CAPÍTULO XXX
Calliope
As horas pareciam eternas, não passavam, o cheiro do corpo de George estava começando a afetar aquele lugar e eu estava com vontade de vomitar, mas estava tão sem forças que só dormir. Fui acordada com Izzie me chacoalhando e me mandando levantar que iríamos sair. Senti esperança de que finalmente seria solta, mas então fui jogada no porta malas de um carro. Não sabia para onde estava sendo levada mas sinto medo, muito medo. Quando finalmente paramos, demorou um pouco para ela me tirar dali, mas eu já estava agoniada, porque parecia que cada vez mais era difícil respirar ali dentro.
Ela abriu o porta malas e apontou a arma para eu sair sem tentar nada, eu estava sem força que mesmo se quisesse não conseguiria correr para longe antes de ser atingida por um tiro. O lugar parece um galpão abandonado, ela me colocou para andar a sua frente enquanto apontava a arma para a minha cabeça. Entramos e fomos até o meio do lugar e ficamos ali paradas, viradas em direção a entrada por onde passamos, parecia que estávamos esperando alguém. Não demorou muito para ouvirmos passos e foi então que meu pai apareceu com uma mala. Eu estava aliviada por vê -lo, quero que ele me tire daqui mas ao ouvir os gritos de Izzie, comecei a ficar com medo do seu descontrole. Ela falou para o meu pai sobre a história do pai dela e meu pai dizia que não fez nada, mas ela não aceitava. Depois de muitos gritos, e do meu pai ter jogado a mala mais para perto da gente, ela decidiu me soltar para pegar a mala e eu corri até meu pai e o abracei, mas agora veio o pior. Izzie começou a mandar meu pai tirar o coleta a prova de balas que ela quer atirar nele ou então vai atirar em mim. O pânico tomou conta das minhas veias, eu não sabia o que fazer além de chorar e implorar para ela não fazer nada, meu pai se colocou na minha frente mas então antes do tiro, alguém surgiu na nossa frente, e eu conhecia bem esse alguém: Arizona. Logo veio o barulho do tiro, atingindo seu corpo, outro tiro que saiu da arma de Arizona e eu vi atingir na cabeça de Izzie a fazendo cair para trás no mesmo instante. Eu gritei desesperada e amparei o corpo da mulher que eu amo, com a ajuda do meu pai.
- Meu amor por favor fica comigo - eu quase não enxergava por conta das lágrimas - Pai me ajuda - eu pedi e ele saiu correndo para pedir ajuda mas os policias já estavam entrando
- Sun...shine - foram as únicas palavras que ela disse antes de desmaiar
Arizona estava perdendo muito sangue, o tiro havia sido no peito e não sabíamos o que poderia ter atingido. Os policias já haviam acionado a ambulância mas sabíamos que não tinhamos tempo, ela estava morrendo. Os próprios a carregaram até um carro da polícia e eu fiz questão de ir junto. Eu fui atrás com o corpo dela sobre o meu. Eu chorava e implorava para ela não desistir da vida, que tínhamos muito o que vivermos juntas. Todo o caminho até o hospital, eu fui rezando, eu faria qualquer coisa para não perde-la.
{...}
Assim que o carro foi estacionado, o policial saiu rapidamente para dentro do hospital e logo enfermeiros vieram com uma maca, a porta foi aberta e tiraram Arizona com cuidado. Não demorou para o médico se juntar aos enfermeiros. Eu ia segurando a mão dela, até chegar em uma porta que eu não podia passar. Eu fiquei ali olhando, a porta se fechar, enquanto cai nas lágrimas. Senti uma mão tocar meu ombro e então ao me virar eu vi Karev. Fiquei surpresa, mas apenas deixei meu choro sair. Alguns minutos depois meu pai estava no hospital e eu pude desabar entre seus braços. Eu estava agoniada sem saber notícias, tudo o que fomos avisados era que ela precisaria de uma cirurgia de emergência e como não havia nenhum parente próximo ou vivo para assinar os papéis, Karev por seu chefe dela foi quem assinou.
Eu me sentei no banco da sala de espera, olhei pra baixo e vi minha roupa ainda coberta pelo sangue dela. Os policiais vieram falar comigo e até pediram para que eu fosse revisada por um médico para saber que eu estava bem, eu não queria sair dali mais meu pai me convenceu, já que ali nada eu poderia fazer.
Eu tomei um litro do soro para me hidratar e remédio para dor, e depois fui liberada. Meu pai mandou comprar algo para eu comer e mesmo sem fome, me convenceu a comer, dizendo que eu precisava estar bem para quando Arizona precisasse de mim. Foi naquele momento que eu percebi que ele tinha razão, eu precisava estar bem e forte pra ela. Eu só rezava para que Deus me ouvisse e a ajudasse a se salvar.
O tempo de espera estava tão longo que eu fui até a capela, me ajoelhei na frente do altar e implorei para que um milagre fosse feito, Arizona não podia morrer por minha causa, ela merecia viver.
- Eu trocaria de lugar com ela, faço qualquer coisa, mas não a tira de mim, por favor Senhor - eu sentia as lágrimas escorrendo por meus olhos
- Filha... - ouvi a voz do meu pai no fundo e então levantei depressa e me virei com o coração acelerado - a cirurgia acabou e o médico quer falar conosco - sua expressão não era muito boa
Eu saí depressa dali, de braço dado com meu pai até o sala de espera onde o médico estava esperando para contar como foi. Agora também estava Karev, sua esposa Jo, April ( Jo quem avisou já que eu nem tive cabeça para isso)a amiga de Arizona e Avery.
O doutor explicou que a bala quase atingiu o coração, mas conseguiram retirar, porém ela perdeu muito sangue e chegou a ter uma parada cardíaca, seu coração parou por 8 segundos, mas conseguiram reanima-la mas seu estado é crítico e as próximas 24 horas serão cruciais para saber como seu corpo irá reagir. Quando ele pediu licença e saiu, eu afundei minha cabeça no peito do meu pai e chorei.
- Vai dar tudo certo filha. Arizona é forte e vai ficar bem. Eu acredito
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