Maldito Pirata
– Bryan! – exclamei após pensar em um nome de menino para nosso bebê. Aliás, o significado de seu nome caia muito bem.
E, após muito estar entristecida, alegrei-me ao ver seu sorriso apenas pela minha escolha de nome, fazendo-me perceber que era aquilo que Swan precisava: esperança.
Sim, escolher o nome já era uma esperança.
Paralisei-me naquele corredor. Solitária, encostando-me nas paredes que cercavam aquele local de tristeza apenas.
As lágrimas em meu rosto escorriam até pingar sobre meu vestido social azul. A noite estava quase chegando ao fim, fazendo-me observar as janelas e desejar que, durante a manhã, minha vida volte a ser como estava horas atrás.
Eu sentia o toque de suas mãos soadas ao ser levada... Eu sentia que, embora sorrisse, ela encontrava-se assustada com tudo o que estava acontecendo.
– Senhora prefeita... – olho-o subitamente, repreendendo-o por me despertar de meus devaneios. – Peço-lhe que mantenha a calma e vá até a sala de espera junto aos seus familiares. – Whale pediu pacientemente, colocando suas mãos em minhas costas a fim de me guiar.
Após dar dois passos, dei uma pausa, como os clichês de filmes, e olhei para trás. As portas trancadas, impedindo-me de saber o que se passava. Eu queria ajudá-la e cada vez me sentia inútil.
– Tem certeza que não quer passar na observação? – insistiu. – Não podemos repetir os exames? Ou checar como está? – respondi que não com a cabeça. – A senhora que sabe... – suspirou. – Espero, então, que você esteja bem quando a senhorita Swan estiver melhor.
Soava incrivelmente estranho tudo aquilo. Eu e o doutorzinho não tivemos nenhum avanço de relacionamento durante os anos. Nós apenas não éramos inimigos, ou eu simplesmente não o intimidava... E ele tentou me ajudar a ficar com Daniel assim que a maldição fora quebrada, porém falhou miseravelmente. Fora isso, não houve mais nada entre nós dois.
– Por que? – encarei-o, esperando por uma resposta. – Digo... Sei que é seu trabalho garantir que os pacientes estejam bem, mas não é sua obrigação se preocupar tanto e ficar de olho em mim. Por que está fazendo isso?
Observei-o olhar para baixo e coçar a nuca, em sinal de que, com certeza, não era apenas por ser seu trabalho de médico. E mais uma vez eu acertei!
– Tem razão... Realmente não deixa passar uma, Regina. – sorriu e, imediatamente, fechou o sorriso ao olhar para os próprios dedos e cutuca-los. – Eu sei que poderia ter te ajudado com Daniel antes disso tudo, assim como tentei logo após a maldição ser quebrada...
– E acha que por isso me deve uma? – interrompi-o. – Você não teve culpa de não ter dado certo. O destino tem... O destino que retirou de mim todas as oportunidades de um final feliz. No entanto, vejo que ele pretendia que eu ficasse com a pessoa que menos imaginei que fosse possível... A pessoa que foi capaz de me fazer sentir sensações desconhecidas por mim. Eu realmente a amo, e não sei se teríamos essa chance caso você tivesse conseguido. – eu sorri, enxugando minhas lágrimas, agora de alegria. – Não tenho rancor algum de você.
– Deixe-me continuar, Senhora prefeita. – pediu novamente com educação, o que me era de total estranheza vinda dele. – Embora esteja muito feliz com a salvadora, eu te devia uma. Agora eu apenas desejo que esteja bem para o retorno da salvadora. Quero um final feliz para você. – disse em um tom sincero, que também pude notar em seu olhar. – Fico feliz que tenha encontrado o seu verdadeiro amor.
Eu assenti, erguendo meu rosto e o olhando como um amigo.
– Acha que devo voltar para a observação?
– Acho que deve dar pelo menos uma última checada de como realmente está. – terminou de me guiar até o final do corredor, de início para a sala de espera, onde todos me aguardavam. – Agora, seus familiares estão te esperando. – abraçou-me, apertando-me de uma forma que jamais imaginei que acontecesse entre nós dois. Porém, não enrolou muito no abraço, e desvencilhou nosso toque. – Seja forte... Sei que está passando por um momento difícil com Emma.
– Obrigada... – sussurrei antes que ele virasse as costas e se retirasse.
