Sequestro inesperado
— Gabriel... Antes de atirar, me escuta... — ele de alguma forma para, e com seus olhos fixos para o Lorenzo ele espera ele falar. — Vou começar pedindo desculpas... Você vai entender o porquê, só não atira e me escuta por cinco minutos apenas, depois pode tirar a minha vida.
— Você acha que eu vou perdoar vocês com apenas palavras? — ele fala com a mão no gatilho.
— Eu não quero que me perdoe, eu só quero me livrar das coisas horríveis que fiz no meu passado, e você é uma delas... — a fala do Lorenzo deixa ele curioso.
— Prossiga... — ele fala sem tirar a mão do gatilho.
— Claro... Mas promete que vai esperar eu terminar de falar — Lorenzo fala com as mãos para cima.
— Tá fazendo um acordo comigo?
— Sim...
— Ok, eu acho que vai ser divertido isso — ele finaliza com um sorriso diabólico no final.
Com o clima pesado, o Lorenzo relembra novamente aquele dia. — Lembro do Paulo, seu amigo, me chamando de macaco, e você o acompanhando enquanto escutava risos de um lado a outro...— Lorenzo ver o semblante de Gabriel ficar desconfiado, sabia o que ele estava pensando. — Sim, eu sei quem é o Paulo.
— Como você sabe? A gente estudou junto? — foi quando a ficha do Gabriel caiu, era o Lorenzo que estava na frente dele. — É você?
— Desculpa por eu quebrar sua perna naquele dia, e o braço do seu amigo. Eu realmente não sabia o que estava fazendo, hoje eu reconheço meu erro, e me culpo todos os dias... — o Lorenzo é cortado pelo Gabriel que estava exaltado agora.
— VOCÊ ACHA QUE COM ESSAS SUAS PALAVRAS VAI MUDAR ALGO DO QUE ACONTECEU?! — ele grita, e da um sorriso junto com uma risada aterrorizante. — Até que enfim encontrei você, hoje você não vai fugir de mim... — ele suspende a mini metralhadora, e o Lorenzo continua com a mão levantada.
— Paulo... Está vendo essa lágrima tatuada abaixo do meu olho. Significa que o tal Paulo morreu. Não naquele tempo que tu quebrou o braço dele, mas por conta de uma troca de tiro... — o Lorenzo escutava tudo calado, sabia que ele era mais forte que o Gabriel, mas não queria fazer nada para machucar ele. — Sim, ele morreu. Mas depois de décadas vejo um cara que prejudicou a vida dele novamente aqui na minha frente, e mesmo não sendo a pessoa que matou ele, vai ser como eu tivesse preenchido a lágrima que está vazia no meu rosto...
Com determinação ele decide tirar a vida do Lorenzo logo. Nesse momento o Lorenzo fecha seus olhos, já esperando sua trágica morte ali naquele galpão.
Com sangue nos olhos, o Gabriel fala. — MORRA SEU DESGRACADO! — uma bomba explode no lado de fora, dando a perceber que ainda estava tendo guerra.
Antes que o Gabriel pudesse fazer qualquer coisa, algo o atinge por trás.
Dando uma coronhada na cabeça com o martelo, o Gabriel cai desmaiado. — tomara que eu não tenha matado — Rogério pensa, vendo o ladrãozinho caído no chão, e sangrando bastante.
Olhando para o Lorenzo com os olhos fechados, o Rogério escuta. “Já que eu vou morrer, pelo menos tirei esse peso das costas.”
— Lorenzo, você não morreu ainda, mas precisamos sair daqui — Rogério fala, e ver os olhos do Lorenzo se abrir devagar.
Olhando para baixo, o Rogério ver que o Gabriel levava a chave do mercadinho em seu bolso. Agachando ele pega a chave e escuta da mente de Lorenzo. “Rogério é um assassino! Matou o Gabriel!”
— Era ele ou a gente. Precisamos ir Lorenzo, se não a gente vai ter mais complicações — o Rogério tenta dar um norte para o Lorenzo.
