CAPÍTULO II
Eu já estava de pé e pronta para meu primeiro dia de trabalho. Vestindo uma calça de alfaiataria preta, uma camisa social preta e um blazer da mesma cor por cima e meu mocassim nos pés. Coloquei o coldre na cintura e minha arma - tenho porte legal de arma mas só posso usar em última estância - penteie meu cabelo, fiz um coque alto e perfeito, com gel na frente para tirar o frizz, passei uma maquiagem leve para esconder minhas olheiras e coloquei óculos escuros. No dia anterior depois de sair da agência, fui com meu colega e amigo de trabalho Mark Sloan para tomar cerveja e jogar conversa fora, ou melhor, falar do nosso mais novo trabalho, já que ele irá ser o segurança de Carlos. Para nossos dias de folga teremos os substitutos, mas isso apenas no domingo. Cheguei em casa já a noite e mesmo cansada e bêbada não consegui dormir direito, afinal só pensava nesse primeiro dia de trabalho, por isso as olheiras. Minha mala já estava pronta - um dos pontos do trabalho é que eu terei que me hospedar na mansão Torres, afinal eu precisava estar por perto sempre, para a segurança da filha de Carlos.
Coloquei meu capacete e subi na minha Moto, sempre gostei da adrenalina e da liberdade que sinto ao pilotar uma, ainda mais sabendo que passarei a dirigir uma BMW preta com vidros blindados. No meio do caminho, parei em uma cafeteria e tomei meu café. Ás oito horas da manhã como combinado, já estava estacionando minha moto em frente a mansão. Havia passado pela segurança da entrada do condomínio, e já me esperavam, precisei apenas apresentar minha identidade. Assim que desci da moto, entreguei o capacete a um homem funcionário do local, que iria guardar a minha moto. Respirei fundo e subi as escadas da entrada, até passar pela gigantesca porta. Mark já estava me esperando, junto com Jackson, nosso outro colega mais outros dois seguranças já funcionários do local, nos entreolhamos e ficamos parados um do lado do outro sérios, mantive meu óculos escuros nos olhos. Foi então que ouvi barulho de sapatos de salto descendo a escadaria, e lá estava ela. Me virei para olha-la e não pude deixar de notar o quanto ela estava ainda mais linda. Seus cabelos negros, meio ondulados, no corpo ela usava um vestido preto social que realça suas curvas, sua maquiagem estava um pouco forte por ser dia, mas o batom vermelho combina com ela. Ela sorriu, segurando no corrimão, mas percebi que era apenas por educação, ela não havia me reconhecido, afinal não tinha nada em sua expressão que indicasse isso. Logo acima, vinha um casal de braço dado, Carlos Torres e sua atual esposa e madrasta de Calliope, Isabel Stevens Torres. Algo que havia me chamado atenção quando olhei a pasta, era sobre o fato da mãe de Torres ter morrido a cinco anos, imaginei o quanto ela deve ter sofrido. Seu pai havia se casado há alguns meses e a mulher possui uma cara de nojenta.
- Bom dia, sejam bem vindos - senhor Carlos parou a nossa frente e nós comprimentos com um aperto de mão cordial
- Prazer Sloan - Mark se apresentou
- Prazer Avery - o outro também se apresentou
- Prazer Robbins - eu disse sendo a última
Assim que disse meu sobrenome, eu percebi a expressão de Calliope mudar, ela me olhou melhor e senti que ela parecia estreitar os olhos para ter certeza, foi então que eu tirei os óculos e a olhei, quis garantir que ela me reconhecesse.
- Pedimos os melhores - a loira esposa de Carlos se aproximou
- Karev me garantiu que vocês são os melhores da agência e vão fazer o trabalho com maestria - ele dizia com um jeito diplomático - vocês irão cuidar do que eu tenho de mais preciso: minha querida filha Calliope - ele a puxou pela mão a apresentando - e minha querida esposa Isabel - passou a mão por sua cintura - vocês devem estar com ela a onde quer que elas estejam e garantam sua segurança vinte quatro horas se necessário - disse firme
- Papai - Calliope disse sem jeito - eles sabem o trabalho deles. Deixe os funcionários mostrar a eles suas instalações enquanto tomamos nosso café pois temos compromissos
- É claro, você sempre tem razão - ele sorriu terno pra filha e eu percebi que a madrasta deu uma revirada nos olhos
Eu e os meninos pegamos nossos pertences e seguimos o funcionário, mas antes eu dei uma olhadinha cima do ombro e foi quando encontrei o olhar de Calliope, sua expressão confusa me fez querer rir, mas apenas acenei com a cabeça e então voltei a olhar para frente e seguir o caminho.
Ficaríamos em uma especie de quartos dos empregados, a mansão havia um espaço apenas para funcionários. Mark e Jackson ficariam no mesmo dormitório e eu teria um apenas pra mim. Era um quartinho pequeno, uma cama de solteiro com uma mesinha e uma cadeira do lado, uma televisão de tela plana 32 polegadas na parede e um banheiro com chuveiro dentro. Tudo estava extremamente limpo e arrumado. Deixei minha bolsa em cima da cama, respirei fundo e sai. Nos três então seguimos o funcionário de volta e ficamos na sala de jantar, parados esperando os três terminarem. Carlos nos ofereceu café mas claro recusamos. Calliope estava extremamente desconfortável com a minha presença enquanto eu me mantida ereta na minha posição, olhando para o horizonte, fingindo normalidade em estar ali, enquanto meu coração estava acelerado. Eu não imaginava que voltaria a ver o meu primeiro amor, mas lá estava eu, sem saber o que seria dali pra frente.
"Mas se você me amava
Por que você me deixou?"
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Oi meus amorinhos, a história está só começando, espero que gostem.
Um aviso que esqueci: Uma parte da história será contada apenas pela Arizona e depois começará a ser narrada pela Callie.
E já adianto que as coisas vão acontecer sem muita enrrolaçao nessa fic, ou seja pretendo que seja uma história "rápida", não digo em questão da quantidade de capítulos, mas que nas "cenas".
Então vão deixando os comentários, o que estão achando e também as expectativas de vocês para Corações Desvelados.
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