por não saber das coleiras, acha que os tios se comoveram pelo pai deles e aceitaram se submeter a isso. Por isso, o irmão de Cori tem uma enorme gratidão por eles. Imene nunca contou qual foi realmente a história que a levou até ali, mas não sabe nada sobre a mãe deles. Ela só está aqui pelo pai.

- Eu espero que sim.- Cori responde com a voz baixa. Sem saber o que esperar.

O metrô ainda não se moveu, mas eles ouvem outras pessoas entrando no outro vagão. Cori pensou que seriam alguns civis ou soldados feridos, mas quando vê Éden se levantar e ir até a porta do vagão, ela o segue. Alguns soldados tentam segurá-los, um deles coloca os braços em volta da cintura de Cori e a levanta do chão e dois pressionam Éden contra a porta. O vagão começa a tremer com o poder dos dois. Cori só ouve o irmão gritar antes de sentir uma agulha perfurando seu pescoço.

- MÃE!- Ele gritou antes de tudo escurecer.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro