Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAP 32 Obsessão Perigosa

O dia se iniciava com um alvorecer lindo, o céu apresentava um espetáculo de cores. O cheiro de terra molhada invadia as narinas da mulher que mal conseguia dormir. A noite foi longa, seus pensamentos giravam em seus pensamentos e todas as suspeitas assombravam a sua mente. Os objetos encontrados de sua nora a incomodavam, uma sombra de desconfiança pairava no ar, não poderia afirmar com toda convicção qual o motivo dela ter enterrado no quintal, muito menos saber para que fim levou tais utensílios.

Todavia tinha a necessidade de aprofundar sobre esse assunto, apurar os fatos, não poderia acusar a jovem levianamente, no entanto, Desirée vinha se mostrando ser uma mulher geniosa, caprichosa e desarrazoada. Sentia um aperto em seu coração por seu filho ter atado a sua vida ao da garota. Ouviu alguém bater à porta.

— Pode entrar. — Sua voz estava triste.

— Bom Dia, senhora Organa. — A jovem estava com uma bandeja com um café-da-manhã simples como sua patroa apreciava. — A carruagem está pronta para partir, os baús já estão no veículo. — Sorriu para a mais velha.

— Muito bom, obrigada minha querida.

Desse modo, a jovenzinha se retirou deixando Leia com as suas reflexões conflitantes a atormentando, só aliviaria quando compartilhasse suas preocupações com o seu irmão. Terminou de degustar sua alimentação e foi arrumar os últimos detalhes de sua ida à vila.

O percurso estava tranquilo, a estrada não continha buracos ou problemas, assim a viagem ocorreu no tempo limite. Ao avistar a sua casa no povoado seu coração pesou e sentiu uma sensação desconfortável em suas costelas. O transporte parou em frente a propriedade.

O seu servidor a auxiliou na descida do seu coche. Agradeceu a gentileza e adentrou na propriedade. O ambiente era amplo e arejado, sentiu alívio do calor úmido do caminho. Sentia a necessidade de um banho antes de visitar Luke.

Nesse instante Ben a vê no hall e de modo entusiasmado a cumprimenta.

— Mãe, que bom que veio! — A abraçou e beijou no topo da cabeça. A genitora sentia muita alegria em ter um filho tão amoroso.

— Estou aqui para ver como posso ajudar Rey e seu esposo. — Suspirou. — Visitar seu tio para lhe dar um pouco de consolo. — Olhou a sua volta procurando Desirée. — Onde está sua esposa?

— Como o mundo é feito de coincidência. — Falava sorridente.

— Por que, meu filho, diz isso?

— Minha querida esposa foi até o seu pai, juntamente com Lireth. Estava muito preocupada com ele.

— Entendo! — Estava evasiva. — Acredito que irei me juntar a eles daqui a pouco, mas antes vou precisar de um bom banho. — Riu e beijou a bochecha de seu filho. — E como está Kylo Ren?

— Fui a delegacia e o responsável pelo local falou haver poucas chances de meu irmão sair disso livre.

— Acredito que um bom advogado pode sim, resolver tudo. — arrumou uma mecha de seu cabelo. — Geoffrey Chewbacca é um excelente profissional. Tenho certeza que irá tirar o rapaz de lá. Meu filho, já conversou com ele, era muito amigo de seu pai. Tenho fé que tudo isso vai passar.

— Concordo com a senhora. — Beijou o topo da cabeça de sua genitora mais uma vez. — Fui até a casa do doutor Chewbacca e a mulher que me atendeu, me disse que ele viajou para a capital. Tenho para mim que fez isso para ajudar Kylo e Rey. — Deu uns passos até uma poltrona e sentou. — Vou para a capital, procurar outro advogado para ajudar, a senhora fica com Desirée, por mim?

A mulher caminhou até o filho e o abraçou com ternura maternal. Todavia com muito peso em seu coração.

— Sim, meu amor, ficarei com sua esposa. — Se distanciou um pouco do rapaz. — Contudo, se ela desejar ir com o marido, não me oporei. — O filho concordou com a mais velha. Então, ela concluiu. — Se me der licença, vou me retirar, desejo ver meu irmão ainda hoje. E, voltarei com Desirée para casa.

— Sim, mamãe faça isso.

Os dois se despediram e cada um foi se ocupar de seus afazeres.

(...)

A delegacia, o lugar mais decrépito de Coruscant, ninguém sentia a vontade em relação ao local, os que passavam pela edificação sentiam uma grande repulsa ao ambiente. Armitage Hux, o delegado, estava largado em sua poltrona, o suor escorria por suas costas, o cabelo grudado em sua testa e sua aparência estava repulsiva. A umidade o deixava exausto e irritado. Olhava a sua volta e praguejava por estar em condições insalubres e mal conservadas, abriu os dois primeiros botões da camisa surrada e úmida pensando consigo o que mais teria que fazer para o prefeito para conseguir sair dessa espelunca.

Nesse momento uma jovem entra no local com passos imprecisos, uma mistura de cautela e medo. Observava todo aquele ambiente hostil e sentiu um calafrio percorrer a sua espinha, ela tentava formular alguma palavra, no entanto, os sons não saiam de seus lábios trêmulos, então o delegado a encarou com impaciência e de maneira grosseira a interpelou.

— Diga logo o que veio fazer aqui na delegacia. — Sua voz era rude. — Não quero perder meu tempo com criaturas parvas. — Lireth engoliu em seco aquelas palavras desprovidas de gentileza e, antes que pudesse responder ao homem o que veio fazer ali num lugar tão inóspito sua patroa surge no vão da porta com uma postura altiva. Olhava todo o ambiente com repulsa a desdém.

Caminhou até ficar de frente a autoridade policial seus passos eram delicados, mas seu semblante belo e jovem mostrava toda a sua determinação em enfrentar o sujeito que foi deselegante com a sua dama de companhia, então num tom boçal se pronunciou.

— Vim visitar o meu cunhado, levar notícias recentes para minha irmã e pai, sobre a situação dele aqui na delegacia.

O ruivo a olhou de cima a baixo, como se observasse algo muito apetitoso e que ele gostaria muito de provar, nunca teria a chance de conversar com uma dama tão distinta e de bela aparência em seu cotidiano. Aprumou a postura em sua poltrona e ajeitou a camisa abotoando as últimas casas. Alinhou o cabelo grudento e se levantou caminhando como um gato em direção a mulher que se enrijeceu ao ver o movimento do delegado.

— Recebi o seu bilhete e confesso que fiquei muito curioso em saber por que uma senhora tão distinta quer ajudar um bandido sem nome ou pedigree. — Riu sem humor dando a volta em torno da jovem.

Ela sentiu o sangue congelar em suas veias e antecipava os pensamentos do homem que a devorava com os olhos, mas estava disposta a tudo por seu grande amor, sabia que teria que pagar um preço alto para poder livrar o pirata do cárcere. Todavia precisava ser mais inteligente e rápida em relação ao seu oponente.

— Sabe muito bem, senhor Hux, que Kylo Ren é esposo de minha irmã, portanto é meu dever ajudá-lo. — Empinou o nariz.

— Entendo, — ficou bem perto de Desirée o cheiro dela era delicioso — no entanto, aquele verme já tem muito auxílio, não há necessidade de acudi-lo. — Tentou pegar num cacho dourado da dama, mas ela havia tomado distância do homem. Voltou a encarar a autoridade.

— Peço ao delegado a permissão de ver Kylo Ren. Não quero ouvir nenhuma negativa de sua parte.

— O que ganho em lhe ajudar com relação ao meliante? — Se aproximou da senhora bem vestida. — Devo dizer que terei algum benefício por cooperar com a senhora Organa-Solo nesse quesito? — Roçou o seu dedo mindinho na mão da mulher que estava com luvas de renda.

O gesto ousado de Hux a encheu de raiva, mas precisava manter a frieza que o momento exigia, o seu cérebro clamava toda a clareza para responder ao homem à altura sem perder a oportunidade de ganhar naquele jogo perigoso. Então dissimulou estar à vontade com a ocasião. Ganhou distância caminhando pelo cômodo quente e fétido. Observou todas as prateleiras, móveis, estavam muito gastos e então voltou a encarar o ruivo.

— Certamente senhor Hux, vamos chegar a um acordo razoável para nós dois. — Sorriu de modo malicioso. — Todavia, quero que me dê a sua palavra de cavalheiro que irá me deixar ver Ren e depois... — O fitou com malícia. — Poderá liberá-lo.

— Permitir a sua entrada no calabouço poderei fazer. — Seu sorriso saiu forçado. — Todavia, senhora Organa-Solo, não poderei soltar o pirata.

A mulher se aproximou do delegado e ousadamente pousou sua mão no braço do delegado.

— O senhor com certeza é a autoridade máxima desta vila, não entendo o porquê de não fazer que o seu poder seja exercido de modo pleno.

Armitage ponderava as palavras daquela bela mulher e de fato, ele tinha o direito de exercer sua autoridade. Deixar de lado toda a importunação que o prefeito lhe impunha e ser o líder daquele plano, pois foi ele quem conseguiu prender o pirata, e o mantém encarcerado em sua delegacia. Tornou a encarar a dama com lascívia. Iria impor a sua vantagem em relação à mulher que ao observá-la identificava estar disposta a tudo para ajudar ao rato que estava na cela.

— Como disse antes, vou repetir novamente. — Riu maliciosamente. — Tenho que receber alguma compensação por lhe oferecer tal benefício.

— O quanto o senhor quer? — Se afastou para perto de sua dama de companhia. — Meu marido tem muito dinheiro. Tenho certeza que posso lhe pagar o que desejar!

— O que desejo... — Caminhou até as mulheres. Pegou na bolsinha da jovem, de modo audacioso. — Não é valor pecuniário. — Deu as costas para Desirée. — Todavia a dama poderá me proporcionar o que quero.

A mulher de Ben Solo tremeu ao ouvir aquelas palavras tão atrevidas e sem pudor. Agora tinha a certeza de que aquele homem asqueroso tinha em sua mente pervertida, mas não podia voltar atrás. Iria até o final daquela questão, para ter seu amor salvo e em seus braços.

— Então diga o que o senhor delegado pretende. — Empinou o nariz. — Verei o que posso fazer.

— O que solícito de uma dama tão distinta como a senhora. — A olhou como um predador diante de sua caça, o suor escorrendo por sua têmpora. — Que venha me visitar hoje a noite aqui na delegacia.

— Esse pedido é um tanto complicado de atender. — O odor do ambiente a estava deixando nauseada, sentia o estômago embrulhar. Se recostou em Lireth. — Sou uma senhora casada. Não posso estar circulando pelas ruas à noite.

— Tenho certeza que é muito inteligente, vai encontrar uma maneira de vir me visitar na delegacia hoje. — Sorriu malevolamente.

— Farei o que o senhor está me pedindo. — Seu corpo inteiro tremia de medo e raiva estar nas mãos daquele homem asqueroso. — O senhor me deixará ver Kylo Ren agora? E ele será solto?

— A senhora poderá ver o criminoso, quanto a ser solto, mais tarde discutiremos a liberdade do prisioneiro.

Nesse momento chamou o cabo e instruiu o rapaz a levar aquelas duas mulheres até o pirata.

Desirée sentia todo o peso de suas palavras e ações esmagaram o seu coração, sabia ter que cumprir com a sua palavra, respirou fundo para conter seu mal-estar, sua dama de companhia vinha a seu lado segurando seu braço.

Armitage estava observando elas desaparecerem pelo corredor com o semblante totalmente satisfeito. Sua consciência de que tirou vantagem daquela situação, mesmo sabendo que não libertaria seu inimigo, no entanto, teria aquela mulher em seus braços, mesmo que para isso a enganasse com falsas promessas de que tiraria aquele homem do cárcere. Riu maldosamente.

(...)

A penumbra da cela era sufocante as paredes úmidas deixava o odor insuportável o homem ferido estava recostado na parede se sentia isolado e preocupado, seus companheiros haviam sido liberados no início da manhã, o dia nem tinha despertado o cabo os tinha liberado. Sentia que o tempo corria contra ele. Segurava a têmpora que havia uma faixa encardida e um pouco folgada. O idoso o observava de longe, com isso a voz masculina o tirou de seus pensamentos.

— Agora que seus amigos não estão mais aqui, creio que precisamos nos revezar em dormir. — Saiu das sombras e sorriu sombriamente. — Devo aconselhar em não beber ou comer nada vindo dos soldados. — Com habilidade tirou a atadura do pirata avaliando a ferida do sujeito, analisava como um profissional. Limpou com cuidado e voltou a pôr as faixas. Ficou muito bem ajustada. — Como falei antes e torno a repetir, tem que sair daqui o mais breve possível, ou do contrário te eliminarão facilmente.