Sentei-me na poltrona acolchoada da sala de espera, permanecendo com uma pose, que faria qualquer um achar que eu não estava sofrendo. Para dizer a verdade, até eu fiquei desacreditada ao escolher o nome do nosso pequenino, e, logo em seguida, quando vi meus dois preciosos adentrarem à sala de cirurgia, acalmar-me. Eu não deveria estar tão calma, ou com a face tão limpa, coisa que minutos atrás estava totalmente o oposto.
Os minutos pareciam arrastar-se sem pressa alguma, fazendo-me sentir meu coração bater mais forte a cada segundo gasto longe da salvadora. Meus cotovelos estavam perfeitamente apoiados sobre minha coxa, e minhas mãos repousavam na altura de minha boca, enquanto meus olhos permaneciam abertos em total devaneio.
– Sis... – estremeço ao ouvir minha irmã me chamar, com aquele olhar de quem me conhecia. – Eles irão ficar bem. – sorriu fraco, recebendo meu olhar acompanhado de um sorriso forçado. – Não precisa ficar assim...
– Assim como? – perguntei cruzando minhas pernas e, com uma de minhas mãos, apertando o acolchoado da cadeira a fim de esconder meus sentimentos. – Não sou eu quem está chorando... Aliás, alguém precisa estar controlada emocionalmente diante de tanta gente chorando, hm? – ao finalizar estas palavras, não consegui evitar de pronunciar "chorando" com a voz pouco embargada.
Zelena me conhecia e sabia que eu estava acabada, e, mesmo se não me conhecesse, teria percebido minha voz de choro. No entanto, eu nunca suportei que vissem minha fraqueza em público... Jamais permitiria que vissem minha dor e sofrimento.
– E acha mesmo que irá me enganar? Justamente eu, sua irmã? – perguntou e eu assenti, fazendo-a me encarar desacreditada, mas era visível que seu desapontamento não passava de uma descontração. – Assim você me ofende! Agora... – suavizou o tom de voz, que a pouco era brincalhão, para um tom sério. – Eu sei que você não está bem, sis, leio isso em seu olhar... Pode desabafar. Pode chorar.
Respirei fundo e olhei outra vez para seus belos olhos azuis.
– Hm... Eu estou bem. – olhei firmemente para frente observando Henry abraçar seus avós. – Olhe quantos de nós realmente precisam de algum ombro amigo. Eu não preciso.
Ouço-a suspirar.
– Como você é teimosa... Céus! Está pior que Robin e Neal. – sorrimos. – Eu só digo isso porque eu te conheço... Sei que você se mostra forte na frente de todos, mas quando está comigo ou com Emma você realmente quebra todas suas barreiras... Eu observava a temível Evil Queen em sua solidão e tristeza em seu castelo. Eu observei sua mudança! No entanto, dentre tudo o que você era, a única coisa que não mudou é o hábito de demonstrar força até quando as paredes lhes cercam... Sis, eu observei até semana passada uma prefeita, que tinha tudo o que alguém desejaria, chorar silenciosamente por Emma Swan. Então não me diga que está tudo bem quando, simplesmente, o amor da sua vida e seu filho correm riscos! – tocou meus ombros, encarando meus olhos e percebendo que ela estava certa. Ela sempre estava, aliás, me conhecia tão bem. Só não tão bem como a salvadora. – Você pode mentir para si mesma, mas não para mim... E lhe peço para que não minta.
– Eu... – senti meus olhos lacrimejarem, enxugando-os com meu polegar. – Eu escolhi um nome para ele. – em meio a toda visão embaçada, por conta das lágrimas, que eu as segurava firmemente, eu sorri.
– Sério? – perguntou em tom de surpresa, talvez estranhando já que ele estava por um fio de vida, no entanto, sorriu. – Que bom! Qual o nome?
– Bryan... – aliviei-me. Pensar nele como um bebê saudável, que estava num parto saudável, aumentava minhas forças. – Pensei... Quem sabe seria uma boa ideia Emma e Bryan se mudarem lá para casa? Henry viveria fixamente conosco e Bryan teria um quartinho só para ele. – eu dizia alegremente e bastante afobada, percebendo a tristeza no olhar de minha irmã. – Teria seus tons azuis! Um enorme berço, caso ele queira espaço. – coloquei as mãos em meu queixo, pensativa. – Bebês gostam de espaço?
Zel soltou sua doce risada acompanhada por lágrimas, que percorriam em descida de seu rosto.
– Tudo o que eles precisam é amor, sis.
– Certo! – gesticulava as mãos, animando a todos. – Amor é o que jamais lhe faltará! Robin terá um priminho para brincar... E, nossa, já ia me esquecendo da surpresa que comprei para Bryan! Espero que ele ame. Não vejo a hora de vê-lo... Estou tão nervosa que parece que meu coração vai saltar. Eu nunca vi um bebê recém nascido. Exceto a Robin... Mas Bryan é meu filho.
