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• Seis •

Às 18:00h, o Sr. Oliveira retorna com um enorme sorriso que indica a sua condição de vencedor. Eu o parabenizo, repasso o balanço da tarde e lembro que os meus pais o aguardam às 19:30h. Ele garante alegremente que se fará presente. Fechamos a loja, não sem antes expor a gloriosa bandeira vermelha na fachada com a palavra finalistas em letras douradas, e nos dirigimos cada qual para a sua casa.

Cruzo as portas às 18:30h, e minha família já está sentada à mesa me esperando para iniciar o jantar. Peço desculpas pelo atraso, recebo desejos de boa noite de todos, com exceção da minha irmã que me cumprimenta com um abraço forte. Começo a me preocupar com o fato, quando o meu olho esquerdo capta a fonte da alegria efusiva da Mari: o Matias está sorrindo, ao lado do meu pai. Acalmo o meu coração, agora está tudo explicado. Quando o namorado está presente é como se o botão euforia fosse ativado na minha irmã.

Puxo uma cadeira e sento ao lado da minha mãe, que lança um olhar travesso em minha direção. Leio facilmente a sentença silenciosa: eu falei para não se atrasar, mocinha. Sorrio ao compreender a mensagem subliminar e ela retribui um carinhoso abraço de boas-vindas. Damos as mãos, Matias faz uma oração e passamos a degustar o maravilhoso jantar. Sempre que temos um convidado, ele é o responsável por agradecer ao Pai pela refeição. Uma tradição com a qual Matias Hobbs já está bastante habituado, afinal, o romance não integra a minha lista de prioridades. E falando em Romance... Fricciono a testa, tentando assassinar esse pensamento perturbador.

– Então, meu anjo, como foi o seu dia? – O meu pai questiona de modo atencioso.

– Ótimo! Com exceção da aula de etimologia que, sem fugir do habitual, foi uma tortura lenta e dolorosa. – Todos na mesa riem, considerando a minha declaração um mero exagero. Pobres inocentes, não compreendem a real dimensão da seriedade do problema.

– Apenas isso? Não teria alguma novidade, querida? – A minha mãe mimetiza uma expressão misteriosa.

– Na verdade, sim. – Penso na conversa com a Bel e nos novos sentimentos do Arthur. Nesses momentos, comumente me vem à mente uma leve suspeita de que a minha mãe possui escutas e espiões em vários pontos da cidade. Desde criança desconfio que ela trabalha para a CIA ou para o FBI. Ainda assim, pondero e decido manter tudo em sigilo, pelo menos por enquanto. – O time do Sr. Oliveira foi classificado para a final – declaro alegremente e afasto a minha mente dos assuntos mal resolvidos... irei lidar com eles mais tarde.

Diante da notícia, todos comemoram. O meu pai agradece à Deus e Matias, imediatamente, recorda que o Coração de Dragão é o time favorito para o campeonato desse ano. Iniciamos, então, uma discussão sobre a qualidade dos jogadores e as nuances do esporte. Boa sorte em encontrar uma outra cidade que tenha no gamão, uma modalidade esportiva de destaque. Olho para o relógio no meu pulso, 19:00h. Peço licença e subo para me trocar.

Visto uma roupa preta, calça e blusa, com poucos detalhes bancos na gola e no punho. Mantenho o ninho de passarinho mal arquitetado, que é o meu cabelo, preso, mas acrescento um pequeno broche com pedras negras, que combinam com os brincos, e finalizo a minha produção com uma maquiagem leve. Desço rapidamente e já encontro os meus pais prontos na sala de estar.

Reúno o crachá, a bolsa e o casaco, e passo pela porta junto à minha família, às 19:20h. Conforme a previsão o céu está nublado, porém, sem chuva. Entro no carro com os meus pais, enquanto a minha irmã acompanha o namorado. Não que de fato precisássemos ir de carro, considerando que o nosso compromisso da noite está a uma distância de dez minutos andando, no entanto, habitualmente temos uma mala repleta de produtos que impedem o nosso deslocamento por uma via mais fitness.

Chegamos à igreja três minutos depois e me posiciono em frente às enormes portas de madeira. Para a minha absoluta alegria, essa semana estou escalada na recepção. Matias e Mari guardam as roupas destinadas à doação no templo, e se colocam na primeira fileira de bancos, diante do púlpito. Hoje ela trará uma palavra à igreja, e experimenta um misto de alegria e nervosismo. Meus pais cumprimentam os membros já presentes e se encaminham para o assento ao lado do alegre casal.

