A claridade me cegou por segundos que pareciam intermináveis, senti uma leve tontura e me apoiei na parede, mas logo recuei a mão com o choque, estava extremamente quente.

Assim que meus olhos se ajustaram a claridade repentina, percebi uma incrível mulher à minha frente, incrível nunca será a palavra correta. Talvez jamais existirá palavras para descrever tamanha beleza e formosura. Por um momento imaginei ser um anjo, de certa forma, mal sabia eu, que não estava errado.

Minhas pernas tremeram e meu peito subia e descia descontroladamente. Um aperto no coração me fez querer chorar, por conta da cena a minha frente. Me aproximei dela com cuidado, me questionando sobre quem teria crueldade para fazer tão mal à alguém como ela. A anja, como ainda a chamo ao me recordar desse dia, estava deitada no chão. Seus braços e mãos estavam com sangue seco, coagulado, misturado a um forte e grosso líquido prateado.