DAEMON SE LEVANTOU BATENDO as mãos na mesa fortemente.

— Eu mato vocês.

Jacaerys olhou para Aemond, Aemond olhou para Daemon. Baela e Rhaena olharam para a madrasta, Rhaenyra puxou a mão do marido.

Os convidados e aliados da rainha Rhaenyra olharam cada um para um canto. Constrangidos com toda a situação, ou só em respeito ao príncipe consorte e seu papel de pai protetor. Sor Manderly que ainda estava confuso, caminhou para mais perto da princesa em um ato de proteção.

— Vou dar um minuto para correrem, depois disso, eu vou atrás de vocês... e não importa onde estiverem, eu vou os achar. – sua voz saiu raivosa.

— Meu bem... – Rhaenyra tentou sair em auxílio das enteadas, filho e irmão.

Jacaerys foi o primeiro a correr, depois de beijar a bochecha de Baela. Aemond olhou de Rhaenyra para Daemon. O príncipe consorte tinha uma feição assassina depois do ato do príncipe Velaryon. O Targaryen correu na direção oposta de Jacaerys, depois de também beijar a noiva. Arrancando um tornado de Daemon.

Aerea engasgou de tanto rir ao lado de Lucerys.

— Eu amo os jantares em família. – ela sussurra para o noivo entre as risadas.

— Não pense que está livre Lucerys... corre. – Daemon se virou para o enteado.

— O que? tio Daemon?  – a princesa se virou na direção do tio.

Lucerys arregalou os olhos, se levantando no mesmo momento. O príncipe olhou para a noiva e depois para a mãe, buscando auxílio. Daemon levantou as sobrancelhas de modo inquisitivo, suas mãos no cabo da espada. O príncipe correu pela mesma direção que o irmão mais velho se foi.

— Caçada? eu gostei. – Aerea pegou um dos pratos que estavam na mesa.

Daemon se lavantou em um pulo, e saiu furioso em busca dos garotos, deixando mais de um lorde assustado em seu lugar na mesa. 

— Então, meninas, querem ir a uma festa do pijama nos meus aposentos? – Aerea perguntou para Rhaena, Baela e Helaena que se viraram para a princesa.

— Claro. – Baela riu, mesmo nervosa com o que o pai faria com seu noivo. Ele o devolveria interior não é?

— Você está convidada. Aliás, não sei seu nome ainda. – A princesa se virou para a garota que estava calada ao lado de Addam.

— Urtigas. – ela susurrou.

— Bom, podem servir as sobremesas. – A rainha deu a ordem. Os criados trouxeram bolos e tortas doces da cozinha.

[...]

A respiração de Lucerys estava desregulada. O príncipe estava ofegante quando virou na passagem que o lavaria até o quarto de Aerea. A pressão apitava em seus ouvidos. Ele viu a sombra de Daemon crescer no final do corredor e desejou sorte ao irmão mais velho. Lucerys esperava com todas as suas forças, que Daemon encontrasse Aemond primeiro, pelo bem de seu irmão.

O príncipe empurrou a parede de pedra, caindo nas almofadas dos aposentos de Aerea. Quando levantou a cabeça, cinco par de olhos o encaravam. As garotas formavam um um círculo em volta de onde ele havia caído.

— Luke? – Aerea o chamou.

— Jacaerys está bem?  – Baela perguntou afoita.

— E Aemond?  –  Rhaena também perguntou.

Aerea ajudou a príncipe a se lavantar. Lucerys respirou fundo, suas mãos entrelaçadas com as da noiva.

— Não sei. – ele respondeu as gêmeas  — Me separei de Jacaerys á dois corredores atrás, não vimos Aemond, então provavelmente ele está escondido nas passagens. Daemon nos achava a cada corredor, parecia que ele sentia nosso cheiro. – O príncipe abraçou Aerea contra seu corpo.

— Como sabe da passagem do quarto da minha irmã? –  Helaena perguntou.

— Eu mostrei. – Aerea sorriu. — Vem, nós estamos fazendo uma festa do pijama.

Baela e Rhaena andavam de um lado ao outro do quarto da princesa. As duas estavam nervosas e apreensivas. A  Targaryen estava em uma conversa animada com Helaena e de vez em quando, Urtigas, puxada por Aerea entrava no assunto e falava algumas palavras. Lucerys tentava recuperar seu fôlego.

Na manhã seguinte, toda a corte estava reunida no salão do trono de ferro. Rhaenyra iria nomear Corlys Velaryon como seu novo lorde mão. Daemon que estava ao seu lado não parecia nada satisfeito.

Jacaerys, Aemond e Lucerys estavam ao lado do trono, e cada olhada que Daemon dava na direção deles, os três davam um passo para trás. Aemond tinha um corte na bochecha e Jacaerys estava com um ematoma abaixo dos olhos. Quando Aerea perguntou ao irmão o que Daemon havia feito, Aemond arregalou o olho e negou com a cabeça, quando Baela perguntou a mesma coisa para Jacaerys, ele teve uma reação semelhante a do príncipe Aemond.

— Pelo menos os noivados ainda estão valendo, não é?  – Helaena perguntou a elas baixinho.

— Devemos isso a Rhaenyra. Ela teve que brigar com Daemon ontem a noite. depois da "conversa" que Daemon teve com os meninos. – Aerea respondeu para a irmã.

— E como sabe disso? – Baela perguntou curiosa.

— Eu não revelo meus segredos, cara Baela. – A princesa respondeu. Seus lábios curvados em um sorriso.

— Os ratos contam. – Helaena susurrou. Deixando as outras duas garotas ainda mais confusas.

— Papai perguntou para nós se realmente queríamos nós casar. – Rhaena deu uma risada contida.

— Ele perguntou para mim também. Achei fofo. –  Aerea riu ao lado das gêmeas. Era estranho ter alguém que a perguntasse aquilo.

— Quero anunciar que em alguns dias, os casamentos de meu herdeiro, Jacaerys Velaryon com Baela Targaryen, seguidos pelo casamento de meu segundo filho e herdeiro de Derivamarca, Lucerys Velaryon, com minha irmã, Aerea Targaryen, e o de minha enteada, Rhaena Targaryen com meu irmão, Aemond Targaryen, serão celebrados diante da fé dos sete. 

Rhaenyra anunciou a corte e Daemon resmungou ao lado da rainha.

— Por todo o reino será espalhada uma recompensa pelos traidores Aegon II Targaryen, Criston Cole e quem os ajudarem. Queremos os dois, vivos ou mortos. – Daemon anunciou.

Os mantos brancos saíram, com a ordem de espalhar a notícia da recompensa para quem pegasse Aegon e Criston, embora os dois estivessem bem mais próximos do que todos imaginavam.

[...]

Aerea alisava o vestido branco que usava, com as mãos. Ela estava nervosa e suas mãos tremiam sobre o tecido. Seu cabelo prateado estava preso em tranças como uma coroa em sua cabeça. Baela e Rhaena possuiam penteados semelhantes. Os vestidos das duas eram brancos assim como o de Aerea, apenas as capas eram diferentes. As três estavam nos aposentos da rainha. Sendo devidamente arrumadas para o casamento.

— Nervosas? – Rhaenyra perguntou, a rainha estava vestida de preto e vermelho dos Targaryen. A coroa do rei Viserys estava em seus cabelos prateados.

O dia do casamento havia finalmente chegado.

— Se alguém tivesse me dito  que eu estaria prestes a me casar com Aemond Targaryen, e o pior, que eu estaria feliz por isso, mandaria a pessoa ir visitar o fosso dos dragões. –  Rhaena sussurou.

Aerea, Rhaenyra e Baela deram risadas. 

Jacaerys estava esperando no altar, em frente ao trono de ferro. Quando Baela chegou, Daemon foi até ela. O príncipe consorte levou a filha até a o altar. Dando uma olhada para o príncipe herdeiro, Daemon tirou o manto de Baela, e saiu. Jace colocou um novo manto sobre os ombros de Baela e a garota sorriu para o noivo.

Depois de algumas palavras o septão do castelo terminou a cerimônia. Baela puxou Jacaerys para um beijo. Os dois pararam com os resmungos de Daemon.

Os próximos foram Rhaena e Aemond. Daemon entregou a filha para Aemond, retirando seu manto e Aemond colocou seu próprio manto sobre os ombros de Rhaena, passando sua mão pela cintura da garota.

O septão terminou a cerimônia.  Aemond puxou Rhaena para ele, beijando a noiva.

Aerea olhou para as pessoas na corte, suas mãos suavam. Lucerys estava a esperando no altar, seu noivo estava lindo com as cores Targaryen e Velaryon misturadas. O príncipe sorria. Deixando seu coração acelerado. Alicent estava na cerimônia, ao lado de Sor Manderly, mesmo com raiva dos filhos, Rhaenyra permitiu que ela assistisse a cerimônia de casamento.

— Não me deixe cair. –  Ela disse para Daemon, que a escoltaria até o altar.

— Nunca. –  Daemon sorriu de canto. Estendendo a mão para a sobrinha.

Os dois caminharam com passos lentos até o altar. Cada passo que eles davam, o coração de Aerea batia mais rápido contra seu peito. Quando os dois finalmente chegaram no altar, Daemon retirou o manto preto e vermelho com o brasão dos Targaryen, que Aerea usava. Lucerys sorriu para a princesa colocando o manto verde água dos Velaryon sobre seus ombros. Como mandava a tradição.

— Você está linda. – o príncipe susurrou.

— Você também, meu amor.

O septão falou algumas palavras. E Lucerys estava hipnotizado pela imagem da noiva a sua frente.

— Eu o tomo como meu marido. – Aerea se virou para Lucerys.

— Eu a tomo como minha senhora e minha mulher. – Lucerys repetiu a fala.

— Eu os declaro marido e mulher. Vocês são uma carne, um coração, uma alma, agora e sempre. –  o septão declarou.

— Para qualquer que seja o fim, coração de fogo. –  Lucerys juntou suas testas.

— Mesmo quando esse mundo for um susurro de terra esquecido em meio às estrelas, amarei você. – Aerea beijou o príncipe. Que levou as mãos ao rosto da princesa, sorrindo em meio o beijo. Os dois se separaram com os aplausos das pessoas da corte, sorrindo um para o outro.

🔥 ⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡ Casamento veio fml.