AEMOND ENTROU NA sala ainda com Rhaena em seus ombros. Para o espanto e o divertimento dos príncipes e da princesa na sala.

— O que significa isso ? – Aerea perguntou ao irmão. Sua voz soando divertida com toda a situação.

— Essa garota me tira do sério. Quero voltar para casa. – Aemond se virou para a irmã.

— Me coloque no chão, ou eu te mando para porto real em pedaços. – Rhaena rosnou, dando tapinhas com as mãos, nas costas do príncipe Targaryen.

— Onde está a minha adaga ? – Lucerys disse baixinho ao lado de Aerea.

A princesa bateu em seu braço, o repreendendo.

— Ele é meu segundo irmão favorito, a primeira é Helaena, terceira a Rhaenyra. Faça isso com Aegon, você tem meu total apoio. – Aerea deu risada baixinho.

Em algum momento daquela confusão, Aemond colocou Rhaena novamente   no chão e os dois começaram a discutir aos berros. Jacaerys pegou uma das tortas doces e foi se sentar em uma das cadeiras da sala. Aerea e Lucerys entram em uma conversa sobre os anos em que passaram afastados.

A discussão de Rhaena e Aemond chamou a atenção de Rhaenyra e Daemon que entraram na sala, atraídos pelos gritos. Daemon olhou em fúria para Aemond.

— O que está acontecendo? – Perguntou Rhaenyra.

Aemond começou a falar rápido assim como Rhaena. Algumas palavras como "porco" e "dragão" foram identificadas no meio dos gritos.

— Chega! – Rhaenyra gritou. — Essa ilha está cheia de ovos de dragões querida. Aemond  a acompanhará até achar um de seu agrado. Já que ele domou Vhagar, a dragão de Laena.

— O que ? — Aemond, Rhaena e Daemon gritaram juntos.

— Vão! O sol já irá perder a força, e não gostariam de se perderem em monte dragão, não é ?

— Rhaenyra... – Daemon começou.

Lucerys riu junto de Aerea, Jacaerys tinha um sorriso divertido em seu rosto. Pronto para contar a Baela dos acontecimentos recentes que a noiva havia perdido.

— É uma ordem! Aemond.

Aemond olhou a irmã mais velha segurando a língua. A vontade dele era claramente insultar Rhaenyra até o último fio de cabelo prateado da irmã, mas um olhar de Aerea fez o príncipe se calar e sair pela porta, pisando duro não chão.

Rhaena fez uma careta de choro na direção do pai, que já estava prestes a abraçar, sendo impedido por Rhaenyra. Rhaena saiu atrás de Aemond, mandando que ele a esperasse.

— Isso vai ser divertido! – Lucerys abriu um sorriso na direção da mãe. Daemon encarou o enteado que fechou o sorriso no mesmo momento.

[...]

Rhaena e Aemond andavam lado a lado na trilha que os levaria até as cavernas de monte dragão. Já havia se passado mais de uma hora, e as únicas palavras que os dois disseram foram "idiota" e "babaca".  A tensão entre eles era palpável.

— Ali está! escolha um e vamos embora logo. – Aemond apontou para o chão, onde três ovos de dragão estavam.  Algum dos dragões fêmeas da ilha havia acabado de os colocar. Provavelmente Syrax. A conexão que a dragão possuía com sua montadora era formidável.

Rhaena caminhou com cuidado, como se cada passo que ela pudesse dar, pudesse faser algum mal aos ovos. Aemond pegou a adaga e a girou, passando na frente da Rhaena e abrindo a bolsa para que ela pudesse escolher um deles. Rhaena pegou um na cor rosada. A garota abraçou o ovo, não se importando se estava quente ou não.

— Pegue os três, ouvi dizer que os ovos que você possuía, nunca chegaram a chocar! – Aemond se virou para guardar a adaga em sua cintura, esperando pelo insulto, que não veio.

Rhaena encarou o príncipe, seus olhos marejados. Sua expressão mudou para uma de puro ódio, ela se virou, voltando a caminhar em direção a trilha. Aemond olhou para a menina de cima a baixo. A expressão magoada dela, não era o que ele estava esperando.

— Rhaena! – O príncipe foi atrás dela. Aemond colocou a mão em seu ombro, Rhaena se virou pronta para lhe dar um soco.

Um dos dragões escolheu esse momento para voar acima da trilha. Muito perto deles, Rhaena se desequilibrou, quase indo de encontro ao chão. Aemond a segurou pela cintura.

— Foi o Vermithor. Aerea deve estar de brincadeira conosco! – Aemond susrrou, ainda segurando a garota pela cintura. O toque do príncipe era forte contra sua pele. Rhaena mordeu o lábio inferior em nervosismo. A garota olhou para o príncipe, que retribuiu seu olhar. Ela se soltou do aperto do Targaryen, voltando a andar de volta ao castelo. Aemond balançou a cabeça em negação, andando mais atrás da garota.

— Achei que eles fossem se beijar. – Aerea fez careta. A princesa e o príncipe Lucerys estava deitados em cima de uma colina, onde tinham a visão perfeita de Aemond e Rhaena, na trilha abaixo.

Lucerys riu, se virando de barriga para cima. Algumas estrelas já estavam surgindo no céu arroxeado de início de noite.

— São lindas! – A princesa disee olhando para cima.

— É sim! – Aerea se virou para o noivo, Lucerys olhava para ela.

[...]

Duas semanas haviam se passado desde a chegada de Aerea e Aemond a pedra do dragão. A princesa amava o cestelo e o tempo que passava com a outra metade de sua família. Todos os dias, Lucerys, Jacaerys, Daemon e Aerea, iam a praia para treinar. Aemond se juntava a eles algumas vezes. Os treinos constantemente eram assistidos por Rhaenyra, Rhaena e Baela, das ameias do castelo.

Aerea conhecia o estilo de luta de seu irmão, então foi fácil para ela perceber, que nos treinos em que Rhaena assistia, Aemond lutava com muito mais vigor. O príncipe realmente se empenhava muito mais, chegando a lutar até mesmo contra Daemon. Aerea e Lucerys eram vistos em quase todos os momentos juntos, nos treinamentos, pelos corredores, nas refeições e principalmente, no ar. Os dois voavam juntos em seus dragões e passavam horas nos céus. Rhaenyra, chegou a ser alertada por mais de um lorde, de que teria que casar os dois logo e evitar problemas futuros. Era o plano casar os três casais juntos. Embora a tormenta estivesse prestes a começar.

O desejum estava sendo servido em pedra do dragão. Aquilo era uma das diferenças que a princesa gostava, na fortaleza vermelha, as refeições em família eram quase inexistente e feitas apenas em ocasiões importantes. Em pedra do dragão, Rhaenyra fazia questão de juntar todos.

Aerea estava sentada ao lado de Rhaenyra. A princesa herdeira contava do enxoval que ela estava termiando de montar para o bebê que estava a caminho. Aemond estava sentado ao lado de Rhaena e as vezes roubava de seu prato para a irritar, ganhando xingamentos em alto valiriano da garota. Depois do primeiro dia no castelo, onde os dois foram em busca do ovo de dragão para Rhaena, as ofensas eram muito mais frequentes, mas Aerea percebeu que o irmão fazia aquilo para chamar a atenção da garota, e não mais para realmente a ofender. Era estranho ver aquele lado do seu irmão ser direcionado a outra pessoa que não ela ou Helaena. A princesa estava feliz.

Jacaerys e Baela conversavam aos susurros, um ao lado do outro. Lucerys que estava do outro lado de Aerea, sorria para a conversa da mãe e da noiva. O príncipe chegou a visualizar o futuro que teria ao lado da garota. O sorriso bobo que o príncipe deu, fez a princesa o cutucar por debaixo da mesa.

— O que foi ? – a Targaryen perguntou, sua voz era de riso.

— Nada! – o príncipe mordeu o lábio, para esconder o sorriso.

O momento familar foi interrompido pelo anúncio da chegada da princesa Rhaenys. Aerea sentiu Lucerys ficar tenso ao seu lado. A mulher provavelmente foi ao castelo trazer notícias de seu marido, o serpente marinha. Rhaenyra mandou que todos se retirassem da sala. Assim que passou Aerea passou pela entrada, ao lado de Aemond, a princesa Rhaenys passou por ela, a mulher estava vestida em  armadura de batalha, nas cores preto e vermelho.

Aemond olhou para a irmã. A mulher não tinha vindo falar sobre o serpente marinha. Os dois irmãos sabiam.

Lucerys e Jacaerys foram para uma das colinas, onde o mestre de armas de pedra do dragão estava os esperando, para as primeiras aulas do dia. Aerea e Aemond foram para os aposentos do príncipe, não tentados a se juntarem aos terminantementos naquele dia. Lucerys que viu a cena, apertou a espada que carregava com mais força. Ganhando um tapinha nos ombros em sinal de apoio, do irmão mais velho.

— Aconteceu alguma coisa em porto real! – a voz de Aerea soou nos aposentos do príncipe, assim que passaram pela porta de madeira.

— Eu sei!

— Tem dedo de nossa mãe nisso!

— Eu sei!

Aerea andava de um lado ao outro no quarto. Aemond estava sentado em uma das poltronas perto da lareira e olhava fixamente para a parede de rocha.

— E o que faremos ?

— Isso eu não sei. – Aemond virou o olhar para a irmã. Que arranhou a lateral dr seus dedos.

Gritos foram escutados na fortaleza, fazendo os dois se entre olharem assustados.

— É a Rhaenyra. –  Aerea correu até a porta. Saindo pelo corredor e indo em direção a sala da mesa pintada, encontrando a maioria dos lordes e Daemon.

— O que está acontecendo ?

Aemond que chegou a trás da princesa, olhou para a mesa.

— Seu pai está morto. Seu irmão usurpador roubou o direito de Rhaenyra sobre o trono de ferro! agora ele se denomina rei. – disse Daemon, seu tom era rude.  — Vocês são deles.

— Eu não apoio isso. Rhaenyra é a Rainha. – Aerea gritou com o tio. As informações novas borbulhando em sua mente. Pelos deuses, seu pai estava morto. Aegon havia usurpado o direito de Rhaenyra sobre o trono de ferro. Sua mãe, Helaena, os gêmeos, seu avô, Criston, Daeron. Seu coração quebrou, se tornando pequenos pedaços. Divididos em sentimentos diferentes. O que ela faria agora?

O grito de Rhaenyra preencheu o lugar, a tirando de seu próprio estupor.

— Onde está minha irmã ? 

🔥 ⃟Peço perdão desde já por qualquer erro ortográfico, eu tento ao máximo revisar, mas sempre escapa um ou outro, caso achem, me avisem para que eu possa arrumar. Não se esqueçam de deixarem suas opiniões sobre o capítulo. Eu amo ler os comentários. Beijos da Thay ♡