– Mas Bryan irá passar longos meses no hospital por ter nascido tão prematuro. – disse David.
– Encantado! Nem parece o casalzinho esperançoso que tanto me enojava. – respondi-o conseguindo risadinhas de todos, até de mim. – Mas isso não é problema... Estarei aqui todos os dias, até ele receber alta. Contarei histórias da floresta encantada até ele dormir...
– É tão bom te ver animada, mãe. – Henry me abraçou, olhando em meus olhos. – Eu e Violet estaremos aqui sempre. Estaremos sempre quando precisarem de nós.
– Mas temos que nos prepararmos para tudo... Tanto para o quarto de Bryan, quanto para o... P-pior. – disse Zel.
– Não irá precisar se preparar para o pior... – a voz de Whale se fez presente, e aquela afirmação soava como musica aos meus ouvidos. –... Pelo menos, por enquanto.
Virei-me para sua direção, não aguentando o impulso da emoção pedir para abraça-lo. Corri em sua direção, usando toda minha força para abraça-lo... O homem que acabara de salvar a vida de minha namorada e filho.
– Obrigada! Obrigada! – exclamava enquanto o abraçava. – Agora, por favor, diga-me como estão!
– Acalme-se, senhora prefeita. Respire fundo, pois deve evitar fortes emoçõ...
– Eu estou calma, não está vendo!? – interrompi-o.
– Certo. – ele sorriu e não protestou uma vez sequer. – O parto, embora tenha sido bastante delicado e cuidadoso, ocorreu com sucesso. O bebê foi encaminhado para fazer todos os exames possíveis e em breve estará pronto para que você possa vê-lo. Enquanto a Emma, está a sua espera.
Aprofundei-me em passos repletos de ansiedade a dentro daquele longo corredor hospitalar, dividido em vários quartos e alas específicas para cada situação. Eu mordia o canto de meus lábios ressecados e, pela primeira vez, sem a coloração vermelha de meu batom em completo nervosismo; em completa ansiedade para vê-los.
Chegando à porta, observei Emma deitara, porém, acordada pela brecha. Bati três vezes e entreabri a porta, mostrando que era eu.
– Regina... – Emma se alegrou e estendeu os braços para que eu a abraçasse. –... Entre.
Sorri ao vê-la aparentemente bem melhor que horas atrás, correndo para abraça-la.
– Então vocês dois estão bem! – abracei-a e, delicadamente, com meu dedo polegar levantei seu queixo, convidando-a para um beijo. – Eu te amo tanto. – sussurrei encostando nossas testas, encarando suas órbitas esverdeadas a centímetros de distância. – Eu te amo tanto... E tive tanto medo de perde-la.
– Agora estamos aqui, meu amor. – ela sussurrou em meu ouvido, apoiando a cabeça em meus ombros logo após me sentar ao seu lado. – Agora somos uma família... Eu, você, Henry e Bryan. E, hm, em falar em Bryan, inspirou-se em quem para dar este nome?
O nome escolhido caíra muito bem àquela situação e, de certo modo, lembrava-me de minha salvadora.
– Por que acha que lhe daria essa resposta? – perguntei e a observei arquear suas sobrancelhas, numa feição desentendida. – Eu posso muito bem não querer te contar.
– Te conheço tão bem que diria que está mentindo. – apoiou-se para trás, ajeitando-se naquela cama. – Está falando isso para me irritar. Pois saiba que não estou irritada.
– Droga! – suspirei. – Bryan era o nome do avô da minha mãe.
– Sério? – ela perguntou ao encostar sua mão em minhas costas, sem conseguir olhar em meus olhos. – É um belo nome, e você homenageia as pessoas muito bem.
– Pois... – virei-me em direção a ela outra vez, com um sorriso enorme e entrando na gargalhada. – É mentira!
– Não acredito! – pegou seu travesseiro e o lançou contra mim.
Atirei-me ao seu lado, enchendo-a de beijos em suas bochechas, tomando cuidado para não machuca-la já que a mesma acabara de sair de uma cirurgia.
– Agora é sério! – exclamou rindo. – Inspirou-se a quem para escolher o nome.
Respirei fundo e a olhei nos olhos ameaçando fazer um suspense.
– Inspirei-me em você, Miss Swan. – respondi, olhando-a de cima, observando-a sorrir e perguntar-se mentalmente como que me inspirei em seu nome, sendo que são diferentes.
