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Capítulo 2 - Luchesan

LUCHESAN

[ AVISO IMPORTANTE ]
[ Caso encontrem algum erro, peço desculpas desde já. ]

— ✮ —

ALICE mergulhou em várias memórias desagradáveis envolvendo a filha da família, Anne Luchesan. Cabelos cortados, agressões físicas e verbais, acusações, piadas de mal gosto entre várias atitudes que Anne utilizava para menosprezar qualquer pessoa nominada. Sua vida era um inferno até o dia que ela saiu de casa para morar em Dracoria e estudar. Em pensamento pediu para que a garota tivesse mudado e agisse diferente com ela, mas no fundo ela ainda temia que estivesse pior.

Na entrada da casa encontrou Garrot, o jardineiro que também chegara para trabalhar. Um homem de meia idade por volta de seus quarenta anos, magro e vestia uma calça de tecido escuro e uma camisa de manga comprida com um colete por cima. Seus olhos claros eram fundos e cansados, cabelos grisalhos e um rosto limpo sem barba. A expressão de duvidas e apreensão dele era a mesma de Alice, pois estavam diante de uma surpresa desagradável, mas não podiam fazer nada além de aceitar.

Na carruagem havia um cocheiro bem vestido de terno e chapéu. Além dele, um outro homem com roupas simples e diferente do cocheiro, este usava uma pulseira de couro como a de Alice, demonstrando também ser um nominado.

Não demorou e logo a senhora Ângela Luchesan apareceu usando um lindo vestido verde. Seus volumosos cabelos castanhos firmes mal se mexiam em sua cabeça com a leve brisa da manhã que passava por ali. Estava toda sorridente, uma marca pessoal dela. Foi até o portão, destrancou o enorme cadeado permitindo a entrada de Alice e Garrot.

— Bom dia. — Ângela cumprimentou os dois.

— Bom dia. — Alice e Garrot responderam uníssono e entraram para a mansão.

Enquanto Alice e Garrot seguiam caminho, puderam ouvir quando o cocheiro disse que outra carruagem traria a filha de Ângela mais tarde, pois a garota insistiu em fazer compras bem cedo no mercado de Kalia.

A mansão dos Luchesan centralizada em um enorme jardim gramado e enfeitado com várias árvores frutíferas e flores de todas as cores. Obra de Malvo Luchesan, o pai da família, que sempre foi apaixonado pela natureza. Dentro da casa, uma sala enorme ostentava pinturas de imagens e jarros de plantas com poltronas finas sobre um carpete macio. Escadas levavam aos vários quartos da mansão e corredores as demais partes da casa. Tudo extremamente limpo e organizado.

Alice foi direto aos quartos, sua primeira tarefa do dia era arrumar cada um dos quartos, camas, organizar os objetos, varrer e deixar tudo bem limpo. Para alegria de Alice, a família era organizada e seu trabalho não exigia muito. Ela limpou os quartos do casal Ângela e Malvo que estavam tomando café da manhã, deixando apenas o quarto do filho mais novo da família, Derio.

Pegou o balde com água, vassoura e pano e seguiu para o quarto do rapaz. Ao se aproximar da porta do quarto Alice parou ao topá-la fechada. Girou a maçaneta e abriu-a lentamente para entrar, mas fechou imediatamente quando viu Derio em pé ao lado da cama, sem camisa usando apenas uma calça leve para dormir. O baque da porta fechando fez com que Derio se assustasse e foi até a porta para ver quem havia tentado entrar.

Ao abrir a porta, Derio viu Alice olhando para baixo completamente envergonhada.

— Desculpe, senhor Derio. — Alice disse ainda olhando para baixo. — Não sabia que ainda estava no quarto.

Derio havia acabado de levantar e estava trocando de roupa. Cabelos castanhos, olhos negros e no rosto havia a sombra de uma barba crescendo. Ele estava sem camisa revelando um corpo esbelto, mas não musculoso. Sua presença naquelas condições deixava Alice com muita vergonha.

— Pode entrar. — Derio pediu e notando que ela estava envergonhada vestiu rapidamente uma camisa branca de mangas compridas.

Depois de uma olhada com o canto dos olhos, Alice adentrou o quarto vendo que ele já estava vestido.

O quarto era grande e espaçoso, estava bem desorganizado por obra de Derio. Além da cama, um guarda roupa e uma mesinha de cabeceira. Na parede algumas pinturas feitas por Derio e no canto da parede, um tripé sustentava uma moldura escondida por um pano.

— Hoje eu não fui na aula e resolvi dormir até tarde. Não tinha como você saber. — Derio explicou.

— Tudo bem. — Alice retirava o lençol da cama evitando olhar Derio ainda constrangida. — É só que eu não estou acostumada a ... isso.

Derio riu da forma que ela se referia a situação constrangedora, mas não disse nada. Calçou os sapatos e desceu para tomar café com a família.

— Se não for pedir muito, gostaria que preparasse um banho para mim enquanto como algo. — Derio pediu antes de sair.

— Sim, senhor. — Alice respondeu ao mesmo tempo que se sentiu aliviada por ter ficado sozinha.

Derio sempre foi simpático e atencioso com Alice, oposto de Anne, desde o primeiro dia que ela havia entrado na casa deles para trabalhar.

Mais tarde naquele dia, todas as tarefas já haviam sido feitas e Alice estava livre para ficar a vontade na casa até que Malvo, Ângela ou Derio precisassem de algo. Esse tempo de descanso era o momento que Alice corria para sua parte favorita naquela casa, o jardim.

Garrot caminhava pelo jardim com um regador molhando as plantinhas e vez ou outra abaixava para retirar alguma erva inconveniente que nascia entre as flores. Alice o acompanhava segurando um cesto onde Garrot jogava os lixos e as ervas arrancadas.

— Sabe da novidade? — Garrot perguntou com uma voz suave sem olhar para Alice que o seguia silenciosamente.

— Não. Me fala que é algo bom, porque notícia ruim... — Insinuando a chegada da filha dos Luchesan.

— Não tenho certeza se pode ser bom ou ruim, mas, tem a ver com Anne.

— Aquela cobra. O que foi agora? — Alice perguntou baixinho, mas sua voz era irritada e Garrot olhou para ela rindo.

— Ela não veio sozinha. Trouxe uma amiga com ela.

— Que droga. — Alice respirou fundo. — Sozinha ela já não presta, com ajuda tenho até medo do que pode acontecer com a gente.

— Cuidado, mocinha. — Garrot disse amigavelmente sem olhar para Alice. Ele parou de regar as plantas e se virou para ela. — Não deixe a família dela ouvir isso ou pode ser punida, você sabe. Os pais dela são ótimas pessoas, mas nunca irão nos colocar acima dela por mais que ela queira fazer qualquer coisa contra a gente. Principalmente o senhor Malvo que é muito apegado a ela.

— Mas até o Derio acha ela insuportável.

— Mas ele é irmão dela.

Alice demorou um pouco, mas reconheceu. — Tem razão. — Respirou fundo e seu semblante triste encheu seu rosto. — Mas é que você sabe... você viu e até sentiu na pele.

— Infelizmente sim. — Garrot segurou o ombro de Alice. — Só tente não ficar no caminho dela, faça sua parte e pense que em breve ela poderá não estar aqui. Sorria sempre. Um simples sorriso pode conquistar muitas coisas.

— Tomara... — Alice sentiu-se mais confortável.

— Mas me diga uma coisa, por que está tão nervosa? Você não é assim, mocinha. Já tem uns dias que anda mais séria e agora esse seu comportamento. Estou surpreso. — Garrot sorriu amigavelmente.

— Estou? Ai desculpa. Desde que vi aquela carruagem na entrada da casa eu me sinto incomodada como se algo muito ruim estivesse para acontecer. Agora que você falou, realmente eu não sou assim.

— Vamos pensar que está crescendo.

Ambos recomeçaram a caminhada pelo jardim.

— Obrigado pelas palavras, Garrot. — Alice agradeceu com um sorriso caloroso.

— De nada, mocinha.

— Gosto quando me chama assim.

— De mocinha?

— Sim. Me faz parecer tão pequena. Uma criança ao qual eu queria ser para sempre.

— Entendo. — Garrot deu uma risada. — Infelizmente a vida anda para todo mundo. Se eu pudesse escolher, também pararia o tempo quando era criança e estava com meus pais.

— Onde eles estão agora?

Alice perguntou sem pensar, mas pelo silêncio que seguiu sem resposta, sabia que a resposta não era boa.

— Estão mortos. — Garrot respondeu e olhou para Alice, mas diferente do que ela pensou ele não parecia chateado. Ainda era o mesmo.

— Desculpe. — O pedido de desculpas também saiu sem pensar e Garrot apenas riu.

— Não se preocupe.

Os dois continuaram andando pelos jardins em silêncio. Enquanto Garrot regava as plantinhas e flores, Alice tinha sua atenção roubada por rosas roxas no final do jardim perto dos muros altos. Parou para sentir seu perfume enquanto seus dedos tocavam a textura leve e macia de suas pétalas.

Garrot observou Alice distraída sentada aos pés da roseira, não era obrigação dela ajudar ele e então deixou ela ali, seguiu seu caminho fazendo seu serviço.

— Alice! — Um grito tirou-a de seus devaneios. Era Derio.

— Aqui! — Ela respondeu enquanto se levantava rapidamente indo na direção da entrada da casa.

Derio estava esperando de braços cruzados na entrada da porta. Já havia trocado a roupa e usava um colete de couro sobre uma camisa branca. Assim que ela o viu, um medo percorreu seu corpo imaginando que ele teria ouvido o comentário dela sobre sua irmã e estivesse pronto para repreendê-la.

— Senhor? — Os olhos arregalados de Alice revelaram sua apreensão.

— Acho que já sabe, mas minha irmã chega hoje... — Alice engoliu seco. — ... e ela vai trazer uma amiga. Queria que você preparasse o quarto de hóspedes.

Alice agradeceu mentalmente não ser nada do que ela esperava, mas ainda não tinha acabado.

— Sim, senhor. — Alice respondeu quase que de imediato.

— Alice, você está... — Derio fez uma careta tentando entender o motivo da palidez de Alice. — ...assustada? Aconteceu algo?

Derio não tinha ouvido nada e lentamente todo o pavor que sentia foi esvaindo de seu corpo e como num passe de mágica o semblante assustado de Alice a deixou, dando lugar a um sorriso bobo.

— Não, senhor. Está tudo bem. — Alice respondeu confortavelmente e saiu em direção as escadas.

Derio estava confuso do motivo daquela mudança e do sorriso bobo de Alice. Com olhos admiradores, seu olhar a seguiu enquanto Alice subia as escadas.

Alice ajeitou uma coisinha ou outra no quarto de Anne e logo foi para o quarto de hóspedes, onde preparou um jogo de cama completo, ajeitou os móveis e limpou todo o local do chão ao teto. Satisfeita com o serviço saiu do quarto em direção ao andar de baixo da casa. Enquanto passava pelo corredor, viu pela janela que o sol estava se pondo, avisando para ela que estava quase na hora de poder ir para casa, mas antes passaria no orfanato para visitar os pequenos órfãos que ela tanto adorava.

Alice desceu às grandes escadas em curvas as pressas, animada com o final do dia ter chegado e não ter visto a chegada de Anne antes dela poder ir. Um dia a menos na presença de Anne, ela pensava. Procurou por Derio para avisar que o quarto estava pronto e o encontrou na cozinha.

— Senhor, Derio. — Alice chamou na porta e ostentava um sorriso.

— Sim? — Derio se virou e não resistiu ao sorriso de Alice e retribuiu.

— Está tudo pronto para receber sua irmã e a amiga dela.

— Ótimo. Está dispensada agora se quiser ir para casa.

— Obrigado, senhor. — Alice agradeceu e se virou saindo pelo corredor indo em direção a sala.

— Alice! — Derio chamou.

Alice arrepiou. Será que ele ouviu e vai me chamar atenção agora? Ela pensava. — Senhor? — Se virou devagar e respondeu.

— Poderia me chamar só de Derio?

Era um pedido estranho para Alice. Ele era patrão dela, logo ela deveria tratá-lo com superioridade e não como se fosse amigo. O olhar de Derio esperava uma resposta positiva de Alice.

— Sim, senhor. — Derio riu com a resposta automática. — Quero dizer... sim, senhor Derio.

— Sem o senhor, Alice.

Ele quer me arrumar problemas também? Ai meu Deus! A cabeça de Alice parecia confusa. Derio nunca se mostrou querer o mal dela, mas isso era estranho demais para a relação dos dois e Alice se sentia incomodada.

— Sim... Derio. — Alice respondeu com um pouco de dificuldade, já temendo algo pôs se a perguntar. — Mas seus pais, o que vão pensar disso?

— Não se preocupe com meus pais. Tudo bem?

— Tudo bem. — Alice concordou, forçou um sorriso, mas no fundo não queria estar fazendo aquilo. Era como estar fazendo algo errado, mas ainda era uma ordem dele então deveria obedecer.

Alice deixou Derio e saiu em direção a porta para ir embora. Ainda era cedo, o sol começava a se esconder no horizonte. Sorridente ela saía pela porta que dava acesso ao jardim e ao portão principal da mansão. Andava rápido e distraída quando sentiu um obstáculo no pé direito e seu corpo foi arremessado ao chão caindo seco e provocando um leve estrondo.

Achou que tinha tropeçado em algo, mas quando ouviu risadas femininas atrás dela entendeu o que tinha acontecido. Não foi um acidente, foi derrubada de propósito.

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Nota: Adiantei o capítulo, pois estarei viajando final de semana.

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