Capítulo 19
Entre a Luz das Estrelas
Desde que Nico e eu tivemos aquela conversa, ele passou a me levar para a escola todos os dias e também para os treinos a noite, muitas vezes, minha mãe o forçava a jantar com a gente.
Nico Santini conquistou a minha mãe desde que pisou pela primeira vez na nossa casa, então, minha mãe passou a adorar a sua companhia durante o jantar de quase todos os dias durante aquela semana.
...
Hoje é sábado e o Sensei Klaus marcou um treino para as 7:00 da manhã, convenci Nico de que ele poderia ir direto para o treino e que eu e Ivi iriamos juntas para o treino pois já havíamos combinado de ir tomar café da manhã juntas. Exatamente as 07:15 passo pela porta da pequena lanchonete onde vejo Ivi.
Ivi estava com seus cabelos pretos presos em um rabo de cavalo, sentada em uma das mesas com sua xicara do que acredito ser chá, pois ela não toma café desde que era pequena, Ivi sorri e arruma a pequena mecha de cabelo que estava solta do seu rabo de cavalo e caia sobre seu rosto. Me aproximei da mesa onde ela estava e sentei.
— Pedi café para você e pode começar me contando o porquê de Ethan saber que você e Nico finalmente se acertaram e eu não – Ivi fala e eu gargalho revirando os olhos
—Não é bem assim.... – Falo e Ivi me dá um tapa na testa
—Samy Salt Berg, eu tenho um print bem detalhado do que você e Nico conversaram, então, poupe seu tempo é meu dever saber de tudo – Ivi fala e eu fico impressionada. — Okay. Eu e Nico conversamos e pela primeira vez em meses acho que fomos sinceros com o que queríamos e nós decidimos deixar o que quer que tenha que acontecer, apenas, acontecer – Falo e Ivi sorri e bate palmas ao mesmo tempo atraindo a atenção de todos na lanchonete
—Ivi! – A repreendo e ela gargalha mais ainda
— Okay, desculpa, mas eu não sou uma amiga boa o suficiente para não falar. Eu avisei, porque eu avisei – Ivi fala e eu reviro os olhos
— Avisou o que? – Ryan pergunta chegando com Ethan e Nico
— Ei, café da manhã das meninas, lembram? – Ivi fala fingindo estar brava
— Ethan é o culpado – Nico fala e ergue as mãos em sinal de rendição
—É bom ser importante ou ... – Falo cortando o meu pescoço com o dedo e eles riem
— Podemos sentar? – Ryan pergunta e Ivi revira os olhos
—Sentem! – Ivi fala e eles sentam
Ryan sentou ao lado da Ivi, Nico sentou ao meu lado e Ethan se sentou ao lado dele. Nico me abraçou e beijou minha testa, Ethan fingiu estar com ânsia de vomito e eu revirei os olhos.
— Antes que eu comece a queimar de tanta vela que estou segurando aqui, vamos ao assunto, temos pouco tempo antes de ir para o treino, então melhor eu falar logo – Ethan fala e todos ficamos em silencio para ouvir o que ele tem a dizer.
— Bom, Josh me disse que na última consulta que a Samy levou ele, o médico disse que em duas ou três semanas ele poderia voltar as suas atividades normais, então, obviamente ele vai querer voltar para a casa dele, já que Mayson também tem uma vida e Josh não pode morar com ele para sempre, porem a casa não está em um estado muito bom, as janelas ainda estão quebradas, a porta sem fechadura, então, nós como ótimos amigos temos que arrumar isso e garantir que os caras que entraram lá não voltem quando ele estiver sozinho. – Ethan fala e eu respiro fundo
— Caramba, nem eu não pensei nisso – Ivi fala e Ethan sorri, orgulhoso da sua ideia.
— Então, vocês topam? – Ryan pergunta olhando para mim e pra Ivi
—Jamais recusaria – Ivi fala e me olha esperando a minha resposta
— Eu topo – Falo e Ethan levanta a mão e eu bato na mesma
— Bom, vamos logo antes que o Sensei venha buscar a gente – Nico fala e todos rimos
—Definitivamente, Vamos! – Falo e levantamos da mesa
Fomos caminhando para o Dojô enquanto conversamos sobre como iriamos arrumar as coisas na casa do Josh.