Lorenzo da um positivo para o Rogério, que já estava correndo para a direção do portão. O mesmo ele faz.
Enquanto o Lorenzo observava o Rogério tentar destrancar a porta com as chaves que tinha no chaveiro, o Renan entra novamente no mercado.
Ele fica em choque ao ver seu irmão caído, e com um ferimento na cabeça. Como se fosse instinto, ele corre para socorrer o irmão.
Rogério consegue destravar a porta, olhando para trás ele escuta o pensamento do Renan. “irei matar vocês, custe o que custar! Vou caçar cada um de vocês, bruxos!” dava para ver de longe a fúria daquele homem. — Ótimo, agora já tenho outro inimigo — Rogério pensava saindo do mercadinho junto com o Lorenzo.
Onde se via, tinha polícias com pulseiras isolantes e bruxos correndo para não serem pegos. — Lorenzo, me dá sua mão, para que a gente não se separe — o Rogério estende a mão para ele, que o pega assustado.
— Eu estou com medo Rogério — o Lorenzo olha para o rosto do moreno.
— Eu também estou, mas temos que sair daqui... — Rogério não pôde pensar muito, ele olha um beco onde ele conhecia, e sabia que tinha saída. O problema era que o beco estava do lado da barreira dos policiais. — Vamos juntos para esse lado, e não solta minha mão.
— Viu, não irei soltar — fala o Lorenzo decidido do que queria fazer.
Correndo na direção do beco, e saindo na direção da confusão, o casal é encurralado por dois policiais totalmente armados e equipados.
“diversão para a gente novamente ” Um dos dois pensa, enquanto pegava seu cassetete. — Parados aí!
— Nem a pau! — o Rogério pensava, e concentra suas energias no mesmo.
Entrando do subconsciente do policial, ele ver uma cena de horror. Ele via o pai do policial batendo na mãe dele, enquanto ele gritava para que o pai parasse, mas ele continuava. — Clássico — Rogério pensava visualizando isso. — Tá, vou deixar ele resolver isso — saindo da mente do policial, ele deixa o mesmo em choque.
— O que está acontecendo? O que você fez com ele — o seu companheiro fala, e então pega sua arma para apontar pro Lorenzo e Rogério.
— Só trouxe um pouco de traumas escondidos no subconsciente dele para a realidade — Rogério ver o policial que ele tinha visto seu passado olhar para seu companheiro.
Olhando para seu parceiro, ele fala — Você não vai parar de bater na minha mãe? ENTÃO SERA EU QUE VOU TE BATER AGORA. DESGRACADO! —, apontando seu cassetete, ele vai para cima do seu aliado.
— Eu, você está doido? — o outro fala, e ver um golpe na sua cara.
Era essa oportunidade perfeita para sair dali. — Corre! — Rogério fala, guiando o Lorenzo pelas mãos.
Os dois conseguem entrar no beco e fugir daquele caos todo.
Se afastando de tudo e de todos, eles já se encontravam a um fim de tarde. E o clima entre os dois não estavam uma das melhores.
Rogério ouvia constantemente nos pensamentos do Lorenzo que ele estava com medo dele, e que não sabia o que tinha acontecido na hora do policial, e estava como medo de acontecer com ele.
Em uma praça no meio de Brasília, eles se sentam para descansar.
— Lorenzo, eu escuto tudo o que você pensa, não adianta você esconder — o Rogério diz, e ver o Lorenzo botar a mão na cabeça.
— Ai como sou lerdo... Enfim, não faz nada comigo por favor — Lorenzo fala meio sem jeito.
— Eu te salvei. Lembra disso? Se eu quisesse seu mal te deixaria morrer lá naquele mercado — Rogério escuta na mente do Lorenzo. “Realmente, mas isso não tira o fato do que eu vi agora a pouco”
— Lembra quando falei de animal ancestral com você?
— Lembro, mas eu pensei que o que você falou era mentira — fala o Lorenzo.
— Não é mentira, o que você acabou de ver é meu poder desbloqueado pelo sábio das cavernas. No dia que briguei com o Guilherme, eu usei esse poder.
Lorenzo escuta atentamente, não estava sabendo dessa parte. — Como assim usou?
— Usei, e o cara era um canalha. A sua mente me levou bem na parte que ele termina com seu amante para ficar com você. Um texto patético, e que deixou ele emocionado... — ele olha para Lorenzo um pouco desconcertado com isso. — Tá, eu fiquei com ciúmes dele. Eu não quero te perder Lorenzo, e eu sei que te assustei, mas você precisa saber que eu não quero o seu mal.
“Que difícil não gostar desse cara!” Com o pensamento de Lorenzo, Rogério da um sorriso. — Sobre o Gabriel, eu bati fraco na cabeça dele. Ele não irá morrer, eu acho...
— Será? Eu não quero matar ninguém — Lorenzo dá um suspiro de alívio.
— Na verdade tive dó, desse pobre coitado — o Rogério pensa e ver o Lorenzo o observando.
— Eu tenho tantas perguntas para perguntar a você. Mas agora nesse momento eu queria te dá um beijo, porém estamos em praça pública — aquilo fez o rosto do Rogério roborizar de alegria, não acreditava que o Lorenzo estava falando isso, pois quem era o mais para frente dos dois era ele.
— Não acredito no que estou ouvindo. Você falando isso? — ele da um sorriso.
— Acho que isso está me ajudando a ter coragem — ele pega o frasco de remédio.
— Não sei o que é, mas já que está te ajudando, eu já amo esse frasco — o Rogério pega na mão do Lorenzo.
— Sim, mas você vai fazer isso mesmo aqui? — o Lorenzo olha ao redor.
— Qual o problema? Não tem nada aqui — ele fala vendo as pessoas que estavam ali. — eles nem se quer estão importando o que a gente está fazendo.
— Bom, você está certo — Lorenzo se permite que os toques do Rogério o acolhesse.
— Lorenzo. Eu não falei, mas eu amei seu novo corte de cabelo... Você fica bonito de todas as formas — ele fala com um metro de distância da boca do Lorenzo.
A resposta dele foi um beijo, que durou mais de um segundo. Eles estavam pegando fogo, e com algum tempo que não se viam, fazia aquele momento parecer mágico.
Foi tão mágico, que o tempo naquela praça acabou voando, e os postes que lá se encontravam já estavam acendendo.
— Tá, eu confesso. Estou extremamente apaixonado por você Rogério. Você é incrível, atencioso, gentil, meigo e muito misterioso ao mesmo tempo — Lorenzo fala sorrindo para o príncipe de barba que estava na sua frente.
— Mas isso eu já sabia — Rogério recebe um tapinha no seu peito depois de ter dito aquilo.
— Besta! — o Lorenzo olha para a lua e as estrelas. — Que horas é essa?
— Acho que vai dar oito horas... — o Rogério fala olhando para seu relógio de pulso.
— Meu deus! Tenho que ir para casa — o Lorenzo procura seu celular, e depois lembra que perdeu ele na multidão. — Merda! Merda! Eu perdi meu celular.
— Eita, quer usar o meu? — o Rogério sugere.
— Por favor, meus pais devem está preocupados. Assim como a Briana também — ele espera o Rogério tirar seu celular do bolso.
Quando pega o celular do Rogério, ver no seu papel de parede a mesma tatuagem da borboleta de caveira. — de novo essa borboleta? — ele pensa e olha para o Rogério, que fica desconfortável novamente.
— Depois você vai me explicar isso — ele pensa olhando para o Rogério, que assente com a cabeça.
Indo na direção do teclado do telefone, o de lente digita o número da Valéria.
A ligação chama, e a mãe dele atende. — Oi, quem é?
— Oi mãe, sou eu, o Lorenzo...
— Filho! Que susto você me deu! Você está louco? Onde que você está?
Lorenzo olha para o Rogério, depois de o encarar por segundos ele fala. — aconteceu um imprevisto no velório, e meu celular quebrou. Eu te liguei para avisar que já estou indo.
