‹⟨ Capítulo 3 ⟩›
A Vila-Feliz dormia profundamente, todos exceto um...
Sr. Sorrisos estava inquieto, e tentou o quanto podia, ele não conseguia dormir.
Sabe, Sr. Sorrisos estava preso em um Castelo Mágico, e ele não podia sair.
E só havia UMA pessoa que poderia ajudar o Sr. Sorrisos...
... Quer ele soubesse disso ou não, ele era o único com a chave.
Ben surge na cabine do segurança do portão da entrada do Arkham. Esconde seu rosto com as sombras mas Joe o reconhece.
—olá, doutor, o quê...—está concentrado demais em seu jornal mas percebe a movimentação estranha do outro e leva sua atenção a ele-doutor?!—ele é acertado com força por um pé de cabra-gnnngh!!
—lamento, Joe—rouba suas chaves.
Insere na fechadura, gira a chave e então aperta o botão que logo fica verde. O vidro da cela se abre. Parado na entrada, com o pé de cabra em mãos, Ben encontra um Coringa relaxado e tranquilo, apoiado em seu cotovelo sobre a perna levantada.
—o quê você fez? O quê você fez comigo?!
—você não entendeu, Ben? Eu não fiz isso. Eles fizeram—Ben acerta o palhaço com o pé de cabra, o arrancando sangue.
—CALA A BOCA!!
Coringa limpa o sangue manchado com seu braço pálido.
—ok... Vou permitir isso. Vou admitir isso dessa vez, Benji—responde com a voz mais séria—mas você sabe lá no fundo que não sou eu o culpado aqui. Na verdade, sou aquele a quem você deveria estar agradecendo.
—agradecendo?! Você é mesmo insano.
—é, não brinca. Mas agora você também é. Você vê. Você vê agora o que é ter a máscara arrancada...—se levanta, ponto as mãos nos ombros daquele pobre coitado de cabeça baixa—... Como é ver o mundo como ele realmente é. Insanidade, Benjamín... Insanidade é uma porta para a verdadeira liberdade. E agora eu te dei a chave. Tudo que temos que fazer é atravessá-la juntos—Ben larga o pé de cabra.
—não... Não. Eu perdi tudo. Anna, Jenny...-cai aos prantos mas é amparado nos braços do Coringa.
—ela levou sua filha. Ela te deixou. Ela não conseguiu aceitar quem você realmente é, Ben. Por isso, estou aqui—o segura em seus braços, o acolhendo—eu nunca vou te deixar.
Mesmo sentido o acolhimento que recebe, Ben se desfaz dos braços do outro, se afastando o mais longe e ficando em pé.
—você me destruiu.
—não, Ben. Eles nos destruíram. Este mundo nos destruiu—Ben se abraça com a maquiagem machada pelas lágrimas—e agora, nós vamos destruí-los—segura o queixo de Ben-você está na estrada agora. Caminhe comigo, Benjamin. Vamos fazer todos eles pagarem.
—e o que faremos agora?
—eu já lhe disse—sorri, abrindo seus lábios e mostrando seus dentes—Portas, Benji... Vamos abrir todas as portas.
O alerta vermelho começou a tocar e as luzes se preencheram dessa cor. Um grupo armado da D.P.G.C com armas pesadas e trajes de proteção, eles avançam em grupo com escudo levantado. Da escuridão da sala ao lado, uma grande mão escamosa surge segurando a arma de um deles. O corpo se revela das sombras e eles constatam quem é: Crocodilo.
—merda!
Na cabine de controle e segurança central do Arkham estão Ben e Coringa. Ben meche nos controles e verefica as câmeras de segurança, vendo o caos que todo o lugar se tornou com os pacientes se libertando. Coringa admira sua obra que fez com os Guardas, com o pé de cabra nos ombros.
—pronto, está feito-diz Ben.
