Não me deixe
O sol a minha volta tornou-se potente, numa claridade capaz de me fazer fechar os olhos. Eu conseguia sentir apenas a grama sob meus braços estendidos, enquanto meu corpo repousava em um pano. E por mais que eu estivesse impossibilitada de abrir meus olhos para o céu, por conta do sol, eu sentia uma refrescante brisa a qual reconhecia muito bem. Eu estava abaixo de minha doce macieira.
Tudo o que acontecera nos últimos episódios não passara de um pesadelo, nascido de meu maior medo: perder Emma Swan para sempre.
Alguns perfumes permanecem gravados em nossa mente, faz-nos reconhece-lo automaticamente ao senti-lo outra vez. Creio que todas nós possuímos um perfume que impregnou nossas mentes, certo? Com todas as palavras, respondo que o perfume irreconhecível, a meu ver, é o doce aroma de canela e avelã que emana de seus cabelos e sua pele.
Espreguicei-me e bocejei, colocando a mão acima de meus olhos para que o sol não me incomodasse. E, naquele instante, pude sorrir abertamente, pois ela não havia sido tomada de mim. Emma Swan estava ao meu lado, gesticulando a mão para que um bolo surgisse em sua frente... Para um possível piquenique? Foi o que deduzi.
– Emma? – ainda de olhos semicerrados, chamei-a.
– Finalmente acordou, Miss Mayor. – ouvir aquela voz, a mesma que tanto queria apenas para confirmar de que ela realmente estava bem, fez-se presente e acalmou profundamente meu coração, arrancando-me um enorme sorriso. – Pensei que iria deixar nosso café da manhã esfriar!
– Como você consegue me deixar tão feliz logo cedo... – eu disse, vendo-a sorrir e fechar os olhos ao se aproximar de minha face e encostar seus lábios aos meus, dando um selinho pouco demorado. Senti meu corpo se arrepiar e, em seguida, tive de me contentar com seu afastamento para se sentar ao meu lado, onde eu ainda estava sentada. – Hmm café da manhã no jardim? Presumo que Henry tenha lhe ajudado novamente. – perguntei coçando meus olhos e me sentando.
– Parece que essa vez a majestade presumiu errado. – respondeu rindo. – Hoje apenas fechei meus olhos e pensei em cada prato para nosso café da manhã. Pouco diferente de todos os outros, não é?
Eu assenti e dei uma gargalhada, fazendo-a me olhar confusa, porém com um sorriso de canto em seu rosto.
– Te entendo, Miss Swan. Compreendo o fato de recorrer à magia, já que... Você não sabe cozinhar. – claro que não falava a verdade, pois Emma às vezes fazia uns bolos de deixar qualquer um sem palavras. Mas eu adorava vê-la irritadinha.
– O que? – arqueou suas sobrancelhas, fazendo-me entrar na gargalhada. – Lembra-se de que ontem eu fiz um maravilhoso café da manhã e você elogiou de boca cheia!
– Não conta! – dei língua. – Henry te ajudou em grande parte.
Swan cruzou os braços acima do peito e me olhou com um olhar sério.
– Lembra-se da vez que fiz O MELHOR BOLO QUE VOCÊ JÁ PROVOU?
– Aquilo? – engoli em seco e, sim, naquele momento eu iria entregar a brincadeira de uma vez, até vê-la achar que havia vencido, e dar um sorriso de vitória. Desde a sinuca eu não suportava mais aquele sorriso vitorioso, pelo menos não até vence-la em algo. – Aquilo foi pura sorte, Miss Swan... Aliás, vai que o maneta Jones tinha alguma receita? Pois, pelo que eu soube, ele tem usado o avental e tomado conta da cozinha... Enquanto dança e canta as músicas da Britney Spears. – dei de ombros. – No entanto, prefiro acreditar que tudo não passou de sorte.
– Killian não me ajudou! – exclamou emburrada, virando o rosto para o restante da comida.
– Por isso mesmo eu disse que foi pura sor... – abri minha boca quando ela gesticulou as mãos, fazendo todo aquele banquete desaparecer num piscar de olhos. – Swan! O que você fez?
– Ué, por que você não faz o café da manhã?
Coloquei minha cabeça em seus ombros e suspirei em seu pescoço, na esperança de que ela sorrisse. Mas, para minha felicidade, Emma continuava a ser a durona de sempre. Não deu um sorriso sequer, ou fechou os olhos. Permanecia apenas com seus braços cruzados.
– Oh, Emma, vamos, traga nosso café da manhã. – sussurrei em seu ouvido. – Preciso começar bem meu dia, comendo ao lado da mulher mais maravilhosa de todos os reinos.
– Hm... Por que não faz sua torta de maçãs?
– Porquê eu quero o seu café da manhã... – respondi, trilhando um caminho de beijos do início de sua nuca até sua orelha, mordiscando-a de leve.
Emma Swan era durona mesmo, pois se controlou ao máximo. Porém, não mudou o semblante sério.
– Eu estava brincando, meu amor! – sussurrei outra vez. – Sabe que amo tudo o que vem de você... Sabe que amo os bolos que você faz.
– Sei? – eu havia finalmente conseguido tirar um sorriso de seus lábios.
– Claro... Assim como sabe como amo deixá-la irritadinha, por isso te provoco.
– E é por isso que não tratei nosso café novamente. – virou-se para mim, dando o mesmo sorriso vitorioso.
Engatinhei, aproximando-me cada vez mais até fazê-la apoiar os cotovelos no chão. Pela primeira vez, desde que me lembro, aqueles orbes verdes estavam mais escuros enquanto seu corpo estava sob o meu e seus braços musculosos tencionavam em envolver minha cintura. Aquela reação era sinal de que ela esperava um próximo passo vindo de mim.
Fechei meus olhos a fim de tirar aquele olhar de minha mente e, em seguida, os abri outra vez, trazendo com ele um sorriso brincalhão e uma força que me fez quase saltar mais para cima dela e enche-la de cócegas em sua barriga. E por estar presa por de baixo de meu corpo, não teve saída a não ser ficar vermelha de tantas gargalhadas que deu.
– Regina Mills, – gritou meu nome entre gargalhadas, fazendo-me rir involuntariamente ao vê-la avermelhada enquanto debatia suas pernas e mãos numa tentativa de se soltar. – Pare!
E durante aquele meio de felicidade e amor que ressaltava em meu âmago, tomou-me uma forte dor na cabeça, e eu passei a enxergar tudo embaçado. Escutando apenas o ecoar de sua voz, agora preocupada.
– Gina? – meus olhos reviraram e eu sorri tentando não piorar a situação. – Miss Mayor... – senti meu corpo pesar e minha cabeça tombar, um arrepio na espinha como se a morte estivesse finalmente chegando para mim. – Regina? HENRY! ZELENAAAA! Ajudem-me!
O que fiz para merecer a fúria do destino? Sei que é muito irônico perguntar isso, pois fui a causadora de inúmeros massacres e mortes de inocentes. Destruí famílias. Mas agora eu era uma heroína, não é? Arrependi-me e me redimi de todo o meu passado de escuridão. No entanto, ainda sinto o peso do destino em minhas costas...
Mas o que me aliviara, naquele instante, era que eu que estava partindo. Não o meu amor.
O amor é algo entorpecente, que, sem que percebamos, entra em nossa mente e atinge em cheio nosso coração.
E como a brisa, que, por mais que não possamos enxergar, sentimos sua presença a nos acalentar.
E da mesma forma que sinto a brisa em harmonia, sinto a presença da salvadora em pura alegria.
Após tudo escurecer em minha frente, e eu, consequentemente, me perguntasse se a morte realmente era daquela forma: vazia e escura, sem eu saber o porque não estava no submundo ou na paz, sinto-me como se estivesse sendo puxada outra vez para algum lugar. Alegrei-me como uma criança ao ir ao parquinho, apenas em cogitar voltar para os braços musculosos de Emma, que a essa altura deveria estar me encaminhando para o hospital.
No entanto, nada ocorrera da forma que eu pensei que seria. Emma não estava me segurando em seus braços, tampouco estávamos em meu jardim gargalhando após provoca-la quanto suas habilidades na cozinha. Seu aroma me fazia uma falta, uma falta que apertava meu peito e me sufocava como se eu necessitasse dele para viver.
Abro meus olhos aos poucos, dada a claridade do ambiente em que eu estava. Henry, que estava ao meu lado, automaticamente se alegrou e me deu um abraço tão apertado, fazendo-me perceber que eu estava frágil numa cama de hospital.
– Tia Zelena, minha mãe acordou! – Henry exclamou, despertando a ruiva que cochilava numa cadeirinha no canto do quarto.
Sentei-me na cama e observei o soro pingando lentamente e sendo direcionado para minha veia. Depois, virei meu olhar para minha irmã pulando do banco quando Henry começou a chamá-la de forma abrupta, fazendo várias cutucadas em sua costela.
– O-O que foi? – Zelena perguntou alto com seu tom de sono bastante presente, até que percebeu que eu estava acordada segurando uma risada. – Sis, você acordou! Nunca mais me dê um susto desses, está me ouvindo? Senti-me tão inútil sem minha magia para poder desperta-la, embora nem eu soubesse ao certo o que houve contigo.
Ela se aproximou de mim e apertou minhas mãos, dando-me um sorriso sem jeito.
– Está tudo bem, sis... Eu estou bem.
– Tem certeza, mãe? – perguntou Henry preocupado. – Você está melhor? – eu assenti, aliás, tirando a fraqueza que eu ainda sentia, estava tudo em seus conformes. – Menos mal... Essa noite foi muito tensa... Minhas mães me deram um grande susto.
Notei Zelena disfarçar um esbarrão em seu braço, e, em seguida, os dois trocarem um olhar meio desconfiado. Zelena parecia preocupada, e Henry também.
– Noite? Fiquei desacordada o dia inteiro? – naquele momento eu estava muito confusa, pois não sabia quais dos meus "sonhos" realmente fora o real. Lembrava-me de receber a notícia de que Emma sofrera um acidente, e após isso não me recordo de mais nada. A memória que pairava em minha cabeça após essa tal noticia era o lindo piquenique no meu jardim. – Emma, onde ela está?
Os dois se entreolharam assustados, talvez se perguntando se eu perdi a memória, o que não fazia sentido algum, pois que eu me lembre minha cabeça havia batido apenas no colo de Swan.
– Você... Não... Se... Lembra? – perguntou Henry, trêmulo.
– Eu estou bem, meu amor, eu só estou um pouco confusa. – toquei em minha cabeça. – E minha cabeça dói um pouco.
– Mãe, você desmaiou hoje de noite. Passaram-se apenas algumas horas desde... – vacilou em falar e olhou para o chão.
– Sis, eu não faço ideia de o que está passando em sua cabeça para deixa-la tão confusa, mas você desmaiou hoje de noite após receber a notícia de que Emma não estava muito bem... – Zel tentava pronunciar suas palavras com calma e, certamente, se preparando para me consolar caso eu desmoronasse em sua frente. Era visível seu esforço, tanto em seus atos, quando em suas palavras.
– Emma sofreu um acidente. – eu completei e suspirei.
De todas as milhares de palavras existentes em nosso dicionário, assim como as palavras desconhecidas nos dias de hoje, não havia uma que pudesse descrever meus sentimentos naquele instante. Talvez dor e, principalmente, preocupação. No entanto, amor. Como se, ao sentir a possibilidade de perde-la me fizesse apenas querer estar ao lado dela ainda mais, ama-la ainda mais.
– Como ela está? – perguntei, mantendo-me forte aparentemente. No entanto, Henry e Zelena já sabiam como eu estava, e que eu estava me esmurrando por me sentir culpada.
– Ela está acordada. – Henry respondeu. – Passei bastante tempo ao lado dela antes que acordasse, e depois vim passar o tempo ao seu lado até acordar também. – levei minha mão até seu rosto e abri um sorriso, a fim de agradecê-lo silênciosamente.
– Sis, Emma fez inúmeros exames para que soubéssemos se ela está bem... E, pelo o que sabemos, até agora está tudo bem. No momento, ela deve estar sendo preparada para ser encaminhada para a ultra... Você sabe, não é? Verificar a saúde do bebê. – sim, eu sabia que era importante que os dois estivessem bem. Eu também sabia que eu tinha que ficar bem, mas eu deveria ficar ao lado de Emma naquele momento tão delicado. – Enquanto a senhorita deve descansar bastante. – arqueei minhas sobrancelhas e a encarei. – E não adianta me olhar com essa cara, sis. Whale achou melhor você ficar em observação. Você teve uma forte crise emocional e bateu com a cabeça quando desmaiou... Não sabe, mas durante essas horinhas desacordada, pareceu décadas. Todos estávamos preocupados tanto com Emma, quanto contigo.
Olhei novamente para o soro que pingava lentamente, sem contar que o mesmo ainda nem havia chegado na metade. Puxei o soro de minha veia e me preparei para levantar, assustando os dois que estavam em minha frente.
– Mãe, você deve ficar de repouso!
– Sis, você está em observação... Não pode sair assim.
– Acha que um simples médico, que eu fiz o diploma dele em uma maldição, irá mandar em que devo ou não fazer? Eu sei o que eu preciso fazer, e não é ficar deitada esperando aquele liquido cair de gota em gota! Eu preciso estar com Emma enquanto ela faz a ultra... Eu preciso segurar a mão dela e mostrar que eu estou ali com ela! – esbravejei e levantei, sentindo um vento gelado em minhas costas, só então percebi que eu estava com aquela roupa horrorosa de hospital. – Quem faz essas roupas? São horríveis! – gesticulei minha mão, vestindo agora um vestidinho social azul.
– Isso é um hospital, então ninguém precisa de roupas bonitas para vestir. – Zel deu uma risada.
– Mas para quê mostrar as costas toda? Dava para ver até minha bunda!
– Se quiser parecer menos ruim essa situação... Até que é bonitinha. – gargalhou, apontando para minha bunda, que agora finalmente estava coberta pelo meu vestido. – Emma adoraria vê-la com essa roupa de hospital.
– Sorry, mas Emma não me verá com roupa de hospital. – sacodi meu cabelo, para tentar ajeita-los, deixando-os pouco bagunçados já que eu havia acabado de acordar.
Caminhei pelo enorme corredor do hospital, passando por enfermeiras e médicos que hora ou outra esbarravam em nós. Eu tremia antes mesmo de encontrar o quarto certo, pois eu sentia o nervosismo que Emma poderia estar sentindo. Claro que não chegara aos pés do que ela sentia, mas mesmo assim eu sentia sua dor. No final do corredor, Whale esbarrou em mim quando saía de um quarto.
– Senhora Prefeita, o que está fazendo aqui? – o doutor perguntou, apertando a ficha médica contra seu tórax.
– Eu quero saber onde está Emma. – respondi diretamente, sem paciência alguma para joguinhos ou papos sobre o que devo ou não fazer.
– Emma está sob nossos cuidados, agora lhe aconselho a voltar para seu quarto e repousar. – disse ameaçando se retirar sem responder o que eu tanto queria saber, mas o segurei pelo braço, impedindo-o de sair.
– Eu te aconselho a me falar onde ela está... – ordenei, porém, não com um tom autoritário, e sim como se pedisse um favor. – Vamos, Whale, você sabe onde ela está e eu preciso estar lá com ela. Eu preciso estar com ela e com o filho dela, que agora... – eu sorri, deixando cair minha primeira lágrima após meu acordar. –... Será meu também.
O doutor, de cabelos curtos e louros abaixou a cabeça e olhou para os lados como se relutasse em me dizer onde ela estava, mas, por fim, suspirou e caminhou na frente até o outro lado do corredor. Eu apenas o segui, sem entender o porquê não me dera alguma resposta. Nenhum não ou sim saiu de seus lábios; nenhum som foi pronunciado, a não ser o som de seus sapatos contra o piso do hospital.
– Vá ver sua família... – apontou para a porta de um quarto.
– Lembre-se, sis, por favor, não se emocione muito... Fiquei preocupada contigo. – Zel sussurrou.
Eu abri a porta lentamente para que não causasse muito incomodo, ou despertasse Emma, caso ela estivesse desacordada. Dei um passo para o lado de dentro e fechei a porta atrás de mim, permanecendo com os olhos para o chão e respirando fundo para encontrar minhas forças, que sumira há poucos segundos.
Antes de Whale me dizer para ver minha família, eu havia me sentindo forte, ou ao menos tentado me reerguer para ser forte por Emma. Para ser forte por nós... E de certa forma eu me sentia forte, mesmo estando nervosa. Mas, a partir do momento em que o doutor me deixara entrar, e agora que eu estava dentro do quarto, parece que as forças nunca existiram.
– Regina... – ouço a voz rouca de Emma, que estava deitada na cama de hospital, com a mesma roupinha ridícula que eu estava usando mais cedo.
Finalmente eu levantei a cabeça e sorri, escondendo minha preocupação ao ver como ela estava pálida e usando alguns aparelhos. Emma abriu os braços para me receber com um abraço, que imediatamente corri para fazê-lo.
– Miss Swan! – a abracei e dei três beijos rápidos em sua bochecha, fazendo-a rir fracamente. – Não me dê um susto assim de novo. – pedi, olhando em seus olhos.
Emma tinha os olhos perdidamente tristes, como o de se imaginar. Mas, mesmo assim, ela sorria e me abraçava, assentindo como resposta que não iria mais me dar um susto daqueles. Percebia-se em seus olhos, que havia chorado bastante e em seu olhar e suspirar, que não estava bem.
– Regina, o que está fazendo aqui? – perguntou secando as lágrimas de seu rosto. – Pensei que estivesse em observação...
– Ah... Emma, sabe que não há regras que me impeçam de vê-la, não é? – arrastei um banquinho para o lado de sua cama e me sentei ali, ao lado dela, assim como Henry e Zelena ficaram ao meu lado. – Eu vim para saber como você e... – acariciei a barriguinha pouco visível de Emma. –... Como o nosso bebê está.
– Hm... Está muito emotiva, não é, Regina? Nos deu um susto daqueles! – disse ela, referindo-se ao meu desmaio por não aguentar a notícia... De fato, foi um impacto emocional, mas eu me sentia bem. Nada respondi, apenas acariciei sua barriguinha, fazendo-a perceber que eu não queria falar sobre mim, e sim sobre ela. – Eu estou bem. – respondeu pouco triste, o que me fez encara-la. – Mas... Não sei se o nosso bebê está. – disse soluçando, mas sem chorar, enquanto acariciava sua barriga junto comigo. – Antes eu o sentia... Era como se a felicidade dele passasse para mim. Agora nada sinto.
Eu fiquei séria ao ouvir aquilo. Jamais estaria pronta para sentir, tampouco para ver Emma sentir a dor da perda de um filho. E, por mais que eu sofresse, minha dor não seria tão forte como a dela.
– Ela deve estar dormindo... – eu sorri. – Ele está bem.
– Whale irá confirmar isso agora. – ela suspirou.
– De qualquer forma... – vi-me na necessidade de fazer aquilo. Estendi minha mão sobre sua barriga redondinha e gesticulei, fazendo com que minha magia da cor avermelhada passasse para a barriga de Swan. – Ele está bem agora. É o máximo que posso fazer... Estou o ajudando a se fortalecer um pouco.
Agora todas as lágrimas que ela segurava, foram dispensadas por um choro, assim como as minhas. Ela chorava por temor ao nosso filho, assim como eu. Ela chorava por agradecimento ao ato que eu fizera, e eu chorava por ama-la e por torcer que tudo desse certo para nosso novo membro da família Swan Mills.
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