— Briana falou isso comigo, ela está aqui também, esperando você chegar, e parece que tem novidades — Valéria fala aliviada.
— Tá, vou ter que desligar agora, pois o celular não é meu. Mas já estou indo para casa. — o Lorenzo fala.
— Ok, sem problemas. Estou esperando você aqui — ela fala, e os dois se despedem.
Desligando o celular, ele entrega para o Rogério e faz um pedido. — Pede um Uber para mim. Eu pago a viagem quando eu chegar em casa.
— Ah, claro. Só um minuto — ele mexe no seu celular com as mãos trêmulas.
— E pode contar, enquanto você vai pedindo — o Lorenzo ajeita no banco para olhar direito pro Rogério.
— Falar o quê? — o Rogério tenta se desviar.
— Tá se fazendo de sonso? Você sabe muito bem do que eu estou falando, você ouviu meus pensamentos — Lorenzo fica sério.
— Podemos falar disso depois? No dia que a gente ir para a caverna dos sábios.
— Você está se esquivando. O que você está escondendo? — Lorenzo fala contraindo seus olhos.
— lá você vai entender tudo, pois isso é algo relacionado a eles... — o Rogério fala.
— Eles? Que eles? Você está ficando cada vez mais estranho.
— Eles... Os sábios, você vai entender tudo. Só espera, ok? — o Rogério insiste.
— Ok!? — Lorenzo fala, com uma certa desconfiança na voz. Enquanto o Rogério termina de pedir o Uber de Lorenzo.
— Está bravinho? — Rogério ver a testa do Lorenzo se enrugar, e sua sobrancelha levantar.
Cruzando seus braços ele fala. — Eu gosto de você, mas seu mistério me deixa nervoso. Aliás, porque estava naquele mercadinho naquela hora?
Rogério não demora para responder. — Estava participando da manifestação. Fui lá para comprar água, mas acabei vendo que não ia dar certo aquilo, e pedi para eu passar a manifestação lá dentro.
— Você estava participando daquela bagunça? Não acredito — o Lorenzo fala ainda irritado.
— Claro, a democracia tem que cair, assim como David. Lorenzo, a gente tem que mudar o mundo de alguma forma — o Rogério se explica.
— E com vandalismo você acha que vamos conseguir? — Lorenzo rebate.
— Não estava participando do vandalismo, tanto que saí quando vi isso saindo de controle. Mas vamos parar com esse debate — o Rogério põe sua mão no queixo de Lorenzo, e fala. — Que tal a gente gastar os últimos minutos que a gente tem se curtindo mais um pouco?
Lorenzo rir, sabia que ele estava fazendo estratégias para não debater assuntos importantes para o futuro do país, mas mesmo sabendo ele da uma risada suave. — Você é muito esperto Rogério. Acha que não sei o que você está fazendo?
— Eu sei que você sabe, mas eu não estou nem aí — ele fala se aproximando do Lorenzo.
— Ahh então você gost... — ele é interrompido com um selinho do Rogério. Lorenzo dá um sorriso ao ser surpreendido. — Não me distraia, fale o que... — mais um beijo atrapalha o Lorenzo a discutir o que eles tinham acabado de conversar.
— Vai continuar falando? — o Rogério pergunta com seus lábios perto do ouvido do seu pretinho.
— Isso é golpe baixo! — Lorenzo revira os olhos.
E mais uma rodada de beijo começa.
Depois de tanto amor, o Uber chega para levar o Lorenzo pra casa. Os dois se despedem e o Lorenzo vai embora.
Lorenzo passa a viagem besta da vida, ao está com os pensamentos no Rogério, seu olhar, sua barba, seu lábios constantemente aparecia na sua cabeça. Depois de muito tempo, ele estava sentindo felicidade.
E se uma pessoa o deixava feliz, ele não tinha o porquê de se afastar, mas sentia medo e culpa ainda. Medo de se magoar, e culpa do que aconteceu hoje no mercadinho.
Então com um desânimo ele baixa a cabeça, e prossegue a viagem pensando o que poderia fazer.
)(+--+)(
B
atendo na porta de casa, o Lorenzo é recebido pela Valéria.
Ela o abraça e fala. — Onde você estava? Fiquei preocupada.
— Eu estava na praça de Brasília... Tenho que te contar algo, que ainda não contei. — Lorenzo sai do abraço da mãe.
— Algo grave? — Valéria pergunta assustada.
— Na verdade é duas coisas, uma feliz e outra mediana — Lorenzo falava enquanto entrava em casa, e ver a Briana sentada a espera dele.
Levantando rápido ela vai perto dele. — Lo! Pensei que tinham te sequestrado, eu fui pega hoje... — ela lacrimeja, e continua olhando para o Lorenzo.
— Meu deus Bri! Não acredito nisso! — o Lorenzo fica indignado com a notícia. — Canalhas!
— Eu preciso contar o que aconteceu hoje quando cheguei em casa... — Briana vai novamente para o local onde ela estava sentada, e o Lorenzo com a Valéria vão atrás.
Sentados, a Briana conta seu relato. O Mike tinha ido para casa, de lá do velório. Os dois conseguiram ter o momento deles em um lugar afastado da multidão do velório, lá eles se beijaram, conversaram e riram.
Só que a parte de beijar, foi cortada no feedback dela, ela foi direto ao ponto. Estava ela na frente do seu apartamento, e Fabrício, o porteiro estava com os cabelos loiros, assim como o Mike.
Nesse momento ela fica em Pânico — Ai meu deus, é o sequestrador! — ele estava indo na direção dela, e aparentemente não era para conversar.
Agarrando ela pelo pulso, o sequestrador fala — Vem comigo agora! —, ele apertava bem forte.
Sem hesitar, eu grito o mais alto possível. E o mesmo põe sua mão na minha boca e me agarra por trás. — Tá querendo morre garota?
Tremendo de medo, eu fico imóvel. Olho para o lado, e vejo o Fabrício, o verdadeiro, ele estava sem entender o que estava acontecendo. — O que está acontecendo aqui?
Eu tento me debater, para sair da dominação, mas não consigo. Foi quando eu vejo alguém atingir o Fabrício pelo ar. Ele cai imediatamente. Era o segundo sequestrador.
— Anda! Vai para o carro! — ele fala, pegando o Fabrício em seus braços.
O sequestrador que estava comigo, coloca uma algema, e me leva para o carro. Não tive coragem de gritar novamente, estava com medo de me baterem que nem o Fabrício.
Chegando no carro, eu entro contra minha vontade. — Seus monstros — Briana falava, vendo o outro sequestrador enfiando o Fabrício no banco de trás, onde ela estava.
— Merda — ela pensava olhando o rosto de Fabrício desacordado.
— Por que o Lorenzo não está com ela? Não acredito que perdemos mais uma oportunidade para acabar de vez com essa merda. Já estou de saco cheio — o do desfarce do Fabrício, revela sua identidade.
Era uma mulher negra, forte, e com seus olhos negros e cabelo de chapinha. — Você está doida? Sabe que ela está aqui né? — o comparsa da o capuz para ela colocar na cabeça.
— Podemos simplesmente matar, como a gente sempre fez... Ou melhor! Usar ela como refém, para o Lorenzo se entregar — a moça falava entusiasmada, colocando seu capuz, que cobria seu rosto inteiro.
O outro da uma risada maligna, e olha para trás, com seus olhos brancos. — Amanhã você não vai tá mais aqui amiga, estará em um lugar melhor.
Briana treme, e aquele cheiro de lavanda por todo carro o deixava apreensiva.
— Onde será que está ele? Não deu sinal hoje, como sempre... Eu estou sem paciência para o plano desse traste — a moça que estava dirigindo fala, com o tom de voz raivoso.
— Espera um pouco, vou ligar para ele, e avisar o que a gente conseguiu — o segundo compassa retira seu celular do bolso e liga para o terceiro.
— Olá, você não sabe o que a gente conseguiu hoje!
— Tá, sei que você está irritado com a gente. E com razão, mas a gente conseguiu pegar a colega dele indo para seu apartamento — um silêncio toma conta do carro.
— O que ele está falando? — a manobrista do carro pergunta.
— Você está doido! A gente não pode mais desfazer o que a gente fez... E temos mais uma pessoa dentro do carro.
— Não acredito no que está acontecendo. Me passa o celular, agora! — ele entrega para a motorista do carro. E ela começa a gritar. — ESCUTA AQUI! NÃO TO NEM AÍ O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA SUA VIDA, MAS TEMOS UM PLANO, HÁ ANOS, E NÃO VAMOS ESTRAGAR TUDO POR SUA CAUSA. VOCÊ SABE MUITO BEM QUE QUERO PODER, MUITO PODER PARA ACABAR COM ESSA REPÚBLICA DE MERDA — Ela começa a chorar de raiva
— Calma querida, temos que ficar calmos — o compassa tenta acamar a dama, enquanto a Briana escutava tudo olhando para baixo e vendo o Fabrício deitado de olhos fechados.
— EU JÁ ESTOU CALMA! E VOCE SABE MUITO BEM O QUE ELES FIZERAM COM O NOSSO PAI. VOCE NÃO QUER VINGANÇA? — Ela para de falar ao escutar seu irmão. Olhando para trás, ela ver a Briana. — Tá, última vez que vou de dar um voto de confiança, caso não consiga, serei eu que vou tomar controle da situação.
— O que está acontecendo? — Briana tentava supor, mas não tinha ideia do que estava acontecendo.
— Tira as algemas dela — a moça ordena para seu companheiro.
— O que aconteceu?
— Só faz o que estou mandando... — ele faz, e deixa as mãos de Briana solta para fazer qualquer coisa.
— Só mais uma coisa, seu garanhão. E o bruxo do ar? como fica ele? — ela continuava falando no telefone. — Ótimo, então vou levar ele comigo! — ela destranca a porta do carro e fala. —Saia, antes que eu me arrependa.
A Briana sai do carro assustada, e fecha a porta, que automaticamente trava, e sai disparado pelas ruas de Brasília.
Relato finalizado, o Lorenzo fala. — Briana! — ele olha para ela, que já estava deixando suas lágrimas cair.
Sem saber o que dizer, o Lorenzo fica em silêncio.
— Eu não quero nunca mais ir para lá, de jeito nem um — ela fala baixo, abaixando a cabeça.
— Você não precisa ir. Pode ficar aqui, né mãe? — Lorenzo fala olhando para a Valéria.
— Claro querida, você é muito bem vinda aqui nessa casa — Valéria apoia.
— Obrigada! Eu serei muito grata a vocês — Briana fala sorrindo.
— Não precisa agradecer, você é bem vinda aqui sempre — o Lorenzo dá um sorriso acolhedor, mesmo estando em choque com a notícia.
— Lorenzo, meu filho, e as notícias que você ia dizer — Valéria fala olhando o mesmo, que repensou nas coisas que ia falar.
— Tá, com essa notícia que recebi, eu não queria dar mais preocupação. Mas vou ter que ser sincero. Eu acho que estou viciado nesse frasco que é para me ajudar — o Lorenzo revela.
— O da ansiedade? — Valéria fica surpresa — Por que?
— Não sei. Deve ser esses dias, os dias meus estão sendo muito caóticos e cheios de bomba, como essa da Briana — ele olha para a Briana que estava de cabeça baixa. — E talvez isso tenha me viciado, pois tem vezes que uso para relaxar.
— Filho! Porque você não falou? Isso é muito prejudicial a saúde — ela pensa em algo para resolver, enquanto olhava para Lorenzo.
— Desculpa, eu sei disso...
— Eu tenho uma ideia. Em vez de você fazer isso, que tal conversar com um psicólogo ou um terapeuta. Eu não sou uma, mas conheço pessoas que são, e podemos fazer o tratamento em casa — Valéria dá uma solução.
— Eu não sei, isso vai me ajudar? — Lorenzo questiona.
