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Provocações


— Qual é? — Emma resmungou, fazendo com que a prefeita arqueasse uma de suas sobrancelhas ao ouvi-la usar uma de suas gírias e escondesse o sorriso que teimava escapar. A lourinha, em seus olhos, mais parecia uma criança: comia porcarias, usava muitas gírias e teimava até conseguir o que queria, tipo naquele momento; a xerife teimava em querer acertar qual a surpresa que Regina havia preparado desde que saíram do hospital, e tentava obter algum deslize da parte da morena. — Qual a surpresa?

— Eu fico perplexa com sua insistência, Senhorita Swan. — respondeu, girando levemente a maçaneta da porta da frente e deixando que uma loura ansiosa entrasse primeiro. — Nem Henry me deu tanto trabalho assim na infância!

Emma posicionou as mãos na cintura, logo depois de dar um suspiro nostálgico ao se lembrar do trabalho que Henry deu para a prefeita quando insistia em dizer que, sim, todos daquela cidade eram personagens de contos de fadas que estavam amaldiçoados e que Regina seria a rainha má, a vilã. A loura jurava que a morena ficaria de cabelos brancos com aquele garoto e com sua presença na cidade.

— Ah, então Henry nunca te deu trabalho? Não foi o que pareceu quando cheguei aqui, em Storybrooke. — recebeu o total olhar de Regina. Aquela imensidão castanha e tão intensa quase lhe tirava as palavras de sua boca, principalmente quando levantava uma de suas sobrancelhas, olhando-a de forma superior. — Só faltava você enlouquecer com Henry dizendo para todos que você era a rainha má.

— Aquela foi uma época difícil pra mim, não é? — Regina rendeu-se às observações que Emma havia feito sobre aquela época, embora soubesse que a loura iria retrucar aquelas suas palavras de qualquer forma.

— Para você com certeza foi, mas pra mim nem tanto... — a loura provocou.

— E você me dava dor de cabeça me desafiando sempre que podia. — lembrava-se de ter cogitado inúmeras formas de se livrar de uma vez por todas de Emma. Entretanto, a loura tinha se tornado uma boa distração, uma vez que nunca obedecia a suas ordens, diferente de todos os outros. — Mas eu devo te agradecer. Foi tedioso viver por quase três décadas numa cidade onde ninguém me contrariava! A Rainha má necessitava de alguém pra trocar faíscas.

— E eu realizei sua necessidade de trocar faíscas com alguém. — Swan concluiu, recebendo a mão de Regina para que subisse as escadas. — Ótimo início de relacionamento nós tivemos.

Ambas soltaram uma risada abafada, completamente nostálgicas.

— Tivemos uma enorme evolução juntas... — disse, terminando de ajudar Emma a subir os degraus da escadaria. — Eu tive minha redenção e mudei, saindo das trevas e indo para a luz. Já você, aceitou quem era e ainda aprendeu a controlar sua magia.

— Só não mudei em meu lado teimoso. — a loura cruzou os braços e soltou uma risada. — Então, qual a surpresa?

Os lábios avermelhados da prefeita se entreabriram e seus olhos castanhos fitaram lentamente cada detalhe daquela loura teimosa. Aproximou-se, dando um sorrisinho ao perceber que a salvadora não havia dado alguns passos para trás como o de costume, e sussurrou próximo ao seu ouvido:

— Feche os olhos, Senhorita Swan. — analisou-a levantar apenas uma sobrancelha e assentir. — Vamos. — disse, vendando os olhos da xerife com as mãos e guiando-a pelo corredor do segundo andar. — Eu não sei se você irá gostar, mas eu estive muito empolgada para te mostrar... Tagarelei no ouvido de Zelena a semana inteira sobre a surpresa, e ela foi bem paciente.

Emma riu.

— Zelena e a pequena Robin tem que ser bem pacientes para ouvi-la falar o dia inteiro! — exclamou tateando o ar na tentativa de sentir sua mão segurando a tal surpresa.

— Não é pra tanto. Eu ensinei muitas coisas sobre maternidade pra ela. Ensinei-a a cozinhar e aturei ela queimar várias panelas! Tecnicamente estamos quites. — riu junto com a contagiante gargalhada de Emma Swan, parou de dar seus passos, segurando os ombros da loura e sussurrou por trás: — Pode abrir os olhos, Senhorita Swan.

