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Capítulo 20

Yo-ho Piratas! Passando só pra dizer que as imagens das personagens desse capítulos estão ali no banner <3 o capítulo é curtinho (pelo menos pros parâmetros de CP huahuah) mas tá muito legal. Ele deveria ter sido parte do último, mas achei que ficaria muito comprido. Espero que gostem e aproveitem a leitura.

— Não pode estar falando sério! — Exclamei afoita.

— Estou sempre falando sério. — Disse gélida.

— Não, não tem como estar! — Falei me levantando. — Eu sou só uma menina!

— De fato.

— Eu cresci em Ilha das Flores, Açores. Sou filha de Pedro e Cora Salazar. Sou uma garota normal!

— Você é uma Atlante. — Serena corrigiu.

— Mas fui criada como uma humana! Como vocês podem me largar no mar e depois voltar como se nada tivesse acontecido, dizendo que precisam de mim para salvar milhares de vidas?!

A sereia ficou em silêncio.

— Eu não sei, Elizabeth. Estou apenas cumprindo ordens. Tudo o que a rainha me pediu, foi que a encontrasse e a levasse de volta a Atlântida. Era para ser simples, lá você teria os treinamentos necessários e ela mesma explicaria tudo o que você quer saber.

— E por que não a leva agora? — Mia questionou.

— Você por acaso não viu a minha nave afundando?

— Por que vocês não vão nadando? — Rebateu. — Vocês têm caudas e respiram debaixo d'água, não é como se estivessem presas nessa ilha como eu. — Serena a olhou de volta, como se ela estivesse louca.

— Somos sereias, não deusas. As rotas marítimas que nos levam para Atlântida são congelantes, nossos corpos nunca aguentariam. Temos caudas, mas somos metade humanas.

Eu me lembrei das dores e pensei em perguntar sobre elas, mas me mantive calada.

— Sim, Elizabeth. Suas dores são um ótimo exemplo de como não somos indestrutíveis.

Mia nos encarou irritada, pedindo em silêncio por uma explicação. Fiquei encabulada e decidi falar.

— A primeira vez que me transformei em sereia, parecia que tudo queimava e depois, quando eu saí da água, foi como se eu nem tivesse pulmões para respirar. Foi insuportável.

— Você nunca tinha se transformado antes? — Serena perguntou, eu tenho certeza que ela estava lendo meus pensamentos de novo.

— Por que não visita as minhas memórias? Pensei que você lesse mentes o tempo todo. — Retruquei irritada.

— Eu não vejo o passado, Elizabeth. Só o presente e o futuro. Se quiser me mostrar uma memória, precisa pensar nela agora.

— Para uma sereia, você é cheia das limitações, não é?

Meu desdém não foi suficiente para irritá-la, eu soube a partir daí que precisaria me esforçar mais para tirá-la do sério da mesma forma que ela fazia comigo.

— É muito estranho que você não tenha se transformado antes.

— Eu era proibida de ir ao mar, tinha pesadelos com as águas constantemente. Mas eu visitei a praia às escondidas e não me lembro de ter trocado as pernas por uma cauda verde.

— Hmm, interessante. — A sereia murmurou pensativa. Eu mordisquei os lábios apreensiva, ainda pensando no que ela havia dito antes. Serena suspirou e fitou fixamente a fogueira. — Não sei quem você é Elizabeth e sinto muito por aparecer dessa forma sem explicações. Eu fracassei com você. Fracassei com a rainha Eudora. Fracassei com Atlântida.

Serena comprimiu os lábios e fechou as mãos em punhos.

— Mas nem tudo está perdido! — Ela exclamou pegando o objeto dourado que havia jogado no chão quando chegou à praia. — Esse é o meu comunicador. Ele tem várias funcionalidades: serve como uma bússola, permite que eu atravesse as barreiras de Oricalco e pode fazer com que eu entre em contato com meus companheiros.

— Ótimo! — Mia comemorou. — Então é só ligar a bolinha mágica e pedir reforços! — A expressão de Serena decaiu.

— Esse é o problema... Está quebrado. — Serena murmurou.

Eu balancei a cabeça de um lado ao outro, desacreditada.

— Eu posso concertá-lo. — A sereia disse tentando conquistar confiança.

— E quanto tempo isso levaria? — Mia perguntou interessada.

— Com os recursos de Atlântida, poucos meses seriam suficientes, mas aqui, no meio do nada... Não sei quanto tempo pode levar.

— Nós não temos tanto tempo... — Ouvi a garota sussurrar.

— Tudo que precisamos fazer é sair dessa ilha e ficar longe de Calipso! Sem ela no caminho as coisas ficam menos arriscadas. —  Serena declarou e Mia riu debochada.

— Você não a conhece. Ela iria até o fim do mundo para me trazer de volta a esse inferno. — Ela tirou os olhos do fogo e fitou meu rosto. — E de você também, Elizabeth.

— Ellie. — Corrigi involuntariamente.

— Uma vez sob o alcance dela, não tem mais volta. — Mia completou.

Um arrepio passou pela minha espinha ao pensar nela e em Kassandra. As palavras de Mia ressoaram em mim e eu me lembrei de como ela havia parado no meio dos meus problemas e dos de Serena. O que será que elas fizeram pra fazer a garota decidir se matar? Eu pigarrei e perguntei.

— O que você quis dizer quando a chamou de "herdeira renegada de Atlântida"?

Serena me olhou de soslaio e voltou a encarar o fogo.

— Calipso é irmã gêmea da rainha Eudora. — Declarou. — É a mais velha, consequentemente era a herdeira do trono. No entanto, durante a juventude, ela quebrou uma das regras mais importantes de Atlântida: nunca se envolver com um humano.

— E quanto ao que está acontecendo aqui? — Questionei.

— Você não é humana, é atlante. — Eu abri minha boca para contestar, mas ela logo completou. — E ela é um efeito colateral da minha missão fracassada. Nada pessoal, Mia. — Serena disse, fazendo a mais nova dar de ombros. — De qualquer forma, é uma regra pertinente. Já imaginou como seria a humanidade depois de descobrir os segredos de Atlântida? Você mesma quase ficou catatônica no nosso primeiro encontro. — Dessa vez não discordei. — Calipso se apaixonou por um príncipe humano e quase expôs o reino inteiro por causa de um amor adolescente. Ela foi exonerada do posto de herdeira e expulsa de Atlântida, passando pelo pior dos castigos: o expurgo. Um processo doloroso que visa a retirada de todo o Oricalco do corpo do Atlante.

— Parece terrível. — Comentei.

— Para ser sincera, não sei como ela ainda está viva. — Serena comentou. — Sem apoio Atlante, ela deve ter encontrado alguma maneira macabra de sobreviver.

— Levando em consideração os poderes de Kassandra, ela deve ser filha de sangue de Calipso. — Falei reflexiva.

— Talvez até filha do príncipe. — Continuou Serena. — De qualquer forma, Calipso não é boa companhia e eu não gosto da ideia de ela estar tão próxima de nós.

— Se Kassandra não é boa coisa, Calipso com certeza também não é.

Mia estava consideravelmente calada. Suas orbes castanhas dançavam de um lado ao outro, enquanto ela refletia. Eu daria tudo para saber o que ela estava pensando, mas de alguma forma ela ainda permanecia como um cofre fechado. Olhei de soslaio para Serena e percebi que ela não tinha interrompido Mia nem uma única vez na noite. Ela passou as últimas horas cortando minhas linhas de raciocínio, mas não tinha feito o mesmo com a garota. Você também não consegue lê-la, não é?

Não. Ela confirmou dentro da minha mente.

— Do que você precisa para concertar o comunicador? — Mia perguntou abruptamente. A sereia riu debochada. — Estou falando sério! Posso conseguir o que quiser, conheço essa ilha como a palma da minha mão, eu fui criada aqui.

— O que eu preciso não pode ser achado no meio da rua.

— Não importa, eu encontro o que você quiser para sair de Tortuga. Não pretendo passar nem um único dia a mais naquela casa. — Seu tom de voz era firme, mas eu notei seu corpo tremer, assim como havia acontecido antes dela saltar do penhasco. — Eu sei que não sou um problema de vocês e que já têm muita coisa para resolver por conta própria, mas eu não preciso ir para Atlântida. Eu só quero sair daqui.

— Tudo bem. — Serena concordou. — Aliados são essenciais em tempos de crise. — Ela disse mais para si mesma do que para nós. — Mas devo dizer que não vou conseguir nos tirar daqui de uma hora para a outra. Tudo vai depender dos recursos que nós conseguirmos.

— O cais é o lugar ideal para isso, os piratas vêm e vão, fazem apostas! Nós podemos ir lá hoje à noite e...!

— Nós não, eu. — Serena interrompeu. — Vocês precisam voltar.

— O que?! — Dissemos em uníssono.

— Eu já dei uma olhada nos futuros de vocês daqui a um dia, como acham que eu descobri que Calipso estava aqui?

— Eu não quero voltar para lá, Serena. — Eu disse pensando em Kassandra e acumulando raiva no peito.

— Não é como se pudessem fugir disso. O futuro de vocês é inevitável, vão precisar retornar. Vocês são prisioneiras de Calipso. Embora a prisão seja uma escola e não pareça um cárcere, vocês não podem simplesmente desaparecer do alcance dela sem que ela note que algo está errado. Ela não pode descobrir que estou aqui ou que vocês pretendem fugir.

— Como vamos fazer isso se ela lê mentes?! — Questionei.

— Ela não lê a minha, aparentemente tem algo de errado comigo. — Mia comentou e eu arqueei as sobrancelhas, surpresa por ela ter tocado no assunto.

— E ela não vai ler a sua, porque você vai estar usando isso. — Serena apontou para o bracelete.

Eu levei um susto ao encará-lo no meu pulso.

— Você não o tinha pulverizado? — Serena revirou os olhos, o que notei ser algo que ela fazia com frequência.

— Foi uma visão, Elizabeth, uma visão! Nada daquilo aconteceu de fato! Eu já não tinha explicado?! — Eu soltei um resmungo em concordância. — Veja, o bracelete é feito de Oricalco e Calipso passou pelo expurgo. Ela não consegue mais manipulá-lo como antes ou se quer usar seus poderes em quem o usa.

— Como ela consegue ler mentes então? — Mia questionou.

— Eu. Não. Sei. Mas com certeza não é através do Oricalco. Ela deve ter encontrado outros meios.

— Olha, Serena, você não está me passando segurança nenhuma. — Falei.

— Vocês vão precisar confiar em mim. Ouçam o que eu digo e façam como eu mandar: vou teletransportá-las de volta à casa de Calipso e vocês devem fingir que nada aconteceu. Enquanto isso, eu vou vasculhar a ilha e ver o que eu posso encontrar para nos ajudar. Em cerca de um dia ou dois, entrarei em contato com vocês novamente.

— Da última vez que segui seu plano, fui sequestrada por piratas.

— Está viva, não é?

Eu suspirei. É, mas agora onde está Zack?

Serena tomou nossas mãos rapidamente e nos teletransportou para o meio da floresta. Ela não pediu permissão ou se quer avisou que iria fazer aquilo. O calor da fogueira havia ido embora, mas as nossas roupas agora estavam secas, embora os cabelos cheirassem a sal. Olhei para trás e pude ver que estávamos perto do lugar de onde tudo havia começado, eu podia até enxergar a corda que Mia havia pendurado.

— Qual o seu problema? — Mia perguntou colocando a mão na boca com refluxo. Achei que ela iria vomitar, mas até que ela se manteve bem firme.

— Estamos acordadas, certo? Em breve eu volto com notícias.

A sereia estava prestes a se teletransportar novamente, mas eu apertei sua mão.

— Espere, Serena!

— O que foi? — Ela questionou franzindo a testa.

— Eu não vou embora dessa ilha sem Zack.

Serena meneou a cabeça com as sobrancelhas arqueadas.

— Olha, Elizabeth... — Ela tentou explicar.

— Não importa o que aconteça depois, eu só quero que saiba que eu não saio daqui sem saber que ele está em segurança. Então, durante suas andanças, me faça o favor de procurar por pistas do seu paradeiro.

Um silêncio curto se prolongou e Serena concordou com um aceno de cabeça, sabendo que não mudaria a minha cabeça.

— Eu vou ver o que posso fazer, mas não se esqueça de onde você vai estar. Talvez você encontre mais pistas do que eu.

Ela piscou um dos olhos e nos presenteou com um sorriso de lado.

— Cuidem uma da outra e não se metam em problemas.

— Difícil. — Mia comentou, fazendo Serena grunhir em desgosto.

— Ao menos tentem, certo? Me desejem sorte.

Seu pedido se perdeu no meio das árvores, assim que sua voz se foi. Serena havia se teletransportado, nos deixando sozinhas no meio do nada. Por alguns instantes, pareceu que eu estava prestes a acordar de algum sonho maluco e que eu veria as feições emburradas de Cora na porta do quarto, me dizendo que eu estava atrasada. No entanto, Mia puxou meu antebraço, me trazendo de volta a uma realidade fantasiosa e estranha.

— Vamos, precisamos voltar antes que notem a nossa falta. — Ela disse e olhou para o céu, analisando a lua. — Ainda não são 20:00 horas, temos tempo antes da checagem noturna de Calipso.

Mia era claramente mais forte emocionalmente que eu. Ela partiu primeiro, agarrou a corda e começou a escalar a parede com agilidade. Eu fui em seguida e dei uma última olhada para atrás, procurando o último lugar que Serena havia estado.

— Boa sorte. — Sussurrei e agarrei a corda.

2108 palavras

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