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Capítulo 8 - Paciência

PACIÊNCIA

[ AVISO IMPORTANTE ]
[ Caso encontrem algum erro, peço desculpas desde já. ]

— ✮ —

NA MANHÃ seguinte ao pesadelo, Alice acordou um pouco cansada e desanimada. Reflexos de uma noite mal dormida onde não conseguia pegar no sono após o susto.

Alice tomava o café da manhã junto de Maya e não falava nada. Seus pensamentos estavam voltados ao ocorrido.

— Melhor? — Maya quebrou o silêncio.

— Sim. — Alice forçou um sorriso para Maya, mas sabia que não a enganaria.

— Quer me contar ou acha melhor tentar esquecer? — Maya tentava fazer Alice ficar mais à vontade e menos pensativa.

Alice tomava seu leite queimado, mas bebericava bem devagar se esforçando para isso. Estava sem fome e se sentindo mal com o excesso de acontecimentos fora do normal nos últimos dois dias. Queria ver Gareth logo, poucos dias do seu aniversário e queria estar sorrindo nesse dia.

— Eu conto. — Alice respondeu ainda pensativa com os olhos fixos no nada. Respirou fundo e começou a falar. — Eu estava dormindo e quando acordei estava tudo escuro...

Alice contou a Maya o que havia sonhado. Tentou explicar o máximo de detalhes possíveis sem deixar nada para trás. Quem sabe eu contando a ela me sinta melhor? Pensou para si mesma antes de começar a falar.

Como ela tinha imaginado, deu certo, ao final das explicações já estava se sentindo melhor.

— ..tudo ficou escuro e eu me senti sufocada. Algo me apertava em todas as partes do corpo e quando senti que ia cobrir minha boca, gritei. Aí acordei com você na porta.

Alice terminou de contar e observou a reação de Maya que durante a explicação não tinha comido nada, apenas ouvido cada palavra de Alice atentamente. A expressão de Maya era assustada, como se tivesse uma notícia ruim.

— Você está bem? — Alice perguntou preocupada.

— Eu... eu estou sim. Eu só lembrei de uma coisa aqui. — Maya respondeu voltando a si.

— Coisa? Que coisa?

— Nada especial. — Maya sorriu, mas logo voltou a ficar séria enquanto cortava um pão ao meio.

Ao notar que compartilhar seu pesadelo com Maya deixou-a mal com alguma coisa, Alice tomou para si o sentimento de culpa e quis mudar o rumo da conversa. Depois de pensar em várias coisas, seus pensamentos pararam em Derio. Ela não queria falar daquilo, mas sabia que no fundo faria Maya ficar melhor, pois ela adorava implicar com Alice sobre seus relacionamentos.

Ao começar a falar sobre Derio, a alegria de ambas voltou a aparecer e assim se encerrou o café da manhã. Conversa feminina sobre os rapazes e até alguns soldados que frequentavam o salão nas noites de folga.

Ao se despedir e ir em direção ao trabalho, Alice já estava mais descontraída e sorrindo. Ela não viu quando fechou a porta de entrada, mas Maya colocou os cotovelos sobre a mesa e com as pontas dos dedos começou a massagear as têmporas. Abaixou a cabeça pensativa e uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto.

No dia seguinte a proposta de Derio, Alice não tocou no assunto com ele, mas aguardou até o final da tarde para poder conversar. Assim que chegou da escola, Derio a convidou para entrar em seu quarto e poderem conversar sossegados.

Ambos se sentaram nas cadeiras perto da cama.

— Como você está? — Perguntou Derio com um grande sorriso.

— Eu estou bem. — Alice respirou fundo e seu rosto ruborizou de vergonha. — Só que eu estou sem graça. — Derio sorriu.

— Eu entendo perfeitamente. — Derio pegou as mãos de Alice que repousavam sobre o colo dela. — Eu quero que me desculpe se me precipitei com aquele beijo, mas eu estava me segurando a muito tempo para não fazer isso.

— Derio... é que... — Alice tinha dificuldades para se expressar. Não sabia que ela poderia ser tão tímida ou se era o momento que a deixava assim.

— Você me chamou pelo nome. — Derio fez a observação interrompendo Alice.

— Chamei? — Alice perguntou surpresa, mas logo notou que havia mesmo chamado ele pelo nome sem o senhor na frente. — Ai! É verdade. — Alice comentou e começou a rir de si mesma.

Derio sorria de volta com aquela felicidade momentânea de Alice.

— Sobre o que te falei. Gostaria que não se preocupasse com tudo isso. Se você se sente constrangida e desconfortável com isso tudo no momento, eu posso esperar até você estar mais preparada. — Alice ouvia atenta as palavras de Derio. — Continue sendo você do jeito que você sempre foi. Isso que me encantou. Podemos conversar como estamos fazendo agora todos os dias de tarde, para nos conhecermos melhor e você se sentir mais tranquila com minha presença. Não como um patrão e sim como um pretendente.

Alice gostou de ouvir aquilo. Poderia ser ela mesmo sem ter que fazer coisas às pressas. Iria conversar com Derio todos os dias a tarde e isso ela acreditava iria diminuir esse medo de ficar tão perto dele que a deixava sem graça.

Maya tinha razão quanto a ele querer o bem dela e isso estava claro naquele momento. Ele realmente gostava dela e não a queria mal. Estava disposto a ajudar ela, até sendo paciente.

— Pode ser assim? — A pergunta de Alice veio junto a um sorriso bobo.

— Claro que pode. — Derio confirmou. — Acredito que seja a melhor opção para você, não é?

Obrigada Derio! Realmente você é um fofo como disse Maya. Alice agradeceu em pensamento enquanto sorria alegre. Nem se ela quisesse conseguiria falar aquilo diretamente para ele. Não por enquanto, teria que vencer seus medos e ele deu tempo a ela para isso.

— Sim. — Alice disse seguido de um grande sorriso caloroso.

Durante o decorrer da semana Alice permaneceu a mesma garota assustada de sempre diante de Anne e Bettrys, mas por elas saberem do sentimento de Derio por ela não faziam nada. No fundo Alice se preocupava com o que tinha falado a elas após sentir um mal súbito e em seguida provocar as duas. Era como se fosse uma outra pessoa em seu lugar e ela não entendia porque tinha feito aquilo.

Derio era somente sorrisos ao olhar para Alice no final da tarde quando os dois se encontravam para conversar com a proposta de ela ficar mais à vontade na presença dele. Funcionou bem, pois no sexto dia da semana Alice já estava mais relaxada e se mostrava mais à vontade.

A única preocupação de Alice passou a ser o mal súbito que havia sentido sem explicação, mas como não aconteceu de novo, guardou para si aquele momento. Talvez fosse cansaço e preocupação demais dela.

Nos encontros com Derio, em nenhum momento ele se aproximou dela além do que ela se permitia. Eram apenas toques suaves nas mãos enquanto ambos conversavam e quando Alice percebia que ele se aproximava com a provável intenção de beijá-la, seu corpo tremia e o medo voltava a ela. Simpaticamente ela sempre saia ou desviava o assunto.

Em mais uma conversa no fim do dia, Alice e Derio estavam super à vontade.

— Soube da novidade? — Derio perguntou.

— Novidade? Não.

— A filha de Rothan está na cidade. — Alice pensou em quem poderia ser e quando lembrou Derio já estava falando. — Princesa Melissa.

Princesa Melissa. A mesma que a irmã Mercedes disse que ajudava o orfanato dentro do bairro nominado em Kalia. Alice sorriu alegre ao ouvir aquilo. Uma pessoa real que ela admirava sem conhecer estava tão perto e sua curiosidade em conhecê-la ficou evidente em seu rosto.

— Princesa Melissa? O que ela faz aqui?

— Não sei. Parece que ela vem para cá de vez em quando, mas nunca é falado sobre isso. — Derio falou meio pensativo nos porquês. — Parece que ela não gosta de todo esse estrelismo que colocam sobre eles. Ela é bem humilde. Só que dessa vez tem tanto soldados nas ruas que foi como um aviso que ela estava vindo para cá.

Isso explica aquela movimentação toda dos soldados todo dia. Pensou Alice. Uma pessoa real humilde que ajuda os órfãos de Kalia? Sério que existe isso? Alice sorria enquanto pensava na possibilidade de conhecer a princesa pessoalmente.

— Por que essa alegria, Alice? — Derio ficou curioso com a reação de Alice.

— Eu sei porque ela vem para cá de vez em quando.

— Sabe?

— Sim. No nosso lado da cidade existe um orfanato. Uma irmã que cuida das crianças me disse que a princesa Melissa é a única que ajuda eles. Imagino que ela venha para cá somente para visitar essas crianças de vez em quando.

— Como sabe disso? — Derio perguntou surpreso com aquela notícia.

— É que toda semana eu vou lá visitar as crianças e da última vez que fui a irmã me contou isso.

— Por que você visita um orfanato? — Derio parecia descrente.

A expressão de Alice se fechou com a pergunta, foi como uma ofensa, mas ela sabia que ele não entenderia porque nunca precisou disso. Sempre teve tudo assim como a irmã. Não podia se chatear com ele por isso. Ele só não sabia.

— Porque eu me identifico com eles. — Derio arregalou os olhos surpreso e Alice continuou. — Porque assim como eles eu perdi meus pais ainda criança e se não fosse Maya e....

Alice engoliu a palavra Gareth que ia pronunciar. Ele havia pedido segredo de sua existência por algum motivo desde que ela se lembra.

Desde que acordou após o ritual na infância, a primeira pessoa que Alice viu foi Gareth. Ela ainda era uma criança inocente e ele cuidou dela já que seus pais haviam sido mortos. Ele não escondeu dela o que tinha acontecido a eles, de uma forma que doesse menos a uma criança, explicou que os pais dela haviam partido. A única coisa que escondeu de Alice foi o que salvou ela.

Depois de muito tempo triste e chorando sentindo saudades, Alice se apegou a Gareth. Ele não podia ficar sempre com ela, tinha suas atividades e precisava deixa-la com alguém e esse alguém foi Maya. A única coisa que Gareth pediu a Alice e Maya era a cumplicidade das duas fingirem que não sabia que ele existia. Era um segredo deles.

Por gostar de seu salvador e respeitar todas as decisões dele, sempre seguiu os pedidos que ele fazia mesmo não entendendo o porquê.

— ...e? — Derio quis saber.

— Se não fosse Maya eu estaria com eles também. Sem família, sem nada.

E mais uma vez a expressão de Derio era de choque com o que Alice falava. Ela viu que ele não conhecia muitas coisas, mas não o culpava.

— Gosta das crianças, certo? — Derio perguntou sorrindo.

— Gosto sim. Por quê? — Alice ficou curiosa com a mudança repentina de Derio.

— Na próxima semana irei com você conhecer elas. Quero descobrir de perto isso que te encanta.

Ao ouvir aquilo Alice ficou muito feliz. Um grande sorriso apareceu em seus lábios. Já era um começo, quem sabe Derio também não poderia fazer algo para ajudar as crianças? Alice ficou encantada com aquela atitude nova e realmente nobre de Derio. Esquecendo da vergonha o abraçou.

Derio tomou um susto com o abraço surpresa. Ela o apertava e a sua expressão de susto foi substituída por alegria. Bem devagar, não querendo ultrapassar os limites de Alice, Derio aceitou o abraço.

Era uma forma de Alice agradecer aquela pequena atitude de Derio. Quando ela se tocou do que tinha feito, já estavam abraçados e ao invés de sair do abraço se deixou ficar ali. Fechou os olhos e sorriu apenas sentindo o calor daquele abraço.

Já em casa depois do último dia de trabalho aquela semana, Alice queria apenas terminar de ajudar Maya com o trabalho dela no salão e então finalmente descansar depois de toda aquela semana cansativa. Nunca tinha acontecido tanta coisa estranha em tão pouco tempo.

O dia do descanso de Alice era também o dia que ela completaria dezoito anos de idade. Consequentemente o dia que Gareth iria visitá-la, já que ele nunca falhou nenhum. Ela ansiava por isso mais que nunca.

Subiu para tomar um banho, colocou a calça escura com camisa branca de mangas compridas e o por último o avental. Desceu para ajudar Maya onde poucos clientes estavam presentes. Alice estranhou, mas sabia que a presença em massa de soldados do reino em Kalia deixava as pessoas com medo o suficiente para não saírem de suas casas.

Maya voltava da cozinha com uma bandeja com canecas e bebidas indo em direção a uma mesa com três homens. Alice a acompanhou com os olhos e ficou surpresa ao reparar em seu rosto. Ela não estava normal e tinha algo diferente com ela. Seu olhar era sério e haviam marcas de olheiras em seu rosto. Como não reparei antes? Alice se perguntou, mas logo lembrou que nos últimos dois dias havia acordado mais cedo que Maya.

Alice aguardou até que Maya retornasse do atendimento e sinalizou para ela se aproximar.

— O que houve? — Alice perguntou preocupada.

— Nada. Por quê?

— Maya... — Alice repreendeu. — Você não está bem. Está com olheiras porquê?

— É verdade. — Maya assentiu e respirou fundo. As duas se sentaram em bancos altos de madeira colocados atrás do balcão. — Obrigada por perguntar, mas não é nada demais. É só preocupação passageira.

— Tem a ver com aqueles soldados que trouxeram uma mensagem no início da semana?

— Como sabe? — Maya perguntou surpresa.

— Eles passaram por mim, mas eu esqueci de perguntar a você do que se tratava.

— Não. Quero dizer, faz parte, mas não vem ao caso. — Maya abriu uma gaveta no balcão e começou a procurar por algo. Eles vieram como você disse trazer uma mensagem.

— Que mensagem?

— Aumento de impostos. — Maya entregou a Alice a carta real.

— Sério? — Alice analisa o pedaço de papel com o selo real em suas mãos.

— Sim. Dobrou para todos. O que pagávamos agora será em dobro. Por sorte tenho minhas economias e isso não afetará tanto para nós.

— Que dro... — Alice parou a fala e respirou fundo enquanto enrolava a carta. — Fora isso, está tudo bem então?

— Sim. — Maya respondeu tentando transparecer confiança.

— Que bom. — Alice sorriu para agradar Maya, mas não tinha engolido aquela desculpa. Nunca em sua vida tinha visto Maya abatida daquele jeito. Sabia que ela escondia algo, mas por respeito iria deixar para lá.

— Poucos clientes hoje, não é? — Maya observou o ambiente vazio.

— Sim. É por causa da princesa que está na cidade, daí está cheio de soldados bem mais que o comum e as pessoas ficam com medo. Acabam não saindo de suas casas.

— Fiquei sabendo disso, mas não sabia que era por causa dela.

— Foi Derio que me contou.

— Hmmmmm. — Maya provocou Alice e as duas começaram a rir. — Como estão as coisas?

— Bem melhor. Eu e ele conversamos todos os dias e me sinto mais tranquila perto dele. As duas cobras não mexem mais comigo e tudo segue normal agora.

— Cobras. — Maya riu de como Alice se referiu a Anne e Bettrys.

Uma boa conversa e o humor de Maya havia mudado, mas Alice sabia que tinha algo errado. Ignorou qualquer coisa que trouxesse um clima ruim para a conversa e durante o resto da noite trabalharam juntas para agilizar o serviço.

— Você podia deitar mais cedo, Alice. — Maya pediu. — Eu dou conta aqui sozinha e você precisa descansar.

— Quero ajudar. — Alice sorriu.

— Não se preocupe. Tudo bem? Sua semana foi cheia e você merece um descanso bom. Amanhã é seu aniversário e sabe quem vai estar aí, não é?

— Sei sim. — Alice sorriu ao lembrar de Gareth.

— Então vá. — Maya insistiu.

Alice não queria teimar com Maya. Queria deixar a amiga se sentir à vontade o máximo possível, então acabou seu pedido e se deixou levar pelo cansaço. Despediu da amiga com um abraço de boa noite e subiu para o quarto e finalmente descansar e acordar no dia seguinte com espirito renovado.

Passado um tempo que Alice havia subido, Maya encostou no vão da porta da cozinha olhando o nada. Sua expressão era triste e começou a falar baixinho para si mesma.

— Por favor, Gareth, não demore. Ela precisa de você mais do que nunca agora.

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