𖥔 ˑ ִ ۫ ּ ֗⚔ 𝑬𝒚𝒆 𝒇𝒐𝒓 𝒂𝒏 𝒆𝒚𝒆
AEREA CORRIA PELOS corredores da fortaleza com certa pressa. A garota olhou para os lados de modo preocupado. Os únicos sons que escutava eram os dos criados, guardas e a cidade que acordava lá embaixo. Ela suspirou aliviada e, estava prestes a sair do castelo, quando mãos fortes a puxaram pela cintura, a erguendo no alto.
A princesa gritou de susto, arrancando uma risada de Aemond. Que a colocou novamente no chão.
— Onde pensa que vai? – o seu irmão mais velho perguntou, cruzando os braços. Aemond desceu o olhar, notando a roupa de montaria que a mais nova usava e ergueu a sobrancelhas.
— Voar! – a princesa respondeu.
— Voar para onde exatamente? Não me diga que irá fugir para pedra do dragão novamente?
Aerea arregalou os olhos violetas.
— Não vou fugir para lugar nenhum Aemond, pelos deuses!
— Seria inútil de qualquer maneira... – Aemond se encostou na parede, cruzando os braços e assumindo uma postura relaxada.
— O que ?! – A garota perguntou interessada. Seu irmão riu, balançando a cabeça em negação.
— Laena Velaryon está morta! vamos para Derivamarca ainda hoje, os garotos Strong irão estar lá.
A garota revirou os olhos para a fala do irmão. A mania que tinham de dar nomes pejorativos aos seus sobrinhos e a sua irmã mais velha era como um esporte para Aegon, Aemond e seu avô Otto, embora o Hightower o fizesse de modo velado e, de forma menos pública que seus dois irmãos mais velhos.
— Laena não é a única. Sabe qual fortaleza pegou fogo misteriosamente? – Aemond olhou para a irmã, que negou curiosa. — Harrenhal! A fortaleza é assombrada de qualquer modo. Seu lorde e o herdeiro foram mortos no incêndio. Nosso pai perdeu seu lorde mão e nosso avô irá reassumir o cargo livre.
— Sor Harwin...
[...]
— Tudo bem, mãe! Não vou cair lá de cima, a senhora sabe. Aegon e Helaena estarão lá, comigo.
— Deixe a menina, Alicent. Ela tem sangue de dragão, é uma montadora! – o rei se virou para a rainha. Alicent soltou um som estrangulado de desgosto.
A família real estava indo para Derivamarca. Para o funeral de Lady Laena Velaryon. Esposa do príncipe Daemon Targaryen, irmão do rei Viserys. Aerea e os irmãos não eram muito próximos de seu tio Daemon, de sua falecida esposa ou das filhas deles. Mas, sem dúvidas, seria uma completa desfeita não compareceram ao funeral de Lady Laena. A única parte boa da viagem, para a princesa, seria rever sua meia irmã, Rhaenyra e os filhos dela.
Havia se passado exatamente um ano, desde a partida de Lucerys para pedra do dragão. Nesse tempo que se passou, Aerea sentiu muita falta do sobrinho. A princesa chegou a escapar da mãe uma ou duas vezes e conseguiu ir até pedra do dragão, com Vermithor, para visitar Lucerys e sua meia irmã. Aerea era sempre bem recebida por Rhaenyra e Laenor na fortaleza ancestral da família.
Nesse um ano, a princesa constantemente era vista com o dragão de bronze, nos arredores de Porto Real. os dois se tornaram inseparáveis. O dragão muitas vezes compartilhava dos sentimentos de sua jovem montadora. Histórias sobre a princesa que domou o segundo maior dragão do reino chegavam de Lançasolar em dorne a Porto Branco no norte. A primeira Aerea, que havia domado Balerion anos antes, também surgiu em meio aos boatos e conversas do povo. A segunda de seu nome seria tão destemida quanto a montadora do terror negro ? Os mais obstinados se perguntavam.
O rei Viserys acompanhado da rainha e do príncipe Aemond foram escoltados até os navios, junto de sua comitiva. As princesas Helaena e Aerea, junto do príncipe Aegon foram escoltados para o fosso, onde Helaena montou em Dreamfyre, a dragão azul, Aerea em Vermithor e Aegon em Sunfyre, seu dragão dourado, cujo o ovo chocou em seu berço alguns dias depois de nascido.
