𝑾𝒉𝒊𝒍𝒆 𝒚𝒐𝒖 𝒘𝒆𝒓𝒆 𝑺𝒍𝒆𝒆𝒑𝒊𝒏𝒈
LUCERYS SE DEBRUÇOU sobre o corpo de Aerea. Sua garganta estava fechada, seu corpo todo doia, sua mente estilhaçada. Ele não estava respirando corretamente e as lagrimas manchavam seu rosto.
Daemon chegou até eles com Jacaerys e Aemond ao seu lado. O príncipe consorte arregalou os olhos e Jacaerys abriu a boca em espanto.
— Não! – Aemond gritou, se jogou ao lado do corpo da irmã mais nova. Ele levou a mão ao rosto de Aerea que estava sem cor e quando retirou as mãos notou qu elas estavam machadas de sangue, sangue que não era dele, era de sua irmãzinha, a sua Aerea. A irmã por quem faria qualquer coisa. A sua irritante passarinho. Aemond sentiu as lágrimas deslizarem por seu rosto, sem a sua permissão. Tamanha era sua dor.
Daemon caiu de joelhos. Ele havia falhado com Viserys, ele havia falhado com Aerea, ele havia falhado com Rhaenyra. Quando a batalha começou ele prometeu que nenhum deles cairia, não se ele pudesse evitar. Seu coração apertou. Deuses, ele havia perdido outra filha.
Lucerys ainda chorava agarrado a Aerea. O príncipe a pegou no colo com todo cuidado do mundo. E então iniciaram a caminhada de volta ao castelo.
Quando chegaram a fortaleza , Aerea iria ser levada para os aposentos dela, mas Lucerys instiu em a colocar nos aposentos dele. E assim a princesa foi colocada na cama. Meistres foram chamados, com urgência. Lucerys não saiu do lado da esposa, nem por um segundo sequer.
— Ela está só dormindo. – ele susurrou quando os meistres saíram do quarto, depois de cuidarem das feridas.
Ao examinarem o corpo da princesa. Os meistres descobriram que ela estava grávida. Isso fez a família toda entrar em choque. Aerea não estava morta, mas o meistre não acreditavam que ela pudesse se recuperar. Quando disseram isso a Rhaenyra, a rainha desabou em lágrimas. Aemond chorou e foi consolado por Rhaena, Jacaerys tentou falar com o irmão mais novo, mas Lucerys se recusava a falar com quem quer seja, repetindo para todos que Aerea só estava dormindo, que ela e o bebê estavam bem, que ficariam bem, tinham que ficar.
A única que conseguiu falar com o príncipe foi Rhaenys. Os dois choraram a morte de Corlys.
Nas horas que se passaram, Lucerys não saiu de perto da esposa. Ele não era devoto aos deuses, mas ele rezou e pediu a qualquer que fosse a divindade que o estivesse escutando naquele momento, que sua mulher e seu filho ficassem bem. Céus, ele já havia perdido o avô, não aguentaria perder a esposa também, nem mesmo a criança que ela carregava.
Quando o coração de Aerea começou a bater mais lentamente. Lucerys implorou para que levassem ele, não ela, não o bebê que ela sequer chegou a saber da existência.
O príncipe não comeu e não bebeu. Ele ainda estava com a roupa que usou na batalha, quando Aerea deu sinais de que acordaria. Ele chorou de felicidade quando ela abriu os lindos olhos lilases.
— Coração de fogo. – ele chorou. Agarrado a mão da esposa, que o encarou levemente atordoada. — Como se sente, meu amor?
— Como se tivesse sido perfurada por flechas. – a princesa tentou rir, mas seu corpo protestou e Lucerys a reprendeu. — Preciso te contar algo.
— Eu também. – Aerea arqueou as sobrancelhas para o marido.
— Eu estou grávida
— Você está grávida.
Os dois falaram ao mesmo tempo e se encararam, com caretas de confusão estampadas em seus rostos.
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