—maravilha! Vamos sair enquanto podemos—Coringa pega um revólver dos seguranças. Verifica o número de balas—aqui—entrega para Ben-ah, e tem uma coisa—levanta o dedo indicador.
Enfia a mão dentro de sua própria boca, fuçando e catando, mexendo no meio de seus dentes. Tira um papelzinho dobrado. Entrega para o outro que o abre.
284 Jasper Lane.
Apt: 3B.
—o que é isso?—pergunta balançando o papel aberto.
—eu tive que cobrar muitos favores para isso, Beji—diz alegremente, sorrindo bastante-Anna e Jenny. É lá que elas estão... E é por lá que vamos começar.
Uma vez que estava livre do Castelo Mágico, Sr. Sorrisos decidiu dar uma festa para o seu novo amigo, o Doutor Triste, e todos seus amigos também foram convidados.
O homem crocodilo veio, assim como o espantalho, e até o homem com um ponto de interrogação na cabeça. Todos eles cortaram, rasgaram e arrancaram, a festa foi um grande sucesso.
Mas algumas pessoas queriam arruinar a festa. Eles queriam arruinar toda diversão.
—temos que nos apressar! Eles vão bloquear minha credencial de segurança.
A dupla já sai por de trás de um arbusto em meio a chuva que cobre toda a cidade e até mesmo a área isolada que o Arkham fica.
—PARADOS!!—se deparam com Joe lhes apontando uma arma. Ben ergue seu revólver em resposta.
E o doutor Triste sabia o que tinha que fazer.
—não deixe. Não deixe arruinarem a nossa diversão!—diz o Coringa.
Uma voz que perturba sua mente e bate sem parar. Ben dispara. Joe é atingido e cai sem vida. O palhaço surge ao seu lado, sorrindo.
—bang!
Ben encara o corpo morto ensanguentado. Sua expressão se ilumina por um sorriso.
—heh...
—HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!—os dois caem na gargalhada.
Sr. Sorrisos pegou o Doutor Triste pela mão e o levou para o maior lugar em toda Vila-feliz...
—o quê é?—Coringa abre a porta corrida de algum depósito antigo e aparentemente abandonado, só aparentemente.
Era um lugar mágico, cheio de brinquedos, jogos e risos.
—Oh, você vai gostar daqui, doutor...
Coringa puxa a alavanca das luzes e todas se acendem, revelando um grande galpão repleto de torres de caixas e mais caixas. Pinturas de palhaços pelas paredes e todas elas com fundos entre verde e roxo.
O Doutor Triste precisava rir mais do que todos.
Fazia muito tempo desse que ele tinha rido. Muito tempo desde que ele tinha sentido qualquer coisa.
Mas Sr. Sorrisos sabia como consertar tudo. Ele sabia o que fazer para fazer o Doutor Triste feliz de novo...
Coringa faz uma reforma em si mesmo. Corta seu próprio cabelo, veste seu terno roxo e passa seu batom preferido. Agarra sua bengala. A gira no ar antes de se apoiar na mesma.
—assim é melhor. AGORA podemos começar, hah!—Coringa parece escutar algo.
—Anna, Jenny...—o palhaço toca seu ombro.
—tudo no seu tempo, doutor—lhe dá tapinhas. Coringa ouve mais barulhos. Olha para o teto, batendo sua bengala no piso—agora temos um convidado para entreter...
Da escuridão de um canto do depósito, ele surge, com suas asas de morcego abertas. Pousa no chão em frente a eles, se ergue por completo. Coringa sorri ao ver sua alma gêmea. Sério, ele encara os dois.
—se afaste, doutor Arnell. Não quero machuca-lo—libera sua voz grossa modificada pelo microfone de garganta. Sua capa cobre seus ombros.
Agora é hora para OUTRA história... E essa história é sobre um homem muito, muito MAU. Um homem que queria ARRUINAR tudo na vila-feliz.
O nome do homem mau era AMUADO. Tudo que o Sr. Amuado queria era fazer o riso PARAR.