Ivi e Eu ficamos de ir comprar as coisas para arrumar a cama de Josh e limpar a casa na próxima semana, Nico e Ryan iriam trocar as fechaduras e arrumar o portão da entrada da casa de Josh e Ethan ligaria para a empresa que conserta vidros e marcaria um horário para ele irem arrumar as janelas da casa.
Quando chegamos ao Dojô, Sensei Klaus já estava nos esperando junto com os outros atletas para começar o treino, levamos uma bronca de cinco minutos acompanhada de vinte flexões para cada por termos chegado atrasados, depois de trocarmos de roupa e fazermos as flexões, nos juntamos ao restante do pessoal na fila e começamos o treino.
Depois do treino, Sensei Klaus pediu para que sentássemos no tatame que ele queria falar com todos nós.
— Bom, recentemente recebemos um convite para mais um campeonato, vai ser Chelsea, mas para irmos, vou precisar que vocês preencham essas fichas e me entreguem até a próxima semana – Sensei Klaus fala e nos entrega as fichas que deveríamos preencher.
— Quando é o campeonato? – Ethan pergunta
—Dia Dezessete do mês que vem, no dia devemos sair as quatro da manhã – Sensei fala e assentimos com a cabeça
—Será que o Josh vai poder ir com a gente? – Pergunto
—Se ele receber alta no tempo previsto e se ele se sentir preparado, ele vai sim –
Sensei fala e eu concordo com a cabeça
— Vai ser ótimo se ele estiver bem para ir com a gente – Ethan fala e o Sensei concorda com a cabeça
— Bom, Josh indo ou não, eu conto com vocês no campeonato. Podem ir! – Sensei fala e nos levantamos.
Mary foi comigo e com Ivi para o vestiário para nos trocarmos, não tocamos no assunto da Ryana, pois sabíamos que apesar de tudo, Ryana é a melhor amiga da Mary e que ela fazia falta para Mary.
— O que estão planejando para a volta do Josh? – Mary pergunta enquanto tira o quimono
— O plano inicial é a gente arrumar a casa dele, para ele poder voltar para lá sem se preocupar com mais gente louca indo atrás dele novamente – Ivi fala e Mary sorri
—se vocês quiserem ajuda, confesso que me senti culpada por não ter ido ver ele quando ele estava no hospital – Mary fala
—Relaxa, Josh foi capaz de me perdoar, então, com você, vai ser moleza, mas se você quiser posso te levar até o galpão para você visitar ele – Falo e Mary gargalha
—MENINAS, MORRERAM AI DENTRO? – Ethan pergunta do lado de fora do nosso vestiário e então, guardamos nossos quimonos e saímos do vestiário em menos de cinco minutos.
Quando saímos, os meninos estavam reunidos perto da porta junto com o Sensei Klaus que ria de alguma coisa que eles tinham falado.
— Okay, vocês estão mais felizes que o normal – Falo me apoiando no ombro do Ethan
—Sensei Klaus quer reviver a tradição que Louis criou – Ryan fala e gargalha
— Que tradição? – Mary pergunta e vejo Nico fazer a mesma cara de questionamento que ela
—Louis tinha proposto que para cada campeonato que vencêssemos, o Sensei iria dar quinze voltas no quarteirão e para cada campeonato que não ficássemos em primeiro lugar, nós daríamos trinta voltas – Falo lembrando de como nós tivemos que correr por conta dele
—Injusto, mas gostei – Nico fala e Sensei Klaus gargalha
—Melhor irem antes que eu comece a cobrar essas voltas agora – Sensei fala
— Opa, nossa hora de brilhar pessoal – Ryan fala e eu dou um tapa na sua cabeça
— Aí, Nico, controla ela – Ryan fala e leva um tapa da Ivi e começamos a sair do Dojô
— Vamos Samy – Nico fala e reviro os olhos
Depois que todos foram para suas casas, Nico e eu andamos em direção a minha casa. Por Nico ser mais alto que eu, ele colocou sua mão por cima do meu ombro e eu na sua cintura e assim fomos até chegarmos em frente à minha casa.