– O que?
– Você é a salvadora... Você é a minha força, Miss Swan. – eu sorri segurando e acariciando suas mãos. – O nosso filho também é forte. Por isso o nome Bryan... Significa forte.
– Ainda diz que não é boa em escolha de nomes. – disse abraçando-me e envolvendo seus braços em minha nuca, arrancando risos de mim.
– Eu sou boa em me homenagear pessoas! Agora, meu amor, precisa descansar. – beijei-lhe a testa, afastando-me com as mãos ainda dadas, deslizando nossos dedos ao nos distanciar.
Enquanto Emma descansa e nosso filho ainda está sob exames, eu precisava ir até minha casa pegar meu presente para Bryan.
POV Narrador
Killian levava suas mãos até a cabeça, encravando seus dedos entre os cabelos, visivelmente perturbado.
– Fudeu... – foi a primeira reação que teve logo ao adentrar à sala, em que Emma Swan caíra noite anterior. – O que foi que eu fiz?
Suas órbitas azuis percorriam todo o local, que possuía algumas coisas quebradas e um tapete central, que descia pela escada, totalmente bagunçado. Imagens da noite anterior assombravam seus pensamentos, deixando-o incrédulo por tudo o que havia feito.
Maldito Rum! – pensou, amaldiçoando e culpando a bebida.
Lembrava-se de chamar a ambulância logo ao deparar-se com Emma caída e pouco ensanguentada no tapete da escada. Ele não a empurrara, afinal, ela que se desequilibrou – alegava mentalmente. – Ele não tinha culpa alguma. Talvez, certa parte da culpa, pois foi ele quem iniciou a discussão.
Após os médicos levarem sua esposa para o hospital, Killian deu um sumiço pela noite inteira. Desejava ir com Emma para o hospital, e saber o que ela tinha para falar tantas asneiras noite passada, mas tinha total certeza de que a prefeita estaria em companhia dela. Sendo assim, ele precisava de um tempo até parte do efeito da bebida acabar.
– Ai! – sentou-se no degrau da sala, murmurando de dor, por conta da anestesia que perdera o efeito, e agora a dor de seus dentes quebrados tornou-se latente.
Desbloqueava o celular, observando uma foto dos dois onde aparentavam felizes. Emma, com seus cabelos soltos ao vento numa viagem aconchegante de navio; Henry estava como capitão já que Killian tirava a selfie.
Ela parecia tão feliz! O que aconteceu para mudar tanto? – perguntava-se. – Maldita Prefeita...
Apoiou a cabeça em seus próprios joelhos, abraçando-se fortemente e escondendo o rosto, iniciando um choro de tristeza e arrependimento.
– Eu fui tão burro... – resmungava.
Arrependia-se profundamente por ter discutido com Emma enquanto ainda estava bêbado. Nunca fez parte de seus planos perder a esposa obediente e perfeita. Uma verdadeira mãe. E aquele ato de sacudi-la, resultando em sua queda, foi sua maior burrice.
Ela jamais o perdoaria.
Tempo se passou, fazendo-o sentir-se bem para ir ao hospital visitar sua esposa e filho. O efeito da bebida quase não estava em seu sangue – constava ele – e seu hálito melhoraria com uma balinha de hortelã.
O hospital não era tão longe da casa de Killian, sendo assim, não demorou para chegar ao local. O pirata, trêmulo, temia por chegar e esbarrar com Regina, pois o mesmo tinha ciência de que a prefeita não estaria de bom humor para seu lado. Certamente ele era a última pessoa que ela desejava ver. Mas, para sua sorte, ela não estava no local.
– Snow, David – cumprimentou amigavelmente como e nada estivesse ocorrido. – Henry! – cumprimentou o menino, que não tinha a cara muito agradável para seu lado. – Como está Emma? Nenhum de vocês me ligou para dizer o que aconteceu...
– Por que não veio antes? – Henry perguntou desconfiado.
– Eu bebi um monte ontem, menino... Pensei encontrar a prefeita aqui, sabe, então não seria uma boa nos manter num mesmo ambiente. Principalmente quando eu não estou em mim mesmo.
– Está irritado com Regina? – Zelena não deixou de se intrometer, referindo-se que ele estivesse irritado por Regina ser a atual de Emma. Killian, por sua vez, lançou um olhar presunçoso para ela.
– Nós dois nunca nos demos bem, Zelena. Disso todos sabem e não há como negar. – todos concordaram, aliás, o que ele acabara de dizer era verdade. – E Regina ontem me deu nos nervos! Não queria causar discussões já que ela adora provocar... Tive um enorme enxaqueca e ainda quebrei meus dois dentes.