— Olá menino, senti sua falta! – Vermithor abaixou na altura de sua montadora, para que ela pudesse alisar seu focinho. O enorme dragão soltou fumaça na princesa, como se devolvesse o comprimento.
Aerea montou em seu dragão. Saindo do fosso logo depois. Quando subiu aos céus, o vento bateu em seu rosto, a familiar sensação de liberdade, tomou conta de seu corpo. A princesa sorriu fechando os olhos para a aproveitar a sensação.
Aegon junto de Sunfyre voavam acima dela, Helaena com Dreamfyre voavam ao seu lado. Helaena sorriu para a irmã, que acenou para a princesa mais velha. Aerea desceu até os navios, onde sua mãe estava com Aemond, no convés. O vento das asas de Vermithor fez as velas do navio balançarem.
Aerea sorriu, acenando na direção do irmão mais velho, de sua mãe e do escudo juramentado da rainha. Seu pai não estava a vista no navio, provavelmente estava sob os efeitos dos remédios dos meistres, dentro de seus aposentos.
A doença de seu pai o deteriorava dia após dia. Inúmeras perguntas foram enviadas a cidadela, nenhuma delas havia sido respondida. Seu pai possuía uma doença misteriosa, que nem mesmo o mais sábio dos meistres sabia dizer o que era. Embora ninguém fora da fortaleza soubesse o real estado do rei. O estranho pairava sobre a casa real, ela podia ser considerada nova, mas sabia desse fato.
[...]
A rainha Alicent tinha uma mão no ombro de Helaena enquato a outra estava entrelaçada com a de Aerea. As princesas estavam vestidas em veludo, preto, dourado e verde, assim como a rainha e os príncipes, Aemond e Aegon.
O funeral de Lady Laena, estava ocorrendo nos costumes dos Velaryon, perto do mar. Aerea acenou discretamente na direção dos sobrinhos, que estavam com Rhaenyra do outro lado das pedras, na encosta do mar que cercava Derivamarca. Lucerys acenou de volta. Alicent apertou a mão da filha em sinal de alerta.
Vaemond Velaryon, o irmao mais novo de lorde Corlys Velaryon, conduzia a cerimônia em alto valiriano. Aerea tinha aulas diárias da língua ancestral de sua casa, assim como os irmãos então foi fácil distinguir quando o homem começou a falar alguma coisa sobre o sangue Velaryon. Claramente tentando atacar os filhos de Rhaenyra, que não possuiam características valirianas. Todos os presentes olharam para a princesa e os filhos, que ficaram visivelmente desconfortáveis, com a atenção repentina.
Aerea encarou Vaemond. Vermithor voou acima do mar, atraído pela raiva de sua montadora. O rugido do dragão assustou até mesmo aqueles que eram acostumados com a presença das feras.
Vaemond e o príncipe Daemon olharam na direção da princesa. Que arqueou a sobrancelha em desafio claro. Aemond balançou a cabeça em sinal de negação, na direção da irmã, que se acalmou. Vermithor passou por cima deles, em um rasante baixo, quase tocando a água, com a ponta das asas, voando em direção as montanhas, logo em seguida. Algumas pessoas ofegaram com a visão do dragão. Alicent apertou sua mão novamente. A rainha estava claramente desconfortável com tudo aquilo e não ousava olhar na direção da princesa herdeira e sua família.
Vaemond deu seguimento a cerimônia em homenagem a Lady Laena, sem voltar a falar novamante de sangue Velaryon. Aegon bufou em seu lugar, claramente entediado.
[...]
— Não temos nada em comum! – Aegon disse, ao lado dos irmãos, Aemond e Aerea.
Helaena estava sentada no chão, em meio ao pátio de Derivamarca. com uma aranha nas mãos.
— Ela é nossa irmã! – Aemond respondeu.
— Case-se com ela então!
— Eu cumpriria minha obrigação, se a mamãe quisesse nos noivar.
— Está bem! – Aegon riu.
— Fortaleceria a família! manteria nosso sangue valiriano puro.
Aerea sentiu vontade de vomitar com a fala dos irmãos mais velhos, ela podia ser uma criança, mas sabia que sua irmã merecia algo melhor do que se casar com Aegon. Seu irmão de dezesete anos, já apresentava comportamentos inapropriados para un príncipe. Helaena era somente quatro anos mais velha que ela própria e, era estranho imaginar que sua irmã estava destinada a se casar tão jovem
— Ela é uma idiota! – a voz de Aegon a tirou de seus pensamentos.
— Você é um idiota! – a princesa devolveu. — Helaena seria muito mais feliz com qualquer outra pessoa.
Aegon arqueou as sobrancelhas, com a taça de vinho nas mãos.
— Vamos ver se ficarão felizes, quando mamãe resolver casar vocês dois.
Aemond encarou a irmã mais nova, que tinha uma careta no rosto.
— Eu faria Ari feliz. Diferente de você com Helaena. – Aemond respondeu ao irmão.
Aerea revirou os olhos para os outros dois Targaryen. Aquela conversa estava a dando dor de cabeça. Ela se virou, dando as costas para os irmãos. A gatota olhou ao redor, indo em direção as gêmeas, filhas do príncipe Daemon. Que estavam sentadas juntas em um dos bancos do pátio. Lucerys estava conversando com lorde Corlys Velaryon, seu avô, e Jacaerys estava com a mãe do outro lado.
— Olá, eu sou Aerea Targaryen, sinto muito pela perda de vocês. – a princesa chegou até as duas garotas de cabelos platinados. As duas sorriram fraco para a recém cehgada.
— Sou Baela e ela é a Rhaena. Obrigada princesa!
Aerea estava prestes a falar nobamante com as primas, quando Aemond apareceu a sua frete, pegando sua mão. O príncipe acenou com a cabeça na direção das gêmeas e puxou a irmã até um dos bancos. O menino olhou para cima quando a sombra de um dos dragões foi vista por entre as nuvens.
Nas montanhas de Derivamarca estavam Sunfyre, Dreamfyre, Caraxes do príncipe Daemon, Meleys da princesa Rhaenys, Syrax da princesa Rhaenyra e Seasmoke de lorde Laenor. Alguns outros dragões estavam pela ilha, como Vermax e Arrax dos príncipes Velaryon, Moondancer de Baela e Vhagar, a atinga montaria de Lady Laena e atualmente a maior dragão dos sete reinos. A fera pertenceu a rainha Visenya e participou da conquista de Westeros, ao lado de Meraxes e do próprio Balerion, o Terror Negro.
Vermithor não estava a vista, mas a princesa sabia que seu dragão estava por perto, ele não se afastava muito de sua montadora.
— O que foi ? – Aerea perguntou ao irmão.
— Nesta ilha tem o meu dragão. – Aemond susurrou.
— Vai escolher um dos ovos ? – Aerea perguntou, animada.
— Não quero um ovo. Vhagar será minha!
— Vhagar é de Laena. – Aerea respondeu.
— Laena Velaryon está morta! mortos não possuem dragões.
— Aemond, pode ser perigoso!
— Não conte a mamãe. Vá para cama. Amanhã voaremos juntos, com os maiores dragões de Westeros.
— Aemond!
Aemond ignorou o chamado da princesa e saiu de perto da irmã, caminhando sem ser notado para onde a sombra de Vhagar desapareceu.Aerea procurou por seus sobrinhos, ou a irmã Rhaenyra, não os achando pelo lugar, ela cogitou chamar a mãe, mas Aemond ficaria bravo com ela. Em dúvida, a princesa se retirou para seus aposentos.
[...]
Já era bem tarde quando a garota teve o vislumbre de Vhagar por sua janela. A princesa correu para fora do quarto, sem nem mesmo trocar a camisola de linho que usava. Na entrada do castelo ela encontrou Aemond, sujo de fuligem e com os cabelos desgrenhados.
— Você está bem ? – Aerea perguntou aflita correndo até o irmão. Que acenou em confirmação, sorrindo para a mais nova.
— Ali, são eles! – a voz de Rhaena chegou até eles. Os dois Targaryen se viraram para trás, encontrando a garota junto de Baela, Lucerys e Jacaerys.
— Sou eu. – disse Aemond.
Lucerys olhou em direção a Aerea que tinha uma das mãos entrelaçadas com a do irmão.