Suas gargalhadas cessaram e o sorriso se desfez quando vislumbrou um enorme quartinho de bebê, pintado em tom de azul tão clarinho, talvez por Regina achar que a loura iria preferir outra cor. O coração da prefeita errou uma batida ao notar que as risadas da mulher a sua frente haviam parado.

— O que achou?

Finalmente, Emma soltou um sorriso denotando seus dentinhos levemente tortinhos, acalmando a prefeita. Ela havia gostado do presente.

— Achei... Lindo! — respondeu, dedilhando os brinquedinhos do berço de Bryan, porém refletindo um pouco. Estava muito cedo pra morar com Regina.

— Bom, Senhorita Swan, deve saber o motivo de eu ter ficado nervosa em te mostrar a surpresa. Nós não conversamos sobre você morar aqui comigo, Zelena e Henry, e eu temi você não gostar da ideia. Eu... Eu estou fazendo o convite agora. Se você quiser morar conosco, será muito bem vinda e certamente Henry ficará muito contente!

— Eu adorei a ideia, é sério, mas ainda acho muito cedo morarmos juntas.

— Compreendo. Eu sabia que essa seria sua resposta... Tive essa ideia porque você não irá voltar pra casa em que viveu com aquele homem. E mesmo que você não aceitasse ficar comigo, mesmo que aceitasse voltar a morar com seus pais, eu sempre estaria aqui quando mudasse de ideia. Eu queria que soubesse que eu me importo com vocês dois e minha intenção era que soubesse que eu já amo Bryan como se fosse meu também.

As palavras que saíram docemente dos lábios da prefeita tocaram o coração de Emma Swan, fazendo-a se perguntar como não havia enxergado os sentimentos de Regina antes. Elas poderiam terem sido felizes há muito tempo. Fixou seu olhar na cicatriz nos lábios daquela mulher de cabelos negros e aroma doce exalado de si, perguntando-se sempre como havia resistido antes. A prefeita sempre se mostrou ter melhorado com todos, até com Henry sua relação havia mudado. Mills mostrava sempre se importar com tudo o que tinha ligação com ela, por isso aquelas palavras não eram surpresa para seu ouvido; aquelas palavras serviram apenas para fazê-la ter ainda mais certeza do que já sabia: que Regina Mills sempre estaria ao seu lado.

Ela rapidamente puxou a morena pela cintura, ouvindo um suspiro sair daqueles lábios avermelhados, e ergueu sua mão para acariciar a face da prefeita. Por fim, seus lábios se encontraram apaixonadamente, diferente do primeiro beijo, que havia sido repleto de ansiedade e desejo. Aquele beijo indicava confiança entre elas, emanava todos os mais profundos sentimentos em seus corações.

— Não precisava fazer um quarto para que eu soubesse que você já ama o Bryan, nosso segundo filho. — Regina sorriu por ouvir aquelas palavras de sua salvadora, enquanto passava uma de suas mãos na nuca da loura. — Eu vejo em seus olhos.

A morena poderia ter dito algo, ou simplesmente tê-la puxado para outro beijo, mas ela permaneceu encarando os pares de olhos verdes da loura em sua frente. Podia lê-lo com facilidade. Sempre pôde fazê-lo, assim como Emma também fazia com facilidade desde a primeira vez em que seus olhares se cruzaram.

Sentia a sinceridade nas palavras da salvadora; sentia a delicadeza ao pronunciá-las, a leveza que carregava em seu olhar... E, mesmo que tivesse ficado claro instantaneamente ao entrarem naquele quarto que Swan e Bryan não viveriam com a prefeita, de alguma forma ela estava feliz. Provavelmente contente por ter mais tempo para "conhecer" Emma Swan, ou para aproveitarem em encontros.

A doce tarde passou tão rapidamente, num animado e acinzentado clima em família, fazendo-as desejar passar o restante do dia enroladas em cobertas e utilizando toucas e luvas. Mal perceberam o dia se despedir, em tamanho entusiasmo com decorações e brinquedos para Bryan.

Com o cotovelo apoiado em sua escrivaninha, enquanto digitava em seu notebook, Henry procurava algum destino interessante para ele e suas duas mães. Ambas haviam feito uma promessa de que apenas os três fariam uma viagem se ele passasse direto no último ano do colégio. Embora ele ainda estivesse quase terminando o segundo, o mesmo estava garantido de que conseguiria a tal viagem e que o destino seria surpresa até o momento.

— Hm, que lugar minhas duas mães adorariam? — Henry se questionou. — Por que tudo parece tão simples pra elas? Nada parece ser bom o suficiente!

Ouviu, então, três batidas na porta indicativas de que Regina estava entrando.

— Henry? — entreabriu a porta, percebendo que ele fechava o notebook rapidamente. Seus olhos se encontraram com a face pouco sorridente do menino. — Pensei que estivesse dormindo...

Ele gesticulou a cabeça em negação e sorriu, comentando:

— Mas se quiser ter um momento com a minha mãe, podem ficar a vontade... Que irei marcar de sair com Violet e ficar a vontade com ela.

— O que? — Regina pôs as mãos na cintura. — Henry Swan Mills, explique-me sobre ficar mais a vontade com Violet. — o menino sentiu o rosto avermelhar-se. — Henry!

— Mãe, só iríamos assistir um filme.

Regina o encarou.

— No cinema...?

O garoto confirmou e a prefeita suspirou.

— Bom, só queria ver se havia dormido.

— Estou quase indo pra cama.

— Quando for, me avise para que eu venha te dar um beijo de boa noite. — pediu, caminhando até o guarda-roupa e pegando um cobertor para aquecê-lo do frio.

— Mãe? — ele chamou, observando toda a atenção que sua mãe tinha para consigo. Regina era preocupada demais com ele. — Eu não sou mais uma criança.

Seus orbes castanhos voltaram ao olhar de seu filho, analisando cada traço de seu rosto; cada linha de expressão que a fazia perceber que Henry estava se tornando um homenzinho... E como, para sempre, ele seria eu principezinho, seu pequeno menino que acreditava verdadeiramente em contos de fadas.

— Sim, eu sei, Henry. — aproximou-se, tocando rapidamente na ponta de seu nariz, fazendo com que ele lhe desse um sorriso. — Mas pra mim, mesmo que você seja adulto, ainda continuará sendo meu menino.

Por um instante, a prefeita viu-se imóvel, impossibilitada de se mover, falar e até de piscar os olhos. Estava inteiramente absorta, ganhando frações de memórias nas quais vivera há muitos anos. E de todas, sua predileta foi a de quando o havia adotado, segurado aquele bebê em seu colo e sentir a sensação de ser mãe.

— Boa noite... — ela sussurrou imediatamente ao despertar de seus pensamentos e se virando para sair do quarto.

— Mãe!

Ouvi-lo chamar era como se a despertasse, como se ativasse toda a sua atenção.

— Eu te amo. — sussurrou, fazendo-a sorrir instintivamente.

— Eu também te amo. — sussurrou de volta, antes de sair do quarto e escorar a porta.

A prefeita terminava de organizar alguns papéis que deveriam ser levados pela manhã para a prefeitura, e estava um pouco aliviada em sua rotina voltar ao normal, nem que um pouco. Ela e Emma haviam decidido revezar o dia em que iriam visitar Bryan no hospital, para que não houvesse uma queda em suas vidas profissionais. Sendo assim, na manhã seguinte seria a vez de Swan visitá-lo e na outra a de Regina.

Quando fechou a porta do escritório de sua casa, lembrou-se que Zelena não estava em casa e a hora já estava um pouco avançada, então decidindo entrar em contato com sua irmã.

Gina: Sis, tá tudo bem?

Deixou a janela da conversa aberta por uns minutos, mas não foi respondida até bloquear a tela do celular.

Zel: Melhor impossível!

Zel: Estou colocando as fofocas em dia.

A morena arqueou levemente as sobrancelhas diante àquela resposta. Sua irmã mais velha tinha uma língua afiada e era tão convencida, um tipo de pessoa que não fazia amizade facilmente, que mesmo depois de anos não havia se familiarizado com ninguém em Storybrooke. Apenas com a família de Emma, e mesmo assim somente em almoços em família.

Gina: Fez amizade? Que raridade!

Zel: Claro... Você se faz de surpresa como se eu fosse uma antipática.

