João Victor 💸

Eu me amarra em desenhar, sempre que piava aqui no menor eu ficava gastando onda nos desenhos e ele até colocava como ideia nos bagulhos. Quando a Ayla terminou, ficou toda orgulhosa se achando a otaria, ela fez o pagamento lá e a gente saiu, subi logo o morro indo na farmácia e desci com ela, mandei ela pedir o que era porque sabia nem que porra era, só entreguei o dinheiro e ela tomou o bagulho na minha frente.

No fim, levei ela pra casa e ela agradeceu, piei pra minha casa no morro e a única coisa que eu fiz foi me jogar na cama pra dormir e passei a tarde toda assim.

Quando acordei, foi com o barulho de tiro pelo morro, falei com os menor que falaram que era dono de morro inimigo e fiz o meu, coloquei o pano na cara, bonezin de bandido e sai com meu fuzil derrubando geral. Tava afim da brincadeira pra hoje, como sempre eles recuaram e eu subi pra boca vendo que tinha vários menor por lá.

Falei com geral e tava tudo na paz, entrei pra salinha e passei a noite resolvendo o que tinha, meia noite e pouca Art entrou e me olhou sem entender, com um cigarro no bico.

Art: Ih fantasma, botei fé que tu tinha ido embora logo cedo.- Falou colocando as drogas na gaveta.

Jv: Adiantando os bagulhos.- Falei balançando a caneta na minha mão.

Art: Vou meter o pé então, tu adiantou meu lado hoje. E Ana tá surtada demais, jaja ia aparecer querendo fazer escândalo por aqui.- Balancei a cabeça.

Jv: Aproveita enquanto ela surta, filhão. Depois que ela tiver nem aí, tu vai querer reclamar.- Ele riu coçando a cabeça.

Art: Tô ligado, mas isso que é foda maluco.- Negou.- Tô metendo o pé, qualquer coisa tu da um toque.

Ele saiu e eu fiquei na minha, lembrei de algumas paradas ali e acabei me distraindo no bagulho e fiquei viajando ali, bateu vontade de ir na praia e eu nem neguei, ajeitei o resto das coisas e saí metendo o pé, essas horas na praia só tinha prostituta e maconheiro. Acendi meu cigarro de maconha pra começar e me sentei na areia, fiquei viajando no mar por maior tempão ali, o bagulho brisava demais.