Meu pai iniciou a vida como pastor antes do meu nascimento, há vinte e cinco anos. Segundo ele conta, quando aceitou o cargo pensou em dois pontos: o primeiro, era que finalmente cumpriria o propósito de Deus para a sua vida, e o segundo, era a enorme responsabilidade que portava agora em suas mãos. Ele ama o seu chamado, e sempre diz que o Senhor foi generoso e gentil em convocá-lo para essa missão.

A igreja que cuidamos, Fruto do Espírito, é a maior da cidade, possui uma média de mil membros, e propaga o amor e a bondade de Deus desde 1930. Exatamente, o ano da fundação da cidade. Como? O meu bisavô era capelão e quando encontrou um povoado sem pastor, soube imediatamente que ali era o seu lugar. Ele tinha apenas vinte anos na época. Inclusive, ele e a minha bisavó foram um dos primeiros a se casarem na cidade recém estabelecida.

Meu bisavô construiu a Fruto do Espírito com as próprias mãos, toda em madeira, com lindos vitrais dourados, que simulam na igreja a mesma imagem que o reflexo do sol gera no rio. Infelizmente, ele faleceu jovem, ainda aos cinquenta anos, de problemas cardíacos, mas o seu trabalho não foi em vão, e o meu avô assumiu o templo em 1960. Anos depois, quando este envelheceu, meu pai o sucedeu na honrada tarefa. É interessante observar que nunca faltaram pastores na família Benedetto. Deus sempre cuidou de cada detalhe.

O louvor inicia precisamente às 19:30h. As pessoas chegam aos poucos, incluindo o Sr. Oliveira, o Lucas ao lado da esposa, e o Sr. Boaventura, com a companheira e os dois filhos. A recepção é uma das minhas incumbências favoritas, muito embora também integre o grupo de jovens, o ministério infantil, o apoio social e a equipe de organização de eventos... Apenas. O meu pai já está ao microfone, desejando boas-vindas a todos, quando Bel entra com a família. Cumprimento a sua mãe e o seu padrasto, que se encaminham para os assentos na terceira fileira, e abraço a Laurinha, sua irmãzinha de sete anos, antes de pedir a uma das professoras que a acompanhem até a salinha. Bel permanece na minha frente, em um silêncio sepulcral.

– Cat... – Ela para sem saber ao certo como continuar. Vejo a sua mente buscar desesperadamente uma tática de combate e decido intervir no processo.

– Está tudo bem, Bel. Eu sei que você almeja somente a felicidade dos seus amigos – declaro em um tom suave. – Fico grata por ter compartilhado a verdade comigo. Aliás, um segredo desse nível não pode ser escondido nem sob pena de morte – completo com um sorriso travesso. Ela sorri, divertida, e a minha alma fica mais leve. Não consigo imaginar viver em um mundo no qual eu e a Bel não possamos conversar livremente sobre qualquer assunto.

– Obrigada pela compreensão, Cat. Fico feliz que esteja tudo bem entre nós. Afinal, você e o Arthur são muito importantes para mim – afirma com um longo suspiro de alívio. Um forte indício de que o seu coração estava tão pesado quanto o meu. – Na verdade – ela ostenta um semblante sério e coloca a mão sobre o peito –, eu prometo solenemente que não irei mais me intrometer nesse assunto. Melhor, vou apagá-lo da minha mente. A propósito, sobre o que falávamos mesmo? – Questiona com uma expressão de confusão fingida.

Nós duas rimos e tudo aparenta estar de volta ao estado habitual, como se a conversa no Divino Sabor jamais tivesse ocorrido. Nos abraçamos, e o momento parece perfeito. Entretanto, repentinamente, sinto a minha amiga gelar e enrijecer. A sua face torna-se pálida, como a cera de uma vela, e os seus olhos, vidrados e assustados. Ela me encara de maneira angustiada e sussurra um quase inaudível: "eu não sabia". Posteriormente, a assisto desviar a atenção do meu rosto e direcioná-la para frente, como se focasse em algo além de mim. Ao me virar entendo a razão da sua aflição.

Um charmoso jovem, forte, de 1,80m, com cabelos castanhos e sedosos, olhos verdes e sorriso marcante, caminha alegremente até nós. Infelizmente, existem situações que são impossíveis de prever e ainda mais difíceis de esconder. Talvez agora eu precise contar à minha família sobre o Arthur. Porque como, em nome do Pai, eu vou explicar a sua presença na minha igreja pela primeira vez em nove anos?

Arthur, Arthur... o que você vai aprontar, meu rapaz? Vamos ao próximo capítulo voandoooo!!

Se está gostando dessa estória, que tal deixar uma estrelinha tão brilhante quanto você?

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