Gina: Quem é a pessoa corajosa? Rs

Zel: Só pela brincadeira, não irei falar. Fui!

Gina: Hm, Zelena não quer papo... está afim dele?

Regina deu uma risada pela demora que a ruiva fez para responder.

Zel: Primeiramente, não é elE, é ela... E ela é minha amiga e casada. E segundamente, você não tem uma loirinha para te acompanhar hoje a noite? Vá para sua salvadora e me deixe pôr a conversa em dia ;)

Regina deu um sorriso diante aquela pequena conversa, bloqueando a tela do celular e subindo as escadas de sua casa para ir até o banheiro. Desligou-se momentaneamente de sua realidade e alegrou-se por sua irmã mais velha.

Zelena Mills com novas amizades? Era, afinal, um avanço para a ruiva que sempre se manteve isolada de todos, assim como um dia Regina fora. Sabia exatamente como era difícil conquistar cem por cento as pessoas que um dia fez mal, e ela mesma conseguiu somente com muita ajuda de Emma e Henry.

Ao entrar silenciosamente no banheiro, com passos tão leves que nem o som seus saltos ecoavam, a prefeita jogou seus cabelos para o lado, deixando um lado de seu pescoço e um de seus ombros exposto. Mordeu os próprios lábios quando observou pelo espelho a banheira pronta e uma Emma Swan distraída e repousando a cabeça na banheira.

Regina suspirou e voltou seu olhar para si mesma.

Olhava-se através do reflexo em seu espelho enquanto deslizava seus dedos sobre os botões de seu terninho, desabotoando-os lentamente.

Sentiu sua pele queimar, alertando-a que recebia o olhar de alguém – que ela já sabia quem era –, fazendo com que um sorriso se moldasse em seus lábios tingidos de vermelho e se pronunciasse:

— Ainda no banho, Senhorita Swan?

Segurou um sorriso ao escutar o barulho da água da banheira, observando pelo reflexo do espelho uma loira quase que totalmente dentro da água.

— Como pode ver, ainda não terminei.

— A água já deve estar gelada.

Emma, que até então não olhava diretamente para a figura da prefeita, tentou disfarçar um olhar para a mais velha.

— Por que não usou o banheiro de seu quarto? — Emma perguntou, olhando-a de soslaio.

— Senhorita Swan, este banheiro foi o mais próximo que encontrei. — afirmou, finalmente virando-se em direção à banheira e segurando um sorriso malicioso ao perceber o olhar da loura cair sobre a região que ficara amostra quando desabotoara seu terno. — Estava resolvendo algumas coisas que devo levar para a prefeitura amanhã, então não podia esperar até chegar ao meu quarto. — dizia ao mesmo tempo em que dava seus passos para perto da banheira.

— Tudo bem. — a loura suspirou e fechou os olhos, afundando seus ombros na água. — Pode fazer o que veio fazer aqui.

— Eu já fiz.

— O quê? — Regina se calou. Emma analisou cada expressão da mais velha. Desde os cabelos jogados para o lado, até seu terninho aberto justamente na altura de seus seios, o olhar escuro e intenso, seus lábios vermelhos entreabertos, dando a visão de seus dentes perfeitamente alinhados. O ato de umedece-los enquanto percorria o olhar escuro pela pele clara da loura. — Você veio aqui para me provocar, não é?

— Você me viu tentando te provocar? — inclinou-se, colocando suas mãos na beirada da banheira.

— Bem... Eu... — percebendo que gaguejou, a loura secou a garganta. — Você não veio aqui só para se olhar no espelho.

— E se eu viesse somente para me olhar? — deu um olhar de relance em direção aos joelhos que estavam do lado de fora da água. — Senhorita Swan, — tocou levemente seus dedos pouco acima do joelho esquerdo da loura, enquanto fixava seu olhar para os orbes verdes. — Se eu quisesse te provocar, eu não estaria nessa distância toda de você.

— Meu superpoder diz outra coisa. — retrucou erguendo a cabeça.

— Se eu quisesse te provocar... — deslizou seus dedos ainda sobre a pele clara da loura. Percorreu-os até chegar em sua coxa e sorriu ao sentir o corpo da loura estremecer e Emma se controlar para não demonstrar os efeitos de Regina sobre ela. — Se eu quisesse te provocar você não teria dúvidas disso, Senhorita Swan.