—Samy, coloquei minha moto no concerto porque quero te convidar para um passeio essa noite – Nico fala e eu o encaro
— Passeio? Onde exatamente vai ser esse passeio? – Pergunto e ele sorri
—Surpresa – Nico responde e eu nego com a cabeça enquanto reviro os olhos
— Eu estou mesmo criando um monstro e talvez esteja com medo – Falo e Nico Ri
—não tem motivos para nenhum dos dois – Nico fala
—tudo bem, o que vou precisar levar para esse passeio misterioso? – Pergunto
— Coberta e travesseiro – Nico fala e eu o encaro assustada
—sabe o medo que eu estava sentindo antes? – Pergunto e ele concorda com a cabeça — Está cada vez maior – Falo e Nico me puxa para ele, colocando uma das suas mãos na minha nuca
— Eu te protejo – Nico fala e me beija paramos o beijo e eu sorri.
—é você quem está me deixando com medo – Falo e ele sorri
—não estraga o momento Samy – Nico fala e eu sorrio.
Depois de dizer que passaria para me buscar as 23:00 horas, Nico foi embora e eu entrei em casa e comecei a arrumar a mesma, pois minha mãe ficaria no hospital a noite toda.
Quando finalmente parei de limpar a casa, peguei um livro e sentei em baixo da arvore que fica na parte de trás do meu quintal, ainda com o livro nas mãos, encostada na arvore, meus pensamentos voaram.
Uma parte de mim estava extremamente feliz em ter Nico na minha vida, a outra tentava encaixar Louis no meio de todos os passos que eu desse e isso em algum momento, acabaria me ferindo ainda mais.
Louis era totalmente diferente de Nico, tanto na aparência como nas ações, Louis me apresentou um mundo novo, um mundo onde não importava o que nos ameaçasse, eu sabia que ele enfrentaria tudo comigo e me ajudaria a manter nosso mundo de pé.
Louis me fez querer coisas que eu nunca imaginei querer. Louis me fez querer casar na praia, com todos os nossos amigos presentes, me fez querer morar em uma casa pequena com um sótão com teto de vidro para ver a chuva cair quando as coisas ficassem ruins, que compraríamos quando terminássemos a faculdade, nela teria um quintal grande para que nosso cachorro pudesse correr atrás do filho que teríamos.
Louis me fez amar da forma mais intensa que eu me imaginei amando.
Mas Louis tinha se ido, e ver seu corpo em uma gaveta do necrotério, sem vida, destruiu esse mundo que tínhamos imaginado viver e eu desejei por um milhão de vezes, ter partido junto com ele naquela noite, mas, algo em mim partiu junto com ele e nunca mais voltaria.
Três anos depois de ter visto Louis dentro de um caixão, a dor ainda permanecia viva em mim, o amor que senti quando Louis estava comigo, foi tão único que dificilmente eu voltaria a sentir.
Nico por outro lado, quando surgiu na minha vida, eu tentei negar sua entrada nela de todas as formas possíveis, eu não queria de nenhuma forma que ele se aproximasse de mim, pois algo nele é intenso o suficiente para me fazer sentir o amor novamente e algo em mim, ainda não sabe lidar com essa ideia de amar alguém novamente, amar alguém de uma forma tão intensa que eu permitiria que esse amor tivesse o poder de me destruir novamente.
...
Exatamente as 22:50, fechei a minha mochila com as coisas que eu tinha colocado dentro. Uma coberta rosa e dois travesseiros. Antes de arrumar a mochila, mandei mensagem para o Nico perguntando qual tipo de roupa eu deveria vestir e ele respondeu " Vista algo confortável" então, optei por uma calça preta de moletom e uma camiseta branca com a estampa de um unicórnio, coloquei um casaco preto de moletom na mochila junto com as outras coisas que estavam dentro dela. Quando finalmente fechei a mochila escutei leves batidas na porta da casa, estranhei por não ter ouvido o ronco da moto de Nico, mas abri mesmos segundos depois e vi o mesmo sorrindo diante dela.
—minha moto não ficou pronta a tempo então, peguei o carro emprestado com o mecânico – Nico fala
—seja lá o que estiver planejando, temos que voltar antes da minha mãe chegar – Falo e ele sorri
— Vamos! – Nico fala e pega minha mão e vamos até o carro.
Durante os minutos que Nico e eu passamos dentro do carro, Nico e eu conversamos sobre quase todos os assuntos possíveis, até que Nico tocou no assunto do que o Sensei havia falado durante o treino.
— E como isso surgiu? – Nico perguntou atento a estrada
— Quando Louis me fez começar a treinar a equipe ainda era fraca comparada as outras, nós íamos para os campeonatos e quase sempre, não voltávamos com muitas medalhas muito menos com um troféu e como recompensa, Sensei nos fazia correr em volta do Dojô, até o belo dia em que ele disse que iriamos para outro campeonato dali a três semanas, Louis disse para ele que, se não voltássemos com um troféu, iriamos correr o dobro mas que se voltássemos com um troféu, ele iria correr metade do que corríamos normalmente – Falo e vejo o olhar de Nico pousado em mim, encarando os meus olhos atentamente, eu poderia jurar, que algo em Nico, estava vendo o tamanho da falta que Louis fazia ao meu coração.
— E isso deu certo de primeira? – Nico pergunta e eu sorrio, lembrando do desastre que fomos
—não, e eu quis matar Louis por ter dado a maldita ideia. Louis era teimoso o suficiente para não desistir de primeira, ele manteve o acordo e todo final de semana ia para a minha casa ou para a de Ivi, para nos obrigar a treinar durante horas, mesmo que até eu mesma achasse que, não iriamos conseguir. No campeonato seguinte, voltamos para casa com o troféu de primeiro lugar nas mãos e tivemos a bela visão do Sensei correndo em volta do Dojô e obviamente, Louis nos falando de cinco em cinco minutos que estava certo – Falo e Nico Ri e desvia o olhar da estrada por alguns instantes para me encarar
—se dermos sorte como da última vez, vamos ver o Sensei Klaus correndo – Nico fala e eu sorrio
—tomara porque minha vontade de correr logo após um campeonato está lá em baixo
– Falo e ele ri
Quando finalmente chegamos no local em que provavelmente passaríamos o resto da madrugada, encaro o campo com um gramado bem baixo e algumas flores espalhadas por ele, iluminado apenas pela luz da lua. Saímos do carro e eu encaro os olhos de Nico.
—Melhor a gente não estar invadindo esse lugar – Falo indo ajudar Nico a tirar as coisas do porta malas.
—não estamos, meu avô paterno morava aqui, tinha uma casa nesse campo, mas ela foi demolida depois da morte dele e tem um lugar aqui que eu quero te levar – Nico fala indo para a parte de trás do carro e abrindo a porta malas do mesmo
—nesse caso, deixa eu te ajudar com isso aí – Falo pegando a cesta de vime marrom que estava dentro do porta malas
— Cuida bem disso, é a nossa comida – Nico fala e eu reviro os olhos e começo a andar em direção ao pequeno portão que cercava o gramado
Abri o pequeno portão de madeira que estava fechado apenas por uma pequena trava. Coloquei a cesta em cima do gramado torcendo para ela não ser atacada por nenhum bicho.
—é legal, não é? – Nico pergunta me abraçando por trás
—é maravilhoso! – Falo e ele sorri, sinto sua respiração bem próxima do meu pescoço e isso faz com que meu corpo se arrepie
—Melhor irmos logo, para dar tempo de dormirmos e acordarmos a tempo do treino de amanhã – Nico fala
— Vamos – Falo e ele segura minha mão e começamos a andar em direção ao local.
Quinze minutos depois, Nico ainda carregava a mochila com as cobertas e eu já havia tomado metade da minha garrafa de água, não me dei o trabalho de reclamar, algo em mim sabia que valia a pena toda essa caminhada até o tal local.
Cinco minutos depois, meus olhos pararam diante do local que ficaríamos pelo resto da noite e ele era definitivamente maravilhoso, havia uma pedra bem grande e que deixava um grande espeço entre onde as arvores terminavam e onde a pequena cachoeira começava deixando o ar frio, mas não muito, algumas flores azuis nasciam ao redor da pedra o que deixava ela ainda mais bonita.
— Esse lugar é incrível – Falo e Nico sorri e se senta na pedra
—é aqui que eu venho quando quero pensar – Nico fala e eu sento ao seu lado
— Agora eu entendo o porquê – Falo encantada com o local onde estávamos
— Entende? – Nico pergunta me encarando e eu continuo olhando para frente
— Parece que nada de ruim pode chegar até aqui – Falo e ele me abraça, fazendo com que eu coloque minha cabeça no seu peito ombro.
— Esse lugar sempre me trouxe paz, queria que você sentisse isso também – Nico fala
—Missão cumprida – Falo e ele sorri vitorioso
Não falamos nada por um bom tempo, éramos apenas duas pessoas sozinhas, olhando para a lua e para as estrelas que pareciam brilhar ainda mais no céu, ali, nada parecia poder trazer os fantasmas que sempre nos cercavam, eles ficaram do lado de fora das arvores, as cicatrizes que doíam quando acordei, agora, pareciam adormecidas, e eu agradeci por mentalmente por Nico dividir seu momento de paz comigo. Diante da lua e das estrelas, eu me senti como se fosse apenas uma pessoa normal, sem um passado desastroso, sem cicatrizes, sem fantasmas e finalmente, sem medo.
Depois de comer nosso jantar, que eram nada mais nada menos do que sanduiches de hambúrguer e queijo e bebermos suco de laranja, pegamos um cobertor e esticamos em cima da pedra, colocamos os travesseiros e deitamos, colocando a outra coberta por cima de nós e então, começamos a conversar sobre todos os assuntos que vinham na nossa cabeça, riamos de quase todos eles e a hora foi esquecida de ser lembrada.
Depois de verificar a hora e colocar meu celular para despertar bem cedo para que pudéssemos voltar para casa a tempo, senti os braços de Nico me puxarem para ele e encontrei seus lábios, sorri, antes de voltarmos a nos beijar.
Não sei exatamente quanto tempo se passou, mas não paramos de nos beijar por muito tempo, suspirei ao sentir Nico beijar meu pescoço e suas mãos apertarem a minha cintura por baixo do meu moletom, levantei a sua camisa lentamente para que as minhas mãos pudessem tocar suas costas, passei a mão por elas arranhando-as levemente, senti Nico ficar tenso e tomar cuidado para não largar o peso do seu corpo em cima do meu, suas mãos passam pela minha barriga lentamente, mas antes de fazer o movimento para levantar a minha blusa, Nico para e volta seus olhos para os meus.
—Samy – Nico fala me olhando
—Tudo bem. Sem medo – Falo e ele concorda
—Sem medo! – Nico fala e volta a me beijar
Alguns longos minutos depois, estávamos deitados, ainda com a respiração acelerada e o corpo suado, Nico estava apenas de calça e sem a camisa e eu vestia apenas a camiseta dele, nossas roupas ficaram guardadas dentro da mochila onde estavam os cobertores, minha cabeça estava em cima do seu peito e eu escutava as batidas do seu coração. Algo em mim, algo que estava morto, estava começando a reviver e pelo menos por uma noite, eu não senti medo de deixar o que quer que fosse, finalmente, voltar. Antes que o sono me dominasse por completo, Nico suspirou.
—Samy, quero que saiba que eu não te trouxe aqui para isso – Nico fala e eu levanto a cabeça olhando para ele.
— Eu sei que não foi – Falo e ele sorri
— Eu amo estar com você – Nico fala beijando minha testa
— Eu também – Falo quase em um sussurro.
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