Kylo observava aquela figura misteriosa cuidando de suas feridas como um médico habilidoso e se perguntava porque alguém tão instruído estaria ali trancafiado e vivendo no anonimato, como que não existisse, o encarou.

— Obrigado por toda ajuda e por cuidar da minha ferida.

— Não há de que. — Se sentou perto do pirata. — Sua lesão está recuperada e sem nenhuma infecção, isso é uma ótima notícia.

— Quem é o senhor? Como chegou aqui? — Tinha interesse em conhecer o homem, saber se ele era digno de sua confiança.

— Estou aqui há tanto tempo que saber quem sou ou, o porquê de estar aqui já não faz sentido. — Suspirou cansado.

— O senhor é médico? — A pergunta tão direta pegou o homem desprevenido.

— Fui um dia, mas não sou mais. — Tentou alinhar sua roupa desgastada pelo tempo.

— O doutor sofreu injustiça? Conte como podemos te ajudar. — Kylo se arrumou ficando mais ereto. — Não pode deixar algo tão ruim passar.

— Como me ajudaria? — Riu da situação. — Está tão afundado na lama quanto eu. Nosso inimigo é muito poderoso. Não deixa nada passar.

— Está falando de Armitage? — Sua expressão era de desdém. — Aquele verme covarde não tem nenhuma influência nem aqui e em qualquer outro lugar. É apenas um capacho.

— Não estou falando do delegado. — O olhou com seus olhos azuis gélidos pareciam cortar a alma do pirata. — Como você falou acertadamente, ele é apenas um peão nessa armação toda. Estou falando de outro sujeito muito mais perigoso, usa sua influência para silenciar seus inimigos.

O coração de Ren retumbou em suas costelas, diante de tantos acontecimentos havia se esquecido de algo tão relevante. Rompeu seus negócios lucrativos de pirataria com o prefeito antes de se casar com Rey. O motivo de seu rompimento não importava mais, o fato que o prisioneiro deixou um detalhe tão importante no esquecimento, sabia que o homem que foi seu sócio por anos, não o deixaria tão facilmente. Agora estava encurralado e nas mãos de Snoke, não poderia ficar sereno esperando que o sujeito o tirasse dessa vida sem uma boa luta. Tinha que escapar dali. Sentia que sua fuga nessa noite era sua chance de sair ileso, do contrário encontraria uma morte certa. Seus homens com certeza estariam traçando a continuidade de seus planos para que sua escapada fosse impecável. Olhou para o homem que compartilhava a cela.

— O senhor era o médico pessoal do prefeito? — Lembrou do rosto do homem que havia sumido há cinco anos, pode ver através das rugas e sujeira o sujeito esnobe que sempre acompanhava o prefeito. A única coisa que Snoke falou quando ele desapareceu foi haver voltado para os seus familiares. Como nunca quis se aprofundar nos negócios do homem, ele deixou para lá. Agora estava diante de um desafeto do prefeito. — O que você fez para que Snoke o jogasse aqui nesse buraco?

O velho se levantou, deu uns passos incertos até a grade e praguejou baixinho. Acreditava estar mais protegido se ninguém soubesse que ainda vivia, o anonimato o resguardava. Meneou a cabeça inconformado. Olhou para o corredor vazio e depois para Kylo.

— Os motivos para estar aqui não são relevantes no momento.

— Para mim, é extremamente importante saber. — O encarou com determinação. O silêncio entre os homens era um abismo intangível, apenas se ouvia o gotejar reverberando nas paredes úmidas da cela.

O sujeito enigmático concordou apenas afirmando com a cabeça. Sabia ser justo informar a Kylo sobre as razões que o levaram a estar trancafiado naquele buraco esquecido por deus, esfregou com dedos trêmulos sua têmpora molhada de suor pegajoso. Contar ao pirata, talvez o converterá num aliado poderoso, no momento trancafiado, mas seria um sujeito liberto em poucas horas, então poderia o ajudar em sua verdadeira libertação, a vingança. Olhou novamente o homem sentado no chão e depois o vazio.

— Como o capitão bem lembrou, sou Bernard Jackson, o médico pessoal do prefeito Snoke. — Soltou o ar dos pulmões como se tivesse prendido há muito tempo um peso imenso em sua caixa torácica. — Fui incumbido de uma missão da qual o juramento de minha profissão ia ao encontro do pedido do prefeito.

— Quem era a pessoa que o senhor deveria matar. — Estava muito curioso sobre o homem à sua frente.

— Sua fuga será hoje a noite? — Tentava desconversar o seu inquiridor.

— Não fuja do assunto. — Estava sem paciência. — Diga doutor Jackson quem Snoke pretendia se livrar?

O velho esboçava uma resposta quando os dois homens ouviram passos pelo corredor estreito e mal iluminado.

Silenciaram imediatamente. Tudo ficou quieto o som que vinha de fora do cubículo era feminino podiam sentir o salto ecoando pelas paredes do lugar com ecos que mostravam que caminhavam na direção deles. A isso surge uma bela dama bem vestida e adornada.

— Kylo?! — Seus lábios rosa estavam trêmulos de angústia. — Meu amor, estás bem? Estás ferido? Apareça para lhe ver, meu querido!

Ren com muita relutância se levantou, não queria ouvir mais daquela conversa sem propósito. Se recostou na grade e a olhou com frieza.

— O que você está fazendo aqui? — Desviou o rosto da mão da mulher que tentava lhe afagar. — Não temos nada para conversar.

— Kylo não seja cruel! — Fez um beicinho, com a finalidade de conquistar seu ouvinte, no entanto, o coração do homem não lhe pertencia mais, outra mulher dominava seus pensamentos e estava atada em sua alma. — Sabe que te amo!

— A senhora não deveria ter vindo aqui! — Ignorando a jovem deu as costas. Caminhando até a escuridão da cela. — Volte para o seu marido e suas coisas luxuosas.

— Kylo? Não ouviu o que te disse: -Se sentia frustrada com a atitude do pirata. — Te amo! Vou tirar você desse lugar. — Olhava a sua volta com ojeriza. — Você não é homem para ficar preso, é livre precisa sair daqui!

Ren foi até a grade com pouca paciência com aquela mulher pretensiosa.

— Saia daqui! — Falou em tom de ameaça. — Não preciso de você para me ajudar a sair daqui. — Apontou o dedo indicador em direção da dama que estava amedrontada com a postura do pirata. — Escute com muita atenção senhora, não quero sua pessoa ou a do seu marido envolvidos em qualquer coisa que tenha a ver comigo ou de minha esposa. Não pense. Não tente. Não faça nada por mim. — Novamente deu as costas para a mulher. Concluiu. — Quero a senhora Organa-Solo bem longe de mim e de Rey. Agora vá embora!

Desirée ao ouvir aquelas palavras frias cortaram a sua alma como uma navalha afiada, uma lágrima de dor e ódio se precipitou por sua face rósea. Endireitou a sua coluna numa postura altiva. Não permitiria que alguém a visse daquele modo, mesmo sendo seu grande amor. Temperou a garganta e falou de modo despreocupado.

— Virei a noite para conversar com o delegado Hux, — limpou a bochecha com um pequeno lenço — me prometeu encontrar uma forma de liberar você daqui. — Segurava a barra de ferro como se fosse cair num precipício se a soltasse.

O prisioneiro não acreditava nas palavras saídas da boca daquela mulher obstinada. Intuía que aquela visita não traria bons resultados para ela, o homem era covarde e perigoso e ficar a mercê dele poderia pôr em risco a sua integridade. Respirou fundo para controlar sua raiva crescente.

— Desirée, não venha a essa delegacia, nem de dia e, muito menos a noite. — Passou os dedos entre os fios de seu cabelo negros para os alinhar e tentar trazer um pouco de calma a si. — Esse delegado não é de confiança, é um sujeito muito vil, se afaste dele, não tente fazer nenhuma estupidez para me ajudar a tirar daqui. — Aproximou-se da grade com preocupação. — Prometa que não virá aqui, ou tentar negociar nada com esse verme! Prometa! — A voz masculina saiu áspera e autoritária.

— Sim, prometo. — Fingiu concordar com o pirata, no entanto, estava resoluta em seguir com os seus planos, afinal a atitude do homem aprisionado lhe deu uma fagulha de esperança, o excesso de zelo e preocupação com o seu bem-estar sinalizou que não havia perdido o coração do pirata para a sua irmã sonsa. Soltou um sorrisinho de satisfação. — Não voltarei a falar com o delegado, mas devo dizer que será impossível, pois precisarei para poder voltar a lhe ver, meu amor.

— Nem pense em voltar aqui! — Trincou os dentes. — Já lhe avisei, volto a te lembrar, senhora, não quero você. Não te amo!

— Claro que me ama! — Estava com a voz ansiosa. — Você me amou com paixão, ainda me ama, sinto isso na minha alma. — Tentou alcançar o homem que se afastou dela. A olhava com frieza e um soluço se precipitou na garganta da mulher ao ver a face dura do seu antigo amante, não havia qualquer sentimento terno, a paixão havia morrido.

Voltou a chorar ao se sentir vazia, não tinha mais o carinho de Kylo Ren para si. Quando tentou argumentar, o policial a lembrou que seu tempo havia acabado e que necessitava voltar para as partes superiores da delegacia. Relutou por alguns segundos deixar aquele lugar, mas Lireth a apoiou e a conduziu para a saída, tudo girava, o chão parecia ter se derretido. As pernas estavam pesadas e uma náusea forte a alcançou, tentou controlar o fluxo que chegou até a garganta. Se agarrou a sua dama de companhia e saiu dali ferida de morte, chorava baixinho por todo o corredor.

Não parou para falar com o delegado, apenas deixou um recado com o subordinado que enviaria uma nota ao homem acertando os detalhes finais para o encontro deles à noite.

Na cela Kylo Ren estava totalmente inconformado com aquela visita, Desirée o tirava de sua paz, pensava nela, e não compreendia como poderia se deixar levar por uma pessoa tão pequena e dissimulada. Ao comparar as irmãs, percebia que Rey era linda e de uma alma cristalina trazia calmaria para a sua alma atormentada e de fato, sua esposa era seu verdadeiro amor. Nesse momento o médico o tirou de seus pensamentos.

— Vejo que o pirata está encrencado, essa dama não irá lhe deixar em paz. Está decidida a ficar contigo. — Riu animado com o que acabara de assistir. Há muito tempo não assistia uma intriga tão divertida.

— Não a quero. — Bufou de raiva. — Ela é esposa do meu meio-irmão. Já foi minha amante, mas não a tenho como mulher há muitos meses.

O velho se aproximou do mais jovem um tanto confuso. A situação ficou mais complexa. A dama em questão era sua cunhada. Ao ouvir a sequência dos fatos ficou mais perplexo.

— Desirée, a senhora que estava aqui é irmã de minha esposa. — Colocou as mãos nos quadris. — Amo muito a minha mulher.

— A dama gentil que esteve aqui outro dia? — Jackson interferiu na narrativa. Kylo concordou com a cabeça. Continuou precisando desabafar.

— Fui amante de Desirée, antes do meu irmão. — Deu de ombros. — Pelo menos acredito nisso. Apaixonei-me por ela, seus encantos eram magnéticos. Rompi com o prefeito Snoke para ser um homem honrado e merecer a mão da jovem. — Riu sem humor. Continuou relatando tudo ao homem que parecia muito interessado na história impressionante do pirata. Alisava a barba, compenetrado em cada palavra que ouvia.

Impressionado com o que estava tomando conhecimento. Caminhou pelo recinto se dando conta que o rapaz estava ali por vingança de Snoke. Estava tomando ciência que seus inimigos o queriam bem longe, e para completar a tragédia se seu irmão descobrir sobre a paixão incômoda que sua esposa nutre por Ren, então seus problemas só vão piorar. Olhou para Kylo com empatia.

— Avisei a você e seus parceiros. — Sentou perto da grade. — Volto a lhe alertar, saia daqui quanto antes.

— Sabe que irei sair daqui. — Esticou o pescoço para se certificar que não havia ninguém no corredor a ouvi-los. — Eu com a ajuda de meus companheiros iremos sair hoje à noite.

— Espero que sua cunhada tenha te escutado e não venha visitar o delegado. — A voz do velho parecia um sopro.

— Também oro aos deuses para ela ficar longe dos meus planos e de minha vida. — Uma angústia se apropriou de sua alma ao pensar naquela mulher egoísta.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro