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00. O ENCONTRO

୨ CORNELIA STREET ☘︎ ˓ - THE THEATRE PLAY, LOVER COLLAB. ꗃ ARAGORN SHORT-FIC ⥄  𝆳 ୧

Annúminas dormia profundamente sob o manto da noite. A antiga e majestosa capital dos reis de Arnor, cujas muralhas imponentes um dia ressoaram com a glória inigualável dos Dúnedain, agora lentamente se dissolvia na névoa misteriosa do tempo que tudo consome. As torres brancas, outrora símbolos de poder e nobreza, agora cobertas de musgo verdejante, inclinavam-se pesadamente sob o fardo inexorável dos séculos que passaram, e as águas cristalinas do vasto Lago Nenuial refletiam um céu infinito, povoado de estrelas silenciosas que guardavam, em seu brilho eterno, os segredos há muito esquecidos de uma era perdida. O lugar que Illyrian, uma jovem dotada de espírito livre e coração aventureiro, chamava de lar. Os habitantes locais a conheciam bem, aquela figura graciosa que deslizava pelas ruas pavimentadas como se dançasse com o próprio vento. Filha única de um renomado diplomata que habilmente negociava entre os turbulentos reinos em guerra, ela crescera observando os jogos de poder e as sutilezas da política, mas seu coração ansiava por algo mais profundo, mais verdadeiro. Ela conhecia cada viela sinuosa, cada sombra misteriosa projetada pelo entardecer dourado, cada pedra antiga que sussurrava histórias de amores perdidos e encontrados. Caminhava pelas ruas pavimentadas com o coração sempre inquieto, como se uma voz interior sussurrasse que sua vida estava prestes a mudar a qualquer momento, como as marés que eternamente transformavam a costa de sua amada cidade.

E mudou.

Foi numa gélida noite de inverno, quando a lua cheia pairava como uma joia prateada sobre as torres da cidade, sob o bruxuleante brilho dos antigos lampiões dourados que iluminavam a cidade como estrelas terrenas, dançando suas sombras misteriosas contra as paredes de pedra secular, que ela encontrou Aragorn. Ele era um guerreiro errante de porte nobre, um príncipe destituído de seu direito de nascença, um homem enigmático que carregava não apenas a poeira das longas estradas em seu manto desgastado, mas também uma profunda melancolia em seu olhar penetrante, como se seus olhos guardassem todos os segredos dos reinos pelos quais havia vagado.


Illyrian estava sentada em uma das pontes ancestrais de Annúminas, seus dedos delicados traçando padrões invisíveis no parapeito de pedra desgastada pelo tempo, observando o reflexo trêmulo das luzes na água negra do canal, quando ouviu passos se aproximando, ecoando contra as paredes antigas. Instintivamente, levou a mão ao punhal ornamentado escondido sob suas vestes de seda, um presente de seu pai para as noites perigosas.

- Não tema, milady - disse uma voz grave, mas tranquila, que parecia carregar o peso de mil histórias não contadas.

Ela se virou e viu um homem de postura imponente, mas com um cansaço impresso no rosto, como se carregasse o peso de um reino perdido em seus ombros. Seus cabelos negros estavam desalinhados pelo vento marítimo, e sua capa esfarrapada, bordada com símbolos de uma nobreza distante, indicava que viera de longe, muito longe.

- Quem é você? - perguntou Illyrian, sua curiosidade natural sobrepujando a cautela que seu pai tanto lhe ensinara.

- Um viajante. Um homem sem lar - respondeu ele, soltando um suspiro que parecia carregar todas as tristezas do mundo. - E você?

Ela hesitou, seus dedos ainda brincando com a borda de seu vestido de veludo. A filha de um diplomata deveria ter mais prudência, mas algo naqueles olhos, profundos como o próprio mar que cercava Annúminas, a impeliu a responder com sinceridade.

- Alguém que também se sente deslocada, mesmo dentro de sua própria casa, como um pássaro engaiolado em uma gaiola de ouro.

Aragorn sorriu levemente, um sorriso que iluminou seus olhos cansados como o primeiro raio de sol após uma tempestade.

- Então talvez sejamos mais parecidos do que imaginamos, como duas estrelas perdidas no mesmo céu escuro.

E foi assim que começou, como começam todas as grandes histórias de amor: com um encontro casual que o destino havia planejado desde o início dos tempos. Nos dias seguintes, encontraram-se diversas vezes, conversando sob a sombra dos arcos centenários que guardavam segredos de séculos, caminhando lado a lado nas vielas estreitas que pareciam se curvar para dar passagem ao seu amor nascente, roubando momentos preciosos que se tornariam lembranças eternas, gravadas não apenas em seus corações, mas nas próprias pedras da cidade.

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