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Corações Desvalorizados

Tessa foi trabalhar sabendo o que a esperava: mais do mesmo. Uma equipe com os seus segredinhos, fofoquinhas e... Que a deixava de fora da parte boa – da parte em que eles compartilhavam seus interesses.

Às vezes, ela escutava conversas sobre filhos e maridos, pais e mães, eventos e viagens... Como ela não tinha nada para compartilhar, de fato, ficava difícil participar. E por mais que tenha se esforçado para ser uma boa colega, prestativa, gentil, atenciosa, era como se os seus esforços fossem mal recebidos... Como se já tivessem uma visão pré-formada e formatada a seu respeito. Como se não quisessem aceitar nada de bom que viesse dela, a não ser o seu sacrifício de carregar o setor nas costas. Os outros trabalhavam cinco minutos f conversavam por quase uma hora. Tessa tinha que trabalhar sem distrações. Ludmila regulava até quanto tempo ela podia ficar no banheiro.

Os outros podiam molengar, menos ela.

Na adolescência, uma professora lhe disse suspeitar que ela fosse superdotada. Fez um teste que indicou tal condição. A professora teria falado com sua mãe, mas o resultado dessa conversa... Tessa nunca soube. A mãe não fez nada para desenvolver suas potencialidades. Dizia que se suas habilidades não lhe dessem lucro imediato, então, não serviam para nada.

Os dons de Tessa tinham a ver com a habilidade de escrever muito bem, compreender conceitos e teorias sem precisar ler a obra inteira, e interpretar textos de outras línguas, aprendendo a traduzir durante o processo de tradução. Assim, ela se virava em espanhol, italiano, inglês e francês. Apenas porque entrou em contato com as línguas.

Apesar de nunca ter sabido o resultado da conversa entre a professora e sua mãe, a professora a chamou e disse: "Querida, muitas vezes os superdotados são incompreendidos. As pessoas não sabem lidar com eles e tratam de isolá–los. O ser humano tem dessas de isolar o diferente. Mas no seu caso, podem surgir pessoas que se sintam diminuídas pelo seu talento e reagirão com raiva. Você precisa desenvolver habilidades sociais para conseguir compensar o outro lado, entende?"

Na época, sem orientação familiar, obviamente Tessa não compreendeu o que estava acontecendo, nem o que deveria ser feito. Sendo a garota estranha na escola e tendo uma mãe agressiva em casa, ela vivia ligada no modo "reação". Mais recentemente, ao fazer terapia, passou a ver por um novo prisma as muitas coisas que não compreendia, do seu passado.

Inclusive o lado calculista no ambiente de trabalho. Quando os chefes ou os colegas enxergam uma habilidade em alguém que serve aos propósitos deles e tentam explorá–la ao máximo, sem se importar se estão esgotando a pessoa ou não.

Hoje, Tessa sabia o que faziam com ela no ambiente de trabalho. Deixavam–na alienada, faziam com que se sentisse diminuída, assim, aceitava qualquer migalha que lhe oferecessem como se fosse uma grande concessão.

Embora Tessa fosse gentil e atenciosa, eles a tratavam mal porque ela trabalhava melhor do que todos eles. Mas ao mesmo tempo, queriam engarrafar e explorar a capacidade de trabalho dela, para os próprios fins. Era assim que sua chefe imediata apresentava projetos considerados incríveis, elaborados por Tessa, sem lhe dar nenhuma participação ou crédito pelo feito. Na hora da apresentação, recitava a clássica e conveniente frase: "o trabalho é feito em equipe".

Equipe de uma só pessoa, mas isso é um mero detalhe, não é mesmo?

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Tessa acomodou-se em sua ilha de trabalho, sentindo-se miserável como sempre. A mãe acordou dando chilique porque Tessa não pode mais supri-la com as coisas que ela tanto gostava, então, rezou a ladainha: "filha imprestável, inútil, que não serve para nada" e principalmente: "idiota e imbecil".

"Devia ter feito o teste do pezinho em você" – era o seu refrão predileto. – "Nunca vi uma guria tão burraaaaa!!!

Então, o dia de Tessa começou assim... Como sempre. Só patada.

Daí, ela chegava no ambiente de trabalho, e era como se os abutres pulassem em cima dela, em busca dos nacos de carne que ainda lhe sobraram, para arrancar. Depois de despedaçá-la, iam embora para as suas vidinhas felizes.

Ela estava de saco cheio!

De repente, leu uma frase na internet que a fez parar por um minuto inteiro: "Se você não eliminar algumas coisas da sua vida, essas coisas eliminarão a vida que há em você".

Coisas... E pessoas, certamente.

O post falava de juntar–se às pessoas que lhe fazem bem, não àquelas que puxam você para baixo. Claro que não era tão fácil, quando envolvia família e trabalho. Se você tem que lutar todo o dia para ganhar seu dinheiro, não é tão fácil dizer: vou mandar todo mundo à merda!

No entanto...

– Eu não pedi para nascer – refletiu Tessa em voz alta.

Sua chefe, que estava passando para pegar um cafezinho, parou ao lado de sua mesa.

– Disse alguma coisa?

Nem um "bom dia, como você está?", apenas um comentário no seco. A resposta de Tessa foi igualmente seca:

– Nada.

– Quem "nada" é peixe... Não se esqueça do prazo – continuou andando e desapareceu na cozinha, ao lado da estação de trabalho de Tessa.

Que inferno trabalhar e ter que se concentrar para escrever com toda aquela bagunça. Mas os melhores lugares para se trabalhar eram destinados conforme o status do trabalhador, não conforme a necessidade do trabalho.

Como Tessa aceitava tudo calada, eles sabiam que ela acabava conseguindo dar um jeito de produzir, porque nunca reclamava.

Mas, dessa vez, ao invés de abrir o arquivo do trabalho, Tessa abriu o arquivo do exercício de copywriting. Iria fazê-lo primeiro, conciliando o pedido de Ernesto em turbinar o Instagram do tio. Quando as vagabundas saíssem da cozinha e voltassem ao "trabalho", então, ela começaria o trabalho dela.

Abriu o perfil de Roberto e analisou como ele lidava com a própria conta. Então, esboçou uma proposta de mudança, e esboçou alguns textos alternativos.

Estudou os exercícios de copywriting, enviou para o tutor e recebeu alguns feedbacks e sugestões.

Só depois, abriu o arquivo solicitado pela chefa.

– Ainda não terminou? – Ludmila quis saber.

– Pois não é que o computador travou?! Eu tive de reiniciá-lo – encolheu os ombros, com ar inocente.

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