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Capítulo 22 - Perda

PERDA

[ AVISO IMPORTANTE ]
[ Caso encontrem algum erro, peço desculpas desde já. ]

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A PORTA do salão foi escancarada até no canto e a batida ecoou pelo salão já fechado. Maya que estava no quarto ficou atenta imediatamente, armando-se com uma pequena faca que guardava em seu quarto. Acreditando que eram bandidos, foi até onde poderia observa-los sem ser notada, mas eram apenas conhecidos. Guardou a faca e desceu correndo.

— O que aconteceu? — Ela perguntou diretamente a Gareth ao ver Alice sentada em uma das cadeiras limpando o corte na testa com um pequeno pedaço de pano. Seu rosto além der marcado pelo choro ainda estava sujo de sangue. — E quem é ela? — Maya olhou para Mackenzie que a olhou de volta.

— Capitã Mackenzie, senhorita. — Respondeu ela. — E você é...?

— Maya.

— Maya de que?

— Apenas, Maya, por favor. — Ignorou a capitã indo na direção de Alice e sentou ao lado dela. — O que aconteceu com você? — perguntou um pouco mais calma.

— Não sei. Me atacaram... — respondeu Alice também tentando entender.

— De novo? — explodiu Maya e olhou na direção de Gareth.

— Foi Salazar... — Gareth estava inquieto e andava de um lado para o outro pensando no ocorrido um pouco mais cedo. Sua voz denunciava sua irritação.

— Como assim ele tentou atacar ela? Por que ele faria isso? — Maya tomou o pano de Alice e limpou outras partes do rosto dela que ainda estavam sujas de sangue. — Foi só um arranhão, querida, vai ficar bem. — disse Maya aliviada — Machucou em algum outro lugar? Aconteceu algo mais?

— Não. — Alice olhou para Gareth. — Aqueles homens eram as tais criaturas?

— Não, — Gareth olhou para ela — eles eram apenas lacaios. As criaturas ou famintos, são piores.

— São mesmo. — concordou Mackenzie.

— E o que queriam comigo e com Derio?

— Não sei, — Gareth respirou fundo. — mas duvido que tenha a ver com ele. Ouvi ele falando que havia te encontrado, mas não sei o que ele quer, nem como descobriu que você possui forças devido ao ritual.

— Como assim forças devido ao ritual? Que história é essa, Gareth? — quis saber Mackenzie e todos olharam na direção dela — E quem é Salazar?

— Não interessa quem ele é, interessa é que ele estava lá e se eu não chego a tempo eu não sei o que teria acontecido com ela. — Gareth coçou a nuca. — Nem quero imaginar.

— Como sabia que era ele, Gare? — perguntou Alice — Como sabia que era Salazar? E por que eu? O que foi eu fiz?

— Lembra que ele não pode me atacar diretamente? Bom... ele usa os lacaios para isso, mas usando magia negra consegue sair do corpo dele tomando forma de um espectro e incorpora um lacaio dele, já que ele tem essa ligação a partir de sangue. Aquela nuvem negra que saiu do corpo do lacaio que matei e sumiu nos céus era ele.

— Magia? — perguntou Mackenzie.

— Magia negra. — respondeu Gareth e a capitão deu de ombros como se aquilo não mudasse em nada para ela. — Eu quero entender como ele achou a Alice e o que queria com ela. Me deem tempo para pensar. 

— Também quero saber isso — a capitã puxou uma cadeira, sentou cruzando as pernas e olhou para ele. — e desde quando vocês se conhecem? — sinalizou com o dedo para Alice e Gareth.

Alice estava furiosa por ter sido atacada duas vezes seguidas em dois dias diferentes. Uma boca machucada, agora cortes na testa e hematomas no pescoço. Estava com ódio de Salazar sem saber quem era, estava cansada daquilo e nem sabia o que fazer. Apesar de todos os problemas, conseguiu sorrir com a pergunta de Mackenzie.

— Acho que não é mais segredo, não é? — respondeu ela e olhou para seu protetor — Ele é meu pai e Maya é minha mãe. — uma mentira com intuito de facilitar o entendimento para a capitã que fez a maior cara de surpresa de sua vida. Alice filha do mascarado. Quem diria?

A capitã não foi a única surpresa com o comentário, Maya arregalou os olhos surpresa e olhou para Alice sorrindo feito criança e um brinquedo novo. Gareth que estava de braços cruzados em pé amoleceu, seus braços caíram ao lado do corpo e ele foi sentar ao lado da sua garotinha.