O Batman avança contra o Coringa, lhe acertando um soco na barriga.
—ugghh!—as duas mãos do palhaço seguram o rosto do morcego—vamos lá, Sr Amuado...—um gás atinge o rosto do Batman, expelido de dentro das mangas do terno roxo. O Batman se afasta, cobrindo suas narinas com sua capa-o que te disse sobre ficar mal humorado desse jeito?
—hhk! Hhhch!—com o Batman caído, o Coringa avança.
—simplesmente não é engraçado—acerta um soco no rosto do morcego—para ninguém!—fita seus dedos machucados pelo soco que deu-ai.
Batman rapidamente se levanta lhe acerta uma cabeçada de surpresa. O segura pela gola do terno, com a boca sangrando.
—O QUÊ VOCÊ FEZ?!—grita em sua cara.
—vá, doutor! Vá! Está na hora de ir até eles!
Ben pega uma máscara de palhaço largada pelo chão e corre dali pela chuva. A coloca e verefica o endereço no papel, antes de sumir das vistas.
Coringa é arremesando contra caixotes de madeira, destruindo tudo em meio aos seus brinquedos. Batman tenta se acalmar, mas meramente ter a visão do palhaço em sua frente o deixa fora de controle.
—responda! O que você fez com aquele homem?!—o palhaço cospe seu sangue e o limpa de seus lábios.
—oh, essa é boa. Um projeto de longo prazo meu. Neste momento, o bom doutor está a caminho de sua boa e adorável afastada esposa e filha—encara a face do morcego—agora a escolha é sua, Batsy...—o outro serra seus olhos—você pode me prender ou salva-los.
—...—encara a saída por onde o homem escapou. Serra seus dentes e se aproxima do palhaço. O puxa pela gola do terno. Sua expressão se modifica raivosa para o adversário—eu vou atrás de você, eu vou encontrar você, e eu prender você!—lhe acerta um grande soco, com vontade e raiva, arrancando mais sangue.
Parte dali, em um vulto com asas de morcego.
—oh, eu sei que vai, Sr. Amuado... E quando isso acontecer, eu estarei pronto te esperando-se deita de braços abertos e barriga para cima—he.... Heh.... He... HhahahahaHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!
Ben finalmente chega na rua Jasper Lane. Caminha entre os trovões e a chuva, em passos pesados pisando nas poças. Olha para cima, observando formas de escalar aquele prédio alto e escuro. Decide ir pela escada de incêndio, escalando as grades de proteção até chegar no apartamento certo. Deslisa a janela e finalmente adentra o recinto quente e a salvo da chuva. Seus pés molhados trazem a água de fora para dentro. Na entrada do corredor, ele encontra Anna.
—B-Ben...?—se assusta com o homem parado ali. Ele é rápido e agressivo. A empurra com força. Suas costas batem contra a parede, causando um baque forte—não... Este, este não é você! Ben, por favor, pare! Não é você que está aí!
—ISTO É O QUE EU SOU! ISTO É O QUE EU SEMPRE FUI!!—lhe aponta o revólver.
—por favor, não faça isso... Por favor!—as lágrimas correm e ela levanta as mãos trêmulas.
—feche os olhos—seu dedão puxa a trava e o som perturbador do estalo ecoa.
De repente as luzes acendem pegando Ben de surpresa. A escuridão da noite que tomou seu corpo é expulsa pela luz. Quando ele olha, encontra Jenny parada na porta de seu quarto.
—papai?
Pensei que haviam dois mundos... Havia o mundo em que eu pensava que vivia. Um lugar onde tudo funcionava e fazia sentido. O lugar feliz.
Mas o Coringa me mostrou que ele era só uma máscara. Uma mentira. Ele me fez ver que o lugar feliz nunca foi destinado à mim. Ele me mostrou quem eu realmente era.