Emma calou-se e sentou de forma ereta; mas não se calou por não ter alguma resposta para a prefeita, e, sim por sentir seus superpoderes gritarem em sua mente, dizendo que aquilo era uma provocação da mais velha.

— O que você quer então? — perguntou desconcertada, levantando os braços para prender seu coque, que estava se soltando.

Os orbes castanhos intercalaram entre algumas pintinhas distribuídas na lateral do pescoço e na nuca exposta; e entre os olhos claros que tanto lhe chamavam a atenção. De uma vez por todas, Regina poderia dizer que não era ela quem estava provocando, e sim Emma Swan. Provocando-a sem precisar fazer esforço algum. Entretanto, a prefeita permanecia com sua pose, tentando não demonstrar o poder da salvadora sobre si, não naquele momento.

A prefeita sentiu-se estremecer, seu corpo desejar tanto alguém e seus olhos gostarem tanto daquele olhar que recebia, que seu interior queimava numa vontade imensa de tê-la em sua cama, em seus braços, em trilhar beijos em cada pintinha de sua pele. Aquilo era um pouco assustador, dado o fato de que ninguém nunca a fez se sentir assim, num estado em que estava entregue apenas em um olhar.

— Agora está tentando me provocar? — Swan perguntou arfando.

Arrastou suas mãos até o quadril da salvadora, deslizando-as do quadril para os seios com avidez e com cuidado para que ela mesma não soltasse um gemido. Contemplava minuciosamente a loura tentando manter o contato visual, porém, fechando os olhos instintivamente ao apreciar cada toque sobre sua pele. Sentia seu coração bater desenfreadamente cada vez que escutava o arfar de Emma Swan, principalmente após inclinar-se mais para perto da salvadora.

— Talvez, Em-ma. — pronunciou-se pausadamente, sussurrando em seu ouvido.

Regina tocou-lhe no rosto, mostrando-se calma, embora em seu interior pudera apostar que estava ainda mais ardente de desejo que a própria salvadora.

— Isso é torturante... — a loura sussurrou, fazendo biquinho. — Sabe que não podemos fazer nada por um mês, já que fiz uma cesárea de emergência há alguns dias. — fechou os olhos e gemeu num impulso, ao sentir a outra mão da prefeita puxar com delicadeza seus cabelos. — Você é...

Emma não pôde terminar de falar, pois Regina havia a puxado para um beijo. O beijo fora um beijo gentil, mas podia sentir o desejo entre ambas. Quando a loura levou sua mão ao rosto delicado da mais velha, sentiu as mãos dela puxarem lentamente seus cabelos louros atrás, causando arrepio por todo seu corpo.

— Não sabe como isso também é torturante para mim, Senhorita Swan. — ouviu a voz rouca e calma sussurrar em seu ouvido.

Surpreendeu-se novamente com outro beijo, sentindo uma das mãos da prefeita deslizarem outra vez por seu corpo, enquanto ela iniciava algumas mordidinhas leves nos lábios vermelhos daquela mulher.

Sentiu uma languidez abater-se contra seu corpo, amolecendo-se diante aqueles beijos e aqueles toques. Cada segundo que a língua da morena brincava com a sua, ela desejava ainda mais aquela mulher, chegando a perguntar-se como conseguiu se controlar todos aqueles anos ao lado da prefeita. Como pôde se controlar nas vezes em que quase se beijaram, antes mesmo de conhecer Killian?

Seus lábios se distanciaram e Regina foi até seu pescoço, beijando-a lentamente. Em seguida, subiu trilhando beijos em sua face, até mordiscar o lóbulo de sua orelha.

— Eu quero fazer uma massagem em você... — respondeu a pergunta que a salvadora havia feito antes.

— Sabe fazer massagem? — Emma despertou-se de todas as sensações que aqueles toques lhe causavam.

— Sei fazer tantas coisas que você nem pode imaginar, Senhorita Swan.

O olhar da loura acompanhou os movimentos da mais velha, até sentir sua presença atrás de si, sentada em algum tipo de bancada que ficava bem perto da banheira.

— Relaxe, Emma. — sussurrou no mesmo momento que suas mãos tocaram nos ombros da loura. — Está muito tensa.

— Por quê será!? — tentou olhar para Regina, sentindo-a deslizar as mãos em sua nuca, fazendo com que ela mordesse os lábios.

— Não sei, Senhorita Swan... — iniciou a massagem com movimentos lentos, deslizando as mãos dos ombros para a nuca, descendo às vezes para as costas. — Foram muitos acontecimentos recentemente.

Subiu pela metade das costas, alternando entre os ombros, usando apenas a ponta dos dedos, satisfazendo-se ao perceber a musculatura relaxada.

Os fios louros caíam sobre a face da salvadora conforme movia a cabeça, acomodando-se aos firmes e leves toques da prefeita.

— Meu Deus! — Swan suspirou.

— O quê está achando da massagem?

A loura sentia seu corpo esquentar a ponto ebulição em cada toque da prefeita sobre sua pele.

— Meu Deus, Regina, — suspirou sorridentemente. — onde que você aprendeu a fazer massagem?

— É um segredo meu... — respondeu, umedecendo os lábios. — Agora relaxe, meu bem.

Emma sentia os habilidosos movimentos dos dedos macios trabalhando sobre a pele sedosa, sentia a respiração de Regina sempre que ela se aproximava aparentemente para sentir seu cheiro de canela... E tudo aquilo, de alguma forma, fazia com que a loura se questionasse sobre o porquê a água aparentava estar quente – para um banho que fora demorado e para um dia incrivelmente frio.

Outro suspiro da salvadora foi o suficiente para fazer com que a prefeita fraquejasse diante àquela situação. Massagear os ombros da salvadora havia servido para quebrar aquele clima entre ambas, já que o doutorzinho havia dito diversas vezes que Emma deveria se manter em repouso e Regina, como uma mãe coruja, fez questão de pesquisar na internet sobre regras pós parto. Foi assim que ficou boquiaberta quando leu que não era recomendado relações sexuais por um período de tempo, acabando com todas suas expectativas de uma noite romântica e excitante... Mas aquela massagem estava fazendo com que a prefeita tivesse ainda mais vontade de beijá-la.

Fechou seus olhos castanhos e desceu as mãos pela clavícula, chegando até os seios da loura. Circundou com o polegar os mamilos rijos, massageando-os delicadamente.

"Regina, pare. Se não parar por aí, não conseguirá se controlar." Sua mente produzia alertas para si mesma, afinal ela não gostaria de pensar que desobedeceu conselhos sobre o que era bom para Emma Swan, apenas por não aguentar esperar. "Daqui há um mês você poderá amá-la quantas vezes vocês quiserem."

A prefeita abriu os olhos, subindo as mãos para o rosto de Emma, depositando um longo beijo estalado em seus lábios. Percebera, após o beijo, a salvadora de olhos fechados e um sorriso nos lábios como se aguardasse mais um toque da morena.

— Emma, que tal irmos para o quarto assistir algum filme na Netflix? — observou a salvadora abrir os olhos e assentir, entendendo o porquê a mais velha havia parado.

— Pode ser uma série? — fez biquinho.

— Claro! Você escolhe alguma e coloque uma roupa, enquanto isso pegarei algumas meias e farei pipoca.

— The hundred? — sugeriu.

— Uma ótima escolha, Senhorita Swan.

Quando a prefeita ameaçou se levantar, a loura segurou seu pulso, impedindo-a de sair. Seus orbes se encontraram, fazendo com que Emma puxasse a mais velha quase resultando em sua queda em cima da salvadora.

— Swan! — Regina exclamou rindo, sentindo seus braços e seu tórax gelados pelo leve contato que teve com a água da banheira quando a salvadora puxou-a. — Me molhou! Essa água está gelada!

— Que pena, Regina! — pôs suas mãos entre a face da morena, puxando-a para um beijo, onde sentira a mais velha tocar em seu corpo com desejo. Em seguida, Emma colocou uma de suas mãos na água – deixando a mão em formato de conchinha –, lançando a água fria contra a prefeita.

(...)

Finalmente livre de seu exílio, Morgana vagava entre reinos com seu mais novo e fiel servo.

Ela observava cada reino por onde passava, analisando todos muito belos e cheios de magia. Morgana já tinha um plano enquanto a criança da profecia não nascia:

Morgana destruiria cada reino, absorveria cada gota de magia até não sobrar nada, ela infectaria as terras com sua magia negra e, assim, conseguiria magia para si. Mas antes de começar sua devastação, ela cumpriria sua promessa a Scar, ajudando-o a destruir seu lar e, depois de feito, faria o mesmo com o resto dos reinos até chegar a Camelot e ter sua tão esperada vingança.

Um sorriso se formava em seus lábios ao pensar em seus planos maléficos. Arthur mal esperava o que iria acontecer com ele e com todo o seu povo, o que a deixava ainda mais confiante de seu sucesso. Scar e Morgana se instalaram em uma pequena cabana no meio da floresta, em um lugar desconhecido.

— Cumprirei minha promessa a você. Deseja algo mais de lembrança de um reino que deixará de existir? — perguntou Morgana ao homem sentado em uma cadeira velha.

Sorrindo malignamente, Scar disse:

— Meu querido e amado sobrinho. Traga-o até mim, minha senhora. Quero matá-lo com minhas próprias mãos. — respondeu Scar sombriamente.

Sorrindo satisfeita, Morgana assentiu.

Agora, já do lado de fora, Scar preparava o portal, para que Morgana fosse para seu reino.

Assim, usando artimanhas místicas, ele abriu o portal. Morgana, que até então apenas observava o homem trabalhar, caminhou lentamente até o portal, apenas parando ao lado do moreno. Os dois trocaram olhares satisfatórios e, assim, partiram para dentro do portal e desapareceram nele.

***

Morgana se encontrava em um reino novo, um reino bem distante dos quais ela estava familiarizada. Concordava que era belo reino de fato, mas que nada a agradava; muito mato, muita vegetação, muito brilho, um lugar que ela teria o prazer de infesta-lo com seu poder das trevas.

Ela caminhava para seu destino, a pedra do rei, onde usaria sua magia negra para absorver toda magia boa daquele lugar.

Cada passo que ela dava na grama, a vegetação morria e as árvores secava, os animais pequenos morriam, outros fugiam desesperados ao sentir uma presença maligna no local, os pássaros voavam para longe, como se sua presença fosse tóxica.

Simba, que se localizava na pedra do rei, observava de longe sua floresta sendo consumida pelo mal, assustando-se por algo desconhecido, algo que nunca ocorreu antes. Ele mandou boa parte de sua guarda para verificar a suposta ameaça, enquanto vários animais corriam até seu rei, querendo tanto explicações quanto briga.

Simba, que, até então, não sabia oque estava acontecendo sentia a magia negra crescendo absurdamente.

— Meu Rei, o que está acontecendo?— perguntou um do seu povo.

Depois, outras de várias perguntas eram feitas, Simba se sentiu pressionado pelo seu povo.

— ACALMEM-SE TODOS! — gritou Simba ao topo da pedra do rei, assim calando todos a sua volta. — Minha família, ainda não sei o que se passa, mas mandei minha guarda verificar o que possa está acontecendo. Por isso peço a todos que mantenham a calma. — assim fala o Rei.

Mas uma gargalhada maligna assusta o rei e todos ali, fazendo com que ele voltasse seu olhar para a risada e se deparasse com uma mulher de cabelos negros e olhos azuis. Ela havia aparecido na pedra do rei atrás de Simba, de sua mulher e do resto de guarda.

Sem perder tempo, Simba soltou um rugido poderoso capaz de amedrontar qualquer inimigo, mas Morgana apenas abana a mão e torcendo o nariz, desdenhando dele, como estivesse dizendo que Simba estava com bafo.

Sorrindo malignamente, Morgana o desafiou.

— Ora, ora... Se não é o filhote de leãozinho. — debochou a feiticeira.

A insensatez de Morgana assustava todo o povo, fazendo com que muitos recuassem dali, enquanto outros se atentavam para lutar com o rei caso precisasse.

— Como ousa entrar no meu reino, bruxa? — Simba rugiu.

Erguendo ambas mãos e estalando os dedos, toda a guarda que Simba enviou para investigar a área surgiu aos pés de Morgana, todos mortos. O grito de horror da Rainha assustou todos que estão embaixo na pedra do rei.

