𖥔 ˑ ִ ۫ ּ ֗⚔ 𝑭𝒊𝒓𝒔𝒕 𝒋𝒖𝒎𝒑
QUANDO A PRINCESA desceu com o dragão, uma hora depois de ter subido aos céus. Seus cabelos loiros prateados, estavam desgrenhados, seu rosto sujo de fuligem. O vestido, estava rasgado em vários lugares diferentes. Mas seus olhos violetas brilhavam, em pura felicidade.
Suas mãos sangravam nos lugares que haviam sido arranhadas, quando caiu no fosso mais cedo. Sua mãe, com toda certeza do mundo a mataria. A princesa mordeu o lábio, quase caindo do dragão, quando ele pousou em frente ao fosso.
Um dos cuidadores olhava para a princesa espantado. Vermithor abriu as asas atrás da menina, soltando um rugido alto, chamando a atenção dos cuidadores, que olhavam a fera abismados.
— Não o prendam! Ele não gosta de correntes. – a princesa deu a ordem.
O cuidador acenou com a cabeça freneticamente, em confirmação, ainda olhando a fera atrás da pequena princesa.
— Meus sobrinhos ainda estão aqui ? – ela perguntou.
— Não, minha princesa. O príncipe Lucerys foi levado pelo comandante da guarda da cidade, junto do príncipe Jacaerys, de volta a fortaleza. – o homem informou, misturando o alto valiriano com a língua comum.
A princesa abriu a boca novamente para falar algo, sendo interrompida pela chegada de Sor Criston Cole, o escudo juramentado de sua mãe. Vermithor rugiu, fazendo alguns dos homens que acompanhavam Sor Criston, tamparem os ouvidos.
O cuidador de dragões, chamou a atenção de Vermithor. O levando de volta a sua caverna, sem o colocar nas correntes, daquela vez, como a princesa Aerea havia instruído.
— Estou encrencada ? – princesa perguntou ao homem, que tinha um sorriso brincalhão no rosto.
— Com toda certeza! Princesa. – Criston respondeu de modo risonho, orgulhoso com a conquista da criança.
Sor Criston foi uma figura recorrente em toda a sua vida, até mais que seu próprio pai. Então, consequentemente, a princesa era muito apegada ao homem. Criston a ensinava a usar a espada, com a ajuda de Aemond e algumas vezes de Aegon. Quando sua mãe não estava prestando muito atenção nela, apesar de ser somente uma brincadeira para os homem e seus dois irmãos mais velhos.
Aerea amava estar no pátio de treinamento. A princesa amava lutar, mas Alicent não veria com bons olhos uma menina fazendo algo que ela considerava uma coisa apenas para meninos. Então, a garota treinava escondida e, quando assitia os treinamentos dos irmãos mais velhos e sobrinhos, tentava absorver tudo que era ensinado, para repetir mais tarde.
Muitas vezes, Aemond a tirava da cama tarde da noite. Os dois iam até o pátio, escondidos, pelas passagens de Maegor. Muito cinhecidas pelos dois irmãos que amavam a explorar. No pátio os dois treinavam até se cansarem, e voltavam para cama.
Seu irmão mais velho, sempre dizia que eles tinham que estar preparados. Aerea não entendia muito bem o que o irmão queria dizer com aquilo, mas ela gostava do tempo que passavam juntos.
[...]
— O que você tinha na cabeça ? – a rainha Alicent gritou com a filha, assim que a princesa passou pela porta de seus aposentos.
Na câmara da rainha estavam a própria rainha, a recém cehgada princesa Aerea, Sor Criston, o príncipe Aemond e a princesa mais velha, Helaena.
— Não fiz por mal, mamãe... – a criança tentou se defender, tendo os olhos julgadores da rainha sobre si.
— Você podia ter morrido, Aerea! – a rainha gritou novamente. A princesa mordeu os lábios em um ato de nervosismo. Aerea não gostava quando sua mãe gritava.
— Mas eu não morri! E agora monto um dragão. – A princesa contou, encarando a mãe.
— Foram os filhos da Rhaenyra, não foram ? a levaram até o fosso e a deixaram caminhar entre os dragões. – Alicent estava furiosa. Aerea levou a mão a boca, mordendo as laterais de seus dedos. Era uma mania, sempre que estava nervosa, preocupada ou ansiosa, ela arranhava os dedos para descontar o que sentia. Sua mãe suavizou a expressão quando notou o que ela fazia, sendo lavada aos dias em que fazia a mesma coisa consigo mesma.
A rainha a puxou, abraçando a garota contra seu corpo. Alicent alisou os cabelos prateados da filha. Beijando o topo de sua cabeça.
— Um não deve ficar sem o outro. – Helaena susurrou de modo sereno em seu lugar. A outra princesa tinha algum bicho que Aerea desconhecia em suas mãos.
— Luke e Jace não fizeram nada. Eu que quis explorar o fosso, sozinha. – a garota contou para a mãe, tentando amenizar a ira da mais velha.
Alicent bufou de raiva, soltando a menina de seus braços.
— Seu pai quer falar com você. — A rainha avisou, indo em direção a Helaena.
