— ONDE ESTA A MINHA irmã, Daemon ? – Aerea gritou.
Lucerys entrou na sala, ao lado de sej irmão mais velho. O príncipe foi em direção a noiva. Segurando sua mão. Tão aflito quanto ela.
— Minha mãe está em trabalho de parto. – ele susurrou para a princesa, que olhou para o noivo. Seus olhos arroxeados se arregalaram levemente.
— Mas ainda não é o tempo certo. – Aerea susurrou de volta. Apertando a mão do príncipe em busca de conforto.
— Minha mãe decretou que nada será feito enquanto ela estiver acamada. – Jacaerys informou aos lordes.
Daemon olhou para os adolescentes, demorando mais em Aemond, que estava encostado na entrada, de braços cruzados. Apenas observando toda a confusão.
— Precisamos que patrulhem os céus com Vermax e Arrax. – Daemon se apoiou na mesa pintada.
— Você ouviu o que eu disse ? – Jacaerys voltou a dizer, de forma firme para o padastro.
— Os corvos, lorde Bartimos. – Daemon se virou para os lordes, que estavam calados ao redor da mesa pintada. Sem realmente saberem o que deveriam fazer, ou quem deveriam obedecer na ausência de Rhaenyra.
— Serão enviados agora. – O lorde citado por Daemon saiu da sala.
— Convoque sor Steffon. Quero a nossa guarda real em monte dragão. – Daemon disse. O príncipe Targaryen saiu da sala, mandando que todos os adolescentes que estavam presentes o seguissem. — Venham comigo! Mostrarei o significado de lealdade.
Aerea, Lucerys, Jacaerys e Aemond foram juntos de Daemon para o monte dragão, onde dois mantos brancos, da gaurda real, já os esperavam. Nenhum deles sabia exatamente o que Daemon planejava com aquilo, mas resolveram aguardar. Os adolescentes ficaram em fileira, todos atentos ao que aconteceria ali. Daemon foi para frente.
— Fizeram um juramento como cavaleiros da guarda real. — ele começou.
— Como todos que vestem manto branco, meu príncipe. – o primeiro guarda respondeu.
— A quem ? – Daemon perguntou.
— Primeiro jurei ao rei Jaehaerys, meu príncipe. Depois a sua majestade, o rei Viserys, quando ele o sucedeu.
— Reconhecem a verdadeira linha de sucessão?
— Sim! – o primeiro respondeu
— sim, meu príncipe! – o segundo olhou para o príncipe no topo da colina.
— Vocês lembram, quem o rei Viserys nomeou sua herdeira, antes de sua morte?
— A princesa Rhaenyra. – assim que o homem disse, Daemon passou o olhar por Aerea e Aemond, ainda parados ao lado dos príncipes Velaryon.
— Sou grato pelo longo serviço de vocês á coroa. Vou conceder-lhes uma escolha. – Caraxes surgiu entre as rochas, logo atrás de Daemon. Como se soubesse os planos de seu montador.
Os dois mantos brancos recuaram um passo, quando o dragão rugiu. Os adolescentes olharam para o dragão vermelho ao mesmo tempo.
— Façam novamente seu juramento á Rhaenyra como rainha e ao príncipe Jacaerys como herdeiro ao trono de ferro. Ou... se apoiam os usurpadores, falem agora. – Daemon olhou novamente para Aerea e Aemond. A princesa levantou as sobrancelhas em desafio. — E terão uma morte descente e honrada. Mas se escolherem traição, se jurarem lealdade agora e virarem seu mantos. Morrerão.... aos gritos.
Os dois guardas jurararam lealdade á Rhaenyra.
— Isso vale para vocês dois também, Aerea e Aemond.
Lucerys se colocou na frente da noiva, para a proteger. Aemond foi para seu lado, mesmo sabendo do que a irmã era capaz, ele não arriscaria, não com Daemon, o tio era um guerreiro formidável, mas ele também era, assim como sua irmã.
— O que quer dizer com isso ? Daemon. – a garota olhou para o tio, traição brilhando em seus olhos lilases.
Vermithor pousou nas rochas, atraído pela fúria de sua montadora. O dragão de bronze era maior e mais velho que Caraxes e, naquele momento, estava muito mais furioso.
— Acha que compactuamos com Aegon ? estivemos o tempo todo aqui, em pedra do dragão, com vocês. Se acha que nós queriamos que ele usasse a coroa está enganado. – Aerea começou, saindo de trás de Lucerys e encarando Daemon.
— Aegon não serve para ser rei. se acha que conhece os gostos dele, está enganado, ele é muito pior. – Aemond disse em apoio a irmã. Infelizmente, aquilo era a mais pura verdade. Aemond já havia presenciado inúmeras vezes as maldades de seu irmão mais velho, algumas tão deturpadas que até mesmo ele, que não possuía um caráter tão bom assim, achava hediondo. Se não fosse por sua mãe, Aegon estaria morto a muito tempo, Aemond o teria matado se pudesse. Helaena e Aerea eram tudo para ele e Aegon havia as machucado, mais de uma vez.
— Ele se senta no trono de ferro, usa a coroa do conquistador, a espada dele, e é irmão de vocês...
— Assim como Rhaenyra também é nossa irmã. Nosso pai teve 20 anos para nomear Aegon herdeiro no lugar dela e ele não o fez. – a princesa retrucou.
— Vão lutar contra sua mãe, seu avô, seus irmãos, seu irmão gêmeo Aerea. Contra o tutor de vocês ?
Aerea sentiu o estômago pesar com a fala do tio.
[...]
O funeral da bebê Visenya estava acontecendo em monte dragão. A pira da bebê Targaryen ardia com o fogo. Daemon e Rhaenyra estavam no alto da colina. Os lordes estavam espalhados pelo lugar. Aerea e Aemond olhavam tudo atrás das pessoas. A capa que usavam eram de veludo, eram Verdes. A princesa tinha lágrimas nos olhos lilases. Ela arricou olhar para Lucerys ao lado dos irmãos, encontrando o olhar do príncipe já focados em si.
A atmosfera era de tristeza, raiva, medo do que estava por vir. Aerea havia perdido o pai, assim como Aemond, mas Rhaenyra, era muito mais apegada ao homem e em um intervalo pequeno de tempo, ela havia perdido o pai, o trono e a filha que tanto aguardava.
A princesa reconheceu sor Erryk, quando o mais velho apareceu no horizonte. Seu escudo juramentado chegou em pedra do dragão, sendo escoltado por dois guardas. Ele tinha a coroa do rei Viserys em mãos. E oferecendo sua lealdade a Rhaenyra, o homem ficou de joelhos.
— Eu juro proteger a rainha, com todas as minhas forças, e dar o meu sangue pelo dela. Não tomarei nenhuma esposa, não terei nenhum filho. Guardarei seus segredos. obedecerei seus comandos, andarei ao seu lado e defenderei seu nome e sua honra. – as palavras do homem reverberam por todo o monte.
Daemon pegou a coroa da mão do manto branco e andou até Rhaenyra. O príncipe colocou a coroa na cabeça da esposa, se colocando de joelhos alguns segundos depois.
— Minha rainha!
Todos se ajoelharam um a um para a rainha, menos Aerea, Aemond e Rhaenys. Todos os três por motivos diferentes. Os lordes foram levados de volta para a sala da mesa pintada.
— Minha princesa! – Sor Erryk susurou enquanto a escoltava até a sala.
— Sor Erryk! – a garota susurrou de volta. Um meio sorriso em seu rosto. Rhaenyra apareceu na entrada.
— Rainha Rhaenyra Targaryen, primeira de seu nome, rainha dos Ândalos, dos roinares e dos primeiros homens. Senhora dos sete reinos e protetora do reino. – Daemon a anunciou.
Por um momento, os pensamentos de Aerea se perderam na bagunça que havia se tornado sua mente. Ela estava perdida, e quando voltou a realidade, com o toque suave das mãos de Aemond sobre as suas. Rhaenyra falava com os lordes sobre o poderio de pedra do dragão. Um dos guardas entrou na sala, chamando a atenção de todos para si.
— Um navio foi avistado, majestade. – o homem disse. Um arrepio gélido se fez presente na coluna da princesa.
Rhaenyra olhou em direção a Aemond e Aerea, que estavam sobre a tutela de dois guardas. Lucerys, que estava sendo impedido de ir até a noiva, sentiu uma mistura de medo e nervosismo, apreensivo com o que estava prestes a acontecer. Rhaena passou um olhar por Aemond, antes de sair da sala, acompanhada de Jacaerys, que puxou Lucerys e Baela.
Aerea olhou uma última vez para o Velaryon. Seu peito se apertou. Aemond alisou sua mão, a confortando de sua maneira.
[...]
— Venho por ordem da rainha viúva, Alicent Hightower. Mãe do rei Aegon, segundo de seu nome. Lorde e protetor do reino. Fui orientado a entregar uma mensagem a princesa Rhaenyra pessoalmente. onde a princesa está ? – Otto Hightower anunciou.
Um rugido ensurdecedor se fez presente, assustando alguns dos guardas. Syrax foi vista por todos, na ponte. A dragão pousou atrás dos guardas de Otto, Rhaenyra desmontou. Ela usava a coroa do rei Viserys acima dos cabelos prateados soltos.
— Princesa Rhaenyra.
— Eu sou a rainha Rhaenyra agora. E todos vocês são traidores do reino.
— O rei Aegon Targaryen, segundo de seu nome, com sua sabedoria e desejo de paz, oferece um acordo. Reconheçam Aegon como rei e jurem obediência ao trono de ferro, permitam que a Princesa Aerea e o príncipe Aemond voltem para sua família, em troca, sua graça confirmará sua posse de pedra do dragão. E passará para seu legítimo filho, Jacaerys, após sua morte. Lucerys será confirmado como legítimo herdeiro de derivamarca e próximo senhor das marés. Seus filhos com o príncipe Daemon também terão posições de alta honraria na corte do rei Aegon. Aegon mais jovem será escudeiro do rei e Viserys II seu copeiro real.
— Eu prefiro servir meus filhos de comida aos dragões do que vê-los carregando escudos e taças para aquele rei, canalha, bêbado e usurpador. – Daemon respondeu para o Hightower.
— Nós iremos considerar. Quanto as crianças, meus irmãos, podem os levar.
Aerea e Aemond foram trazidos por dois guardas. A princesa correu até o avô. Vhagar e Vermithor subiram aos céus. Daemon e Rhaenyra voltaram ao castelo.
A volta a capital foi sem dúvidas estranha. Aerea foi recebida por Helaena na fortaleza vermelha. Os gêmeos a abraçaram. Dizendo o quanto sentiram falta dela. Aemond e ela foram levados para um passeio de carruagem na cidade, Alicent anunciou o seu noivado com Daeron e mais tarde, nos aposentos da princesa Aerea, a rainha apertou seu rosto com as unhas quando ela disse que não queria se casar com seu gêmeo.
— Você não quer ser uma boa irmã ? – A rainha havia gritado.
Aerea havia engolido o choro, não dando a satisfação de a ver fraquejar para a mais velha.
[...]
As ondas quebravam na praia lá embaixo. Aerea sentia o coração martelar dentro do peito. Aemond ao seu lado olhava para a irmã mais velha do mesmo modo enigmático de sempre. Ela amava seu irmão e ela sabia que Aemond a amava, ela esperava que o príncipe lutasse pelo certo, assim como ela havia escolhido fazer.
— Eu preciso saber Aerea, Aemond. Vocês são meus ou de Aegon. – Rhaenyra perguntou. Olhando para os dois irmãos mais novos.
— Eu sirvo você. – Aerea respondeu com convicção.
— Não gosto de você, mas não quero Aegon no trono de ferro. – Aemond respondeu. Para o alívio das duas.
— Eles são sua família.
— Servimos você, Rhaenyra.
[...]
Otto Hightower sem saber, estava levando dois espiões da corte dos negros para o coração da corte dos verdes.
🔥 ⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro