Prólogo
Notas:
Olá manas!
Estou muito feliz escrevendo minha segunda fanfic Swan Queen! Eu iria focar apenas em Two Darkness, mas criei um final SQ depois de ouvir os boatos sobre o segundo episodio da sétima temporada de ouat e decidi comentar sobre esse fim que inventei para mim mesma. Algumas pessoas gostaram e pediram uma fic, então estou aqui a trazendo para vocês. E mesmo assim estou bastante nervosa em postar a fic.
Uma pena que todas que ouviram minha teoria já sabem o que acontece. Mudei algumas coisas, mas o final é o mesmo :(.
Um aviso, eu não pretendo trazer o Henry adulto, pois ainda não sei muito sobre ele e porque não me acostumei com a ideia de escrever uma fic com ele filho de ambas e já grande. Também não assisti o episodio dois, porque sei que ficaria muito mau, então não sei em detalhes tudo o que aconteceu.
Se vocês gostarem da fic, ai continuarei a escreve-la, então comentem o que acharam!
Boa leitura! Espero que gostem. Estou aberta a elogios e criticas.
Capítulo 1 - Prólogo
Too afraid, to go inside
(Com medo demais de entrar)
For the pain of one more loveless night
(Por causa da dor de mais uma noite sem amor)
For the loneliness will stay with me
(Pois a solidão vai ficar comigo)
And hold me till I fall asleep
(E me abraçar até eu adormecer)
Diversas vezes poderia ter dito tudo o que sinto por Emma; poderia gritar para que todos escutassem o quão forte meu coração bate apenas em ver seu sorriso estonteante para mim. Eu poderia... Mas tive medo. Um medo que jamais imaginei que cairia sobre mim. Tive medo de assusta-la; medo de me render completamente ao sentimento que mais me assusta; medo de perdê-la assim como todos os outros que se relacionaram comigo.
Por não conseguir vencer meus demônios, aqui estou eu assistindo de longe o casamento da mulher que tanto amo com um homem que a cada dia me enoja mais e mais.
Digamos que a filha dos encantados ultimamente não seja mais a mesma que me orgulhava. Hoje, ela se mantém em um relacionamento com um homem que a mudou totalmente. Normalmente as mudanças são para melhor... Mas a mudança de Swan foi para pior. Ela já não parece mais àquela mulher forte, independente e durona que chegou a Storybrooke e lutou incansavelmente para me afastar, junto de meus terríveis planos, do pequeno garoto.
Mas mesmo assim eu a amo! Amo com todas as minhas forças; amo com todo ar de meus pulmões.
Emma sempre faz questão de me chamar para seus eventos em família. Eventos no qual não faço ideia do motivo de querer minha presença. Talvez seja consideração por ser mãe adotiva de Henry ou por dó. A resposta para isso eu nunca saberei ao certo.
Sinto-me uma péssima pessoa, pois deveria estar contente apenas por ver a felicidade emitida no rosto de Emma Swan. Eu deveria, mas não estou.
Sempre que vejo os dois andando juntos pelas ruas de Storybrooke, dou um pequeno sorriso. Finjo estar bem com tudo isso, mas a verdade é que nunca estive. Quando ela foi até o submundo para busca-lo, arriscando a vida de todos, estive ao seu lado fingindo estar tudo bem; assim como todas as coisas que tive que enfrentar apenas dizendo para mim mesma que estava bem.
Se eu pudesse, mandaria aquele pirata que se banca o galã de volta para o lugar que nunca deveria ter saído – o submundo.
Ontem recebi uma mensagem de Killian, dizendo que eu estava sendo convidada para um almoço em família. E hoje estou aqui, vestida com um de meus melhores terninhos rumo à casa da nova "família" Swan Jones.
Há tempo não presencio um sorriso no rosto de Henry, ou um semblante aliviado, pois há alguns meses não enfrentamos vilões. Parece, também, que o casamento de Emma fez muito bem ao menino, sem contar que o maldito pirata soube conquista-lo de uma forma que nem eu poderia competir.
Quando chegamos a frente à casa nova, onde seria o tal almoço, fiquei parada na calçada. Não sabia como reagir ao lado da loirinha. Abaixei minha cabeça e fiquei olhando para o chão, completamente deslocada, já que todos estavam reunidos em família. Branca e David cuidavam de Neal; Emma abraçava Henry contentemente; e eu era a única sem companhia naquele almoço.
Passava pela minha cabeça a possibilidade de virar as costas e me retirar, já que nem passei da calçada e ninguém sabia que eu estava ali, a não ser Henry.
-Regina! – ouvi sua doce voz me chamando.
Ergui vagarosamente a minha cabeça e a avistei olhando profundamente para dentro de meus olhos.
Meu corpo estremeceu, agora sim fiquei completamente estática e hipnotizada com aqueles verdes que brilhavam para mim; com o sorriso aberto e branco que me cativava de uma maneira surreal.
Todo o entorpecimento acabou quando Killian estragou tudo...
O pirata nojento correu para a direção da loira, abraçando-a e lhe roubando um beijo, atrapalhando qualquer contato visual entre nós duas. Quando, por um milagre divino, acabou a necessidade de atenção, ele teve a cara de pau de olhar em meus olhos com um sorriso em seu rosto, dizendo:
-Mills... Espero que goste do almoço. – veio em minha direção e deu um forte aperto de mãos.
Acetei com a cabeça e dei um sorriso. Consequentemente ele deu as costas e voltou para abraçar e beijar Emma.
Apenas rolei os olhos e bufei.
A cada dia que se passa odeio ainda mais este pirata folgado.
Killian é o tipo de marido que acha que a esposa é uma posse; que deve ser totalmente submissa; que o lugar mais seguro é tomando conta da família ao seu lado. Ele adora mostrar a mulher incrível que pertence a ele, e pelo incrível que pareça, o pirata faz questão de exaltar apenas a beleza de Emma como se ela fosse apenas um rostinho bonito, mais nada.
Aos meus olhos, Swan não é apenas um rosto bonito. Embora seja realmente como uma fada, como um dos seres mais belos que tive o prazer de conhecer, ela, para mim, ainda é a salvadora. É a mulher forte que lutou contra malévola antes de quebrar a maldição que lancei. Ela pode ter mudado, mas sei que bem no fundo continua sendo a mesma.
Continuando... Killian faz a questão de demonstrar que ela é apenas dele e nunca será minha. Toda vez que estamos próximas, ele se aproxima e a toma em seus braços me deixando completamente deslocada. Talvez seja por isso que concorda em me convidar e não reclama por minha presença nos eventos de família. Pelo simples fato de adorar esfregar na minha cara que ele venceu e eu perdi.
-Pare de comê-la com os olhos, sis. – Zelena sussurrou, pregando-me um susto, me tirando de meus devaneios. – Antes que pergunte, eu e Robin também fomos convidadas. – deu uma piscadela para mim.
Zel me puxou para dentro, onde todos já se encontravam. Todos sorrindo, felizes como há tanto não haviam visto.
Sem problemas com derrotar vilões, apenas a paz.
O final feliz que todos procuravam.
Zelena já percebeu há tempo os meus sentimentos descontrolados por Emma. Ela está ciente de como sofro ao lado de toda a família reunida, por isso fez a questão de permanecer ao meu lado durante todo o evento, tirando as ocasiões em que ia trocar as fraldas de Robin.
Após todos saborearem a saborosa refeição que Emma havia preparado, havia chegado a hora em que colocariam o papo em dia e Killian faria a questão de esfregar na minha cara o quanto eram uma família perfeita e feliz.
-Qual o motivo desta celebração? – David perguntou.
-Bom... E... Eu... – Emma gaguejava. Pude notar seu nervosismo e seus olhos fixados aos meus.
-Não pude ficar sem ouvir sua pergunta!
Killian tem o dom de chegar em horas que ninguém quer sua presença. Na verdade, em horas que eu gostaria que ele virasse um inseto. Tá de sacanagem! O pirata, que antes estava na cozinha pegando os champanhes, surgiu como um raio, rapidamente. Serviu todos os que estavam presentes, sorrindo enquanto olhava em meus olhos com um sorriso de "eu consegui".
Rolei os olhos e dei toda minha atenção a minha taça. Fechei os olhos e degustei a bebida colocando todo o meu foco no sabor, pois não estava com muita paciência para ouvir o que ele estava prestes a dizer.
-Estamos muito felizes! – beijava o rosto de Emma, deixando-a ainda mais incomodada. – Emma está grávida!
Lembra que eu disse que tirei todo o foco da conversa? Então... Era mentira! Por mais que eu tenha tentado, um por cento de mim estava dando ouvidos a cada palavra dita por Killian.
Não tinha bebida que me fizesse evitar ouvir tudo aquilo. Engasguei-me com todo o champanhe que estava na minha boca e olhei entristecida para os olhos da salvadora, esperando que tudo não passasse de uma brincadeira de mau gosto. Mas não era.
Percebi os olhares de todos em minha direção. Confesso que foi estranho uma amiga reagir desse jeito ao receber a noticia que a outra está grávida.
Tentei me recompuser, mas o sorrisinho no rosto de Killian me enfraquecia cada vez mais. Fazia com que eu parasse no mais profundo poço, tentando me esconder de todo o sofrimento, de todos os olhares que recebia naquele momento.
Eu tinha que ser forte; tinha que engolir meu choro pelo tempo que conseguisse.
-Meus parabéns Emma. – disse com a voz trêmula.
E novamente, engoli o choro.
-Obrigada, Regina. - durante o mar de alegria que Killian fazia, abraçando-a e beijando apenas para me provocar, percebi um curto sorriso moldando em seus lábios ressecados. Como se ela não estivesse totalmente feliz com aquela situação, e isso era notório em seu olhar sem vida, num tom verde quase apagado. - Eu iria contar para todos vocês, mas antes precisava ter certeza absoluta... E-eu queria esperar a hora certa. - abaixou a cabeça, desviando seu olhar de mim.
- Minha filha, parabéns! - Mary se pronunciou demostrando sua felicidade. - Está grávida de quantas semanas?
- Bom...
- Emma está grávida de quatro meses! - e mais um ponto para o inconveniente Killian, que interrompeu outra vez a fala de Emma, e, em seguida, beijou-a novamente. - Precisávamos antes fazer alguns exames para saber como está o bebê. E, já que, felizmente ele está saudável, decidi compartilhar nossa felicidade.
- Esconderam isso por muito tempo, não acha? - perguntou Zelena.
- Sim, eu sei... - Emma respondeu, mostrando seu desconforto naquele assunto. - Eu mesma descobri a gravidez tarde, pois não havia sintoma algum. Descobri há pouco tempo, para dizer a verdade... E depois apenas queria saber como ele estava e me preparar para contar a todos vocês. - diminuiu seu tom de voz quando olhou para mim, percebendo uma lágrima se formar no canto de meus olhos. - Eu não queria decepcionar ninguém... - senti que aquilo foi para mim, como se se desculpasse.
- Love, a quem você decepcionaria? - Killian olhou para meus olhos, e Emma ficou calada perdida em meu olhar triste, que por mais que tentasse esconder, eu não conseguia.
Branca, David e Henry se levantaram rapidamente, sorrindo e foram abraçar a futura mamãe.
-Vou ter uma irmãzinha! – Henry comemorava. – Ou irmãozinho...
- Ainda não sabemos, kid... - finalmente Emma respondeu por si mesma
Nosso filho estava tão feliz. Como posso ser tão egoísta a ponto de não gostar de tudo o que estava acontecendo? Killian estava proporcionando algo que Emma e Henry sempre desejaram: Um recomeço; Uma família.
Isso eu nunca poderia oferecer...
-Regina, eu faço questão que você seja a madrinha do nosso bebê. – Killian chamou minha atenção novamente, desta vez, enfatizando a palavra nosso.
Senti meus olhos marejarem e formar um nó em minha garganta, como se não aguentasse mais segurar meu coração partido em meu peito. Segurei por alguns minutos toda a tristeza que me consumia naquele instante.
-Bom, meus parabéns Emma! – Zelena se levantou sorrindo. – Já está na hora... Eu e minha irmã voltaremos para casa.
Quando me levantei e dei as costas, senti uma mão tocar em minhas costas. Virei-me para ver quem era, e lá estava ela... Emma me abraçou com toda sua força como se soubesse a dor que eu estava sentindo, e me disse:
-Desculpe. – seus olhos, entristecidos, fitavam os meus, marejados.
E como o esperado, Killian apareceu novamente a abraçando.
-Sua mãe quer saber mais sobre a nossa gravidez.
E lentamente, senti as mãos macias de Emma se afastando de minha pele. Observei silenciosamente à loira se distanciando de mim.
Broken pieces of
(Pedaços quebrados de)
A barely breathing story
(Uma história que mal respira)
Where there once was love
(Onde um dia houve amor)
Now there's only me
(Agora só existe eu)
And the lonely
(E a solidão)
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