Aemond se levantou e caminhou até a irmã, sorrindo de modo animado para ela.
— Você conseguiu um dragão. — O príncipe disse de modo alegre, assim que passaram pela porta. Sor Erryk os seguia.
— Montei em Vermithor. Você logo terá o seu e, então, nós dois, Helaena, Jace e Luke, voaremos por horas. Aegon pode nos acompanhar, mas duvido que queira — A princesa tagarelava animada com a possibilidade de um futuro em que todos que amava voavam ao seu lado.
Aemond sorriu contido para a irmã mais nova, a acompanhando até a sala do pequeno conselho, onde seu pai, o rei Viserys estava, junto de seu lorde mão, lorde Lyonel Strong.
— Majestade, soube que queria me ver. – Aerea fez uma pequena reverência ao pai. Assim que as portas foram abertas.
— Você reenvidicou um dragão hoje, meus parabéns, minha querida! Qual deles foi ? — O rei sorriu.
O Targaryen estava sentado em uma das cadeiras da mesa do pequeno conselho. O lorde Strong estava ao seu lado. Seu pai aparentava estar cansado, sua doença misteriosa piorava a cada ano, deixando no rei, suas marcas profundas.
— Vermithor, meu pai! – ela contou animada.
— O dragão do rei Jaehaerys. – o rei abriu mais o sorriso. — E você Aemond, quando terá um dragão ?
Aerea viu as bochechas de seu irmão ficarem vermelhas. Sua animação de outrora se apagou, dando lugar ao encomodo pela situação desagradável. Domar um dragão selvagem ou não, não era exatamente simples como domesticar um cão. Ou montar aquele que foi ligado a você desde o berço, seu pai parecia se esquecer daquele fato as vezes.
— Tudo tem seu tempo, pai. Aemond terá um dragão! Eu sei disso.– Aerea pegou a mão de seu irmão, que tentava não demonstrar a careta de desgosto em seu rosto. — Se nos derem licença, preciso de um banho. – A princesa fez
uma curta reverência, para o rei e sua mão. Saindo da sala, entrelaçando suas mãos com as de seu irmão mais velho.
[...]
— Ari.– ela escutou a voz de Lucerys a chamando, assim que saiu de seus aposentos. A garota já estava de banho tomado e devidamente arrumada, em seu vestido azul claro.
— Luke. – Ela sorriu.
— Temi que estivesse machucada. – o garoto apertou as mãos em nervosismo. — Queria ter ficado no fosso, a esperando, mas fomos informados que mamãe já tinha dado a luz ao meu irmão.
— Está tudo bem Luke! – a garota tranquilizou o príncipe, caminhando até ele e entrelaçando seus braços. Lucerys sentiu as bochechas ganharem um tom de rubor com o ato da princesa. — Quando Arrax estiver do tamanho adequado, poderemos voar juntos. – A princesa alisou a saia do vestido que usava e Lucerys acenou em confirmação, com um leve sorriso nos lábios.
— Agora, devemos ir até a sua mãe, quero parabenizar minha irmã, e conhecer meu mais novo sobrinho.
Lucerys sorriu, contendo o sentimento estranho que sentia toda vez que Aerea estava por perto. Targaryen e Velaryon caminhavam juntos até o quarto de Rhaenyra, onde a princesa estava sentada, em um dos divãs, com o pequeno embrulho em seus braços.
— Luke, Aerea. – a mais velha sorriu para os dois. — Soube que montou um dragão hoje, Ari. Meus parabéns!
Aerea sorriu para a irmã mais velha, mostrando como estava feliz com aquilo. E Rhaenyra simplesmente a parabenizar e não brigar com ela, era reconfortante.
— Montei, Nyra. Foi muito divertido! apesar de mamãe ter brigado por eu não ter usado uma cela. – Aerea mordeu os lábios. mostrando que era apenas uma criança. — Aliás, parabéns pelo novo bebê, qual o nome dele ?
— Joffrey. Papai que escolheu. – Lucerys respondeu.
— Um nome muito bonito. Eu gostei! Vocês escolheram o ovo ?
— Sim! ele é vermelho.
— Deve ser muito bonito.
Rhaenyra tinha um sorriso no rosto, enquanto observava a interação das duas crianças. Aerea era a única dos filhos de Alicent que ela consegiuia manter uma boa relação. Ela gostava da princesa e Aerea gostava dela e de seus meninos, a única dos filhos da rainha que parecia se importar minimamente com eles, além de Helaena. Mas a segunda filha de Alicent era doce com todos, sem exceções.
Rhaenyra havia levado a proposta do casamento de Helaena e Jacaerys a corte, naquela mesma manhã. Mas pensando melhor, ela deveria ter levado a discussão da união de Lucerys e Aerea aos lordes. Os dois pareciam se gostar bastante e, muitas das vezes eram quase inseparáveis. Se a Targaryen e o Velaryon já eram assim na infância, o que o futuro não reservava aos dois pequenos ?
🔥 ⃟Oi Oi gente, o que estão achando dessa nova versão de coração de fogo ? Eu simplesmente estou amando reescrever cada detalhe!!! O tanto que eu estava com saudades da Aerea. Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro