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CAPÍTULO XX


Calliope

Há anos eu aprendi que eu tinha que ser perfeita, eu precisava seguir as regras da casa, obedecer a minha mãe e dar orgulho ao meu pai. Cresci dentro de uma família tradicional, seguir o catolicismo, e sabia o que era pecado. Quando com quinze anos me vi apaixonada por uma garota, eu me envergonhei, me senti amaldiçoada, rezei para que Deus tirasse isso de mim. Arizona era minha melhor amiga, estávamos sempre juntas naquele internato, eu não quero ficar longe dela mas também não queria sentir aquelas coisas, queria apenas vê-la como amiga, mas não dava. Quando ela se declarou, eu não consegui negar o que sentia, eu não conseguia mais fugir ou me esconder daquele sentimento, então me entreguei a ela, ao nosso amor, mas éramos muito jovens, imaturas e com a cabeça graça. Eu acreditei em uma mentira que uma garota disse, eu não enxerguei que ela só queria nos separar. Eu confie na minha mãe e claro, eu ouvi que aquilo era coisa do demônio, que Deus não ia me amar, que eu precisava rezar e esquecer tudo aqui, então quando ela quis me tirar do internato e me ver longe de Arizona, eu aceitei, afinal eu acredita que tinha sido traída e que precisava obedecer a minha mãe. Meu pai nunca soube de nada, afinal mamãe nunca quis que eu falasse, e nos seus últimas dias de vida me fez prometer que faria o meu pai feliz , faria o que precisasse ser feito pela família. Eu me escondi dentro de mim todos esses anos, as vezes escondida sai com algumas garotas, cheguei até achar que estava apaixonada, mas então minha mãe me apresentava algum garoto que ela achava ser ideal pra mim e eu ia lá e fazia o que ela queria. Depois que ela faleceu, papai me apresentou George, então eu soube que era isso que ele queria, era o genro ideal, então apenas fiz o que deveria ser feito, aceitei namorar com ele, mas eu nunca consegui me deitar com ele, mesmo com todas as cobranças e insistência. Então Arizona aparece e coloca meu mundo de cabeça pra baixo, me fazendo sentir que eu tenho coragem de enfrentar tudo pelo nosso amor, mas não, eu sou uma covarde. Eu amo com todo meu coração e minha alma, por isso voltei a acreditar nela e me entregar, mas então meu pai tem aquele infarto e eu sinto que é um sinal, que preciso voltar para o caminho "certo".
Quando eu vi Arizona ir embora, meu coração quebrou, eu estava fazendo-a sofrer , tanto, quanto a mim mesma. Eu tive que fazer uma escolha e novamente escolhi fazer o que sempre me disserem ser o certo.
Naquele dia, quando ela se despediu, Izzie nos viu.

- Eu sabia que tinha algo errado com você - ela se aproximou com um sorriso cínico no rosto - vocês duas eram amantes - ela riu - meu Deus Calliope que nível você chegou. Imagina seu pai sabendo disso? A filha perfeitinha e querida dele é uma Lésbica que trai o noivo

- Cala sua boca - eu levantei a mão para bater no rosto dela mas ela segurou meu braço no ar

- Não ouse - ela disse com raiva - acho bom a partir de agora você me respeitar e fingir que gosta de mim, pelo menos na frente do seu pai, se não quiser que ele sofra a decepção de saber a verdade sobre você

- Você não seria capaz - eu disse sem acreditar - ele pode passar mal e morrer

- Que dó dele né. Calliope eu não me importo com isso - ela soltou meu braço - faça o que eu mandar se não quiser que seu pai saiba sobre você e então ele morra por sua culpa

Ela simplesmente saiu me deixando ali estática, sem entender nada, ou melhor, tendo a certeza daquilo que sempre pensei: Izzie nunca amou meu pai e sim o dinheiro e o poder que ele lhe trouxe. Agora mais que nunca precisava esconder quem sou para que nada de ruim aconteça a única família que ainda tenho.

{...}

Os dias que se seguiram eu tive que engolir minha dor de perder Arizona e ter que me casar com George, já estava tudo marcado. Meu pai estava tão feliz e animado, ele mandou Izzie me ajudar com a organização enquanto eu tinha que fingir que estava mais amiga da minha madrasta.

A data marcada chegou, o dia escolhido era uma sábado, o casamento seria feito em um salão com espaço ao ar livre, já que a cerimônia seria de dia, perto do pôr do sol e a festa aconteceria do lado de dentro. Os convidados ao todos era quase quatrocentas pessoas, já que havia políticos e suas famílias, pessoas da alta classe, era tudo gente que tinha a ver com meu pai, eu havia convidado apenas Addison e sua família, além de Lauren com família dela.
Eu estava em um salão, uma pessoa arrumado meu cabelo, outra fazendo minhas unhas, eu tentava aparentar felicidade, mas tudo o que eu pensava era em Arizona e como queria que ela estivesse aqui, mesmo sabendo que isso seria egoísmo. Porém como se meus pensamentos tivessem sido ouvidos, eu olhei para o espelho e a vi parada, logo atrás da cabeleireira.

- Preciso falar com você, prometo que será rápido - ela disse

- Cla-claro - eu fiquei nervosa ao vê -la ali - Addison que está comigo no salão, me olhou sem entender - te explico depois

Informei a cabeleireira e manicure que precisava de um local privado por alguns minutos e eu fui levado juntamente com Arizona, até uma sala fechada.

- Eu não esperava ver você aqui - eu comecei

- Sabe, essa noite eu pensei muito se deveria ou não vir falar com você, mas eu quis tentar uma última vez

- O que você... - não consegui terminar, pois suas mãos estavam sobre meu rosto e sua boca colou-se na minha

Ela me beijou e eu me entreguei, eu ansiava por aquela boca. Nossas línguas se encontraram, na mesma conexão de sempre.  Eu pousei minhas mãos sobre sua cintura, e a puxei para mais perto, colando nossos corpos, quando beijo começou a ter mais intensidade, ela parou e se afastou um pouco, mas ainda segurando meu rosto. Ela me olhou nos olhos e começou a dizer:

- Eu te amo sunshine, você não pode se casar, você vai fazer a pior coisa da sua vida. Não faça isso com a gente, com nosso amor e nem com você mesma

- Ari - então eu tirei as mãos dela do meu rosto - eu te amo e não quero me casar, mas eu preciso - falei - é meu dever

- Por Deus, chega de falar dessa forma, estamos falando sobre sua vida

- Exatamente, minha vida - eu falei com lágrimas nos olhos - eu preciso cumprir a promessa e não há nada que possa mudar essa escolha. Infelizmente nem o amor que sinto por você - aquelas palavras saíram falhadas, afinal estava com nó na garganta

- Não consigo acreditar que esteja falando desse jeito, depois de acabar de me beijar e admitir que me ama e não quer casar

- Eu não retiro nada do que eu disse, mas não posso voltar atrás. Eu sinto muito amor

- Essa palavra amor não deveria ser dita por seus lábios, depois dessa maldita escolha - sua voz estava embargada pelo choro, ela estava se mostrando vulnerável pra mim - já que não vai ser pelo nosso amor, pelo menos então escute o que eu tenho a dizer - apenas concordei com a cabeça - George é amante de Izzie, eles estão agindo pela suas costas e de seu pai. E acredito que possam estar por trás do atentado

- O quê? - eu disse sem acreditar - não pode ser. Sei que Izzie não presta, mas George? Não posso acreditar, ele tem feito tudo por mim, ele realmente parece estar apaixonado

- Só você vê isso. Não lembra de como ele já te tratou? Eles são amantes Callie, e podem estar fazendo mais que isso. Você não pode se casar. Você tem que coloca-los contra a parede, falar com seu pai, pelo bem de vocês

- Não, não posso acreditar. Não posso fazer isso, se meu pai souber pode lhe causar mal.

- Callie esconder isso vai ser pior. Acredite. Se ele estiverem por trás das ameaças, vocês correm perigo

- NÃO - gritem sem paciência - não posso acreditar nisso. Os conheço a anos, Izzie pode até ser uma pessoa arrogante, ambiciosa, e que tenha se casado com meu pai por dinheiro, mas tentar matar, não acredito

- Callie eu tentei. Eu juro que tentei, mas você não quer enxergar, realmente espero que não esteja cometendo um erro

- Melhor ir embora. Temos que ficar longe uma da outra, mesmo que me doa. Vou me casar e precisarei respeitar meu marido. Espero que você fique bem

- É, eu também espero - ela disse com aquele olhar triste, que me fez odiar a mim mesma - eu quero estar enganada Callie, porque se eu não tiver, você pode se arrepender

Eu não disse nada, virei de costas e esperei que ela fosse embora dali. Assim que a porta se fechou, deixei que meu corpo amolecesse e cai de joelhos no chão, chorando de soluçar. De repente a porta se abriu e fui amparada por Addison, que desesperada, tentava entender. Apenas quando consegui me acalmar, eu acabei contando meu segredo, afinal eu confio nela. Ela não me julgou, não falou coisas feias pra mim, ao contrário, me acolheu, e disse que sentia muito, e que talvez eu estivesse mesmo fazendo a escolha errada.

- Amiga, amar não é, e nunca será algo errado ou pecado. Independente se você ama uma mulher. Você é o que é, quem você ama, não muda seu caráter e sua índole. Se casar hoje é assinar seu contrato de infelicidade, e pode se arrepender, e depois será mais difícil voltar atrás. Porém quero que saiba que irei te apoiar em qualquer decisão, vou estar com você até o fim

Eu não disse nada, apenas me deixei ser abraçada e voltei a chorar.

"O monstro está correndo solto dentro de mim
Estou desaparecendo, estou desaparecendo
Tão perdida, estou desaparecendo, estou desaparecendo."

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