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Capítulo 23

                           

Suas últimas horas.

Dentro da caixa estavam as últimas lembranças de Louis com vida, doeu, sentir que definitivamente, Louis não voltaria, a não ser nos meus sonhos.
Abri a caixa lentamente, minhas mãos tremiam, minha respiração acelerou, senti vontade de gritar, socar qualquer coisa que viesse parar na minha frente, mas me mantive ali, encarando a primeira lembrança.
O casaco que Louis usou na classificatória para o mundial, um casaco preto com as siglas EUA nas costas, lembro exatamente de como Louis estava quando colocou aquele casaco pela primeira vez, ele vestiu, correu até mim e me girou no ar, como se aquele fosse o dia mais feliz da sua vida, e talvez, realmente tenha sido um dos mais felizes.
Em seguida, encontrei o quimono de Louis, com sua faixa preta amarrada no mesmo, fechei os olhos e deixei as lagrimas virem, junto com a faixa e o quimono, estavam as outras duas faixas que ele levou para a seletiva do mundial, – azul e Vermelha –, abracei seu quimono, ele ficava radiante vestindo ele quando estava competindo, não foi diferente naquele dia, seu quimono era sua armadura, sua proteção, seu caminho para o sonho de ser um campeão olímpico.
Logo depois, em uma pequena caixa de madeira, com detalhes em dourado, encontrei suas medalhas, grande parte de Ouro, agora empoeiradas, exatamente do jeito que Louis odiaria vê-las, ainda chorando, arrumei cada uma delas em cima da cama, peguei um pano com álcool e as limpei, lembro de Louis falando, "Eu lutei por cada uma delas, o mínimo que posso fazer é jamais esquecer o quão valiosas são".
Depois de limpar tudo, continuei com a caixa, encontrei nossas fotos, chorei ainda mais, as fotos mostravam eu e ele sorrindo, nosso primeiro encontro, nosso primeiro campeonato, nosso abraço quando ele foi campeão nas seletivas para entrar na seleção Estadunidense de Karatê, todos os nossos momentos estavam registrados ali, naquelas fotos, elas eram tudo o que confirmavam que foi real, cada momento que vivemos.
As fotos seguintes eram com nossos amigos, com o Sensei, fotos das nossas festas, bagunças no ônibus, aniversários surpresa que organizamos para os membros da equipe.
Havia mais uma caixa, dessa vez, com alguns diários, e com algumas cartas, tomei coragem para ler, só na manhã seguinte.
O primeiro diário que peguei foi o do ano em que nos comecemos, tinha na sua capa, o ano em que ele foi escrito 2018, Louis escreveu sobre diversas coisas, incluindo que estava orgulhoso da sua equipe de Karatê, que havia sido campeã Estadual no ano anterior, ali ele contava sobre os treinos e sobre como estavam sendo cobrados para se manter como campeões, já que algumas pessoas haviam parado de treinar, sorri durante a leitura, Louis era vida, em cada palavra ali escrita.
''Dia: 18/12/2018.

Hoje vou jogar pelo time da faculdade mais uma vez, meus pais, não irão assistir ao jogo, pois estão viajando para ver os meus avós, mais Violet prometeu que vai ir, já que esse é o último jogo da temporada e segundo ela, ela não perderia por nada.
Bom, sei que não costumo escrever duas vezes no mesmo dia, mas, ganhamos o jogo e eu, ganhei a chance de conhecer uma garota incrível, o nome dela é Sammy, quase acertei uma bolada nela, mas por sorte, ela pegou antes. Ela é incrível! Quando ela sorri parece que eu sou o melhor homem do mundo apenas por poder ver aquele sorriso, estou ferrado! ''

Ler aquelas palavras, me destruíram, a saudade voltou a dominar todo o ambiente e as lagrimas voltaram a escorrer, as páginas seguintes continham detalhes do nosso primeiro encontro, o primeiro beijo, a primeira vez que eu fui ao Dojô assistir Louis treinar e conversei com o Sensei Klaus sobre voltar a treinar, o dia em que ele me pediu em namoro, havia uma foto nossa colada a baixo das palavras '' ela disse sim!'' abracei o caderno, sentindo a saudade me dominar.
As páginas seguintes contavam coisas que jamais imaginei que Louis pensasse.
Dia: 24/03/2019
''Sammy foi para o campeonato com a gente hoje, acho que nunca torci tanto para alguém ganhar igual torci por ela, até Ivi, que raramente gosta de alguma das meninas da equipe, adora a Sammy, ela ganhou! Também consegui ser campeão nas categorias que disputei, mas, a maior vitória do dia não foi essa, e sim, olhar para a arquibancada e lá estar ela, sorrindo e gritando meu nome, Sammy Salt Berg, foi a minha força para continuar lutando, hoje e sempre! ''

As lagrimas já haviam se transformado em soluços. Dizem que amar não pode e nem deve doer, mas quando se sabe como é amar alguém verdadeiramente, e isso se vai, o amor se torna saudade e ela faz a dor vir átona, pois seu coração conhece como é ser amado, mas não conhece um meio para não sentir a dor da saudade, por não poder mais sentir o amor.
Terminei de ler segundo diário no dia do nosso aniversário de namoro, 12/03/2020, seis meses depois, Louis morreu, por isso não tive coragem de continuar lendo, soltei o diário e tentei dormir.

No dia seguinte, me obriguei a ir para a faculdade mas, não prestei atenção nas aulas, tudo que passava na minha cabeça era que, Louis era a melhor pessoa do mundo, e eu o perdi.

Ivi tentou falar comigo durante as aulas, mas percebeu que ainda não era o momento, a saudade que eu deixei guardada em mim por anos, agora, vieram átona e a pior saudade é aquela que a gente não pode fazer nada para curar.
Passei a tarde toda no Dojô, tentando canalizar tudo que eu estava sentindo nos treinos, em teoria, me ajudou bastante, obviamente, Sensei Klaus notou que algo estava errado, quando questionou e eu não quis falar, ele apenas balançou a cabeça em negação e continuou as correções que estava fazendo, as vezes, respeitar o silêncio da outra pessoa é tudo que podemos fazer para ajudar.
Ao voltar para casa, depois de jantar e tomar banho, continuei olhando a caixa, questionando o que mais tinha ali dentro, além dos diários, haviam cartas, cada uma delas interessada a uma pessoa, entre elas, Ivi, Ethan, Ryan, Josh e para mim, haviam duas cartas, respirei fundo questionando o porquê daquelas cartas estarem ali, e do porquê de Louis ter escrito elas. Abri a minha, pois achei que o que quer que estivesse escrito nas cartas dos meus amigos, não interessava a mim, saber.
No envelope, a baixo do meu nome, estava escrito: Se eu não estiver mais por perto e essa carta chegou até você

*Carta do Louis para Samy*

Oi Samy, vista logo o casaco, sei que provavelmente, não estou junto, lamento por isso e gostaria de falar algo que pudesse ajudar, mas acho que, dependendo de quanto tempo Violet levou para encontrar essas cartas e também do fim que eu tive – espero que tenha morrido velhinho! -
Quando comecei a escrever essas cartas, achei que jamais alguém leria, eu iria modificar elas durante o passar dos anos, para serem sempre adeptas a realidade em que eu estaria vivendo. Você sabe, meu medo não é morrer, mas sim, deixar pessoas que eu amo, como você Samy, sofrendo.
Desde que você surgiu, venho achando que não saberia viver sem você ao meu lado, pois você, me fez ser melhor, e tentar a cada dia mais, me olhar como você me olha. Mesmo que eu tenha muitos defeitos, você parece não se importar com eles, isso faz com que eu me sinta o homem mais amado e mais sortudo desse mundo, muitas vezes nesses anos, em que estou vivo, pensei que meus defeitos me tornariam uma pessoa ruim, mas tudo mudou quando você apareceu, você me fez entender que pessoas, mesmo que tenham defeitos imensos, merecem ser amadas de verdade, e Samy, seja lá porque você abriu essa carta primeiro, saiba que eu amo você e continuarei amando, mesmo que meu coração já tenha parado de bater.
Quero que saiba que você me proporcionou o melhor ano da minha vida, e que todos os momentos ao seu lado, são sempre incríveis.
Agora, vou te contar sobre o dia em que descobri que te amava, o que provavelmente aconteceu antes de você perceber.
Estávamos no campeonato estadual, eu estava aquecendo com Josh e você ajudando as crianças, eu não vi você na plateia quando entrei na área de competição e falei o nome do Kata que faria, mas, quando comecei a fazê-lo, achei que não conseguiria ser bom o suficiente para vencer, até eu ouvir sua voz, gritando por mim, torcendo como se eu fosse a pessoa mais talentosa do mundo, naquele momento, criei força dentro de mim, acho que aquele foi o melhor Kata que fiz até hoje, mas, a vitória do dia, não foi subir no pódio e sim, descobrir ali, de uma maneira estranha durante uma competição, que eu descobri que te amava, seu olho brilhou quando cheguei na arquibancada, e ali, eu também descobri outra coisa, descobri que "lar" pode ser uma pessoa ao invés de ser um lugar.
Não sei se essas coisas estão te ajudando a ficar melhor, mas são coisas que eu sempre quis falar e nunca tive coragem, são coisas que você precisa saber, mesmo que, eu modifique a carta futuramente, ou não, essas são coisas que não vão mudar.
Samy Salt Berg, se algo grave aconteceu comigo e eu não sobrevivi, saiba que, meus pensamentos provavelmente, estavam em você, pois você é quem me traz paz. Mas Samy, se o pior aconteceu, eu quero que tire um tempo para sofrer, sofra tudo o que for possível, pois sei que vai doer, então seria injusto pedir para que você não sofra, entretanto, depois que você sentir que sofreu o suficiente, quero que siga em frente, sem medo, sem amarras, eu vou estar torcendo por você e pela sua felicidade, sempre.
E mesmo depois que você decidir seguir em frente, quando sentir minha falta, quero que pegue o presente que deixei no bolso esquerdo desse casaco. Quando a saudade doer, olhe para ele, e lembre que eu sempre estarei por perto, mesmo que você não possa me ver.

obs: Estava levando o presente comigo para te entregar na classificação do mundial.
Com amor, eternamente seu.
Louis Clark

*Fim da carta de Louis para Samy*

Quando finalmente sequei as lagrimas e respirei fundo, vesti o casaco de Louis, e desabei, vestir o casaco dele foi como o sentir ali de novo, me abraçando, meus soluços ainda estavam presentes quando coloquei a mão no bolso do casaco, e peguei a pequena caixinha de veludo vermelho, quando abri ela, as palavras escritas na parte de dentro da tampa me fizeram chorar ainda mais, "Você Aceita Casar Comigo?" .
Louis iria me pedir em casamento na noite da sua morte.
Coloco o anel, e deixo meu corpo cair no chão, desabando de vez, choro até minha mãe entrar no quarto e me abraçar, me forcei a ir tomar um banho gelado para me acalmar, quando retornei ao quarto, contei para minha mãe que Louis havia deixado cartas e que ficaríamos noivos naquela fatídica noite caso ele não tivesse morrido, ela chorou. Em seguida me abraçou e disse que, onde quer que ele estivesse, estaria sempre comigo, e que ele nunca seria esquecido.
Quando finalmente fiquei sozinha, observei atentamente a aliança de ouro branco, com algumas pedras pequenas na sua lateral e uma maior no meio, da minha cor favorita, roxa, voltei a tirar a aliança e parei para observar dentro dela, haviam palavras gravadas dentro dela. "Eternamente seu! ".
Na manhã seguinte, não fui para a faculdade, esperei meus amigos saírem do lado de fora, sentada em um dos bancos que ficavam no pátio.

— Onde você estava, garota? – Ivi pergunta sorrindo e vindo me abraçar.
— Sentem! – Falo e todos sentam.
— Escutem. Violet e Tom me chamaram dias atrás, Louis deixou algumas coisas, algumas delas, pertencem a vocês. Eu separei algumas fotos também. Peguem! – Falo entregando a carta de cada um e em seguida as fotos que tinham apenas Louis e cada um deles.
Josh abaixou a cabeça enquanto olhava as fotos e apenas deixou algumas lagrimas escaparem. Ivi soluçou algumas vezes. Ethan e Ryan seguraram o choro, dei o tempo deles.
— Sei que pode ser doloroso, mas eu precisava entregar! – Falo e Ethan corre me abraçar, já que foi o único que leu a carta que Louis fez para ele.
— Você achou? – Ryan pergunta mostrando a parte da carta que falava que Louis me pediria em casamento. Mostrei a ele minha mão, na qual estava a aliança.
— Eu sinto muito! – Ethan fala e me abraça.
— Tudo bem! Preciso de outro favor, Louis deixou uma carta para a melhor amiga dele, que eu não cheguei a conhecer, você sabe quem é? – Pergunto e Ethan nega.
— Não faço ideia. A garota ficou chateada com Louis quando ele começou a deixar ela de lado, não cheguei a conhecer ela. – Ethan fala e eu concordo com a cabeça.
— Louis, seu idiota, onde você estiver, se um dia eu te encontrar aí em cima, eu vou te quebrar! – Josh fala ameaçando os céus.
— Gente, o Sensei Klaus mandou irmos para o Dojô, ele tem um comunicado! – Ryan fala e todos começamos a andar.