Ben vê sua filha... Seus ouvidos são tomados pelos bater de seu coração, que acelera e acelera como o motor do carro mais rápido da pista... Fecha os olhos... E os abre. Vê novamente sua filha, com sua maquiagem de palhaço, um palhaço triste que não para de chorar. O coração parece se estilhaçar.
E agora eu vejo... Eu realmente vejo.
—papai... Papai, por favor, me leva com você!
—Jenny!—grita Anna.
Eu caí. Eu falhei. Eu me perdi. Eu mergulhei naquele rio vermelho de sangue que me manchou. Mas não vou deixá-lo vencer. Não vou deixá-lo envenenar tudo.
Agora eu vejo que há uma coisa que nunca pode ser tirada, não importa o quão fundo eu caia...
—vamos, papai. Juntos.
—não!
Ben caí em lágrimas sem controle, sem chão, completamente abalado. Ele busca acolhimento, mas em sua filha. Ele a abraça. A abraça como se fosse a última vez em sua vida. Aquele recinto escuro parece ganhar uma sinalização.
Esperança. E é nisso que eu me agarro agora.
Eu não o deixo tirar isso também. Isso é o que eu mantenho. Não importa o quê.
Sua filha aponta para janela, e dentro da casa atrás de Ben, o Batman veio por ele, com sua capa sobre os ombros e a sombra cobrindo sua face. Um relâmpago corta o céu na hora. Em poucos segundos, ele já está bem perto de Ben e sua mão pousa em seu ombro. O doutor olha para o Sr. Amuado e o Sr. Amuado acena para o doutor.
O sol ilumina a área de fora do Arkham. As pombas voam de seu teto e dentro da instalação, Ben se encontra sentado em sua cadeira com um vidro o separando da outra.
—isso é bom, Benjamin, é realmente bom.
—mas... E se for tarde para mim, doutora Hutchins?
—essa não é o propósito da esperança, Ben? Que nunca é muito tarde. Você pode estar aqui, mas Jenny e Anna, elas tem uma chance agora.
—mas as coisas que eu fiz... As coisas que o Coringa me fez fazer—põe a mão na cabeça, em uma dor latejante.
—o Coringa é uma doença, Ben. Tudo que ele toca é corrompido. Mas você não vê? Ele não te pegou, ele não venceu... Você venceu—ele se encontra pensativo em sua cela-ei, eu tenho uma para você.
—é mesmo?
—sim. O quê o pato disse para a pata?
—não sei. O quê?
—vem quá—Ben baixo a cabeça. Um sorriso aparece no canto de sua boca.
—heh—levanta o cenho-obrigado, Marie. Obrigado por não me deixar sozinho aqui.
—nunca.
—mas tem uma coisa.
—o quê?—a mulher cruza seus braços.
—o Coringa me usou e agora ele está livre lá fora..
Um balão verde voa pela cidade. Uma menininha loira de mochila de princesa avista o objeto. Levanta sua mão.
—se ele é realmente uma doença, o quê vamos fazer quando começar a se espalhar?
—a única coisa que podemos fazer, Ben...
Uma mão com luva preta segura o fio do balão. O homem com um sobretudo e chapéu, que faz sombra sobre seu rosto, se abaixa e estende o balão para a menina.
—vamos esperar as trevas passarem.
Ela agradece sorrindo. O homem levanta seu rosto pálido, mostrando um enorme sorriso de dentes amarelos. Seus olhos brilham no escuro com aquele feliz e longo sorriso vermelho.
—e vamos rezar para que a esperança seja o bastante.
E assim quando nossa história finalmente chega ao fim, o doutor Triste se encontra no lugar onde sempre foi destinado a ficar, no Castelo Mágico...
...enquanto o malvado Sr. Amuado ficou mal-humorado nas sombras mais uma vez. Que, é claro, era onde ELE pertencia TAMBÉM.
E Sr. Sorrisos estava LIVRE para espalhar alegria e felicidade.
E eles viveram felizes para sempre....
... Fim
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