— Você roubou o dragão da minha mãe. – Rhaena acusou.
— Sua mãe está morta! Vhagar tem um novo montador.
— Ela deveria ser minha, por direito. – Rhaena devolveu.
— Então deveria ter-la requerido. Talvez seus primos arrumem um porco para você montar. – Aerea apertou a mão do irmão.
Rhaena ficou furiosa com a fala do príncipe e partiu para cima de Aemond, derrubando Aerea no chão no processo. Aemond a olhou raivoso e empurrou a menina de volta. Baela deu um soco no rosto de Aemond, que gritou e revidou, cortando a boca de Baela.
— Nos ataque de novo e a dou de alimento aos nossos dragões. – Aemond gritou. Lucesys foi até a garota que estva no chão, a ajudando a se lavantar. Lucerys ficou ao seu lado, segurando seu pulso delicadamente, para que a garota não voltasse a arranhar as mãos.
Jacaerys partiu para cima de Aemond. Jace era bom, mas Aemond era mais velho, ele se desviou dos socos e empurrou o menino no chão, acertando sua boca e a cortando.
— Aemond, Jacaerys, parem com isso! – Aerea gritou com os dois. Lucerys deixou a garota e partiu em auxílio do irmão mais velho. Aemond o parou facilmente, quebrando o nariz do menino. Aerea arregalou os olhos correndo para o meio da briga.
As quatro crianças empurraram Aemond no chão, dando socos e chutes no príncipe. Aerea foi ao auxílio do irmão, puxando as crianças. Aquilo não era justo.
O príncipe chutou Jacaerys, Aerea puxou Rhaena pelo braço, Baela foi empurrada no meio da briga. Aemond pegou Lucerys pelo pescoço com uma das mãos, com a outra ele ergueu uma das pedras espalhadas pelo chão.
— Não! – Aerea gritou.
— Vocês vão morrer gritando, no fogo, como o pai de vocês. Bastardos!
— Meu pai está vivo. – Lucerys gritou.
— Ele não sabe, não é? – Aemond riu, se virando para Jacaerys, que tinha uma feição de puro ódio no rosto.
— Aemond, por favor! – a caverna tremeu, algum dos dragões pousou bem em cima da entrada, assustando as crianças.
Jacaerys retirou uma adaga da manga de sua roupa. Aerea sentiu o ar faltar em seus pulmões.
— Jacaerys! – Baela gritou.
Os dois meninos partiram para cima um do outro. Em algum momento, Jacaerys perdeu a adaga, Aemond pegou outra pedra e iria bater no menino, quando Jacaerys jogou areia em seu olhos. O destraindo. Lucesys aproveitou a oportunidade e pegou a adaga.
Aerea percebendo o perigo, se colocou na frente do irmão, no segundo que Lucerys atacou Aemond. A adaga rasgou carne e osso, atravessando sua mão e acertando o olho de Aemond. O príncipe caiu no chão, gritando de dor. Aerea gemeu. O sangue escorreu por seu braço, manchando a camisola branca que usava.
— Ari. Me desculpe! – Lucerys puxou a adaga, a soltando no chão de areia.
A princesa não sabia o que fazer, a dor era lacerante, seus olhos ardiam com lágrimas, sua mente fervilhava, o mundo parecia tremer diante de seus pés. Vermithor ainda rugia, tentando entrar na caverna em busca dela. As outras crianças ficaram em completo silêncio, apenas escutando os gritos de Aemond no chão. Aerea em um momento de clareza gritou, pedindo ajuda para o irmão, que ainda gritava de dor, com a mão onde a adaga havia o acertado.
— Parem com isso! – eles escutaram a voz de Sor Westerling que chegou até eles. — Deixe me ver, meu príncipe. – Aemond tirou a mão dos olhos. — Meus deuses.
— Aerea! – Criston correu até a menina. Pegando o seu braço e verificando o corte que a adaga havia feito. Aerea gemeu de dor, procurando por seu irmão.
🔥 ⃟Ainda não superei as crianças caindo na porrada, enquato a Rhaenyra cai de boca no Daemon. Amo esses. Ari quase fica maneta igual o Jaime. Sempre morro de rir da pobi, tentando ajudar o irmão e apanhando junto. Aí aí esses Rhaemond. Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡
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