Simba se encontrava paralisado diante da cena em sua frente. Portanto, a paralisia foi substituída pela ira, fazendo com que suas patas grandes afundassem no chão e seus dentes afiados ficassem mais visíveis. Em questão de segundos, ele passou por todos furiosamente, sem dar tempo de impedi-lo. Simba pulou diretamente em direção do pescoço da bruxa, seus caminhos prontos para destroca-la em uma única bocada.

Morgana, sem temer a nada, apenas fez um movimento de cabeça, fazendo com que ele ficasse parado no ar se debatendo. Os repentinos suspiros assustados ressoou, enquanto o resto da guarda se retraia e a rainha berrava em desespero, alimentando o sentimento de poder e de fazer com que todos tremessem apenas ao vê-la.

A guarda parte para o ataque, para salvar seu Rei, surpreendendo-a. Era inegável o fato de que todos eram leais, tão leais ao ponto de serem tolos o suficiente em atacá-la. Morgana, vendo todos aquele bichinhos vindo em sua direção, gesticulou as mãos resultando em vários pescoços torcidos em plena corrida, vários corpos capotando desfalecidos no chão.

A rainha, horrorizada com a cena presenciada em sua frente, sentiu seu coração falhando no peito, seu povo estava morrendo e seu amado estava nas garras da bruxa.

— MALDITAAAAA! — Simba gritou se sentido inútil por não poder fazer nada para ajudar sua guarda, que agora estava morta.

Respirando com dificuldade, seu coração martelando no peito, Simba encarou Morgana.

— Vou matá-la bem lentamente, bruxa. — Simba rugiu.

Morgana, com seu sorriso cínico, apenas desdenhou de Simba.

— Esse ato é agradecimentos de seu tio.

Simba arregalou seus grande olhos e sua boca se entreabriu, desacreditado pela palavras da bruxa.

— Co... Como? — sussurrou o Rei.

Escancarado sua boca em um sorriso cheio de dentes ela fala.

— Scar mandou um " Oi". — ela gargalhou.

Nala, aproveitando da distração da bruxa, a ataca, mas a única coisa que ela sente é seu corpo sendo golpeado por algo invisível e seu corpo ser jogado longe. Ela, no seu fim, apenas escutou ao longe o grito de sofrimento de seu amado.

Simba sentiu todo o seu âmago ferido, destruído. Sentia-se culpado por não ter conseguido salvar sua amada, sentia-se com um profundo ódio de seu tio e daquela mulher. Debulhou-se em lágrimas, sentindo grossas lágrimas caírem.

A feiticeira socou o corpo de Simba no chão com brutalidade, mas o mesmo não demonstrou se incomodar, tampouco sentir dor. Tal ato a deixou satisfeita, assistindo nenhuma persistência vir do rei. A sacerdotisa caminhou passando pelo Rei e indo até a ponta da pedra do rei, olhando tudo a sua volta.

Morgana com um grande sorriso, começou.

— O Reinado de Simba acabou e o meu começou e, sendo assim, condeno todos vocês à MORTE. — gritou a última parte assustando a todos.

Com um semblante vitorioso, Morgana observou o desespero emitido em seus olhos. Voltando com passos lentos ela caminhou até Simba, passando suas mãos pintadas de preto na juba de Simba.

— Scar está se transformando em um belo homem, e você meu belo filhote, também estará.— dizendo isso a bruxa usa sua magia, passando por todo corpo de Simba e, assim, transformando-o em um humano.

Agarrando agora os cabelos de Simba e estalando os dedos, o portal de abre e, assim, eles entram no portal que se fecha instantaneamente, deixando a terra do orgulho ser consumida pelas trevas.

Scar, que permanecia parado olhando o espaço vazio que antes tinha o portal aberto, esperava calmamente pela volta de sua senhora.

E dito feito, o local vazio agora estava aberto e com ele atravessava Morgana arrastando Simba.

Com um sorriso maligno, mas satisfatório, olhava para sua senhora e seu sobrinho que estava desnorteado nas mãos dela.

— Aqui está o que te prometi, meu servo leal. — disse Morgana jogando o corpo de Simba nos pés de Scar.

Scar olha com desprezo para seu sobrinho em seus pés.

— Minha vingança começa agora, meu querido sobrinho. — debochou Scar com brilho maligno nos olhos.


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