— Alice... — sussurrou e a abraçou descansando a testa sobre a cabeça dela. — obrigado por isso.

— Seu pai é um homem misterioso e procurado pelo reino. Sabe disso, não é? — Mackenzie olhou para Gareth que a olhou de volta. Se olhar machucasse, a capitã estaria gravemente ferida.

Procurado pelo reino? Gareth um criminoso? Seria por isso que ele se considerava um monstro? Mas o que ele fazia para provocar o reino? Ela lembrou quando os soldados o cercaram e ele estava pronto para luta com todos eles e ainda os desafiou como se não fossem nada. Alice estava tão assustada com Derio apagado em seus braços e ainda viu Gareth sendo ameaçado por soldados que ela nunca gostou e ao lado deles estava Mackenzie. Ao contrário do que ela pensou, ele não matou ninguém, não os soldados pelo menos. Os homens mortos pelas suas mãos estavam descontrolados, e os soldados com quem ele lutou foram apenas desacordados. Não, Gareth não era uma pessoa ruim, sua aparência misteriosa e suas habilidades acima do normal o deixavam com esse rótulo, por isso era procurado.

— Não me importo. — Alice disse séria. — Ele cuidou de mim desde que eu era pequena, sei que ele tem seus mistérios, mas isso não o torna ruim. Aposto também que ele é procurado por ser diferente e como o reino não sabe quem é Salazar, quem são os lacaios ou essas criaturas, precisam culpar alguém. Quem? Gareth. Por que? Vocês têm medo dele.

A capitã não respondeu, ficou em silêncio digerindo a resposta de Alice, e que Alice. Ela estava diferente, algo naquela garota havia mudado nas últimas semanas. É como se a garota boazinha e boba que ela conheceu sumisse dando espaço a uma outra. Não sorria como antes, não sentia penas das pessoas como antes e estava preocupada com ela ou as pessoas próximas. A capitã notou essa diferença todos os dias que ela passava pelo portão. Algo em Alice tinha mudado, ela sabia disso, mas não sabia o que exatamente.

— As ordens para dar Gareth, ou Sombra, como criminoso vem de superiores. Não sou eu que escolho. Desculpe.

— Me escondo para manter elas segura. — explicou Gareth.

— Mas pelo visto não adiantou muito.

— Contra Salazar não, mas de vocês sim, — Gareth inclinou o corpo na direção da capitã. — não é verdade?

E era, a capitã não podia negar. Os soldados nunca souberam da conexão entre eles, pois se o soubessem, com certeza, teriam usado Alice e Maya para encontrá-lo.

Mackenzie ficou pensativa no que faria a partir de agora, seus superiores iriam querer saber sobre ele e o porquê foi liberado após a luta dentro da parte nobre da cidade. Ela teria que falar alguma coisa, mas nem sabia por onde começar. Gareth havia salvo ela uma vez, ajudou ela subir de patente, mas ele era considerado inimigo e por mais que quisesse considerar ele um amigo, sabia que aquilo a comprometeria e muito. O que ela faria? Sua vida estava se complicando.

— Devia ter me deixado morrer aquele dia. — A capitã pôs as mãos na cabeça e descansou os cotovelos na mesa se entregando a confusão que estava em sua cabeça.

— Não faria isso.

— Como vocês se conheceram? — quis saber Alice.

— Ééé... Como vocês se conheceram? — Maya enfatizou as palavras de Alice.

— Ele me salvou dos tais famintos uma vez ao preço de uma mão. — Mackenzie ergueu a mão de ferro e tudo fez sentido para Alice no dia que a capitã pediu que ela fosse embora e no dia seguinte não apareceu para trabalhar e quando voltou estava sem uma das mãos.

— Então é verdade o que falei. — disse Alice. — Vocês sabem que existe um mal por aí, não é nenhuma novidade, por isso se preocupou comigo aquele dia. O mesmo dia que perdeu a mão.

— Nem todos. Também ficamos surpresos, tudo bem? — a capitã olhou para o teto, relaxou os braços e se acertou no assento olhando novamente para eles — Será que você pode me explicar tudo que está acontecendo aqui desde o começo? — antes que Gareth pedisse algo, a capitã já estava preparada — E eu não vou falar nada sobre vocês, darei uma desculpa para o que aconteceu hoje e também tentarei ajudar no que eu puder para acabar com isso.

— Obrigada, Mackenzie. — agradeceu Alice com um sorriso de satisfação.

— Que assim seja. — disse Gareth e começou a contar tudo, desde o ritual.

Tudo que tinha acontecido a Alice, quem era Salazar, os famintos, os lacaios e porque ele agia daquela forma em segredo e também ocultava sua face. Falou de como ele e Salazar eram no passado, não contando sobre sua relação com Rossana ou até a filha Ashley que havia sido morta pela própria mãe. Tentou esclarecer ao máximo as dúvidas quanto a Salazar.

Depois de ouvir tudo atentamente, a capitã voltou sua atenção para Alice.

— Então é por isso que está diferente?

— Diferente como? — Alice quis saber.

— Está um pouco diferente da Alice que eu conheci muito tempo atrás. Pode ser só uma impressão errada, mas depois dessa explicação sobre o ritual, até faz sentido.

— O que quer dizer com isso?

— É só uma hipótese que me veio em mente enquanto Gareth contava sobre os rituais. — a capitã olhou para Gareth. — Primeiro Salazar, depois você e agora Alice. Acho que sei o que mudou em Alice.

— Sabe? — Os olhos de Alice brilharam ao mesmo tempo que um aperto lhe fez doer o peito.

— Quando me contou sobre você e esse tal de Salazar, você mencionou características fortes de vocês que despertavam admiração em outras pessoas. Salazar era um homem forte e cheio de vida, com o ritual, ficou à beira da morte. Você possuía uma beleza que as garotas ou até os garotos admiravam, agora se esconde porque ela está destruída.

— Faz sentido — Gareth meneou positivamente a cabeça esperançoso. — E quanto a Alice?

Alice engoliu seco, era dela a vez de ser falada. Apesar da curiosidade em saber o que a capitã falaria da sua possível perda, ela também tinha medo. Como se algo ruim estivesse para acontecer e ser revelado que mudaria ela por completo.

— A Alice tem um coração grande, — a capitã sorriu — nunca tinha visto uma pessoa ter tanto amor por coisas pequenas como ela, perdi a conta de quantas vezes o simples fato de vê-la deixava meu dia melhor. Isso a torna a alegre e sua alegria é contagiante. Todos admiram ela por isso.

Como se Mackenzie estivesse lendo o passado de Maya lembrou de quando Alice era pequena, e apesar de não ser tratada como deveria, nunca cresceu magoada por isso e até mudou o modo como a via. Realmente a pequena Alice tinha um grande coração, ela sabia e admirava isso.

— Sempre foi um amor de pessoa. — Gareth completou também relembrando de como aquela garotinha ficou no pé dele depois de ser salva. Ela não tinha para onde ir, e mesmo sem saber quem ele era ou o que fazia passou a gostar dele o respeitando durante seu crescimento.

— Desculpa Alice, mas essa você que estamos falando está um pouco sumida, pelo menos para mim. — Mackenzie estava medindo as palavras. — Nos últimos dias você está diferente, mais fechada, quase não te vejo sorrir e não parece mais se importar com os outros. Já tem alguns dias que você não vai ao orfanato nem para dar aquela passada rápida no portão e ver como as crianças estão. — a capitã deu um sorriso — eu via tudo isso porque admiro esses detalhes em você.

Alice arregalou os olhos quando ela mencionou o orfanato. Mesmo ela só podendo entrar no primeiro dia da semana, os demais ela costumava passar perto ao menos para ver de longe. Realmente as visitas que ela fazia deixaram de existir e não sentia nenhum peso de culpa por isso.

— Então está insinuando que ela vai se tornar uma garota fria e egoísta? — Maya questionou. — Porque se ela não gostar e nem se preocupar com ninguém além dela é isso que ela vai ser.

— Aparentemente, sim. — A capitã deu de ombros. — Mas é só uma teoria, posso estar errada. Mas penso dessa forma porque não convivo com ela, então reparei nessas mudanças e ficou mais claro quando Gareth contou sobre os efeitos do ritual que aconteceu com ele e com esse tal Salazar.

— Acho que vai além disso. — Gareth olhava as mãos enquanto falava. — Essas são características fortes da personalidade dela, e se estamos falando de personalidade, muitas mudanças fortes podem acontecer.

— Me tornarei uma garota má? — Alice perguntou espantada.

— Não tem como ter certeza, eu acho. — explicou Gareth. — Que seja isso e não outra coisa.