***

Quando chegamos no Dojô, eu ainda carregava uma das fotos, me troquei e entrei no escritório do sensei Klaus.
— Sensei, tem algo que quero que fique com o senhor! – Falo e ele me olha surpreso.
— O que é? – Sensei Klaus fala.
— Essa foto! Ele admirava muito o senhor! – Falo entregando a foto dele com o Louis.
— Ah, Samy! Muito obrigada! – Sensei Klaus fala, com os olhos marejados.

Minutos depois, me obriguei a deixar os pensamentos de lado e focar no treino, sensei Klaus estava ainda mais motivado depois que entreguei a foto para ele, no fim do treino, sensei Klaus nos fez sentar em uma roda e começou a falar.
— Okay pessoal, sei que querem saber o que eu tenho para falar. Recebemos hoje o convite para participarmos do campeonato Estadual. Daqui a dois meses, por isso, quero que parem de faltar nos treinos e foquem na competição! – Sensei Klaus fala.
Quando cheguei em casa novamente, vesti o casaco de Louis outra vez, respirei fundo. Era como se Louis estivesse me abraçando, falando que tudo ficaria bem novamente. Mesmo sem ele.
A missão agora, era descobrir, quem era a melhor amiga de Louis. Sei que, eles se conheciam desde pequenos e que por alguém motivo haviam brigado pouco tempo antes de irmos para a classificatória. Louis não falava dela, esse era um assunto proibido, pois talvez, assim como foi comigo e com Mayson, eles tivessem se ferido.
Durante a noite, não consegui dormir, os pesadelos com o dia do acidente de Louis vieram à tona, então, exatamente as três da manhã, tranquei a porta de casa e sai, andei até o cemitério, sentindo um frio imenso, olhei para a lapide de Louis mais uma vez, e chorei, pois, não havia um momento que eu tivesse passado com ele que não fosse bom, e esses são os que mais doem, os momentos que sentimos vontade de reviver, e não podemos.
O frio era tanto, que dominou meu corpo por inteiro quando uma tempestade começou a cair dos céus, nem mesmo o casaco de Louis conseguia me esquentar, então, fechei os olhos por alguns segundos, tentando, implorar para quem quer que seja, que me deixasse ficar com ele, nem que por alguns segundos.

Acordei dentro de uma ambulância, a chuva caia do lado de fora, pude escutar as trovoadas, eu ainda tremia de frio.
— O que deu na sua cabeça? – A enfermeira pergunta.
Não respondi. Ela provavelmente iria preferir não saber.

Três horas depois, minha mãe passou pela porta do quarto que eu estava e me encarou.
— Eu sei, você foi ver ele. Mas querida, Louis não está lá! Sei que você ainda o ama, provavelmente nunca irá deixar de amar, mas, encontraram você queimando de febre em uma tempestade Samy! Está na hora de, parar de sofrer filha! – Minha mãe fala e eu fico em silêncio.
— Okay. Vou sair! Mayson vai vir te buscar! – Minha mãe fala e sai do quarto.

Meia hora depois, Mayson passou pela porta, seu olhar, ao contrário do que eu esperava, expressava compreensão, ele apenas me abraçou e disse que estava tudo bem, que iriamos para a casa dele e que assistiríamos filmes até eu pegar no sono.
Quando chegamos, sem eu dizer uma palavra, assistimos filme.
— Mayson, eu te amo! – Falo e ele ri.
— Eu também te amo baixinha! Mas, tenho uma notícia, não tão boa! – Mayson fala e eu olho para ele.
— O que? – Pergunto.
— O comandante me chamou de volta, precisam de mim na linha de frente! – Mayson fala e eu o encaro.
— Mas, você acabou de voltar! Não é justo! – Falo.
— Meu dever deve ser cumprido Samy! Não posso deixar que lutem sozinhos! – Mayson fala.
— Eu sei. Você vai quando? – Pergunto.
— Daqui a três semanas. – Mayson fala e eu o abraço.
— Eu não vou dizer que estou feliz, mas, eu entendo! – Falo e ele sorri.
— Então, o que você está sentindo agora? – Mayson pergunta.
— Eu não sei! Depois de saber que Louis iria me pedir em casamento, eu fiquei péssima, mas, sei que ele iria querer que eu seguisse em frente, é tão difícil, confiar nas pessoas, porque, eu conheço a dor de perder alguém, mas, não sei como é ser ferida! – Falo e Mayson respira fundo.
— Escuta, as vezes a gente só precisa se dar uma nova chance de viver outra história! – Mayson fala e eu sorrio.
— Você tem razão! – Falo.

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