Zelena tentou prender o riso, mas falhou. Soltou uma alta gargalhada quando seus olhos pousaram nos dentes de Killian, cada vez que abria a boca para falar.
– Como quebrou os dentes, gancho? – Mary perguntava preocupada, um tanto horrorizada.
– Pergunte à Regina. – disse olhando para os olhos de Zelena. – Ela adoraria lhes contar o ocorrido.
– Regina que fez isso? – Mary perguntou desacreditada. Acompanhara a evolução da Evil Queen para a Prefeita Regina desde o início... Aquilo não era do feitio dela. – Ela não faria isso.
– Sério mesmo? – ele soltou uma risada, fazendo o sangue de Zelena ferver. – Então ela enganou muito bem todos vocês, principalmente Emma.
– Minha mãe não é uma vilã! – Henry bateu pé.
– Não estou lhe obrigando a concordar comigo, garoto. Estou apenas dizendo a todos vocês o que eu penso. – Zelena riu, conseguindo o que queria: incomodar o pirata. – Do que está rindo?
– Se foi Regina quem quebrou seus dentes, eu sinceramente devo meus parabéns à ela. – bateu palmas, rindo com Henry. – Se eu estivesse no lugar dela, arrancava sua língua junto como brinde... Assim não precisaria escutar suas mentiras.
Killian, de cabeça baixa, mas com o olhar fixo nos olhos de safiras da ruiva aproximou-se dando passos pesados sobre o piso do hospital. Manteve-se quase a centímetros de distância, dando um sorriso cínico para ela.
– E o que você está fazendo aqui no hospital? Eu não estou confortável contigo aqui... Seria bom apenas a companhia da família de Emma, não é? – olhou de soslaio para os encantados.
– Bem... Mas de qualquer forma, Zelena é da família. – respondeu Snow. – E Regina é da família também.
– E eu sou marido de Emma! Ela e a irmãzinha dela tem o dom de me irritar... Isso não atrái positividade para o ambiente, e tudo o que Emma não precisa é má positividade. Ela precisa do marido ao lado dela.
O pirata acariciou suas têmporas, lembrando-se de se manter calmo. Estressar-se não ajudaria em nada, muito pelo contrário. Apenas pioraria sua situação, e Regina Mills sairia como certa outra vez.
– Okay, Zelena, desculpe-me... Eu só estou irritado e com dor de cabeça. – falou um tanto convincente, enganando os encantados, que suspiraram aliviados ao acharem que toda a discussão cessaria. – Chega de discussões, aliás, todos estão aqui por Emma, não é?
Zelena mantinha-se paralisada, pouco de importando com suad faltas desculpas.
Desculpas de cobra! – Zelena mantinha-se certa disso.
– Que eu saiba, Killian, sua "esposa" terminou contigo ontem. – Zelena retrucou, encarando-o com firmeza.
– Pensei que tínhamos terminado com isso. – rolou os olhos, rindo internamente.
Estava muito convincente o seu papel de quem não queria discussão, enquanto Zelena descontrolava-se. Sabia como os encantados estavam divididos em quem confiar, e certamente optariam por ficarem calmos, pelo menos no hospital.
– A criança precisa do pai. – continuou tentando não gaguejar. – E Emma ainda não conversou direito sobre isso comigo, então não terminamos. E no papel somos casados. – deu de ombros.
– Engraçado... – Zel pigarreou. Todos assistiam aquela discussão, preparando-se para acalmar tudo. – A criança precisa do pai que jogou a mãe grávida do ato da escada? Você está louco!
– Saia daqui! – gritou.
Zelena não sairia daquele hospital, mas não sabia o paradeiro de Regina. Temia em Killian ter feito alguma loucura enquanto estava a caminho do hospital. E, embora fosse se ausentar do hospital, confiava em Henry para cuidar de Emma e Bryan.
– Ah, antes de eu dar uma saída, queria que soubesse que no papel vocês dois podem estar casados, mas Emma não te ama. Ela e Regina estão namorando e ninguém irá atrapalhar isso. – jogou o cabelo e sorriu, observando-o fechar a cara. – Até daqui a pouco.
A última visão que teve daquela ruiva, que empurrava um carrinho de bebê, foi de seus passos enfurecidos ao retirar-se da sala de esperas. Certamente traia Regina com ela.
Mas uma coisa era certa: Killian Jones nunca desiste de algo sem lutar. Então, jamais desistiria de seu true love sem lutar.
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