— Vai sim, talvez isso que você esteja sentindo e prendendo, está te dando ações precipitadas. E talvez isso possa ser um trauma seu, com um terapeuta isso vai melhorar aos poucos — Valéria dá um sorriso.
— Eu apoio, você está precisando muito disso. E talvez eu não posso nem te ajudar também — a Briana completa a fala da Valéria.
— Perfeito, vou fazer isso então! — Lorenzo se decide e fixa essa ideia na cabeça.
— Vou entrar em contato com meus colegas psicólogos e terapeutas, e ver quem está apito a trabalhar em domicílio — Valéria pega seu celular e começa a vasculhar.
— Ah sim, e a notícia boa. É que eu estou conhecendo uma pessoa que estou gostando, e queria que você soubesse — Lorenzo dá um passo adiante na relação dele com Rogério.
— Que notícia boa filho! Espero que ele te faça muito feliz, e te anime um pouco. Mesmo com essa situação pesada, e tenha muito cuidado também — Valéria estava feliz, mas um pouco preocupada.
— Acho que até sei quem é — a Briana fala sorrindo — É o Rogério?
O rosto de Lorenzo se ruboriza, fazendo a Briana confirmar a suspeita — Valéria, você vai amar ele, é uma pessoa gentil e doce.
— Ai que bom, espero que nos dê muito bem. Quando vou conhecer ele? — Valéria pergunta olhando seus contatos.
— Não oficializamos o namoro ainda, na verdade estamos só nos conhecendo
— Pois trate de oficializar logo! Não aguento mais essa demora — Briana fala rindo.
Lorenzo rir e fala — Vamos sim, só estou esperando da um tempo.
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No quarto do Lorenzo, dividido com a Briana, ele repensa na lista de assassinos. Não podia ser o Rogério de jeito nem um, nem o Gian, assim como o Fabrício, que foi sequestrado.
Tinha provas de que era uma mulher que se transformava nas pessoas, mas sabia que não fazia diferença, já que ela poderia se transformar em homens a qualquer momento.
Então não tirou ninguém da lista que poderia ser um dos assassinos. Seja homem ou mulher.
E descobriu que talvez os dois assassinos sejam irmãos. E isso era um ponto principal da investigação, então anotou na cabeça, para depois por no papel.
Olhando para a Briana dormindo, ele ver que a amiga dele passou por momentos difíceis que nem ele, e que ele não deixaria ninguém o machucar. E ela estando na sua casa, ele poderia fazer isso.
Passando alguns dias, chega o grande dia, deles irem para a caverna dos vagalumes.
Como o Rogéria tinha falado, lá ele iria descobrir sobre a borboleta, e ver com seus próprios olhos que existe sábios da floresta de verdade.
Isso deixava ele empolgado, e junto com a Briana, os dois chegam no local de encontro, onde iram encontrar o Rogério e a Mirella.
— Que lugar bonito! — a Briana fala olhando o lago, que estava reluzindo ao brilho do sol. Tinha barcos lindos na beira, e algumas cabanas que eram para turistas.
Eles estavam em cima de uma ponte de madeira, que conectava ao lago, para que as pessoas embarcassem no barco.
— Sim, muito lindo, mas espero que o Rogério chegue logo aqui — depois de falar isso, um carro preto estaciona perto da estrada de terra que era perto do lago.
Vendo quem iria descer, eles observam Rogério com a Mirella. — Olha eles ali — Briana fala para o Lorenzo.
— Eu estou vendo — Lorenzo admirava ele descendo, e dessa vez estava com uma regata azul, e pintou suas unhas de vermelho.
— Lorenzo, você está apaixonado mesmo. Olha para sua cara — Briana fala com uma voz fofa, de ver seu amigo feliz.
— Eu sei disso — ele diz sorrindo, quando observa a Mirella, que estava de short jeans muito curto e rasgado, com uma camisa branca de alcinha e uma bolsa rosa do lado. Ela estava muito bonita também com seus cabelos cacheados, e estava olhando constantemente para o Rogério.
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