Alice abraçou Gareth, um abraço de socorro. Ela sentia-se diferente depois da data de aniversário, era a idade adulta e os primeiros efeitos do ritual. Então era isso? Algo que ela possuía de sobra deixaria de existir nela.

"Se eu gosto ou me importo com as pessoas, passarei a odiá-las ou não me importar?"

Não queria pensar nisso, não ainda, estava cansada e a conversa parecia não terminar. Já estavam passando da hora de dormir, seus corpos pediam isso mais do que tudo. Se despediram de Mackenzie que prometeu fazer o melhor para manter segredo sobre eles.

Depois de um banho para lavar o corpo e alma dos acontecimentos ruins, todos dormiram vencidos pelo cansaço, menos Alice, que não conseguia fechar os olhos pensando no que poderia acontecer a ela.

A cabeça de Derio latejava de dor, as paredes iam e viam o tempo todo assim como o chão parecia querer fugir dele. O melhor local para ficar era sentado na poltrona da sala e de olhos fechados enquanto pousava sobre a fronte uma compressa de água fria.

— Como foi a noite, filho? — Perguntou Ângela sentando ao lado de Derio fazendo carinho em seu ombro.

— Péssima. — Resmungou o rapaz. — Só lembro daquele homem me jogando para fora da carruagem e... — ele gemeu de dor — onde está Alice?

— Em casa provavelmente. — Respondeu a mãe e deu de ombros. — Não aconteceu nada com ela. Os soldados chegaram a tempo e ficou tudo bem.

— Eu quero vê-la. — o mundo rodopiava para ele.

— Mais tarde, agora você precisa ficar bem.

— Eu não quero ficar bem, quero saber como ela está. — Cada palavra que ele resmungava era como se um martelo batesse em sua cabeça.

— Ela deve aparecer mais tarde, é uma menina forte e deve estar tão preocupado com você quanto você com ela.

— Bettrys já foi?

— Não. — A mesma respondeu. — Ainda estou aqui. Depois do que aconteceu ontem os cocheiros estão tudo prestando depoimento. Minha viagem foi adiada para de tarde.

A jovem permaneceu encostada no vão da porta de braços cruzados assistindo Derio sofrendo de dores de cabeça. Batidas calmas e espaçadas soaram na porta da frente. Ângela se levantou e foi abri-la.

— Senhora, Ângela. — Garrot falou. — Os senhores têm visita.

Derio arregalou os olhos e olhou na direção da porta na esperança que fosse Alice, mas se desapontou ao ver que se tratava apenas de um homem baixinho de barriga avantajada. Usava um paletó preto assim como a cartola. Ao lado dele estava um acompanhante alto vestindo uma túnica cinzenta.

— Senhor, prefeito. — comentou Ângela surpresa com a visita.

— Senhora, Luchesan. — Ele puxou a mão da mulher e a beijou.

— A que devo a honra da visita?

— Soubemos dos acontecimentos de ontem e estamos visitando todos os envolvidos. — Respondeu o baixinho. — Estamos preocupados.

Bettrys revirou os olhos, odiava políticos mesmo que sua família fosse cheia deles. Ela tentava lembrar quem era o acompanhante do prefeito, algo nele era familiar, mas nada vinha em mente.

— Entrem. — pediu Ângela dando espaço a eles e esticando a mão mostrando o caminho para a sala.

— Odeio esse povo. — Murmurou Bettrys somente para que Derio ouvisse, fazendo o rapaz rir, enquanto ela saia da sala.

O prefeito se aproximou do rapaz sentado na poltrona enquanto o mesmo os olhava esperando que dissessem algo.

— Senhor prefeito. — Derio cumprimentou com um aperto de mão firme e logo esticou a mão na direção do homem que o acompanhava.

— Olá, rapaz. — Respondeu o homem olhando fixamente para Derio enquanto segurava sua mão tão firme como se não quisesse soltá-la. — Espero que esteja tudo bem com você depois do ocorrido de ontem. — O homem não tinha se apresentado, mas seu olhar penetrante intimidou Derio no mesmo instante em que uma sensação estranha percorreu toda extensão do seu corpo até a cabeça. Praguejou mentalmente contra a dor enquanto o homem com um sorriso bonito ainda olhava fixamente para ele. Seu porte físico era alto, Derio podia jurar que ele seria algum soldado se não fosse a túnica cinzenta ou os longos cabelos loiros quase brancos.

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